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sexta-feira, julho 16, 2010

Um mesmo raio caiu duas vezes em dois Palmeiras e Santos

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Diz-se que dois raios não caem duas vezes no mesmo lugar. Então, bem mais improvável seria um mesmo raio cair duas vezes em locais e dias diferentes.

A vitória do Palmeiras sobre o Santos no Pacaembu na noite de quinta-feira, 15, por 2 a 1 foi surpreendente. Só os mais otimistas dos palmeirenses acreditavam que faria tanta diferença a simples presença de Luiz Felipe Scolari nos camarotes do Paulo Machado de Carvalho como auxiliar de luxo do Flávio Murtosa.

O time correu mais. Pelo menos em relação ao que se lembravam os torcedores do período pré-Copa do Mundo. Depois de marcar o primeiro gol, com Ewerthon, o time recuou, retrancou-se. Isso não dá orgulho em ninguém, mas antes o time sequer conseguia ser minimamente eficaz nisso.

O Santos não foi aquele do primeiro semestre, não tinha Paulo Henrique Ganso no primeiro tempo nem Robinho no jogo todo. Sofreu com faltas – algumas duras – no meio campo, e não conseguiu achar o jogo.

O segundo gol, do estreante Tinga, também de fora da área, reforçou a lembrança do feito no Campeonato Paulista, quando alviverde venceu por 4 a 3. Naquela ocasião, foram três tiros de fora da área, daqueles que não se acerta todo dia. No caso do segundo tento palmeirense, a bola desviou em Edu Dracena, que matou o goleiro Rafael.

Espero que não seja só contra o Santos.

O resultado anima, mas até Luiz Felipe Scolari calcula que é preciso repor peças depois da saída de Cleiton Xavier e de Diego Souza. Aqui entre nós, falta um lateral-esquerdo, talvez um zagueiro, um meia titular, outro para a reserva.

Além da troça do Murtosa, o que chamou a atenção foi a declaração do autor do gol que abriu o placar. Ewerthon disse: "Tenho que agradecer ao meu pai, Jorge, que insiste para que eu chute".

Por isso, este torcedor também agradece a seu Jorge. Curioso que o chute para um atacante seja uma ação que precise ser pedida, clamada, implorada. Por favor, chute a gol! A Espanha, na Copa, padecia desse problema. Já o Palmeiras têm muitas (muitas, muitas, muitas) outras deficiências a corrigir – muito mais mesmo, insisto, porque acho que ainda não ficou claro que a comparação é sem sentido.

3 comentários:

Fabricio disse...

Anselmo, estou começando achar que você é da turma do amendoim por causa do pessimismo :-)

Falei com alguns amigos palmeirenses e todos imaginavam que o Palmeiras venceria. Até nos jornais esportivos ouvi muito mais palpites de empate do que vitória santista.

Acho que isso é mais pelo Santos não estar tão bem como no primeiro semestre.

O Palmeiras não recuou depois do gol na minha opinião. Continuou marcando a saída de bola do Santos. Mas é claro que o Santos passou a ir mais pra cima e por isso deu a impressão. Aliás a meu ver ontem fizemos uma marcação perfeita em quase todo o jogo, mesmo no começo do segundo tempo com o Ganso indo mais pra um lado e o Neymar pro outro, o que dividiu as atenções.

Sobre comentários que ouvi dizendo que o Santos só perdeu por não ter Robinho e Ganso (em boas condições) lembro que o Palmeiras perdeu seus dois meias D. Souza e C. Xavier.

E pode estar virando pessoal, mas continuo achando que o Santos só não é amplamente favorito para o título por causa do Dorival. Nunca vi ele fazer uma substituição inteligente. Sem contar aquela tentativa de entregar o título tirando o Ganso na final do Paulista.

Glauco disse...

Para o santista, resta invocar o histórico de que o Palmeiras era o corvo do Santos nos anos 60 e venceu o Peixe no Paulista deste ano. Ou seja, de repente perder para o Porco seja sinal de bom agouro...

Não entendi qual foi a troça do Murtosa. E a Espanha também não sofria com poucos chutes a gol: teve uma das médias de finalização mais altas da competição, com 16,3 por partida, mais alta que a da Alemanha, por exemplo. O problema era a falta de penetração (opa)e muitos chutes eram de longe.

Anselmo disse...

a troça do murtosa foi dizer que o felipão foi bem como seu auxiliar. nao foi troça com o santos. esqueci de pôr o link.

fabrício, os palmeirenses são felizmente muitos e variados. aqueles com quem conversei estavam, então, pessimistas.

a primeira vinda do felipão foi excelente, mas deixou um problema. ele fez a torcida, historicamente afeita ao ideal da Academia, gostar de um time raçudo (só que aquele do felipão tbem era mto bom tecnicamente, isso é inegável, mas tinha marcação forte e nao desistia nunca). Isso fez mto cartola achar que montar times raçudos poderia deixar o torcedor satisfeito (mas nem sempre garantia bons elencos). Pra piorar, nem a tal raça apareceu nas retas finais dos últimos anos.

O segundo legado de felipão, positivo em vários sentidos, foi ter colocado no universo da linguagem o termo "turma do amendoim". Ele usou isso bem pra isolar as críticas. Depois, qqr crítica passou a ser identificada com a tal turma de cartolas corneteiros.

tudo bem. a acusação contra este ébrio autor foi com elegância. Então, a repilo com a mesma tranquilidade (mas exijo reparação nas altas cortes da Justiça Manguaça)... hehe

só que o felipão pediu reposição de atletas.

O Santos jogou mal. Não teve dois titulares. É um motivo.

O Palmeiras jogou bem. E ainda perdeu os dois principais jogadores para o restante do campeonato. Essa informação está lá.

Ano passado, o time era visto como bom, e o elenco apontado como mais completo do que o atual. Não deu pra classificar nem para libertadores.

sem reforços, vou manter minha prudente cautela. Com reforços, me animo com prazer. Se o felipão arrumar o time sem reforços (o que ele próprio sinaliza que seria difícil) tbem me animo.