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domingo, outubro 17, 2010

Emocionante

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O confronto entre São Paulo e Santos seguia empatado em 3 a 3 até os 47 minutos do segundo tempo, com virada de placar, bolas na trave, expulsão e defesas inacreditáveis dos dois goleiros. Se o juiz apitasse ali, o clássico paulista igualaria em qualidade e placar o Fluminense x Flamengo de 19 de setembro, que também testou a resistência dos cardíacos. Mas eis que Marlos pegou uma bola na lateral e cruzou para Ricardo Oliveira, que fulminou de primeira e obrigou defesa milagrosa de Rafael. Houve rebote e Jean, que já havia perdido dois gols feitos, completou de cabeça e definiu a vitória sãopaulina: 4 x 3. Só por isso, o clássico paulista superou, em emoção, aquele Fla-Flu de setembro. Quem foi ao Morumbi viu um jogaço, na acepção da palavra. (Foto: Rubens Chiri/SPFC)

Quando cheguei em casa e liguei o rádio, o jogo estava no início do segundo tempo. Assim, não ouvi a movimentada primeira etapa, quando o Santos saiu na frente e Dagoberto virou o placar com dois gols; o São Paulo fez mais um e o Santos ainda teve tempo de diminuir para 3 x 2. Daí, lógico, o que se esperava dos 45 minutos finais seria o ótimo e perigoso time do Santos partir para o "abafa" e o São Paulo segurar as pontas e tentar alguma coisa no contra-ataque. Foi o que aconteceu, mas os santistas só conseguiram o gol após a expulsão (justa, segundo os comentaristas) de Richarlyson, jogador que, quando não apanha muito, bate muito. Pouco depois disso, o Santos insistiu mais no ataque até que Alex Silva fez pênalti em Neymar, que converteu e empatou a partida.

Curiosamente, mesmo com um a menos, o São Paulo seguiu levando perigo - e foi premiado no final. Pouco antes do gol de Jean, Rogério Ceni jogou uma bola para escanteio em defesa "impossível", e poderia ter sido o herói sãopaulino, ao lado do goleador Dagoberto. Mas a equipe da Rádio Globo apontou Ricardo Oliveira como o craque da partida, e parece que ele foi mesmo o fator de desiquilíbrio, com assistências e frequentes investidas contra a defesa santista. Alguém chegou a fazer um comentário que achei procedente: "Em forma, o Ricardo Oliveira é outro jogador, imprescindível". Porém, ainda considero o time do São Paulo inferior aos cinco ou seis primeiros na tabela e, apesar das vitórias e da reação no campeonato, é cedo para qualquer avaliação - mesmo porque, com uma ou duas derrotas, o São Paulo pode voltar ao "inferno astral" e clima de crise.

Mas, enfim, dou a mão à palmatória: Paulo César Carpegiani injetou novo ânimo num time que, antes dele, era apático e presa fácil, principalmente em clássicos. Prova do trabalho do técnico é que até Carlinhos Paraíba jogou bem! Quem diria...

3 comentários:

Leandro disse...

Essa afirmação a respeito da "revolução" operada por Carpegiani no São Paulo mostra como é maluco mesmo o tal do futebol.
A lembrança mais marcante que tenho deste técnico é a desastrada passagem dele pelo Timão em 2007.
Depois de liderar o campeonato nas primeiras três ou quatro rodadas o time começou a despencar e as burradas que o treinador fazia naquele já sofrível elenco beiravam o inacreditável. Numa partida determinado jogador aparecia como titular absoluto da posição, mas na seguinte não era sequer relacionado. Isso sem contar as seguidas trocas de posicionamento e demais invencionices capazes de deixar Adilson Batista equiparado a um Rinus Michels.
Tudo bem que o time era ruim, tudo bem que havia nos bastidores uma campanha implícita por sua derrocada, mas ainda assim, tenho Carpegiani como um daqueles que contribuíram enormemente para o descenso de 2007.

olavo disse...

Tô puto, bem puto mesmo.

E também por não ter ninguém para culpar. Só resta enaltecer os méritos do tricolor. Vitória com personalidade.

Eduardo Maretti disse...

Olavo, nem é o caso de (falo de mim) ter alguém para culpar, afinal foi um grande jogo e, não fosse R. Ceni, que salvou sua meta pouco antes do quarto gol sãopaulino, teríamos vencido. Mas para mim uma coisa ficou provada: Vinícius tem que jogar nesse time. Edu Dracena é lento, chega sempre atrasado e ontem estava louco pro Ceni fazer um gol de falta. Cansou de fazer faltas tolas. Contra o Inter, na Vila, a mesma coisa. Como disse o santista Gabriel, pode ser um bom zagueiro, mas para um time que joga mais fechado e tem características defensivas. O anão do Dagoberto fazer dois gols de cabeça revela alguma coisa. Volta Vinícius! Será que o Dorval Júnior não está precisando de um zagueiro no Galo? O Dracena gosta tanto dele.

abs