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sábado, novembro 06, 2010

Uma ideia para Aécio

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O Aécio Neves está falando aos jornais em refundar o PSDB, para que o partido “recupere o seu sentido”. Eu não estou entendendo mais nada. Mas não foi o PSDB que saiu fortalecido dessas eleições? O partido que perdeu mas levou? Que governará a maior parcela de eleitores? Não foi o PSDB que inspirou, com seu candidato e segundo o próprio, a formação de uma “trincheira pela liberdade e pela democracia”? Por que refundar o que está dando tão certo?

Pois eu achei que isso era a coisa mais surpreendente que eu poderia ler na manhã de hoje. Mas não, imaginem. Quem conduziria esse processo? Notáveis do partido. Quem seriam esses notáveis, FHC? Sim, claro, FHC, juntamente com José Serra e Tasso Jereissati. Depois de me benzer, tentei entender o que é que está passando na cabeça do Aécio. Afinal, por que chamar para recriar as bases de um partido esse trio que, além de aposentado pelas urnas, consegue ser a reunião das figuras mais desagregadoras de que já ouvi falar?

Foi essa foto mesmo, dos sem-Serra, que eu não aguento mais a cara do cidadão

Aécio é um cara bacana, deve estar preocupado em arrumar assunto para os amigos veteranos, agora desocupados. Eu tenho uma ideia melhor, Aécio: chama mais um - por exemplo, o Caetano Veloso ou o Hélio Bicudo - e arma uma caxeta, buraco, truco, dominó, porrinha...

5 comentários:

Arvro disse...

Que fique bem claro que não sou a favor do PSDB, nem do PT.
Mas o Futepoca podia colocar um fundo vermelho e mudar o nome pra FutePTca. Essa parcialidade do blog cansa. Infelizmente.

Maurício Ayer disse...

Caro Arvo,

a parcialidade do blogue nunca foi escondida, ao contrário, sempre foi declarada publicamente. Aliás, não há consenso político entre todos os autores, mas a tendência geral permanece à esquerda. E a abertura ao debate franco de ideias permanece sempre.

A alta frequência de posts anti-tucanos se deve, também, a um contraponto necessário com a grande mídia, essa sim parcial de modo não assumido – o que aliás é assunto deste post. É contingência. Gostaria de poder criticar mais a esquerda, mas a direita conservadora que cavou uma "trincheira" contra tudo o que não siga a sua cartilha não nos dá tempo de respirar.

Mais uma vez, falo por mim, não por todos do blogue.

Abraço

Anônimo disse...

ah, a velha história da imparcialidade, a velha história do "não sou partidário a ninguém, ou não me interesso por política, sou 'apolítico'" etc.. etc... etc...

A coisa mais incrível desses caras que se dizem nao partidários, é que sempre falam mal dos petistas, vem para esses blogs sujos reclamar do tal partidarismo, nunca vi um dito "apartidário" reclamar dos psdbistas.

Tenho séria desconfiança de q esses tais "apartidários" tem medo de sair do armário... assume logo q é psdbista! fica menos feio.

Maurício Ayer disse...

Anônimo, calma lá, meu caro, o Arvo está no direito dele. E nós de cá no direito de responder.
Mas estou de acordo com você quanto a que ganharemos muito quando toda essa turma que se esconde sair do armário e tivermos um debate cada vez mais franco de ideias.

Marcão disse...

Eu acho que o Aécio vai, mesmo, fundar outro partido. Essa conversinha mole de que o PSDB "saiu fortalecido" só convence os paulistas, que, no seu anti-petismo cego e raivoso, prefere perpetuar no poder um grupo que, aos olhos de qualquer um, vem destruindo e desmontando completamente o estado mais rico da União ("genocídeo" da dengue na saúde, caos na segurança pública com índices alarmantes e praga de presídios no interior, ruína da educação com porrada nos professores e alunos de 15 anos que não sabem ler nem escrever, pedágios absurdos no interior e metrô vergonhoso na capital, falta de investimentos e fuga de indústrias para outros estados, por causa dos impostos etc etc etc etc etc). Só o anti-petismo justifica a vitória do PSDB em São Paulo.

No mais, muito feliz a observação do Maurício de que, apesar de todos sermos declaradamente de esquerda, as discordâncias entre os nove do blogue são incisivas. Basta clicar na tag política e ler os comentários dos posts para ver que, se a gente fosse um partido, ele teria nove grupos bem distintos e se confrontando com frequência e vigor. E só lembrando que, há algum tempo, tivemos até uma coluna, do Diego Sartorato ("Me esquerda que eu gosto"), que fazia aqui o que a mídia não faz: criticar a esquerda e o governo federal com base e argumento, e não com factóides, mentiras e baixo nível.

Abraços a todos - e vamos debater sempre, até o último copo!