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segunda-feira, dezembro 06, 2010

Balanço de 40 edições do Brasileirão

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Se considerarmos que o bagunçado torneio de 1987 foi um só, com dois campeões, o Brasileirão encerrou ontem sua 40ª edição. Ou melhor, sua 40ª edição a partir de 1971, quando a CBF decidiu criar um campeonato nacional com caráter oficial - mas essa contagem pode mudar em breve, pois os clubes campeões da Taça Brasil (disputada entre 1959 e 1968) e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967 a 1970) estão reivindicando o reconhecimento de seus títulos. Buenas, isto posto, o ranking dos vencedores do torneio, em quatro dezenas de disputas, é o seguinte:

1º - São Paulo e Flamengo* (6 títulos cada um)
2º - Palmeiras, Vasco e Corinthians (4 títulos cada)
3º - Internacional-RS (3 títulos)
4º - Grêmio, Santos e Fluminense (2 títulos cada)
5º - Atlético-MG, Guarani, Coritiba, Sport*, Bahia, Botafogo-RJ, Atlético-PR e Cruzeiro (1 título cada)
*Considerando que Flamengo e Sport foram campeões em 1987.

A divisão por estados, com a sequência de dois títulos cariocas, ficou assim:

1º - São Paulo (17 títulos)
2º - Rio de Janeiro* (13 títulos)
3º - Rio Grande do Sul (5 títulos)
4º - Paraná e Minas Gerais (2 títulos cada)
5º - Bahia e Pernambuco* (1 título cada)
*Considerando que Flamengo e Sport foram campeões em 1987.

Quanto aos técnicos, Muricy Ramalho já está a um título de alcançar a liderança:

1º - Vanderley Luxemburgo (5 títulos: 1993, 1994, 1998, 2003 e 2004)
2º - Muricy Ramalho (4 títulos: 2006, 2007, 2008 e 2010)
3º - Rubens Minelli (3 títulos: 1975, 1976 e 1977) e Ênio Andrade (1979, 1981 e 1985)
4º - Osvaldo Brandão (2 títulos: 1972 e 1973), Telê Santana (1971 e 1991), Carlinhos* (1987 e 1992) e Antônio Lopes (1997 e 2005)
5º - Mário Travaglini (1 título: 1974), Carlos Alberto Silva (1978), Cláudio Coutinho (1980), Paulo César Carpegiani (1982), Carlos Alberto Torres (1983), Carlos Alberto Parreira (1984), Pepe (1986), Jair Picerni* (1987), Evaristo de Macedo (1988), Nelsinho Rosa (1989), Nelsinho Baptista (1990), Paulo Autuori (1995), Luiz Felipe Scolari (1996), Oswaldo Oliveira (1999), Joel Santana (2000), Geninho (2001), Emerson Leão (2002) e Andrade (2009)
*Considerando que Flamengo e Sport foram campeões em 1987.

Em relação os artilheiros, Jonas fez bonito pelo Grêmio e entrou em 6º no ranking:

1º - Washington (Atlético-PR), 34 gols (2004)
2º - Dimba (Goiás), 31 gols (2003)
3º - Edmundo (Vasco), 29 gols (1997)
4º - Reinaldo (Atlético-MG), 28 gols (1977)
5º - Careca (São Paulo), 25 gols (1986)
6º - Túlio (Botafogo-RJ), 23 gols (1995)
----Jonas (Grêmio), 23 gols (2010)
7º - Serginho (Santos), 22 gols (1983)
----Romário (Vasco), 22 gols (2005)
8º - Ramon (Santa Cruz), 21 gols (1973)
----Zico (Flamengo), 21 gols (1980)
----Viola (Santos), 21 gols (1998)
----Romário (Vasco), 21 gols (2001)
----Keirrison (Coritiba), 21 gols (2008)
----Kleber Pereira (Santos), 21 gols (2008)
----Washington (Fluminense), 21 gols (2008)
9º - Serginho (São Paulo), 20 gols (1982)
----Zico (Flamengo), 20 gols (1982)
----Edmar (Guarani), 20 gols (1985)
----Romário (Vasco), 20 gols (2000)
----Dill (Goiás), 20 gols (2000)
----Magno Alves (Fluminense), 20 gols (2000)
----Josiel (Paraná), 20 gols (2007)
10º - Paulinho (Vasco), 19 gols (1978)
-----Amoroso (Guarani), 19 gols (1994)
-----Túlio (Botafogo-RJ), 19 gols (1994)
-----Luís Fabiano (São Paulo), 19 gols (2002)
-----Rodrigo Fabri (Grêmio), 19 gols (2002)

Observação final: com as confusões em campeonatos como os de 1979, 1987 e 2005, por exemplo, é óbvio que, nestes dados, há controvérsias.

4 comentários:

Olavo Soares disse...

Não chega a ser uma "confusão", mas a lista dos artilheiros é muito injusta, por conta dos diferentes números de jogos que houve nas distintas edições do Brasileirão.

Os Nacionais nas décadas de 60 e 70 eram muito mais curtos do que os atuais, o que faz com que a liderança de Washington, provavelmente, permaneça imbatível.

Leandro disse...

A propósito do tema, também no que se refere à questão dos números, resultados e etc, o Corinthians segue operando revoluções dos costumes no futebol e na sociedade brasileira.
Não bastasse ser o time que colocou operários e pessoas de todas as etnias no então aristocrático futebol, não bastasse sua decisiva participação no processo de redemocratização do país, não bastasse já ter unido torcidas de agremiações que diziam ostentar a maior rivalidade do universo, e mais recentemente, ter posto torcedores organizados ou não contra seus próprios clubes, agora o Timão transformou em algo valiosíssimo o tal vice-campeonato nestas terras tupiniquins.
Mesmo entre aqueles torcedores que acham a Libertadores o máximo, onde valeria o argumento de que a classificação direta seria importantíssima, é consenso que a fase de pré-classificação oferece adversários frágeis, de modo que apenas uma “palestrada” no melhor estilo do mussolinístico verde da Rua Turiassu ou do copeiro(?) e anauêtico tricolor da Vila Sônia e suas sete derrocadas seguidas poderia tirar o alvinegro paulista do resto da aborrecedora competição de Nicolás Léoz.
Isso permite concluir que, mesmo para estas mentes tão pragmáticas quanto obtusas, independente de torneios continentais e quetais, a perda do vice-campeonato deveria ser vista como uma derrocada ainda mais acentuada quando comparada ao terceiro posto trocado com o Cruzeiro.
Noutras palavras: pela primeira vez desde a invasão lusitana de 22/04/1500, o segundo lugar, o vice, no Brasil vale muitíssimo, e vale muitíssimo agora graças ao sempre pioneiro SCCP.
Vai entender...

Fernando Romano disse...

Matou a pau, Leandro... ainda tá pra nascer um médico (ou psicólogo) aqui no Brasil que vai descobrir e catalogar essa nova esquizofrenia. Com a devida licença, eu sugiro um apodo: TOAC (Transtorno Obsessivo Anti-Corinthiano). Abraços!

Anselmo disse...

o vice já foi muito valorizado quando se tratava da presidência da república.

agora... a prova de que os provocadores adversários foram bem sucedidos na intenção de irritar corintianos está demonstrada pelos impropérios cunhados pelo leandro contra os rivais.

terminar em 3o é muito, muito, muito diferente de ser campeão no ano do centenário. e isso não tem nada a ver com a importãncia do vice campeonato.

sobre a diferença entre a repescagem da libertadores ou a classificação direta... tinha corintiano achando que o time tinha tirado o pé na partida contra o goiás pra não cair no grupo da morte da libertadores.

com o delírio do supracitado quero apenas dizer que, na hora de fazer troça, vale qqr argumento. o que inclui as mais bobagentas e aleatórias premissas.

então, calma. deu raiva que perdeu o título? parabéns para os secadores que tiraram sarro. mas não se preocupe pq vai passar.