Destaques

quinta-feira, setembro 30, 2010

Nova derrota com velhos problemas

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Quando liguei a TV ontem, Rogério Ceni estava cobrando o pênalti que diminuía para 2 a 1 a vantagem do Grêmio sobre o São Paulo, no estádio Olímpico, no finzinho do primeiro tempo. Não vi o lance da penalidade, mas dizem que o sãopaulino se jogou e o árbitro caiu na dele. Os dois gols do Grêmio foram do ex-tricolor André Lima, em lances de bola alçada na área - um velho problema da atabalhoada defesa (defesa?) do time paulista. No segundo tempo, Sérgio Baresi fez sua substituição padrão, colocando Cleber Santana em campo e tirando o (nulo) Carleto.

Para surpresa geral, logo aos 6 minutos, Marlos pegou uma bola na lateral esquerda do Grêmio e foi conduzindo até a meia lua, de onde disparou um tiro certeiro, que entrou no canto do bom goleiro Vítor: 2 a 2. Aí o Grêmio foi pra cima com tudo e o gol foi só questão de tempo. Porém, quando o jogo ainda estava empatado, Richarlyson levou um pisão assassino na canela (acho que de Edmílson) e o juiz nem cartão deu. Isso poderia ter mudado a história da partida.

Mas, pra não variar, o São Paulo tomou mais dois gols, em falhas de Cleber Santana, que fez pênalti bobo, e de Rogério Ceni, que tentou encaixar uma bola na pequena área e soltou grotescamente no pé do adversário. Falha também de Sérgio Baresi, que mandou Dagoberto aquecer aos 20 da segunda etapa e não o colocou em campo, diante de um Ricardo Oliveira apático, que conseguiu errar bisonhamente o pouco que tentou. O 4 a 2 foi justo. E o São Paulo segue tabela abaixo.

Marcos Assunção salva e Palmeiras bate o Inter

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Jogando ao mesmo tempo em casa e fora de casa, o Palmeiras venceu o Internacional de Porto Alegre na quarta-feira, 29, por 2 a 0. Ambos os tentos verdes foram assinalados por Marcos Assunção, de falta no lado esquerdo da intermediária. Na Arena Barueri como mandante da partida, o Verdão alcançou a terceira vitória seguida, feito inédito no campeonato.

Antes, venceu o Flamengo no sábado, por 2 a 1, e o Grêmio Prudente, por 1 a 0.

Mais surpreendente, Valdívia criou duas boas chances de gol para Kléber, que perdeu três oportunidades. Um feito interessante para a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari, ainda sem meias e com poucas opções de escalação.

O time do Inter jogou menos do que em partidas anteriores. Tudo seria diferente se Deola não tivesse feito uma defesa à lá Marcos, o Goleiro, em cabeçada de Edu. Ou se Leandro Damião tivesse acertado o chute na primeira etapa.

Quando os visitantes mostravam porque não arredariam da quarta posição no campeonato, Marcos Assunção começou a cobrar faltas. Errou a primeira, mas acertou a segunda. E também a terceira – com ajuda do morrinho artilheiro, que tirou definitivamente Renan da bola.

A próxima partida do time é contra o Santos. Se, no Paulista, o alviverde venceu e forjou a zebra em uma época em que passava por crises, resta saber se vai ter futebol para manter a boa e inédita fase no campeonato.




Que coisa

Foi só eu não conseguir tempo para assistir três jogos seguidos do Palmeiras que, não deu outra, três resultados positivos. Pé frio? Em minha defesa posso alegar que o palmeirense e candidato a segundo colocado na eleição presidencial, José Serra (PSDB) não menciona as partidas do time no Twitter. Coincidência? Medo.

Foi só o Luiz Gonzaga Belluzzo assinar sua licença da presidência para ser submetido a uma cirurgia cardíaca que o mantém internado há uma semana, que seu vice, Salvador Hugo Palaia, fez um auê no clube. Ele fica apenas 45 dias no cargo – até que o economista melhore – mas mandou Gilberto Cipullo, vice-presidente de futebol, embora, além de outros dois diretores. Tudo isso perto da eleição (do clube, em janeiro, quando o atual presidente já falou que não concorre e Palaia é candidatíssimo). Coincidência? Sabotagem?

quarta-feira, setembro 29, 2010

Fontes da Folha são Datafolha e... repórter da Folha

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Todo mundo sabe que a credibilidade da Folha de S.Paulo está tão baixa quanto a do Fernando Henrique Cardoso, que disse à Reuters que vencer no 1º turno não será bom para Dilma Rousseff (!!!). Pois, agora há pouco, a Folha On Line publicou uma materinha intitulada "Mercadante aposta em popularidade de Lula na reta final da campanha" (coisa mais óbvia!), em que a cara de pau conhece novos patamares. Além de usar os números do não menos desacreditado Datafolha (desmentido sistematicamente pelos resultados do Ibope, Sensus e Vox Populi), o texto ainda usa aspas de apenas uma fonte. Sabem de quem? Daniela Lima, repórter do caderno "Poder", da... Folha de S.Paulo (!!!!). Está inaugurado o auto-jornalismo.

Ps.: Há dois anos, em setembro de 2008, às vésperas da eleição municipal em São Paulo, o Datafolha apontava empate entre Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab, com 22%, atrás de Marta Suplicy, que tinha 37% (reprodução abaixo). Poucos dias depois, em 5 de outubro, Kassab teve 33,6% dos votos válidos, contra 32,8% de Marta e 22,5% de Alckmin, que ficou fora do 2º turno.

Falta pouco!

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As eleições estão chegando! E, mais que elas, a definição dos dez candidatos a deputado federal mais votados em São Paulo, que fará de um(a) felizardo(a) o ganhador (a) do Bolão do Futepoca!

Participe: é só mandar sua lista dos dez candidatos que você achará que serão os mais votados para o email futepoca@futepoca.com.br.

Importante: a lista deve estar em ordem! Afinal, é assim que se distribuirá a pontuação. Um ponto para cada parlamentar acertado, três se ele estiver na posição correta.

Importante 2: a aposta está valendo apenas para indicações nominais, ok? Votos na legenda, nulos e brancos não entram na brincadeira.

Boa sorte a todos!

O desespero machucando o coração (3)

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Em seu blogue, o camarada João Paulo atenta para uma nova atitude patética da mídia tucana, em mais um capítulo lamentável do desespero que machuca o coração dos barões da comunicação, diante da iminente derrota de José Serra nas urnas. Sábado, dia 25, o site da Veja (aarrgghh...) botou no ar uma linha do tempo, de 1964 a 2010, intitulada "Brasil: Caminhos e memória dos partidos". Detalhes interessantes: em 1979, há dois vídeos do Lula falando sobre o movimento sindical, mas com o título "Quebra de sigilo" (!!?!?!); em 1980, não há uma linha sequer sobre a fundação do PT; em 1984, ano das "Diretas Já", não há qualquer referência sobre o PT; e, em 2002 e 2006, quando Lula foi eleito e reeleito, não há uma palavra sobre o assunto. Como bem observa João Paulo em seu post, "depois o Zé (Dirceu) que é stalinista!". Mas o melhor, voltando ao trecho sobre 1984, foi o malabarismo que fizeram no tratamento de uma foto para esconder as bandeiras do PT. Confiram abaixo até onde chega o desespero da Veja (aarrgghh...) e da família Civita:

Foto original:


Malabarismo da Veja (aarrgghh...):

Seis estados evitam lei seca no dia da eleição. Um voto mais feliz

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Primeiro, a notícia boa: pelo menos seis estados decretaram que a venda de bebidas alcóolicas está liberada mesmo neste domingo, 3 de outubro. Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná já decidiram que não haverá restrições aos bares, botecos, botequins, restaurantes, supermercados e similares.

Depois, a notícia ruim, 20 estados mais o Distrito Federal mantiveram a tradição de implantar a lei seca no dia de ir às urnas. Com isso, moradores do restante do país, incluindo os de Minas Gerais – segundo maior colégio eleitoral do país – serão prejudicados pela sede e pela sobriedade ao aguentar a boca-de-urna indevida e a expectativa pelos resultados. No Tocantins, Mato Grosso e Rondônia, os juízes eleitorais de cada cidade têm autonomia para decidir.

Tudo bem, o avanço é lento.

A proibição começa em horários variados, ora das 21h do dia anterior, ora a partir das 3h da manhã do domingo. É a senha para o ébrio precavido estocar a dispensa. Não há notícias de decretos que cogitem veto ao consumo etílico no conformo do lar.

O dia de votação costumava trazer restrições ao consumo de álcool supostamente para garantir o andamento da votação ou até para evitar que, embriagado, o eleitor acabasse sendo cooptado ou votando sem, digamos, pensar bem. Porém, não se trata de norma federal, mas estadual, decidida por cada secretaria de segurança pública.

A decisão ignora, por exemplo, a contribuição dos ébrios para o folclore político em comícios eleitorais. Também desconsidera que, para não perder a freguesia, garrafas de guaraná e de tubaína são armazenadas há semanas para garantir o suprimento de vasilhames em cima de mesas e balcões.

Será que dá tempo para reverter alguns decretos?

Feliz 2011

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Agora não tem mais jeito. Com a derrota de ontem para o Vasco, por 3x1, o Santos decididamente está fora da briga pelo título do Brasileirão. Jogadores, dirigentes e técnicos deixaram o campo com aquele discurso do "enquanto houver chances matemáticas, acreditaremos", mas no fundo todos sabem que não há como reverter a complicada situação na tabela. O Santos tem mesmo que esperar por 2011.

Tudo é muito triste, principalmente pelo que o Peixe fez no primeiro semestre. O Santos foi o melhor time do Brasil na primeira metade do ano. Foi avassalador e conquistou os dois títulos que disputou. E fez com que sua torcida acreditasse que o Brasileirão era um sonho viável.

Mas aí... primeiro vieram as negociações. André e Wesley foram vendidos, e Robinho não pôde permanecer. Depois o azar: num lance aparentemente bobo, Ganso arrebentou o joelho e se ausentou pelo restante da temporada. Por fim, os problemas gerenciais: Neymar e Dorival Júnior brigaram, houve erros de todos os envolvidos, e o Santos perdeu seu treinador.

Não vou ficar reacendendo a história e nem quero dizer que Neymar ou Dorival são vilões. Só deixo registrado que é chato, para o torcedor santista, ter que ouvir coisas como "precisamos de um técnico que tenha tempo para trabalhar", "é hora de montar o time para a próxima temporada", "a coisa tem que ser bem planejado", quando parecia que tudo já estava planejado, já estava montado. É uma reconstrução que, parecia, não teríamos que encarar.



O jogo
Perder sempre é triste. Mas tem aquela história: perder para um time bem montado (como foi para o Corinthians) é mais compreensível do que para um time ruim. O que é o caso do Vasco. O time treinado por PC Gusmão é fraquíssimo, indigno da tradição de tantas equipes boas já montadas no clube da Colina.

Durante toda a partida, seguiu-se um roteiro do Santos com maior qualidade ante um Vasco com mais vibração. E mais acurácia em seus arremates. Foi assim que a equipe cruzmaltina fez 2x0, ainda no primeiro tempo.

O Santos padecia de mais dinamismo no seu setor ofensivo. Marquinhos, decididamente, não pode mais ser titular do Santos. Dá a impressão que ele segue sendo escalado pelo seu caráter e pela liderança que tem no grupo - características legais, mas que não podem servir para determinar que alguém seja titular no Santos. Já Zezinho, inserido entre os titulares... bem, sei lá. Ele deve ser melhor que Pelé nos treinamentos durante a semana. Só isso explica.

Neymar fez a parte dele, se movimentou, mas é difícil fazer chover em um time mal armado. E quando se tem Marcel como centroavante, tudo fica ainda pior.

Agora, o campeonato do Santos será dificultar a vida dos rivais (sábado tem clássico contra o Palmeiras) e ver quem presta e quem não presta no time para 2011. Chato.

Mais piada pronta

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Ontem à noite, durante o último debate entre a maioria dos candidatos à governador de São Paulo, transmitido ao vivo pela TV Globo, o petista Aloizio Mercadante, 2º colocado nas pesquisas, reforçou várias vezes que o tucano Geraldo Alckmin, 1º colocado, estava evitando confronto direto com ele e só fazia perguntas para os outros concorrentes. No último bloco, o apresentador Chico Pinheiro passou a palavra para Alckmin, que ensaiou uma resposta a Mercadante, mas o microfone falhou e o som sumiu. Depois de alguns segundos constrangedores, a transmissão saiu do ar, surgiu uma tela preta e, na emergência, entraram comerciais. Curiosamente, a primeira propaganda veiculada foi a de um DVD que destacava, em letras garrafais, a música TRISTEZA DO JECA...

terça-feira, setembro 28, 2010

Uma boa dose de manguaça barata

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Lendo "The Doors por The Doors", compilação de entrevistas dos membros da banda estadunidense feita por Ben Fong-Torres (Editora Agir, 2006), cheguei a um trecho que discorre sobre os excessos do vocalista Jim Morrison (foto), morto aos 27 anos. "À parte todas as teorias (...) sobre o Morrison dionisíaco e o Morrison xamã, os membros da banda tinham também de lidar com o Morrison alcoólatra", diz Fong-Torres. Em seguida, uma observação do próprio Jim:

- Todos da minha geração se drogam. A droga é o que há agora. Pois bem, eu tenho sempre que nadar contra a corrente. Não me sinto à vontade entre a maioria. A coisa mais revolucionária que você pode colocar em seu organismo nos dias de hoje, em meio a todos esses drogados, é uma boa dose de manguaça barata. O álcool é como o leitinho da mamãe para mim, só que melhor ainda que qualquer leite vindo de qualquer mãe. Odeio aquele tipo pobre de conotação sexual vinda das pessoas que procuram comprar dorgas. É por isso que gosto de álcool; você pode ir a qualquer bar ou loja da esquina e encontrá-lo sobre a mesa... É uma coisa tradicional.

Mais tarde, em 1970, o vocalista reconheceu o exagero:

- Passei por um período em que bebia muito. Havia muita pressão sobre mim e não conseguia lidar com aquilo. Acho que beber é uma maneira de lidar com um ambiente lotado e também um produto do tédio. Mas gosto de bebida, ela deixa as pessoas mais soltas e estimula a conversa às vezes... de certa forma é como os jogos de azar. Você sai para uma noite de bebedira e não sabe onde vai parar no dia seguinte. Pode levar a algo bom ou a algo desastroso. É como o rolar dos dados.

Em julho de 1971, Morrison morreu de ataque do coração. Não há confirmação, mas especula-se que foi provocado por overdose de heroína.

segunda-feira, setembro 27, 2010

José Serra, o arauto do Apocalipse

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O candidato do PSDB à presidência da República apresenta sua alternativa para o dia em que se esgotarem as energias solar e eólica. Eu não quero estar aqui pra ver isso acontecer... (Via Cloaca News)

Meninos, infelizmente, eu vi

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Dessa vez não teve pressentimento, eu tava mesmo era cansado de ficar em casa no sábado e, depois de três longos anos, resolvi voltar ao Morumbi, para assistir São Paulo e Goiás (sim, podem rir à vontade). E foi no 11º jogo do meu time que vi em um estádio - ou 12º, se contar o da Copinha - que presenciei a segunda derrota in loco. E que derrota! Não fosse o zagueiro Alex Silva, o único do time que sabia o quê, quando, onde, como e por quê, o São Paulo teria levado 6 ou 7 gols, fácil, fácil. (Fotos: Rubens Chiri/SPFC)

Para completar o vexame, eu fui ao estádio acompanhado das duas filhas, Letícia (17 anos) e Liz (8). Caía uma garoinha chata, mas não fazia muito frio e o público era surpreendente, cerca de 18,5 mil pagantes. Logo nos 10 primeiros minutos, Letícia observou: "Por que não tem ninguém do São Paulo aqui no lado direito? É estratégia? Eles treinaram isso?". Claro que não - e não demorou muito para que o (morto) Rodrigo Souto perdesse um lance bobo por ali, a bola fosse alçada na área, a defesa (defesa?) batesse cabeça e o Goiás fizesse 1 a 0.

Na saída de bola, Letícia repetiu: "Mas não tem ninguém, de novo, aqui do lado direito! Por que?". Não soube responder. E, pra não variar, os goianos pegaram outra bola por ali, em cima do zagueiro (zagueiro?) Samuel e, sem perdão, fizeram 2 a 0. Rogério Ceni já tinha desistido de gritar com a zaga (zaga?) e Alex Silva tinha ido por conta própria para a lateral direita, expulsando Rodrigo Souto para o meio. Mas a impressão era de que os dois tentavam evitar o naufrágio tirando água com xícaras.

Correndo de calça jeans - O São Paulo não tinha lado esquerdo (Carleto jogou?) e Casemiro e Jean não deviam ter entrado em campo. "Esse Casemiro parece que corre de calça jeans", comentou, com toda razão, um torcerdor à minha frente. E foi Jean quem fez uma bobagem na lateral direita (de novo!) que originou o terceiro gol, ainda no primeiro tempo. Nossa torcida estava atônita. O Goiás, que está na zona de rebaixamento e que havia perdido 13 de 24 jogos, estava colocando o São Paulo na roda e goleando com uma facilidade espantosa.

Perdeu outros dois ou três gols feitos e a cada minuto os atacantes saíam livres na cara de Rogério Ceni. Lá na frente, Lucas e Ricardo Oliveira haviam dado dois ou três toques na bola, não mais. Do meio pra trás, o São Paulo parecia um catado de moleques disputando pelada na rua, todo mundo trombando, errando passes de 1 metro e batendo cabeça geral. Coisa inacreditável. Bom, pra resumir, o São Paulo voltou para o segundo tempo tentando partir para o "abafa", com Cléber Santana no lugar do (infeliz e grosso pacas) Samuel e Dagoberto substituindo (o inexistente) Jorge Wagner.

'Vai, quero-quero!' - Melhorou alguma coisa. Dagoberto acertou um chute de fora da área, para defesaça de Harlei e, numa sequência de quatro escanteios seguidos, Alex Silva e Cleber Santana cabecearam para mais dois milagres absurdos do arqueiro alviverde. "Hoje, para o São Paulo fazer gol, só se for do quero-quero. Vai, quero-quero!", gritou um outro torcedor, incentivando as aves que passeavam pelo gramado. E foi só. O Goiás ainda perdeu umas duas chances de aumentar o placar, no contra-ataque, e, assim como o Inter-RS na semana retrasada, terminou tocando a bola de pé em pé e dando olé, em pleno Morumbi.

"Ah, eu fico muito nervosa vendo o São Paulo no estádio", comentou Letícia. "Com esse time aí, quem não fica?", concluí, amargamente. Liz, por sua vez, nem se manifestou, passou o tempo todo entretida com um joguinho no celular. Podem anotar: para mim, não vai ter próxima vez. E, para o São Paulo, não vai ter alívio por escapar do rebaixamento até a última rodada.