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terça-feira, janeiro 11, 2011

A quem Pelé realmente reverenciava

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A partir de 1958, quando brilhou na Copa da Suécia, Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, tornou-se um dos seres humanos mais célebres do planeta, a ponto de nem exigirem seu passaporte em muitos dos países que visita. Desde aquela época, passou a ser recebido com reverência e admiração por reis, papas, presidentes e centenas de personalidades de todo o mundo. Ao que parece, nunca demonstrou estar muito emocionado nesses encontros, mesmo quando ainda era um adolescente. Mas havia outro brasileiro por quem, pelo o que está registrado, ele realmente se importou quando teve a oportunidade de conhecer.


No livro "Nuestro Vinícius" (Editora Sudamericana, Buenos Aires, 2010), a autora Liana Wenner conta histórias das passagens do poeta e compositor Vinicius de Moraes pelas terras portenhas (foto acima), onde era idolatrado, nas décadas de 1960 e 1970. Em agosto de 1968, ele se apresentou pela primeira vez na Argentina, com Dorival Caymmi, Quarteto em Cy, Baden Powell e Oscar Castro Neves. Nesta "noite mágica", como define Wenner, quatro ou cinco jogadores do Santos, que estavam em Buenos Aires para um amistoso contra o River Plate, apareceram na porta do teatro para tentar entrar na metade da segunda apresentação.

O produtor do show, Alfredo Radoszynski, foi abordado pelo lanterninha, que disse: "Senhor, Pelé está aqui!". O produtor saltou até uma das portas laterais: "Por favor, rapazes, venham!". Pouco depois, Pelé e seus colegas estavam em cima do palco. "Baden Powell improvisou no violão uma batida de samba ao estilo de Pixinguinha. A bateria acompanhou", relata Liana Wenner. "Vinicius se aproximava para abraçar os jogadores. Pelé sentiu seus olhos marejarem e começou a chorar como um menino assustado". Neste momento, o Rei revelou a quem idolatrava.

1 comentários:

olavo disse...

Ele devia ter pegado um violão e mandado "ABC". Aí sim o mundo saberia quem é o verdadeiro poeta a ser idolatrado.