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quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Por não ser dono de bar, jornalista é cliente assíduo

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Muita gente não entende o motivo de a maioria dos jornalistas beber tanto. Já elocubrei sobre isso aqui no blogue, mas vejo que o assunto gerou até análises acadêmicas. No livro "Jornalismo freelance - Empreendedorismo na Comunicação", de João Marcos Rainho (Summus Editorial, 2008), o autor afirma que três caminhos surgem quando um jornalista está desempregado. Primeiro, óbvio, é procurar e arrumar outro emprego. Segundo, profissionalizar-se como freelance. E, terceiro, continuar desempregado e mudar de ramo - e Rainho observa que "esta última possibilidade está se tornando muito comum nos últimos anos!" (e deve ser, mesmo, ainda mais depois que acabaram com a necessidade de diploma para exercer a profissão). Pois bem, mais algumas páginas à frente há um trecho interessante sobre os que renegam ou pretendem renegar o ofício (os grifos são nossos):

"Pesquisando sobre o modo de vida dos jornalistas para sua tese de mestrado, Isabel Siqueira Travancas entrevistou dezenas de profissionais no Rio de Janeiro [trabalho publicado no livro 'O mundo dos jornalistas']. Ela descreve que o sonho da maioria dos jornalistas dos grandes centros urbanos é ser dono de um jornal - ou ter um bar, para se libertar do esquema empresarial do grandes jornais e do próprio anonimato."

Taí: na impossibilidade de ter um bar, o jornalista vira cliente. Ou melhor: verdadeiro devoto e militante da causa! E o problema do anonimato acaba quando ele passa de alcoólatra anônimo para bêbado conhecido...

5 comentários:

por Luciano Mano Negra disse...

Sobre outro assunto, enquanto a Nike impressiona com a beleza da nova camisa da França, a mesma empresa chega ao fundo do poço do escárnio com a nova camisa da Seleção Brasileira, com um sinal de subtração inexplicável na frente. Mas não: a fonte dos números é mais ridícula ainda. É uma tipo de número quadrado, antiquado, mas não no estilo arcaico, retrô, tipo Finta, que hoje é visto com admiração. A tentativa foi de imitar um caractere estilo de informática, mas da era das válvulas. Pagar 240 pilas em uma camisa dessa é brabo... Quero ver a animação de camelôs vendendo uma dessa, "leva pro seu filho", vou pensar 13 vezes antes de recusar...

Anselmo disse...

rapaz... em mesas de bar com colegas jornalistas, já assisti e participei da criação editorial de uns 300 veículos de comunicação. E de uns 600 botecos legais que dariam orgulho a qqr manguaça.

Glauco disse...

Lembro de um projeto feito em fórum etílico, sobre um bar temático, que quando contado para outro manguaça numa sinuca paulistana, a pessoa jurou que a ideia era dela e achou que tínhamos "surrupiado" o projeto (provavelmente por via telepática. O bom desses fóruns etílicos é que agente aprende...

Marcão disse...

Podia ter um bar por aqui...

Canal Hinha disse...

Ué, aqui não é bar? Putz, preciso parar de entrar em qualquer lugar pra tomar a penúltima...