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segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Quando os jornalistas também eram barbudos

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No finzinho de um post do Glauco de dois anos atrás, ele chamava a atenção para um texto do blogue Futebol é Literatura sobre a ausência, hoje, de jogadores barbudos. "Parece que barba é crime. Será uma proibição contratual? Uma exigência dos técnicos? Penso saudosamente em Sócrates, no zagueiro campeão do mundo Hugo de León, do ponta Mário Sérgio, do atacante Kita. Coitados, órfãos do futuro, sem sucessores", dizia Fabrício Carpinejar, o autor. Pois é, os tempos eram outros. Hoje em dia a "rebeldia barbuda" quase não é mais tolerada. E não é só no futebol que isso acontece, infelizmente. Os pelados vigiam os peludos.

Na política, com exceção do Lula, do José Genoíno e de mais meia dúzia de três ou quatro, é difícil achar alguma figura de maior proeminência que mantenha com orgulho seus pêlos na cara. E na imprensa não é diferente: o visual yuppie e mauricinho que passou a imperar nas redações a partir dos anos 1990 limpou de vez o rosto dos jornalistas - com exceção, talvez, dos manguaças de alguns blogues e publicações "de esquerda" (a exemplo do rapaz na foto acima). Por isso, foi com satisfação que vi, no Facebook, um retrato do arquivo de nosso camarada Jesus Carlos, da agência Imagenlatina. Vejam aí, com legenda dele:

Greve - ABCD. Jesus Carlos (Em Tempo) e Lula conversando, com Irmo Pasoni (Veja), Hélio (free-lancer) e U. Detimar (Folha de São Paulo) durante a greve de 1979, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema. Foto: Roberto Faustino.

4 comentários:

Nicolau disse...

Tudo isso de post só pra botar a própria foto no ar, brincadeira...

Maurício Ayer disse...

"Irmo Pasoni" é irmão de uma certa ex-deputada?

Sartorato disse...

Pior é quando você faz a barba só pra dar um respiro na pele da bochecha e já começa a campanha no escritório: "melhorou, heim?", "agora tá com cara de sério", "ficou uns cinco anos mais jovem!".

Marcão disse...

Olhaí: o Nicolau é um exemplo dos "pelados vigiando peludos" (brincadeira).

DeMarcelo, confesso que também me assustei quando li isso - e pensei que ela já havia sido homem e mudado de sexo...

E, Diego, é exatamente isso. Passei um ano sem ver minha avó, morando em outro país, e, quando voltei, fui cumprimentá-la e a única coisa que ela disse foi: "Ah, tá barbudo, que feio!".