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quinta-feira, março 24, 2011

A diferença que um meia faz

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Lincoln voltou, apesar de ter uma grana a receber de luvas do Palmeiras e apesar de a diretoria do clube ter uma disposição de corte de despesas mais determinada do que se Antonio Palocci fosse tesoureiro. Jogou bem e armou o time.

Tudo bem, o adversário era o Linense. Os 3 a 0 da vitória de quarta-feira, 23, poderiam ter sido mais se a falta de pontaria que vem se tornando marca registrada da equipe de Luiz Felipe Scolari. Tudo bem (2), Patrik conseguiu pôr o pé na forma e fazer dois dos gols. Nas partidas anteriores, ele atuou bem, mas conseguia errar mais chutes a gol do que Kléber.

E registre-se que o meia foi a campo em uma formação mais conservadora, com Rivaldo (volante de ofício) na lateral-esquerda. Gabriel Silva, que atuou nas últimas partidas, avança mais e puxa mais contra-ataques – e joga mais – do que o improvisado.



Mas sem Valdívia, contundido, o camisa 99 fez sua primeira partida pela equipe no ano. Ele esteve no departamento médico, mas estava encostado por essas pendências com os cartolas.

A volta não salva a lavoura, porque não se trata de um jogador tão regular a ponto de resolver todos os jogos, mas melhora bastante a qualidade de passes e a criação. Nas partidas anteriores sem o meia chileno, o time dependeu de Marcos Assunção, Tinga e Marcio Araújo para criar. Por mais que sejam volantes com mais ou com menos qualidade de passe, não são meias, que criam, armam, enxergam o jogo.

O meia

A ala santista do Futepoca pode escrever melhor, mas a rodada teve um outro meia fazendo diferença. E que diferença há entre o do time da Baixada e o supracitado do Palmeiras. Paulo Henrique Ganso é muito mais jogador do que Lincoln, e foi destaque na vitória do seu time na partida de quarta.

Tudo bem (3) que foi com contra o Mogi Mirim. Mas mesmo com os nove desfalques, colocou ordem na casa, deu passes aos montes e mandou avisar que vai deixar saudades (se e) quando deixar o Santos.

Que diferença faz um meia. Vai ver é porque estoque desse tipo de jogador anda baixo há alguns anos e essa ausência vem se tornando crônica.

2 comentários:

Nicolau disse...

O Palmeiras, em Lincon ficando, fica bem melhor com ele, Valdívia e Kléber. E lancemos a Campanha de Valorização do Meia! Defendo uma lei aprovada no Congresso que limite em 2 o número de volantes em cada time titular, sejam eles do tipo "que sabe jogar" ou não. Será que o Romário encampa o projeto?

Anselmo disse...

Cota para meia já!

Mas se abrir pra qm não sabe jogar, vai povoar o futebol de terceiros volantes.

acho q tem q ter regra clara: pra um meia cumprir a cota, ele tem de ser certificado. a certificação envolveria testes primários (manter a bola no ar por 20 petequinhas/embaixadinhas) e complexos (lançamentos de média e longa distâncias, com mínimos de aproveitamento).