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quinta-feira, março 24, 2011

Timão, o Rei, e a liderança

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Depois de alguns anos de Butantã, fui conferir o óbvio quando o assunto é assistir jogo no boteco: o Rei das Batidas, reduto de uspianos, estudantes e professores, e clássico absoluto da região. Eis que o bom bar tinha não uma, mas logo três televisões ligadas, uma delas com o jogo do Timão – nas outras passava o São Paulo.

Em minha jornada solitária, consumi duas cervejas e vi um Corinthians bastante aguerrido no primeiro tempo. Marcação adiantada, pressionando a saída de bola. Faltava um pouco saber o que fazer com ela depois de tomá-la, isso é fato. Mas foram bem umas duas chances mais ou menos – uma boa, com chute de Dentinho, que jogou bem – até o gol de cabeça de Paulinho, em escanteio batido por Morais.

Vantagem adquirida, surpresa das surpresas, o Timão recuou e assim permaneceu até o fim da primeira etapa. Postura triste para quem mostrou que podia mais, ainda que o Oeste não tenha construído nenhuma chance clara de gol – deixando para minha Serra Malte a maior parte das atenções.

No segundo tempo, novo período de animação. Aos cinco minutos, Dentinho tinha chutado outra perto da trave pouco antes de dar o passe para o belo gol de Liedson, o grande, que empatou com Elano na artilharia da competição, com impressionantes 10 gols em nove jogos disputados.


Feito o gol, feito o recuo, conforme a lei de Tite. E lá se vão mais uns bons minutos em que mesmo a Original meio sem graça que me foi servida após o trágico término das Serra Maltes levava vantagem sobre a partida. Tite, então, trocou Morais por Ramires e Jorge Henrique por Bruno César. O dois entraram acesos e, logo na primeira disputa, Bruno rouba a bola e passa para Liedson que não sei se chuta ou passa. O importante é que a bola cai para Dentinho fazer, meio de barriga. Ainda entrou William no lugar de Liedson, e em boa jogada pelo meio quase sai o quarto – mais uma participação decente do rapaz.

Nas TVs ao lado, o São Paulo levava 3 a 2 do Paulista de Jundiaí. Em parte, o resultado teve amplo protagonismo de Rogério Ceni, autor de um dos gols são-paulinos (o de número 99 do arqueiro) e responsável por falhas nos três sofridos. Com isso, o Timão passou à liderança isolada da pouco útil primeira fase do Paulista. Tal condição, no entanto, será colocada a prova no confronto direto exatamente com o Tricolor, no qual, fatalmente, Júlio César será a vítima do centésimo gol de Ceni – o Corinthians adora ajudar os rivais nessas. Mas isso não quer dizer que perderá a partida, que promete equilíbrio.

Adriano

Tem muita gente falando que o Imperador da Manguaça pode vir para o Corinthians vender mais camisas e aumentar a raiva da torcida flamenguista. O contrato seria “de risco”, com um (gordo) salário fixo de R$ 300 mil e valores variáveis que podem elevar os vencimento do cabra para mais de R$ 500 mil, caso o jogador cumpra alguns requisitos, como jogar bola e treinar. Quando esteve no Flamengo, treinando quando queria e se acabando na Cidade maravilhosa, Adriano foi artilheiro do Brasileiro e campeão. Como dirigente, não sei se contrataria. Se vier, comemoro aqui da mesa do bar e imagino uma dupla com o rápido Liedson num 4-4-2.

4 comentários:

Anselmo disse...

a previsão secatória de que Rogério Ceni faz o 100º contra o corinthians é um estratagema curioso. Se funcionar, só o tempo dirá.

Se não funcionar, vai ser motivo pra recomendar aposentadoria do arqueiro, que muito já fez pelo time, mas já não está naquela fase de outrora. É que seria uma chance de sair em um momento de pleno gozo da torcida.

Sobre o Adriano, acho que o Imperador da Manguaça, o Rei da Cocada Preta, vai fazer uns gols de fora da área, outros de cabeça, vai receber uns passes do Liédson... Mas vai se colocar na história como na condição de repatriador de atacantes acima do peso e em declínio.

E viva a democracia do Rei das Batidas. Um déspota esclarecido no que tange à distribuição de jogos de futebol por TV.

Leandro disse...

Parece inevitável que ocorram duas coisas deveras desagradáveis nos próximos dias: A vinda do Imperador da Manguaça para o Timão e uma derrota para o SPFC do agourento Carpegiani com direito ao 100º gol de Rogério Bambi Ceni.

Maurício Ayer disse...

Com certeza vão marcar pênalti contra o Corinthians e Rogério fará seu 100º. Mas a vitória será nossa. Está escrito.

Nicolau disse...

Maktub, diria o filósofo contemporâneo e adepto das artes ocultas paulo Coelho.