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quarta-feira, maio 11, 2011

Mas... já vai? OU Ih, já foi!

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Leio, sem surpresa, sobre a rescisão de contrato do atacante Fernandão (foto) com o São Paulo. Já era esperada essa saída, mas a presença do atacante na partida contra o Santos, na semifinal do Paulistão, há poucos dias, levantou a suspeita de que Paulo César Carpegini estaria considerando seu aproveitamento. Pura ilusão: contra o Avaí, pela Copa do Brasil, ele não seria nem relacionado para o banco de reservas, com uma esfarrapada justificativa de "revezamento" dada pelo treinador. Fernandão encerra uma passagem melancólica pelo Morumbi: em um ano, somente 39 partidas, 8 gols e nenhum título. Bem pouco para quem foi "sonho de consumo" por longo tempo da diretoria são paulina e que chegou dizendo que queria conquistar títulos e escrever o nome na história tricolor. Longe disso, muito longe.

De fato, seu início foi arrasador, sendo decisivo nas duas vitórias do São Paulo contra o Cruzeiro, pela Libertadores de 2010. Me deu a impressão de que poderia ter uma passagem semelhante a de Amoroso pelo time, em 2005, que entrou na reta final da Libertadores daquele ano, no lugar do contundido Grafite, foi crucial na conquista do título e, depois, no tricampeonato mundial em terras japonesas. Porém, de forma inexplicável, a breve interrupção do futebol brasileiro durante a disputa da Copa da África do Sul encerrou - prematura e definitivamente - a boa fase de Fernandão no São Paulo. Ninguém entendeu.

Os dois meses que separaram as partidas das quartas de final contra o Cruzeiro, em maio, e as semifinais contra o Internacional, em julho e agosto, foram suficientes para que o futebol do atacante evaporasse. Ele ainda conseguiu marcar gols no Campeonato Brasileiro, um deles numa vitória contra o Flamengo, outros em boas atuações contra o Palmeiras (time que pode ser seu próximo destino). Mas, de referência no ataque, passou a ser coadjuvante e, com seguidas contusões, chegou a passar 16 partidas sem sequer ser relacionado para o banco, neste ano.

De toda forma, é um jogador que respeito e acho que ainda pode render. Porém, não levará saudades da torcida sãopaulina. Boa sorte!

6 comentários:

Thalita disse...

uma pena. Achei que não estivesse jogando só por causa das contusões. Será que não era o caso de esperar um pouco pra ver se ele melhorava?

olavo disse...

Pra mim, não é que ele "decaiu" após a parada da Copa - contra o Cruzeiro é que ele foi surpreendente, depois seguiu o previsto.

Não esqueçamos que antes do tricolor o Fernandão tinha vivido uma péssima passagem no Goiás e estava escondido no famigerado "mundo árabe" - onde ninguém sabia como ele estava, se é que estava, rendendo.

O São Paulo ganha com a saída. E o time que contratar Fernandão, perde. Ele parece ser um cara de caráter, nem o estou culpando por nada, mas é que sua contratação é daquelas que gera o perigoso sentimento de "AGORA VAI".

Marcão disse...

Também lamento. Parecia que o cara ficaria um tempo no São Paulo, como o Dagoberto, por exemplo, que já está há quatro anos no clube.

O problema é que o jogador chegou num momento muito conturbado. Ele não foi um pedido do técnico Ricardo Gomes, mas sim do técnico anterior, Muricy. A tentativa de contratá-lo foi uma novela tão longa que, quando deu certo, Muricy já havia saído.

Vejam a diferença do que ocorre agora, por exemplo: Paulo César Carpegiani pediu a contratação do zagueiro Rhodolfo, bancou sua titularidade desde o início e o cara, seguro, tomou conta.

Muricy indicava e/ou vetava reforços. Quando saiu, o maluco do Juvenal Juvêncio tomou conta do hospício e, passando por cima do dócil e perdido Ricardo Gomes, fez uma baciada de 11 contratações (!!) inúteis, sem sentido e sem planejamento - casos de Léo Lima, Cléber Santana, Marcelinho Paraíba, enfim, um saco de gatos.

Foi nessa bagunça que Fernandão chegou. Suas duas primeiras partidas, impecáveis, deram a impressão de "salvador da pátria". Mas o problema do São Paulo era de comando, mesmo, o que só se normalizou com Carpegiani. Porém, seja porque estava contundido ou jogando mal ou que não tenha se encaixado no esquema do técnico, Fernandão percebeu que não teria mais espaço.

Quando os outros clubes perceberam isso e começaram a fazer propostas, o jogador entrou em acordo e saiu. Uma pena, concordo.

Renato K. disse...

Assino embaixo o comentário acima do Marcão. E lamento pela saída - precoce, pelo expectativa que se criou quando da chegada dele -, mas não dava mais, mesmo. Boa sorte e bola pra frente.

Moriti disse...

O Fernandão, de acordo com informações de bastidores do São Paulo, vem, desde o segundo semestre de 2010, sofrendo com um problema crônico no púbis, o que limita demais os movimentos (pelo menos foi o que me contou um colega que cobre o Tricolor pelo diário Agora).

Além disso, apesar do cara possuir bons recursos - passa bem, sabe fazer um/dois, pivô e cabeceia com qualidade - ele é "jogador de esquema", funciona com times bem treinados/entrosados, de preferência ao lado de dois atacantes rápidos. Na passagem dele pelo São Paulo, com a bagunça dos esquemas nos últimos tempos, isso não ocorreu.

Se tivesse pego o Muricy e a tal da contusão no púbis não tivesse surgido, provavelmente o desempenho seria outro.

cristiano disse...

Sei não. Acho que nesse time atual do São Paulo o Fernandão tem vaga. Quem sabe agora ele não pinta lá no meu Fogão? Reduzindo o salário, é claro!