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terça-feira, maio 10, 2011

Noam Chomsky e o 'supremo crime internacional'

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O filósofo e ativista político estadunidense Noam Chomsky resolveu se pronunciar sobre o assassinato de Osama Bin Laden. Seu artigo (a íntegra aqui) é digno de leitura e, para mim, possui dois trechos que merecem registro:

Poderíamos perguntar como reagiriamos se uns comandos iraquianos aterrisassem na mansão de George W. Bush, o assassinassem e lançassem seu corpo no Atlântico. Sem deixar dúvidas, seus crimes excederam em muito os que Bin Laden cometeu, e não é um "suspeito", mas sim, indiscutivelmente, o sujeito que "tomou as decisões", quem deu as ordens de cometer o "supremo crime internacional, que difere só de outros crimes de guerra porque contém em si o mal acumulado do conjunto" (citando o Tribunal de Nuremberg), pelo qual foram enforcados os criminosos nazistas: os centenas de milhares de mortos, milhões de refugiados, destruição de grande parte do país, o encarniçado conflito sectário que agora se propagou pelo resto da região.

Há também mais coisas a dizer sobre Bosch (Orlando Bosch, o terrorista que explodiu um avião cubano), que acaba de morrer pacificamente na Flórida, e sobre a "doutrina Bush", de que as sociedades que recebem e protegem terroristas são tão culpadas como os próprios terroristas, e que é preciso tratá-las da mesma maneira. Parece que ninguém se deu conta de que Bush estava, ao pronunciar aquilo, conclamando a invadirem, destruirem os Estados Unidos e assassinarem seu presidente criminoso.


Triste é perceber que poucos, no Brasil, chegam à essa conclusão.

2 comentários:

Luciano disse...

Aterrissar ficou com z

Marcão disse...

Opa, valeu! Corrigido.