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quinta-feira, maio 26, 2011

Santos 1 X 0 Cerro Porteño - de novo a vantagem mínima

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Mais uma vez, na fase de mata-mata da Libertadores, o Santos venceu sua primeira partida por 1 a 0. E, mais uma vez, poderia ter feito uma vantagem maior. Após um primeiro tempo em que o Alvinegro, depois de muito tempo, oscilou um pouco na parte defensiva (em especial nas bolas aéreas) perdeu algumas oportunidades, outras foram desperdiçadas no segundo tempo, especialmente a de Alan Patrick, aos 48, que facilitaria e muito o trabalho para a partida de volta.

Muricy preferiu adiantar Elano para que se aproximasse de Zé Eduardo e Neymar, sacando Alan Patrick, que só entrou no fim do jogo. A ideia foi válida, mas teve duas consequências: o meia santista, atuando nessa função, já não havia rendido bem em algumas ocasiões quando Adílson Batista era técnico. Novamente, o excesso de passes errados dele mostraram que ele sentiu pouco à vontade na função. Mas o pior foi Pará na lateral direita. Era por ali que o Cerro tentou atacar o Peixe durante o primeiro tempo e o reserva de Jonathan (contundido) demonstrou uma intranquilidade ímpar, além da condição técnica de sempre. Por aquele lado, a bola foi maltratada e quem assistia a partida também foi.

E era Neymar quem chamava a responsabilidade. E era ele quem buscava o jogo. E era ele quem armava. E era ele quem criava as chances. Após a contusão de Ganso, o garoto se agigantou e se tornou protagonista da equipe não só por conta da técnica e habilidade, mas por conta de sua personalidade. E foi dele que saiu o lance do gol santista. Dois dribles na área do Cerro Porteño, a jogada de linha de fundo e o cruzamento perfeito para Edu Dracena marcar. Ele, que quase enterrou o time na partida contra os paraguaios ao fazer um pênalti desnecessário na primeira fase, se redimiu. Como a bola tocou dentro do gol e depois saiu, Léo ainda fez o favor de mandá-la definitivamente para as redes, provavelmente tentando evitar que o claudicante Jorge Larrionda repetisse seu feito histórico do confronto entre Inglaterra e Alemanha na Copa de 2010.


Logo na sequência do tento alvinegro, o Cerro quase empatou em cobrança de falta na área, uma bola perigosa que Rafael defendeu com os pés. E essa foi a oportunidade paraguaia. Embora tenha chegado próximo à área santista algumas vezes, essa foi a única defesa efetiva do goleiro peixeiro. No primeiro tempo, os donos da casa chegaram, mas Zé Eduardo fez o favor (ao adversário) de tirar uma bola do pé de Danilo, que chegava de frente para o gol de Barreto. O arqueiro evitou também um gol de Léo, que finalizou na grande área depois de bela assistência de Neymar.

Na segunda etapa, com a marcação arrumada no lado direito, o Santos voltou a criar. Quase sempre com Neymar, que quase fez um golaço por cobertura, de bate pronto, mas Barreto espalmou. Enquanto isso, seu companheiro de ataque, Zé Eduardo, que parece vítima de “coisa feita”, perdia bolas, arruinava contra-ataques, não alcançava a redonda e ainda tinha tempo de atrapalhar os companheiros. Com a volta de Maikon Leite, que entrou bem no segundo tempo, deve perder o lugar no ataque. É bom lembrar, inclusive, que foi a velocidade do reserva alvinegro que deu a vitória ao Santos no jogo contra os paraguaios na casa deles, na fase de grupos.

E partida terminou com a já citada oportunidade perdida por Alan Patrick, quando Larrionda já se preparava para encerrar sua via crucis. Como não deixam esquecer os comentaristas, não tomar gol dentro de casa é muito bom nesse tipo de competição, mas a vantagem mínima deixa o clube paraguaio, que sofreu sua primeira derrota fora, vivo no duelo. Mas vão deixar espaços para o contra-ataque santista. Diante desse cenário, Muricy vai deixar Maikon Leite no banco?

19 comentários:

Marcão disse...

Putz, aquele chute do Alan Patrick no último minuto teria carimbado a vaga na decisão. Mas o Cerro é fraco, não acho que tenha condições de reverter essa derrota. Fosse um time pouca coisa mais habilidoso, teria empatado, num momento em que resolveu partir pro ataque. Não é o caso.

Leandro disse...

A respeito do Neymar, como diz o Luciano do Valle, "Ele é fora de série, a gente não cansa de dizer...". E não cansa, mesmo.
E o garoto tem tudo para fazer uma história ainda mais interessante que a do Pelé em termos de conquistas para o clube, pois vai vencer a Libertadores num momento em que ela vale muito, em que ela realmente tem importância para os clubes brasileiros.
Quanto o Rei ganhou a coisa era diferente, e ele ficou marcado por seu futebol mundo afora não tanto com a camisa do Santos, mas com a da seleção.
Com o Neymar, quer me parecer que vai ser diferente nestes dois aspectos, para o bem dele e do Santos FC.

Glauco disse...

"Mas o Cerro é fraco, não acho que tenha condições de reverter essa derrota. Fosse um time pouca coisa mais habilidoso, teria empatado,".

Não entedi, Marcão. O Cerro é fraco, mas se fosse um pouco, só um pouco, mais habilidoso teria empatado. Se precisa de pouco, não deve ser tão fraco. Ou o Santos que é fraco. É isso?

Leandro, difícil dizer o quão importante é um campeonato ou não em cada época, em contextos tão distintos. Seguindo essa lógica, pode-se dizer, sem medo de errar, que ganhar um Paulista nos anos 60 era mais importante que ganhar um na época do amadorismo do futebol paulista, com duas ligas paralelas, ou do que nos anos 90. Ainda mais levando-se em conta que o título do Paulista nos anos 60 dava vaga no único torneio nacional à época, a Taça Brasil, que, consequentemente, dava vaga para a Libertadores. Talvez, aliás, por isso que a Libertadores era "menos importante" na época: o acesso a ela era bem, mas bem mais restrito que hoje, ainda mais para o trio de ferro. Fica fácil desdenhar.

Mas é bom às vezes conversar com os irmãos sul-americanos sobre a "falta de importância" da Libertadores à época. Tem torcedor do River que lembra de boa parte da escalação do Santos que calou a Bombonera em 1963. De um deles que conheci em Buenos Aires, aliás, comprei uma revista El Gráfico da época que mostra bem o quão desimportante era o torneio.

Leandro disse...

Sem dúvida, Glauco. A Libertadores, "La Copa", há muito tempo (para não dizer desde sempre) vale muitíssimo para os nossos vizinhos.
Aqui no Brasil, não. Até a primeira metade dos anos 90 os times jogavam com equipes "alternativas". O próprio SPFC, em 1992, fez isso. Sem falar que até os anos 90 os jogos não eram sequer televisionados em TV aberta, numa época em que TV por assinatura nem se cogitava, e parabólica era artigo de luxo para pouquíssimos endinheirados.
Sobre o Paulistão, basta ver que desde os anos 60, para não termos que ir muito longe, até os 90, ele era o objetivo das equipes, e não um "caminho" para a Libertadores. A competição continental era uma consequência, e não raro era objeto de solene desdém por parte da brasileirada.
A própria Copa do Brasil, criada em 1989, não nasceu com o objetivo de ser o hoje tão famoso "atalho para a Libertadores". Foi feita com o intuito de levar o Flamengo ao Acre, o Corinthians ao Amapá, o Atético Mineiro ao Mato Grosso, o Palmeiras ao Espírito Santo...
A "moda" (no bom e no mal sentido) em relação à competição sulamericana é fenômeno bastante recente nestas gloriosas terras tupiniquins.

Glauco disse...

Bom, acho que os jornais da época dizem outra coisa, mas enfim...

Quanto ao fato de Pelé ser conhecido mais pela seleção brasileira do que pelo Santos, também é outro fato visto pelos olhos de hoje. Em boa parte da época em que Pelé jogou, não havia transmissão ao vivo e a importância de se jogar no exterior era muito grande. E o Santos, até para sustentar o grande time que teve, viajava para a América do Sul em um semestre, e pra Europa e outros locais em outro. Ou seja, corria muito mais o mundo que a seleção, sempre com Pelé como astro da companhia, como mostra, aliás, esse cartaz aqui que anunciava um amistoso entre Santos e Barcelona, confeccionado pelo clube da Espanha. Note o respeito pelo "campeão do mundo interclubes".

Aliás, o atual técnico do Barcelona, Pep Guardiola, foi quem disse, referindo-se àquela equipe, que "o Santos, se não foi o melhor, foi um dos melhores times de todos os tempos".

Marcão disse...

Lá vem o Glauco, na defensiva (rsrs). Todo mundo que gosta de futebol e que vê os jogos do Santos do ano passado pra cá sabe que é um dos times mais fortes e ofensivos do planeta. Mesmo assim, em determinado momento do jogo, levou alguma pressão - algo extremamente natural, pois o adversário corria atrás do prejuízo. Porém, o Cerro não fez o gol, não teve habilidade nem objetividade. Não fez o gol e me parece que não consegue produzir muita coisa além do que mostrou - o que não é o caso do Santos, que pode, sim, vencer lá no Paraguai.

Eduardo Maretti disse...

Glauco, sua esperança de que Zé Eduardo dê lugar ao Maikon Leite é a mesma que a minha.

Mas o Muricy permanece (pelo menos parece) firme na teimosia: "Vocês (jornalistas) enxergam muito o lado negativo da coisa. Uma parte vaiou [Zé Eduardo] e a outra aplaudiu". E ainda: "é preciso dizer que o Zé não estava mal. Ele nos ajudou muito".

Vai ver que mal estávamos nós, os torcedores.

Marcão disse...

O colega jornalista (e santista) Luiz Gallo observou há pouco que, no início, Zé Love era meia, e depois foi adaptado como atacante. Procede essa informação?

Glauco disse...

Marcão, no Santos do Dorival, quando ele entrava era no lugar do André. Mas pescando no Google, ele era chamado de "meia-atacante" tanto no ABC-RN e América-MG.

Marcão disse...

Ah, olha aí. Porque o povo comentava aqui que ele não tem o "cacoete", o jeito de centroavante. O que, concordamos todos, não justifica os gols - praticamente feitos - que perde.

Marcão disse...

Nessa página aqui, do elenco do ABC de Natal, Zé Eduardo aparece com a camisa do América-MG e relacionado como primeiro entre os meias:

http://www.abcnatal.com.br/ELENCO_2009/elenco2009E.htm

Leandro disse...

O curioso é que os europeus supostamente tinham (têm) respeito pelo campeão mundial, mas na hora de jogar a final chegaram a mandar os vice-campeões da Europa sob uma série de alegações.
Quer me parecer que eles sempre deram e continuam dando valor apenas à competição continental deles, e não estou argumentando para desdenhar, como também não usei a questão do antigo desinteresse dos brasileiros para desdenhar.
São meras constatações, mas não aprovo o enfoque brasileiro de outrora nem o enfoque europeu de até hoje em dia.
No que se refere ao comportamento atual do pessoal das Zoropa, basta lembrar a relativamente recente final entre Manchester e Palmeiras.
Enquanto o Palmeiras chegou ao Japão um tempão antes dos adversários (como costuma ocorrer com sulamericanos), os ingleses chegaram quase na véspera do jogo, ganharam, comemoraram de forma desinteressada e protocolar, meteram a taça num saco, entraram no avião com cara de paisagem e voltaram para casa em seguida, enquanto os jogadores e torcedores palmeirenses se descabelavam.
E seria o mesmo com o Deportivo Cali, derrotado na final daquele ano, ou com o Corinthians, eliminado nas quartas-de-final.
É cultural, e eu não aprovo isso, insisto.

Ricardo disse...

Bem, eu, como representante europeu do blogue, diria que o Leandro tem razão no que diz. A Taça Intercontinental é um troféu que nunca interessou por aí além às equipas europeias. Acima de tudo, porque não é uma competição no tempo, é só um jogo. Ou era - de há uns 3 anos para cá inventaram um novo formato mas que na prática acaba quase sempre (sempre?) por dar o vencedor da Champions com o vencedor da Libertadores. E esse facto - um jogo apenas - faz desvalorizar qualquer competição porque permite que uma equipa com menos valor possa vencer, ou seja, abre portas a uma maior aleatoridade do vencedor. Só assim se compreende que estejam tão equilibrados os troféus entre clubes europeus e sul-americanos. E também pela preocupação evidente que os sul-americanos têm em preparar a competição, como diz, bem, o Leandro.

Aliás, o único interesse que há nessa Taça é quando chegam argentinos ou brasileiros à mesma. Lembro-me que o Porto, para mal dos meus pecados, ganhou a Intercontinental em 2004 contra o... Once Caldas. Uma equipa tão fraca que metia dó.

Quanto ao Santos, estou surpreendido com esta equipa. Se, por um lado, tem grandes jogadores, valores que claramente não ficarão muito mais tempo no Brasil, por outro a forma como a equipa joga não me parece explorar bem o talento que tem. Um jogo muitas vezes mastigado, pouco fluido, pouco criativo, os laterais ou participam de forma desenfreada na vertigem do ataque ou esquecem-se de participar na posse com mais critério. É um tudo ou nada um bocadinho irritante. Na sua medida, embora ainda mais desorganizado, lembra-me o Benfica desta época: uma equipa vocacionada para o ataque mas incapaz de pautar o jogo e controlar os momentos em que ele pede que a bola gire sem vertigens nem histerias. E uma grande equipa tem de saber o que fazer com a bola para além de atacar a baliza.

Abraço.

Glauco disse...

ó pra resgatar a argumentação: destaquei o cartaz feito pelo Barcelona para destacar o amistoso contra o Santos para divergir de que Pelé era conhecido também pelas suas atuações pelo Peixe mundo afora.

Quanto ao deprezo atual pelos europeus, aproveito pra perguntar e fazer outro resgate com o Ricardo: pelo que você vê em Portugal e entre os benfiquistas, antes, quando as disputas pelo Mundial eram em melhor de três partidas e jogava-se nas duas casas, ele era mais respeitado? O pessoal mais velho daí comenta a decisão do Mundial Interclubes de 1962?

Ricardo disse...

Sim, Glauco, tenho essa sensação - nessa altura ligava-se mais para a Intercontinental, até porque as equipas sul-americanas tinham um prestígio na Europa que hoje não me parece existir tanto. Os encontros entre Benfica e Santos foram muito aclamados e ainda hoje se fala nisso, muito por terem tido o sal de poder ver em "confronto" Eusébio e Pelé - no qual o brasileiro arrasou, com um hat-trick na Luz, no 5-2 do Santos em Portugal.

Mas parece-me que, mesmo nessa época, a competição nunca chegou a ter a mesma importância que ainda hoje é dada pelos sul-americanos. Foi mais por ser o Santos do que propriamente pela importância dada à competição. Por exemplo, no ano anterior, o Benfica disputou e perdeu (2-1) a mesma Taça contra o Peñarol e desse jogo já não restam tantas memórias emocionadas. Ainda que o Peñarol dessa altura fosse também ela uma grande equipa de futebol.

E, sim Glauco, na Europa Pelé era e é conhecido não só pelas prestações pela canarinha. O Santos dessa era e o Pelé no Santos dessa era são relembrados e muito. Digamos que, em termos de equipas míticas do futebol brasileiro, na cabeça dos europeus está em primeiríssimo lugar o Santos. São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Flamengo, Fluminense, Vasco aparecem em destaque também mas bem atrás do Santos. Muito, claro, se deve ao facto de por lá ter andado um Edson Arantes do Nascimento...

Glauco disse...

Valeu pelos esclarecimentos, Ricardo.

Leandro disse...

Também agradeço ao Ricardo.
E digo que, de fato, seria inevitável um embate entre Eusébio e Pelé passar batido da memória coletiva dos lisboetas em geral. Até um par ou ímpar envolvendo estes dois gênios ficaria marcado.
Mas isso não quer dizer que a labuta do Rei com a gloriosa camisa do Santos tenha tido todo este espaço mundo afora.
Basta ver a final do ano seguinte, a respeito da qual a própria mídia brasileira até hoje perde mais tempo tergiversando acerca da suposta dopagem de Almir. Já para a mídia italiana de ontem e de hoje, isso não faz lá muita diferença, para não dizer nenhuma, lamentavelmente.

Glauco disse...

Só lembrando que o confronto entre Pelé e Eusébio em uma Copa do Mundo se deu em 1966, com vitória portuguesa. O Pelé que encantou Portugal foi o que vestiu a camisa do Santos em 1962, naquela que ele mesmo considera a maior partida que o Peixe (e ele) disputou, dada a qualidade do adversário, que já vendia ingressos para a terceira partida que não houve, e em função de a contenda ser fora de casa. Há dois depoimentos de protagonistas daquela partida, colhidos por Odir Cunha, que dão a dimensão do que foi a peleja em Lisboa:

“Um espetáculo. Foi uma noite excepcional do futebol. Mesmo perdendo por 5 a 2, nós não nos sentimos derrotados. Saí de campo com uma impressão diferente do que era futebol. O Santos era superior porque tinha jogadores excepcionais. O Santos tinha um time maravilhoso” (José Augusto, ponta-direita do Benfica e da Seleção Portuguesa).

“É muito difícil encontrar tanto craque, tanto jogador inteligente como naquele time. Eu comparo o Santos de 62 com a Seleção do Brasil de 70. Considero as duas as melhores equipes de futebol que eu vi até hoje. A Seleção de 70 é a confirmação de um modelo de jogo que o Santos já vinha demonstrando há muito tempo” (Simões, ponta-esquerda do Benfica e da Seleção Portuguesa).

Quanto às partidas contra o Milan, dois detalhes: no primeiro jogo, em Milão, os donos da casa venceram por 4 a 2. As decisões foram no Maracanã, ou seja, longe da Itália. Pelé não jogou as duas partidas, Zito também não e, diante do modo de jogar italiano, bem distinto do jogo limpo dos portugueses, a trinca de partidas foi muito mais dura e pegada, sem a mesma técnica da decisão de 1962. Aí já há três motivos para os italianos não "lembrarem"...

Quanto à parte da mídia brasileira falar só do Almir, nada surpreendente, dada a qualidade do jornalismo tupiniquim. Se ele tivesse sido campeão mundial, naquelas condições, com algum outro time mais bem quisto pela mídia dessas bandas, certamente teria sido beatificado antes de João Paulo II e estaria em altares de algumas torcidas organizadas.

Leandro disse...

Mas Pelé jogou nos 4x2 em Milão, não?
De qualquer modo, considerando santistas da velha e da nova guarda que conheço, posso afirmar que seu conhecimento e interesse em relação a estas contendas é bastante diferenciado do da maioria esmagadora de torcedores do time praiano, caro Glauco.
Os santistas de ontem e de hoje preferem lembrar, por exemplo, as vitórias de 1984 e de 2002 contra aqueles que têm como o maior rival, sabendo-se que a recíproca não é verdadeira no enfoque corinthiano, como já analisamos aqui.
Mas certamente todos eles, e também nós de outros times que gostamos de futebol, levaremos na memória o que será um espetacular embate entre Messi e Neymar, dentro de alguns meses.
Uma pena que este encontro não possa ser antecipado para agora, nas fases finais da Libertadores, pois o argentino deveria estar brilhando numa equipe de sua terra, e não na de seus ex-colonizadores.
Quanto a Almir, acompanhei o assunto muito pela rama, mas concordo com o que você coloca quanto ao tratamento que a imprensa oferta a determinados times.
Tivesse sido pelo Corinthians, por exemplo, não só as críticas e ilações seriam numa carga ainda maior, como também imagino que o sujeito teria até sido assassinado bem antes do que foi.