Compartilhe no Facebook
Por Moriti Neto
Nesta terça-feira, 13, o resultado de Barcelona x Milan, no Camp Nou, pela Liga dos Campões, empate em 2 a 2, não mostra nem de longe o que foi a peleja. O time catalão teve amplo domínio da situação e não venceu por que o futebol é um negócio estranho, como bem observou o Nicolau outro dia.O Barça teve mais de 70% de posse de bola. Chutou 14 vezes com perigo ao gol milanês. Só Messi finalizou oito vezes, mais do que o time italiano todo, que realizou seis arremates. Domínio mais que amplo e com bom futebol. Claro que não à altura do que os azul-grenás apresentaram na temporada passada, mas, salvo alguma anormalidade, ficou nítido que o Milan, para arrancar o empate, precisou jogar no limite. Não deve exibir muito mais no restante do ano. Já o Barcelona tem espaço para crescer consideravelmente. Talvez ao ponto em que chegou à finalíssima da Liga passada, quando protagonizou um dos maiores bailes da história numa decisão de torneio de expressão mundial. Os 3 x 1 contra o nada frágil Manchester United, na Inglaterra, foram uma aula de futebol.
Ainda ontem, o atacante do Corinthians, Emerson Sheik, em participação no Cartão Verde, da TV Cultura, dizia que assistiu a Barcelona e Milan e que, apesar do empate, a partida parecia um treino de ataque contra defesa.
A declaração me lembrou um Portuguesa e Flamengo, disputado lá em 1984, pelo Campeonato Brasileiro. A Lusa jogava no Canindé contra o Rubro-Negro de Júnior, Leandro, Andrade, Adílio, enfim, aquele timaço que, mesmo sem Zico (negociado com a Udinese, da Itália) jogava um bolão.
Tá aí o Tite no Guarani, vice-campeão brasileiro em 1986 |
Como diz o Xico Sá, o Barcelona, em cada jogo, “não tem tempo de sentir saudade da bola”. Os adversários, ao contrário, devem ter sensação semelhante à de Tite: angústia por não conseguir tocar o grande objeto de desejo presente no campo.
6 comentários:
Não sei por que, mas eu sempre tive a impressão de que o Tite tinha sido zagueiro. Deve ser preconceito.
rapaz! a frase do tite ficou meio inverossímil... pra soar factível, seria algo como:
"Que bom resultado? A nossa jogabilidade está comprometida pela jogabilidade deles. A nossa pegabilidade da bola ficou muito restrita à tocabilidade do time da casa".
Mas acho bom o Barcelona ter empatado. Futebol, quando bonito, é melhor de ser jogado. Mas futebol também é bonito porque é imprevisível e nem sempre o melhor ganha.
Mas que é melhor que os times joguem melhor, ah, isso é.
Eu vi o segundo tempo do jogo e o Barcelona, de fato, dominou amplamente, mas parecia mostrar certa preguiça de acelerar e matar o jogo. Em geral, torceria para eles levaremo gol de empate pra ficarem espertos, mas o Milan merecia menos: só tentava uns contra-ataques com um Seedorf isolado, mal tinha pretensão de virar a partida. Enfim, futebol é um negócio estranho.
De Marcelo, o Tite, em geral, jogava de meia e segundo volante, como no Guarani da foto. Na Portuguesa, em 84, jogou improvisado como atacante.
Anselmo, creio que o cara ainda não tinha elaborado - ou deixava pros vestiários - o dialeto "titês". Já pensou? Dó dos companheiros de equipe.
Nicolau, futebol é mesmo um negócio estranho, mas que o Barça é muito melhor que o Milan, isso é.
Dois destaques do jogo que nós malas não citamos foram o golaço de Pato, enxergando um buraco no meio da marcação do Barcelona, e a jogada de Messi no primeiro gol, meio que um drible da vaca coletivo na zaga do Milan. Coisa linda.
Verdade, nós malas esquecemos de citar isso tudo. Além de ver o buraco, a arrancada do Pato foi formidável.
Já Messi... Esse é Gênio.
Postar um comentário