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segunda-feira, setembro 12, 2011

Inter faz 3 e a seca alviverde continua. Na descendente

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O Palmeiras perdeu do Internacional por 3 a 0 no Pacaembu, no domingo, 11. O desastre foi o primeiro revés como mandante no campeonato, o que não deixa de ser uma informação surpreendente para um time em queda de produção no campeonato. Outro dado terrível para o torcedor palmeirense é que o time não venceu desde o início do segundo turno. A última vez em que três pontos foram somados em um só jogo aconteceu em 28 de agosto, contra o Corinthians. Depois disso, duas derrotas, dois empates. A oitava posição mostra um agravamento da descendente em que se encontra a equipe.

Sem Kléber, sem Valdívia, sem Maikon Leite, o Palmeiras fez um jogo até que bom. Estava bem quando tomou o primeiro. No início do segundo tempo, teve momento muito favorável, só não conseguiu transformar cinco boas oportunidades, criadas nos quinze primeiros minutos da etapa final, em um golzinho sequer. Depois ainda poderia ter feito melhor, especialmente com as chances de Luan chutar, mas nada. Fernandão e Ricardo Bueno, atacantes contratados há pouco, estiveram em campo e, como revela o placar, passaram em branco. Pareceu desnecessária a saída de Vinícius, que vinha bem, mas era preciso mexer no time.

Quem viu resultado nas substituições foi Dorival Júnior, porque os gaúchos passaram a segurar melhor a bola lá no campo de ataque depois que D'Alessandro saiu para Ilsinho entrar. E, quando sobrou para Leandro Damião, acabou-se o jogo com o 2 a 0 assinalado no marcador. O terceiro ainda sairia para a função pá de cal. Leandro Damião dominou, tirou o zagueiro. Deu um toque driblou o goleiro. Só não entrou com bola e tudo porque teve humildade. O mais incrível foi ver a torcida xingando mais o vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo, do que a qualquer um. Apesar de toda a história de que o contrato de Luiz Felipe Scolari já não exigiria pagamento de multa rescisória milionária, o torcedor continua preferindo que o técnico permaneça no time.

A impressão é mesmo a de que, por um lado, falta pouca coisa para o resultado final ser diferente. Quando a movimentação e o posicionamento tático acontecem como pediu o treinador, compensa-se a falta de criatividade no meio de campo e todas as limitações. O time chega, mas não marca. Quando a turma cansa ou se desconcentra, nem reza brava resolve. O maior exemplo dessa limitação é que as esperanças de criação estão nos pés de Marcos Assunção (principalmente nas cobranças de falta e escanteio) e nos dos zagueiros Thiago Heleno e Henrique. Quando o que deveria ser elemento surpresa virar regra, preocupa. Ok, o Inter mostrou-se um bom time, com meias criativos e variação, além do artilheiro que resolve quando encrenca. O Palmeiras foi mais ou menos o oposto. Só que, por incrível que pareça, jogou bem e continuou mostrando o crônico problema de não conseguir fazer a redonda ultrapassar a meta adversária. Dureza.

8 comentários:

Moriti disse...

O Palmeiras não jogou mal. Teve pelo menos meia dúzia de chances de marcar, em mais de 20 finalizações.
O problema é a ausência de duas referências? Pode ser. Falta alguém para fazer a bola andar mais redonda no meio, mas o principal, como no São Paulo, é a falta de um centroavante competente. Se o Leandro Damião estivesse com a camisa trocada ontem, o placar seria invertido.

Nicolau disse...

Interessante no relato de um time jogar bem e perder de 3 a 0 é que ele passa como um testemunho do impressionante equilíbrio do campeonato. Não fosse a baderna do calendário, com a Copa América e a Libertadores tirando jogadores e foco dos times por boa parte do certame, teríamos um Brasileirão ainda mais legal, com times mais azeitados. Os clubes precisam pressionar a CBF para acertar esses ponteiros e ajeitar o calendário - e não chorar toda rodada pela falta de jogador...

Glauco disse...

"Os clubes precisam pressionar a CBF para acertar esses ponteiros e ajeitar o calendário".

Tá aí uma coisa fácil de se fazer...

Moriti disse...

Bem difícil rolar essa pressão. Os clubes, em geral, defendem os próprios interesses - e nem critico tanto isso dadas as condições do sistema atual. Mas, que não há pensamento coletivo, não há.

Até quando aparece alguém "peitando" a CBF, como o São Paulo, vem na defesa de interesses próprios e, o pior, metendo os pés pelas mãos, sem garantir alianças com outros clubes. Ao contrário, cheia de soberba, a diretoria achou que representava "o maior clube do universo" e despertou a bronca dos "coirmãos".

Difícil.

Leandro disse...

Doutor, eu não me engano, o Damião é corintiano...
Mas, em compensação, do outro lado da ponte aérea o palmeirense Diego Cavalieri não deixou sequer uma gota de suor sobre sua camisa de goleiro em mais de noventa minutos de jogo. E ainda assim, Tite entende que o time apresentou-se bem.
Se Scolari sair do Palmeiras seria uma boa opção no outro Parque?
Sei que vou contrariar muitos dos colegas daqui do blogue, mas eu prefiro o "profexô" Luxa, que também está com a batata assando na Gávea.

Nicolau disse...

Landro, minha contrariedade com essa ideia já foi maior. O "profexô" Luxa está fazendo um bom trabalho no Flamengo, procurou as peças para melhorar o elenco (o lateral esquerdo do Campeonato Carioca era um terrível Egidio, não acertava um passe...) e achou a melhor posição para o Gaúcho jogar bola. Mas fazia muito tempo que ele não montava um time convincente e, ainda assim, é um salário gigantesco. Não sei se o custo-benefício vale.
Moritti, não sei se é tão difícil assim. A CBF talvez não fizesse oposição muito ferrenha à ideia, a Globo pode até gostar. Mas você tem razão que o clima entre nossos diletos dirigentes é dos piores. Quando sequer se cogita de a CBF fazer jogo político com a tal taça de bolinhas é porque o pessoal perdeu de vez a noção do que é relevante...

Moriti disse...

O problema é que nesse jogo político só a CBF e a Globo é que têm jogado bem.

Os clubes - que são os que dão dinheiro às entidades que "organizam" o futebol - ou ficam a reboque da CBF ou se articulam mal para se opor. Um dos motivos incentivadores disso, como já disse acima, são preocupações só com os interesses próprios e imediatos. De relevante? Esquece.

Anselmo disse...

o custo benefício do luxemburgo não vale. mas, por esse ponto de vista, seria bom para este palmeirense ver o corinthians fazendo uma opção que não valeria a pena em termos razoáveis.