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domingo, outubro 23, 2011

Flamengo 1 X 1 Santos - Pra variar, Neymar

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Sem Ronaldinho Gaúcho do lado do Flamengo, ainda sem Ganso (que deve estar na reserva na partida contra o Atlético-PR) do lado santista, ninguém duvidava que o astro do embate que nem de perto foi parecido com o do 1ºturno seria Neymar. Ele fez o tento de empate do Santos, em cobrança de pênalti sofrido por Alan Kardec. Ele também passou por marcação tripla, inventou drible, bateu escanteio de três dedos – sendo “xingado” por conta disso pelo goleiro Felipe, que ficou a ver navios no lance -, deu assistência, finalizou de fora da área...




Mas seus colegas de time não o acompanharam. Desta vez, não havia o artilheiro do Brasileirão ao seu lado. Borges, suspenso, não atuou, assim como Léo, mais uma vez, que cedeu lugar a um Durval improvisado como lateral-esquerdo. Difícil imaginar Neymar tabelando com um beque ao seu lado, né? Pois é, não aconteceu isso mesmo. Novamente, a falta de criatividade do meio de campo ficou evidente, ainda mais com a saída de Arouca por contusão no segundo tempo. Ibson, que entrou em seu lugar, continuou não dizendo a que veio; Alan Kardec também não conseguiu ser efetivo na sua função de atacante que volta para armar e Renteria, jogando na função de Borges, foi pouco mais que nulo a maior parte do tempo.

Só dá ele. Foto Santos FC.
Restava Neymar. O Flamengo sabia disso e Willians tentou marcá-lo durante parte significativa do jogo, outros se revezaram na função de fazer fal... ops, ficar em cima do Joia. Mas a missão hoje era quase impossível. Sabedor de que é o craque da equipe, ainda mais com os desfalques, fez de tudo. Segundo as estatísticas, foi o maior passador eu maior finalizador do time. Dribles? Foram 19 no jogo. Sofreu um pênalti não marcado pela arbitragem quando o jogo estava 1 a 0, erro que acabou sendo “compensado” pela anulação de um gol legítimo do Flamengo. O Santos teve também um gol anulado, corretamente. No geral, pelo que jogaram os dois times (nenhum primor técnico de parte a parte), o empate foi um resultado que ficou de bom tamanho.


Claro que o “profexô” tinha que tentar desviar o foco. O alvo? O craque. Disse Vanderlei Luxemburgo depois dos 90 minutos: "Só queria lembrar que acho o Neymar um dos melhores do Brasil e do futebol mundial, com muita capacidade de jogar bola. Mas estão confundindo marcação com deslealdade. Existe uma proteção muito grande e acho que para o crescimento dele, seria bom que os árbitros apitem o jogo normalmente. Essa proteção pode trazer um prejuízo muito grande para ele na frente. Mas o futebol dele nem se discute, deve ser o grande nome do Brasil na Copa do Mundo de 2014". (O resto está aqui).

Fico comovido com a preocupação do treinador com Neymar, com o Brasil, com a Copa e com tantos outros motivos nobres que devem angustiar a sua alma. Mas a cantilena não é nova. Quando era comandante palmeirense, Luxemburgo disse quase a mesma coisa, com quase as mesmas palavras (aqui). Ou seja, o profexô aparenta ter uma birra muito mal disfarçada com Neymar, atleta mais do que mal aproveitado em sua derradeira passagem pela Vila Belmiro, quando o garoto frequentava mais o banco do que os gramados mesmo tendo sido um dos principais atletas do Santos com o treinador que antecedeu o Luxemburgo. Que tal cuidar um pouco mais do seu time, que periga ficar sem vaga na Libertadores, hein, “profexô”?

8 comentários:

Anselmo disse...

me surpreendi ao saber que o neymar empatou com o guga com 74 gols, figurando entre os maiores artilheiros da era pós-pelé. e aos 19 anos. impressionante.

sobre o luxemburgo, ele sabe desviar a atenção da mídia... é realmente bom nisso. poderia prestar assessoria de imprensa para alguns ministros de estado.

Glauco disse...

Ele tem um gol a mais que o Giovanni e o próximo a ser ultrapassado é o Kléber Pereira, que tem 87 gols. No topo pós Pelé estão Serginho Chulapa
e João Paulo, com 104 gols, Juary, com 101, e Robinho, que tem 94.

Já pra entrar na lista dos dez maiores a coisa fica mais complicada... O décimo é Tite (não é o técnico do Corinthians), que jogou no Peixe entre 1951 e 1957 e depois de 1960 a 1963. Tem 151 gols.

Marcos disse...

O Robinho tem 94 gols pelo Santos? "Impressionante." (2)

O Santos é uma fábrica de artilheiros.

Marcos disse...

A propósito: o Dodô, que também marcou muitos gols pelo Santos, fez exatamente 94 com a camisa do São Paulo. Dos que estão no elenco, Luís Fabiano fez 119 e já é o 10º maior artilheiro do São Paulo, empatado com Pedro Rocha. Rogério Ceni, com 103, é o 16º. E Dagoberto chegou a 61 gols pelo São Paulo, empatando, na 28ª posição, com o centroavante Baiano, que jogou entre 1961 e 1963. Está a 10 gols de empatar com os 71 marcados pelo Palhinha entre 1992 e 1994.

Glauco disse...

Será que vão deixar ele empatar com o Palhinha ou vai sair antes disso, Marcão?

olavo disse...

Não tá legal ver o Santos jogando no sistema tático TNNQER (Toca No Neymar Que Ele Resolve). Para o bem do time e do próprio garoto, precisamos de variações.

Nicolau disse...

Gostei do sistema tático, Olavo, hehe. Mas acho que só vem coisa nova no Peixe com a volta dos contundidos. E quando, se forem espertos, diretoria e Muricy derem umas duas semanas de folga pro garoto.
Comentário nada a ver: acho toscos em geral esses apelidos que a mídia coloca, como Liedshow, Dagol, e assemelhados. Raramente sai alguma coisa legal. "Joia", em relação ao Neymar, pra mim, não é um desses casos. Acho feio pacas, rs...

Marcos disse...

Então, Glauco, acho que o Dagoberto já está fora do São Paulo, está esperando apenas terminar o ano. Por isso ele terá os sete jogos restantes do Brasileirão e mais as partidas da Sul Americana, se o São Paulo avançar. Acho que dá tempo de marcar mais uns 4 ou 5 gols, mas dificilmente faria os 10 para empatar com o Palhinha.