Destaques

segunda-feira, novembro 21, 2011

Timão 2 x 1 Galo: Liedson e o Imperador

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

E ganhamos do Galo! Mais uma vez, sofrido e suado demais. E com mais coelhos sacados da cartola de Tite, que novamente ajeitou o time no segundo tempo.


O Corinthians fez um primeiro tempo mais ou menos. Controlou a posse de bola, mas pouco chegou de fato ao gol do Atlético, que também teve poucas chances em contra-ataques. Os paulistanos insistiram em cruzamentos pouco efetivos.

A segunda etapa começou com o Galo se impondo mais no ataque, o que resultou no gol de Leonardo Silva, de cabeça, numa jogada com cara de ensaiada do ataque mineiro. Aos 10 minutos. Desalentador.

Tite então trocou o exausto Danilo por Alex, que voltou de contusão e entrou muito bem. Pouco mais tarde, uma mudança mais interessante, que eu na hora classifiquei como desespero do treinador: tirou William para a entrada de Adriano, que eu, descrente, disse ser no momento um “gordo manco”.

Como explicou o professor depois do jogo, ele mudou a postura da equipe do 4-2-3-1 para um 4-4-2 mais clássico, com Alex e Emerson fazendo o papel de meias. Com isso, tentou desarticular a marcação atleticana, postada para os dois jogadores abertos pelos lados, e dar mais presença de área com dois atacantes mais centralizados.

O empate veio em cabeçada de Liedson (alguém consegue lembrar quantos gols salvadores ele já fez esse ano?), após cruzamento perfeito de Alessandro pela direita. Insistiram na jogada até acertar. E a virada aos 44 minutos foi num contra-ataque, puxado por Emerson. O gordo manco Adriano pediu insistentemente abola. Sheik segurou até o momento exato e passou.

Primeiro, achei que havia sido impedimento. Depois, que o gordo ia perder. Depois, gritei que nem doido por uns cinco minutos. Adriano foi Imperial e salvou a pátria corintiana. Sua comemoração foi raivosa, explosiva, de quem tem algo pra provar. Que continue nessa pegada.



Se o Timão ganhar do Figueirense no próximo fim de semana em Santa Catarina, fica com uma mão na taça. Se assim for, qualquer resultado que não seja vitória do Vasco sobre o Fluminense encerra a questão antecipadamente. Mas, pra ser bem sincero, não acredito que isso aconteça. A coisa provavelmente fica para a última rodada, num Dérbi que será histórico. Vai, Corinthians!

16 comentários:

Leandro disse...

Eu sigo sem entender porque o Tite insiste tanto no Danilo. O cara rastejou em campo contra o Ceará e contra o Atlético. Não fez nada de produtivo em nenhum dos dois jogos, e ontem uma falha dele originou a falta de culminou no gol mineiro.
Sobre a saída do William e a entrada do Adriano, admito que eu também queimei a língua, até porque a grande expectativa era pela entrada do Ramirez no lugar do Liedson, que apesar do gol, anda mal das pernas. Estou convencido de que está jogando lesionado faz tempo.
E o Alessandro é outro que, ou também está lesionado, ou segue dando sopa para o azar por mera ruindade, mesmo.
O cara é muito lento e já pesa contra ele a máxima "Na dúvida, apita contra".
Tudo bem que o cartão amarelo que ele levou foi uma vergonha, já que o juizinho só deu porque o pessoal do banco do Atlético estava do lado, pressionou e ganhou "no grito". Até por isso o mesmo juizinho aliviou na falta que ele fez no segundo tempo. Mas ninguém consegue me convencer de que, neste momento, ele tem condições de ser titular e, pior ainda, de ser capitão do time.
Eu escrevi aqui que não esperava moleza contra o Galo, que salvo engano meu, tem a quarta melhor campanha do returno, e espero ainda mais dificuldades nos dois jogos que faltam.
Portanto, esqueçamos esse papo de "uma mão na taça", e que Ogum siga nos acudindo da titebilidade.

Nicolau disse...

Liédson parece que está jogando lesionado mesmo, tem uma dor crônica no joelho. Lembrando que ele veio direto da temporada europeia e está jogando direto há 1 ano e meio. Guerreiro demais.
E gostei muito da dupla de ataque com ele e Adriano. Veja que no primeiro gol, dois defensores atleticanos estão mais preocupados com o Imperador Manguaça e deixam espaço para Liedson. Fica difícil de marcar.

Camilo disse...

Há tempos eu não vibrava tanto com um gol como ontem, no gol do Adriano. E olha que eu normalmente já sou bem ruidoso nos gols do Corinthians, minha vida, minha história, meu amor.
Liédson é guerreiro, é ídolo, é o típico jogador que o Corinthiano gosta. Ontem, mesmo morrendo em campo e com a já consumada a virada, Liédson deu um pique impressionante pra tentar surpreender um beque do Galol que saía jogando. Impressionante como se doa o Levezinho. Impressionante.
Sobre o Tite eu prometi há algumas rodadas que não falaria - nem bem, nem mal - enquanto não acabasse o campeonato.
Em tempo: no gol do Adriano rolou um flashback do 1º gol do Fenômeno no Timão. Que seja um bom agouro.

Nicolau disse...

Tudo a ver os gols dos dois gordos, hehe. Mas esse acontece num momento muito mais decisivo. Que seja um bom agouro!

Anselmo disse...

interessante a promessa do Camilo de não falar do Tite até o fim do campeonato. É promessa a São Jorge?

Se for, vai ser um peculiar instrumento de barganha com os santos. E nem é por causas impossíveis.

Elder disse...

Sei que o que interessa é a vitória, mas depois de ter me recomposto após esse jogo sofrido feito o diabo, fiquei me perguntando se o que mudou de fato o cenário no segundo tempo foi o gol do Galo ou a entrada do Alex.

Isso pra mim é uma questão importante porque, se a resposta for o tento mineiro, é sintoma de um problema de personalidade do time que só funciona depois que a sua incompetência é punida com um gol. Já vi isso acontecer outras vezes nesse campeonato e eu não sei se a culpa é dos jogadores ou do treinador.

Se a resposta for a entrada do Alex, eu começo a questionar a avaliação do Tite na hora de escalar os titulares. Ou o Danilo começou o jogo porque o Alex não aguentaria os 90 minutos? Não dá pra entender.

#vaiCorinthians

Leandro disse...

Não sei se o Alex suportaria 90 minutos, mas sei que o Danilo não consegue jogar nem 1 minutinho sequer.
Dá p/ contar nos dedos de uma mão os jogos em que ele não foi um peso-morto nas últimas vinte rodadas, e isso tem exigido que outros jogadores se desdobrem e joguem por ele.
As opções do Ramirez ou do Morais têm que ser consideradas pelo Tite. É menos arriscado que arriscar jogar com um a menos, como aconteceu ontem até a entrada do Alex. Até então, a presença do Danilo só era notada quando ele fazia alguma besteira, como a que resultou no gol do Galo.

Moriti disse...

Bom, acompanhei o jogo. O Danilo, ao menos ontem, não jogou bem porque a marcação era muito competente. O Pierre (ei, Anselmo, ele ainda é do Verdão? Caberia no time ano que vem?) anulou o cara. O Alex entrou e também teve dificuldades por ali.

Aliás, o Atlético marcava muito bem pelo meio e pelos lados. Só fraquejou pelo lado esquerdo defensivo quando o Richarlyson saiu sentindo contusão. Apenas depois disso é que o lado direito do ataque corintiano funcionou.

O Corinthians ganhou, mas, novamente, assim como contra o Ceará, fez um primeiro tempo tíbio e um segundo médio.

Aos que prosseguem secando, este que comenta incluído, restam duas rodadas para esperar que a tibieza das primeiras etapas se mostre nos dois tempos em Floripa e contra o Parmera.

Ainda assim, para impedir o título do Corinthians, há os seguintes anteparos: parece que o Figueira tomou boa dose de realidade depois da sapatada que tomou do Flu e a difícil tarefa vascaína de vencer dois clássicos estaduais seguidos contra adversários com pretensões.

Nicolau disse...

O Danilo não vem jogando bem, possivelmente pelo cansaço, mas tem méritos no conjunto da campanha. Ainda deve ser o maior assistente do time. Alex voltando de contusão e deve estar sendo poupado para evitar se machucar por cima, como ocorreu umas partidas atrás. Acho que na próxima já deve sair jogando. Leandro, Morais pode ser opção, mas honestamente tenho muito medo, hehe.
Elder, eu acho que tem sim uma decisão estratégica de recuar. O time ataca e marca pressão no início dos jogos e depois recua, deixando o jogo morno e sem criatividade. Acho que é uma opção de Tite, e creio que por gosto, o que me irrita. Mas venho cogitando se o Adenor não teme por sua defesa num sistema mais exposto. Nossa zaga é muito fraca.

Leandro disse...

Nicolau,
O Morais também me assusta, mas nos últimos dois jogos o Danilo também me deixou bastante temeroso.
Mesmo contra o Atlético Paranaense, jogo em que se movimentou muito bem, ele foi uma das peças-chave que começou a 300 p/h e depois desabou. O reflexo foi a queda vertiginosa do time no segundo tempo, e isso somado ao gol irregular (p/ variar) marcado pelos paranaenses quase custou bem caro.
Pra não dizer que só quero esculhambar o Tite, até admito que além do Liedson e do Alex, outros jogadores mais "rodados" como o próprio Danilo, Alessandro, Jorge Henrique, Chicão, Castán e Fabio Santos podem estar já naquela fase de "virar o fio", ou seja, sentindo fisicamente o fim da temporada, enquanto que com o Fluminense, o Figueirense, o Vasco e o Inter isso parece não ocorrer ou até mesmo estar ocorrendo o oposto neste momento.
Até por conta disso tudo eu concordo com o Moriti e não vejo a fatura liquidada ou quase liquidada, como alguns especialistas já andaram falando desde quinta-feira.
E nem dá p/ levar muito a sério mesmo, pois estes mesmos especialistas disseram que o Tolima era uma espécie de Exército de Brancaleone, que o Cruzeiro era o Barça das Américas e levaria a Libertadores fácil, que o América Mineiro seria trucidado por Corinthians, Fluminense e Botafogo, e por aí vai…

Nicolau disse...

Tem toda razão, Leandro, a coisa está longe de definida. E o pessoal está mesmo abrindo o bico. Ainda acho que a fatura só fecha, com saldo positivo pra quem quer que seja, na última rodada.

Leandro disse...

Sem dúvida, Nicolau.
Tudo indica que a coisa vai ser novamente dura em SC, e nem acho que o Figueirense tomou um banho de realidade, como conjectura o Moriti, pois se o time vinha atropelando todo mundo há mais de doze rodadas e tem a melhor campanha do returno, a realidade dele não pode ser a do jogo de contra o Fluminense.
Seria quase o mesmo que dizer que a realidade do Corinthians, no G4 desde a 1ª rodada, seria a Z4.
Então, Vai Corinthians! Mas vai sem oba-oba.

Moriti disse...

Quando falo de dose de realidade, Leandro, é em relação a tamanho e qualidade do elenco do Figueira.

Sem jogadores importantes, os catarinenses não tiveram boas peças de reposição e tomaram um baile do Fluminense. Salvo engano, contra o Corinthians, também estarão sem três ou quatro titulares.

Num campeonato longo e equilibrado, clube que tem time razoável, mas não tem elenco, uma hora sente e cai na real.

Espero muito estar errado.

Leandro disse...

Compreendi seu raciocínio, Moriti, mas o Corinthians vem padecendo de males semelhantes aos do Figueirense nos últimos tempos.
Tanto que o JH e o Chicão, duas peças importantíssimas há três anos, estão fora por problemas técnicos e físicos (noves fora os disciplinares, no caso do zagueiro), e as peças de reposição também não são tão generosas ao senhor Adenor em nenhum dos setores. Na verdade, não são desde o imperdoável desmanche de 2009.
Quando o goleiro JC ficou de fora, o Renan entregou a rapadura, o bom Liedson está jogando baleado faz tempo porque o Adriano ainda não tem condições de substituí-lo durante um jogo inteiro e porque não tem mais ninguém com características sequer semelhantes, o Danilo tem sido empurrado goela abaixo de todo mundo porque o Morais e o Ramirez nunca conseguiram se firmar, e o substituto do Fabio Santos, que não vem atuando bem, eu nem sei dizer quem é. Acho que nem o Tite sabe…
Eu também espero estar errado, mas prefiro não fazer castelo de cartas.
Além disso, por ironia do destino, Jorginho Diabinho (sim, o auxiliar do Anão), tem se mostrado mais técnico que o Sr. Adenorabilidade. Tanto que deu um nó no gaúcho no 1º turno, em pleno Pacaembu abarrotado.

Nicolau disse...

Esse comentário é mais pra não deixar o contador ficar no 13 que qualquer outra coisa. Pra naõ dizer que foi só isso, concordo com o Moriti: elenco é necessário. E uma das grandes vantagens do Corinthians, não necessariamente pela excelência do plantel, mas pelas peças de reposição em nível semelhante.

Moriti disse...

Concordo, Nicolau. O Corinthians pode não ter excelência no elenco - e quem tem? - mas possui alternativas de reposição em nível semelhante, principalmente do meio pra frente. Aliás, o Tite conta com opções razoavelmente variadas em estilo (o que, de novo, não quer dizer excelência técnica) para o setor ofensivvo e, se um jeito de jogar não resolve contra certo adversário, pode mudar a forma.

Já o Figueira tem um time razoável, bem montado pelo Jorginho Diabinho (boa!) com muita posse de bola e tal, mas sem peças de reposição de mesmo nível.

Sobre o 13, Nicolau, me é um número de esperança e transformação. Diferente do Zagallo, não por superstição, mas convicção. Digamos, baseada na ponta-esquerda.