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sexta-feira, agosto 26, 2011

A zaga deveria ter medo do Jumar: Palmeiras vence o Vasco mas não se classifica

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Existem ironias que são divertidas. E outras que são trágicas. No dia em que o time estreiou um terceiro uniforme que aposenta o verde-limão-siciliano e resgata as listas brancas dos anos 1990 da era Parmalat, o Palmeiras venceu. Isso não acontecia havia seis jogos. Fez três gols, feito obtido pela última vez em 30 de julho, contra o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro. E tudo isso na véspera de completar 97 anos

Mas não se classificou. É uma ironia. Mas a coisa piora.

Jumar foi um volante que esteve no time durante a última e nada saudosa passagem de Vanderlei Luxemburgo pelo time. Não era o pior dos jogadores para a posição, mas tampouco deixou boas lembranças. Foi daqueles jogadores que pareciam da "cota" do treinador, que também tem (ou tinha) suas saidinhas como empresário ou agente de jogadores.

Foi Jumar quem marcou o gol de honra do Vasco repleto de reservas. E foi um golaço de fora da área. É uma ironia mais amarga ainda.

Se Jumar fosse bom, se fosse craque, não estaria no banco de suplentes de Ricardo Gomes. Se fosse tão ruim quanto acredita o torcedor alviverde médio (aquele que tem medo do Jumar), possivelmente nem teria passado pelo clube paulista nem estaria no elenco cruzmaltino. Mas não era para ele fazer esse gol. Ele não

A exemplo do que ocorreu na primeira partida, quando o Vasco venceu por 2 a 0, a equipe de origem na colônia lusitana entrou sem titulares. Diferentemente daquela ocasião, encontrou um Palmeiras mais esperto e capaz de atacar.

Luan abriu o placar no primeiro tempo. Kléber rompeu o jejum de gols que durava dez partidas aos 8 do segundo tempo. Foi quatro minutos depois que Jumar diminuiu e começou a sepultar o ímpeto da equipe de Luiz Felipe Scolari. O terceiro foi no último minuto, por Marcos Assunção.



O Palmeiras está fora da Copa Sul-Americana. Para quem achou que essa seria a forma "mais fácil" de alcançar a Libertadores, melhor se preparar para ter trabalho.

Domingo tem confronto contra o líder do Brasileiro, no clássico contra o Corinthians.

quinta-feira, agosto 25, 2011

Um pouco de Jekyll e Hyde Tricolor

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Por Moriti Neto

Os extremos do São Paulo se apresentaram na noite de ontem, no Morumbi. Na partida contra o Ceará, válida pela Copa Sul-Americana, o time precisava inverter o resultado da primeira peleja – disputada em Fortaleza e que terminou 2 x 1 para a equipe nordestina. Porém, dada a dispersão mostrada na etapa inicial, a impressão era de que o Tricolor jogava a última rodada de um campeonato de pontos corridos estando lá pelo meio da tabela.   

Vagner Mancini propôs um ferrolho. Com o Vovô retrancado, tentando aproveitar a velocidade de Osvaldo no contragolpe, o São Paulo tinha que ir pra cima. Só que Adilson Batista escalou mal, pra variar. Colocou três volantes no meio – Wellington, Carlinhos Paraíba e Casemiro – e três homens rápidos e condutores de bola no ataque, Lucas, Dagoberto e Fernandinho. O resultado era um time de compartimentos estanques, com a bola passando sem a menor qualidade pela meia-cancha.

Até houve uma ou duas chances nos 45 iniciais, mas foram apenas fruto de jogadas isoladas. Lucas, que poderia ser o diferencial, continuava, como em partidas anteriores, mal posicionado, isolado no lado direito do campo.                              

Outra personalidade

O São Paulo volta para o segundo tempo e marca forte a saída de bola cearense. Aproxima os jogadores de frente. Assim, o passe melhora. Cícero, no lugar de Fernandinho, é o homem que, ao menos com condição razoável de transitar entre o meio e o ataque, liga o “nada a lugar nenhum” que a parte ofensiva do time se mostrava.      

São 19 minutos para fazer três gols e forçar o goleiro Diego a praticar defesas importantes. No primeiro tento, aos 10 minutos, lance principal da classificação são-paulina, a dupla de zaga do Ceará perde o tempo de bola quando Carlinhos Paraíba cruza e Cícero, dentro da área, mata bonito no peito e conclui de pé esquerdo, antes da bola tocar o gramado. 

O placar é suficiente pra classificar o São Paulo e coloca abaixo a proposta defensiva do Ceará. Vagner Mancini troca o lateral Boiadeiro por Felipe Azevedo. A vida Tricolor fica mais fácil.

Aos 16, Lucas aparece pro jogo. Recebe passe de Casemiro e, de três dedos, fora da área, amplia bonito. Aos 19, de novo ele. Lucas arranca, larga dois adversários pra trás, e toca para Dagoberto fazer 3×0.

Rivaldo entra aos 24, exatamente no lugar de Lucas, que ainda se recupera de uma  gripe. Aos 25, Cícero deixa Dagoberto livre, cara a cara com Diego, e vê o atacante, de atuação destacada no segundo tempo, chutar e ver a bola interceptada pelo braço do defensor rival. A redonda sobe, vai pra fora e nem escanteio o árbitro marca.   

27 minutos e Carlinhos Paraíba, de longe, obriga Diego a realizar outra boa defesa. Aos 28, o goleiro, outra vez de frente para Dagoberto, evita o quarto gol. O  domínio do São Paulo é total, um vareio no segundo tempo.

Classificação merecida no conjunto da obra. Contudo, é difícil entender o time. Sofre mais do que o necessário contra adversários frágeis e vacila em momentos essenciais. Fosse o Ceará um time pouco mais forte, os são-paulinos poderíamos ter saído já da Sul-Americana.



Não é que seja tudo, mas muito dessa situação parte do técnico. Que Adilson tenha convicções nem tão usuais para a prática do futebol é aceitável. Só que se quer jogar com três volantes, precisa de boa saída pelas laterais, coisa que não ocorre com Piris e Juan pelos lados. Sobre a criação no meio, é incompreensível que Lucas, o maior talento são-paulino, seja desperdiçado, tendo que correr atrás de tijolos rente à lateral. E se Rivaldo e o argentino Marcelo Cañete não têm condições de ser titulares, o primeiro deve estar mesmo muito mal fisicamente e o segundo, provavelmente, é ruim de doer. Não deveriam nem ficar no banco. Resta Cícero, que se não começa os jogos, também deve trazer algum esconso problema.

Esses são somente alguns dos enigmas. Depois,  a gente que não entende a instabilidade.

quarta-feira, agosto 24, 2011

Vida enlatada: Aperto do metrô de São Paulo, parte 1

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Era uma terça-feira de manhã do final de julho, fora do horário de pico. O trem para na estação terminal Butantã, da linha 4-Amarela. A porta abre, uma menina de uns nove anos, ladeada por duas tias, faz menção de desembarcar, como se espera de qualquer passageiro quando chega ao fim da linha. Mas elas ficam diante da conclusão de uma das moças:

– Não, a gente pode ficar aqui mesmo.

Elas voltam, da área das portas para a das cadeiras e se acomodam. Sobram assentos. Logo os vizinhos de vagão conhecer-na-iam pelo nome, Júlia, e pela argúcia.

– Mas... Se não tem motorista, como é que eles sabem que a gente tá aqui?

Parte interna do vagão também é amarela nos trens sem piloto


As tias desconversaram. A rigor, ninguém precisaria saber que estávamos ali; o percurso ocorreria do mesmo jeito. Ocorre que alguma delas deve ter avisado que a linha é automatizada, opera sem condutores – tecnologia "driveless", segundo se aprende olhando para as TVs de dentro dos trens. As outras linhas também são pilotadas remotamente, mas um condutor permanece ali na frente – por segurança, segundo a visão dos sindicalistas.

O importante é que a Júlia vinha de Alterosa, no sul de Minas Gerais. Passava as férias na capital paulista onde uma das tias morava fazia seis meses, a trabalho. Da segunda tia pouco se conheceria. Durangas e sem muita ideia de onde levar a sobrinha na selva de pedra, decidiram que a primeira viagem de avião era insuficiente no rol de novidades para a menina.

O passeio partiu de Santana, na zona norte, via linha 1-azul, passou pela linha 2-verde e terminou na 4-amarela. A primeira viagem num metrô. O trajeto seguia até a estação Faria Lima. Ignorar a primeira pergunta não resolveria.

– Mas... Se não tem motorista, quem é que fica aí falando onde a gente tá?

Essa era mais fácil, e a recém-radicada na Pauliceia devolveu:

– E o computador de bordo entra onde, hein?

– Ah...

Júlia ainda questionaria sobre outros recursos da modernidade do meio de transporte metropolitano. As tias se encantavam até mais do que a menina com o virar dos vagões, que são interligados por dentro e permitem acompanhar o caraminholar das curvas da estrada de ferro. Até foto com o celular registraram. E também com o vídeo promocional que exibia a chegada dos trens fabricados na Coreia do Sul e desembarcados no Porto de Santos.

Um manguaça sentado à minha frente também se divertia com a inquietação da menina. Achou-se íntimo o bastante para assuntar.

– É moderna essa linha, né? Eu me lembro quando abriram a primeira aqui em São Paulo. Foi entre São Judas e Jabaquara, acho...

Segundo o Wikipedia, a primeira viagem foi entre Jabaquara e Saúde, mas isso é um detalhe.

– A Vila Prudente (na linha verde) é moderna, mas essa aqui (amarela) é mais... Bonita mesmo.

O cidadão assunta com a menina questões relacionadas à retomada das aulas, a viagem de volta no avião, elogia o tutu, o leitão e as cachaças de Minas (quando seus olhos mostram um cintilar especial)... E os carros alcançam a estação Paulista.

Quando eu já estava na porta, me preparando para os 300 metros até a integração com o restante do percurso, a Júlia perguntava para onde elas iriam dali. Provavelmente de volta para casa, refazendo o mesmo caminho. O novo amigo se despedia e alguma coisa (provavelmente inveja) me dizia que ele iria dali para o bar.

A porta abriu e os usuários, que já se avolumavam, começaram a movimentação mista de empurra-empurra com caminhar apressado me levou para longe dali. Preciso de férias. Ou de passar no bar. Ou dos dois.

segunda-feira, agosto 22, 2011

Choque Rei foi até melhor do que o esperado, mas deu empate

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Um dia depois de o Corinthians ter brindado os torcedores adversários com uma derrota em casa, diante do Figueirense, São Paulo e Palmeiras empataram em 1 a 1 no Morumbi. O jogo foi bem mais movimentado e com chances desperdiçadas do que sugeriria a má fase de ambas as equipes Mas não foi nada tão bonito de se acompanhar.

O Palmeiras começou o jogo melhor, deixou o Tricolor equilibrar e até sair na frente. Depois, na etapa final, voltou melhor, igualou o marcador e jogou mais bola (ou menos pior, para ser mais preciso). Poderia ter vencido se tivesse o que lhe falta há várias partidas anteriores, a capacidade de ser mais efetivo na frente.

O São Paulo completou três empates seguidos e quatro jogos sem vencer, incluída a Sul-Americana. Ficou em terceiro na tabela. O Palmeiras está a seis partidas sem marcar mais gols do que um adversário. Está na sexta colocação, fora da zona de classificação da Libertadores.

Dagoberto fez um belo gol ainda na primeira etapa, encobrindo Marcos, o Goleiro, no segundo revés sofrido por falha pelo guarda-metas palestrino. O empate veio em cobrança de falta de Marcos Assunção com desvio atrapalhado de Henrique, só no segundo tempo.

O curioso foi ver os times apostando em reforçar suas retaguardas. O Tricolor entrou com três zagueiros; o Verdão, com três volantes. Para quem anda empatando tanto, o mais razoável seria preocupar-se com o que acontece na hora de empurrar o esférico contra a meta adversária. Mas razão de torcedor é cerveja.

Na última rodada do primeiro turno, o São Paulo encara o Santos e o Palmeiras pega o líder Corinthians. Problema para ambos. Mas desafio mesmo é o que esperam os torcedores nas outras 19 partidas subsequentes.

domingo, agosto 21, 2011

Lupicínio pelo avesso

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Começa o show com o Arrigo Barnabé sentado ao piano, a voz maturada na cerveja se vingando na afinação, dá para pensar que vem pela frente uma soirée sofrível. Mas logo as coisas começam a fazer sentido. Ele se levanta e vai ao microfone, Paulo Braga se dirige ao piano, Sergio Espíndola pega do violão. A gravata rota como a voz, o cabelo amassado como a camisa vermelha, um paletó que ele deve ter usado na formatura do primeiro amigo, o conjunto formava o estranho cenário de um espetáculo iconoclasta (o que é estranho para um concerto homenagem).

A canção que abre, “Cadeira vazia”, é uma das mais conhecidas de Lupicínio. Descreve a volta da mulher à casa do amante abandonado, que a recebe pedindo que fique à vontade – é evidente que sua presença permaneceu no lugar, a cadeira dela ainda está vazia. Mas os versos que sintetizam o show que acaba de começar são: 

Voltaste, estás bem, fico contente
Mas me encontraste muito diferente


Com a voz e a cara de louco do Arrigo, nota-se que a “diferença” aqui é diferente do que as costumeiras interpretações da canção normalmente exploram: o cara não se prostrou deprimido, pegou uma tangente e surtou; não está imobilizado por ter desistido da vida, ao contrário, mandou ao inferno o bom senso e agora parece capaz de qualquer coisa. Essa é a tônica do sensacional show Caixa de Ódio – o universo de Lupicínio Rodrigues, a que assisti no sábado passado no “pequeño teatro” Casa de Francisca.




Um outro Lupicínio Rodrigues

Como se sabe, a fronteira entre o trágico e o cômico é tão precisa quanto escorregadia. Um fio além da medida e o mais terrificante dos destinos pode provocar gargalhadas; e, no entanto, a tragédia sempre nos seduz a ir mais longe.

Fato é que ninguém é trágico sozinho; quem está só sem qualquer outro que se identifique com sua tragédia pode esperar pelos risos certos. A velha fórmula não falha: tragédia é se acontece comigo; comédia é se acontece com os outros. Quem não souber fazer dos outros seus iguais, todos vivendo a mesma tristeza, há de despencar num irrisório ridículo.

Mas o herói trágico do Arrigo é um pouco distinto. No momento mesmo em que se sente no fundo do cinzeiro, resolve se descolar de si mesmo e observar-se à distância, desprendido de seu próprio destino, sem levar-se a sério (mas também sem eliminar as circunstâncias terríveis que sofre). Assim, o rei da fossa e seu irônico alterego convivem na mesma voz. É esse ponto de fritura – singular e bizarro – que Arrigo Barnabé descobriu em seu show.

O homenageado Lupicínio é pego pelo seu avesso numa manobra não exatamente simples. Pois ridicularizar sua dor-de-cotovelo seria inócuo, poeticamente improdutivo – neste caso, melhor seria ignorá-lo. Arrigo conseguiu descobrir o Lupicínio sarcástico que talvez nem o próprio compositor conhecesse em si mesmo; ao erigir sua láurea, acaba por subverter e bifurcar o homenageado, tornando-o mais múltiplo do que era antes.

Um bom exemplo é “Namorados” – breve canção em que os dois pombinhos se tornam gaviões depois de casados. Interpretada em dueto com Sérgio Espíndola, é digna de inspirar a criação de um Dia do Orgulho Hétero. Noutro caso, a excepcional “Vingança”, a peça é liberada de todo pudor:

Eu gostei tanto,
Tanto quando me contaram
Que lhe encontraram
Bebendo e chorando
Na mesa de um bar,
E que quando os amigos do peito
Por mim perguntaram
Um soluço cortou sua voz,
Não lhe deixou falar.
Eu gostei tanto,
Tanto, quando me contaram
Que tive mesmo de fazer esforço
Pra ninguém notar.


“Dizem que essa canção é triste? Ah, que é isso...”, riu-se o Barnabé. Fizeram em versão ieieiê, dando voz e presença ao personagem cuja alegria não lhe cabe na pele por finalmente comer fria a tão ansiada vingança. É, na realidade, o apogeu do contraste dos dois polos da manguaça. De um lado, temos ele, feliz a brindar com os comparsas a saborosa e redentora conclusão de uma mal-fadada história de amor; de outro, está ela, deprimida afogando-se na cana. Antes de Arrigo, prevalecia na interpretação o ponto de vista dela, triste, embora o locutor da história seja ele, para quem é uma canção festiva!

A canção-título do concerto traz um outro viés:




“Tem coisas que às vezes julgamos / que até nos achamos capaz de fazer / Até num coqueiro às vezes trepamos / depois não sabemos por onde descer” (?). A metáfora é bem interessante, mas a imagem de trepar no coqueiro e não conseguir descer permanece bizarra. Como muito bem apontou o Arrigo, há muitos indícios de que essa história de bom gosto era totalmente sem importância pro Lupicínio. “O outro lado da moeda”, definiu. Efetivamente, a riqueza de suas canções não deve nada a nenhum dos mestres da música brasileira, qual Noel ou Cartola; mas não se pode negar que em certos aspectos ele não respeita muito os limites do razoável.

Por essas e muitas outras, não se deve perder a oportunidade de ver esse show. Vez por outra ele ressurge em algum lugar (muitas vezes na Casa de Francisca).

Causo do Vavá


Numa dessas noitadas, o Marcão contou que viu um documentário em que aparecia o senhor Barnabé, lhe perguntavam sobre um lugar de São Paulo que achasse significativo, e ele de bate-pronto indicava o bar do Vavá. Depois do show, sentados todos à mesma mesa, puxei o tema e Arrigo logo reavivou recordações do saudoso Gardenburger, sob o olhar curioso de nossos colegas de mesa. Quem não viveu o bar do Vavá pode ter certa dificuldade em visualizar um chapeiro com dois bonés um sobre o outro, fazendo seu churrasco com queijo recheado de azeitonas pretas, em meio a uma profusão de pôsteres do Elvis, uma TV mumificada em durex e a imagem de João Paulo II abençoando, da porta de uma geladeira de cerveja, o caminho do banheiro. 

Arrigo não sabia da morte do Vavá (clique aqui para ler a entrevista do Futepoca com o Vavá), ficou bastante triste, e me perguntou sobre seu irmão João (o chapeiro), mas eu não tenho informações recentes. Ele então se lembrou de quando teve um problema de pele e um amigo lhe passou o telefone de um tal Washington, que vendia um unguento verde, natural, muito bom. Ao ligar, notou alguma familiaridade na voz, mas finalmente marcou de ir ao escritório do Washington na Teodoro Sampaio pegar o pote do remédio. Quando chegou e a porta se abriu, o susto: “Vavá!?”. Parece que o preparado do ex-árbitro e anfitrião de botequim, feito à base de pata-de-vaca, era excelente.