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quinta-feira, abril 05, 2012

Peixe domina, mas Muriel salva Internacional da derrota

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Após o passeio dado sem mãos dadas na Vila Belmiro, era de se esperar que o Internacional viesse pra cima do Santos. Mesmo com desfalques importantes, os gaúchos tiveram desde o início da partida uma postura distinta daquela da primeira peleja entre os dois na Libertadores. E o Colorado não tardou a chegar ao gol, em cobrança de falta – bem feita sim – de Nei, na qual Rafael fez um golpe de vista algo questionável para um arqueiro de nível como ele.

Mas Rafael só apareceria novamente aos 26 da segunda etapa, em uma finalização de Jajá. Não fez qualquer defesa importante antes ou depois disso e deixou para o rival Muriel o cargo de estrela do jogo que marcou o aniversário do Inter, 103 anos. Foi ele que evitou a derrota gaúcha, com importantes intervenções que evitaram com que Neymar, em várias belas jogadas, saísse consagrado no Beira-Rio.

Em um jogo de futebol, ainda mais em um campeonato como a Libertadores, às vezes a confiança diz mais que a técnica. E se um se junta ao outro, vixe... Na primeira etapa, quando foi possível observar dois lances em que defensores do Inter isolaram a bola sem necessidade, só ao perceber a presença de Neymar a alguns metros, mesmo os mais apaixonados torcedores do time da casa já sentiram que o churrasco passava do ponto (com todo respeito ao lugar comum e ao estereótipo). E não era só o Joia da Vila, mas sim a equipe litorânea que impunha seu jogo e mantinha a posse de bola, tocando e tocando a dita cuja com a paciência dos matadores que só esperam o momento certo pra dar cabo da sua missão.

Mas o tal momento só veio na segunda etapa, quando Muricy ousou e colocou Alan Kardec no lugar do hesitante Fucile. Um lateral por um atacante, um ímpeto ofensivo recompensado dois minutos após a troca, quando Neymar serviu Juan, lateral que até então vinha mal, cruzar para o amuleto santista fazer o gol de empate.


O Inter ainda teria um jogador expulso, Rodrigo Moledo, que sofreu com Neymar no primeiro jogo e cometeu duas infrações no moleque que lhe valeram cartões amarelos. Aliás, os donos da casa fizeram 24 faltas, enquanto o Santos fez dez, o mesmo número de infrações sofridas só pelo 11 peixeiro. Significa. Como também significa a posse de bola alvinegra, quase 62% contra 38%, mesmo jogando em domínio alheio.

Ao peixeiro, pareceu uma vitória que escapou, embora a classificação esteja encaminhada. O Alvinegro tem dez pontos, o Inter, oito, e o The Strongest, que enfrenta o Juan Aurich fora de casa, tem sete. Os belos lances, o domínio da bola e a altivez mesmo fora de casa valeram a noite para o torcedor santista. Ah, sim, parabéns a Muriel, já que, em um jogo no qual atuaram três atacantes já convocados pra seleção, ele fez a diferença.

4 comentários:

Anselmo disse...

os dados sobre faltas no neymar assustam. 40% do total das pancadas foram nele...

Glauco disse...

Claro que o estilo de jogo e a rapidez do Neymar acabam fazendo com que ele receba faltas, digamos "involuntárias". Mas muitos jogadores vão testando o árbitro pra ver até onde podem bater. O problema (não foi oc aso ontem, diga-se), é que o limite de alguns homens de preto é flexível demais...

Nicolau disse...

O Inter teve o começo de jogo dos seus sonhos: marcou a saída de bola, impediu o Santos de jogar e abriu o placar. Tudo do jeito que o pessoal planejou. Daí pra frente, recuou e foi abafado pelo Santos, o que possivelmente também era previsto. O contra-ataque é que não funcionou. Estratégia defensiva executada pela metade. Mas fica claro que Dorival acha o time que escalou ontem consideravelmente inferior ao Santos.

Sobre Neymar, até que foi bem marcado pelo Sandro Silva no primeiro tempo, sem porrada. Quando o responsável foi o zagueirão, a coisa ficou feia.

Um comentário sobre Leandro Damião. Parece (não acompanhei e não vi os números) que vem continua fazendo muito gol. Mas vi umas matadas meio de canela e umas bolas perdidas que não esperava dele. Achei que fosse um centroavante de mais habilidade. Estou sendo chato?

Glauco disse...

Então, Nivaldo, nessa partida aqui também tive essa impressão a respeito do Damião. É marcador de gols, mas não tem aquela técnica toda que se espera de um atacante da seleção. Os colorados podem falar melhor se a gente está enganado a respeito.