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As correrias da vida e o final do ano passado do Galo não incentivavam muito a escrever sobre futebol, mas o jogo de ontem entre Atlético e Corinthians teve alguns aspectos interessantes.
O primeiro foi que o Corinthians está provando de seu próprio veneno. Duas derrotas por 1 a 0 no início do campeonato, com gols de cabeça. Não assisti à derrota para o Flu, mas ontem enfrentou um time que, se faltava técnica, entregou-se desde o começo à vontade e à marcação.
O Corinthians teve duas chances de gol claras em toda a partida, mas falhou pela falta de pontaria de Élton e a nulidade do atual futebol de Liedson.
O Galo teve umas três ou quatro chances, o gol de cabeça de Danilinho (com 1,67 m.), gol anulado de André e mais uma chance clara com Escudero e outra com Marcos Rocha.
Poucas chances para uma partida, mas provavelmente a tônica do que se verá nesse campeonato. Muita marcação, vontade e correria, com alguma técnica. O estilo Tite de ser.
Sobre o Atlético vale lembrar que o time perdeu apenas uma partida este ano, a que causou a eliminação contra o Goiás no Serra Dourada. Ganhou o campeonato mineiro invicto num time com poucas mexidas em relação ao ano passado.
Esses resultados e as duas vitórias no começo do Brasileiro podem não significar nada, nada mesmo. Mas o torcedor aqui espera que represente pelo menos o fim do sufoco de lutar contra rebaixamentos, prática dos últimos dois anos. Vale lembrar que é o mesmo período em que o time ficou sem estádio na capital. Isso não explica nada, mas jogar no Independência este ano será um reforço.
Apenas mais uma informação. Para quem diz que o Corinthians jogou sem Paulinho, Jorge Henrique e Emerson, é bom lembrar que o Galo está com sete jogadores no departamento médico, entre eles Guilherme e Leandro Donizetti (titulares).
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO 1 x 0 CORINTHIANS
Motivo: Campeonato Brasileiro – 2ª rodada
Data: 27/5/2012
Estádio: Independência
Cidade: Belo Horizonte (MG)
Gol: Danilinho (64′)
Público pagante: 14.740
Renda: R$520.680,00
Árbitro: Hilton Sampaio (GO)
Auxiliares: Fabrício Silva (GO) e Cristhiano Sorensi (GO)
Cartões amarelos: Marcos Rocha, Richarlyson, Mancini (Atlético); Willian, Willian Arão, Leandro Castán(Corinthians)
Cartões vermelhos: André (Atlético); Fábio Santos (Corinthians)
Motivo: Campeonato Brasileiro – 2ª rodada
Data: 27/5/2012
Estádio: Independência
Cidade: Belo Horizonte (MG)
Gol: Danilinho (64′)
Público pagante: 14.740
Renda: R$520.680,00
Árbitro: Hilton Sampaio (GO)
Auxiliares: Fabrício Silva (GO) e Cristhiano Sorensi (GO)
Cartões amarelos: Marcos Rocha, Richarlyson, Mancini (Atlético); Willian, Willian Arão, Leandro Castán(Corinthians)
Cartões vermelhos: André (Atlético); Fábio Santos (Corinthians)
Atlético
Giovanni; Marcos Rocha, Réver, Rafael Marques e Richarlyson (Leonardo Silva); Pierre, Dudu Cearense (Escudero), Mancini (Júnior César) e Bernard; Danilinho e André. Técnico: Cuca.
Giovanni; Marcos Rocha, Réver, Rafael Marques e Richarlyson (Leonardo Silva); Pierre, Dudu Cearense (Escudero), Mancini (Júnior César) e Bernard; Danilinho e André. Técnico: Cuca.
Corinthians
Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Willian Arão (Douglas), Danilo e Alex; Willian (Liedson) e Elton (Gilsinho). Técnico: Tite.
Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Willian Arão (Douglas), Danilo e Alex; Willian (Liedson) e Elton (Gilsinho). Técnico: Tite.
7 comentários:
Não há o que justifique ter levado um time misto para BH.
E ter apostado todas as fichas e mais algumas em Adriano custou muito caro com esta péssima fase de Liedson e com a ruindade de Elton.
A impressão que o "levezinho" dá é de que o esforço descomunal feito na reta final do ano passado também teve o intuito de garantir uma conquista de fato relevante em sua carreira, depois de ter desperdiçado anos a fio num time mediano de uma liga com apenas dois postulantes.
Liedson saiu muito cedo do país, e parece estar próximo de encerrar sua carreira depois de um retorno relativamente breve.
Oxalá estas minhas impressões estejam equivocadas, pois em condições normais de temperatura e pressão, um atacante como ele (nenhum super-craque, mas de bom nível) e com sua idade ainda poderia atuar em alto nível por mais algum tempo.
Leandro, só discordo que o Corinthians estivesse com time misto. Faltavam três jogadores.
Como comparação, o Galo está com 6 no departamento médico e nem por isso jogava com um mistão.
Sobre o Liedson, acho que já deu mesmo...
Se compararmos a importância das peças faltantes no esquema dos respectivos times e o "poder de definição" de cada uma delas, sem dúvidas que mesmo com seis contra três o Atlético levou vantagem no balanço de desfalques, Fredi.
E estou concordando com a contagem de três porque não computo a ausência de Edenilson, que se bem poderia, porque Alessandro tem futebol em nível de eterno reserva, que era até bem pouco tempo.
Sem contar que a briga entre Gilsinho e Elton para ver quem é o pior é outro páreo duríssimo.
Sobre jogar no Independência, não sei se é tão diferente de jogar em Sete Lagos, pois foi jogando lá que o Cruzeiro ficou entre os primeiros do Br/10 e ganhou a alcunha de Barcelona das Américas no primeiro semestre do ano passado.
O segundo semestre de 2011 foi ruim para os mineiros, mas não acho que a falta do Mineirão ou do Independência foi preponderante para isso, afinal, o apenas razoável Goiás acabou de eliminar o Galo jogando neste tradicional estádio de BH.
Mas que no Independência é mais legal p/ se ver um jogo, até mesmo pela TV, isso é.
Leandro, sem querer polemizar muito, mas já polemizando, o Galo estava sem dois titulares, Guilherme e Leandro Donizetti. Guilherme é importante porque arma as jogadas, faz as assistências. Donizetti está bem entrosado com Pierre e também sai para o jogo com mais velocidade.
E, pelo seu critério da ruindade dos substitutos, essas ausências nos obrigaram a entrar em campo com Mancini e Dudu Cearense, dois jogadores que estão bem abaixo dos outros, tanto que foram substituídos no fim do primeiro tempo.
Outra ausência importante foi o Neto Berola, que sempre entra no segundo tempo e muda as partidas, com muita velocidade.
Mas o que me incomoda muito é essa coisa de dizerem que o Corinthinas perdeu por conta de jogar com time misto. Entrou com o time que podia ou queria e perdeu, isso é que conta. Nada garante que com os outros jogadores venceria.
Sobre o Independência, é diferente sim. Desde a reinauguração são quatro partidas, três vitórias e um empate. Pouco ainda para analisar, mas é diferente como a torcida se comporta e mesmo o número de torcedores. A média chega a quase 20 mil por jogo (com o sócio torcedor).
Mesmo contra o Goiás o Galo ganhou no Independência, foi 2 a 1. A desclassificação foi por conta do 2 a 0 no Serra Dourada.
ab
A sequência do campeonato vai dizer se o Independência é mesmo tão diferente assim, embora eu, de antemão, duvide dessa suposta diferença para melhor.
Os números e o desempenho recente do Cruzeiro em Sete Lagos mostram o oposto, e o desempenho do Galo, há um bom tempo não vem sendo um desempenho à altura das tradições do time, jogando no Mineirão, em Sete Lagos ou no Independência.
A sequência também vai mostrar se os titulares atleticanos são mesmo tão bons assim. Se forem, já os coloco como candidatos ao título.
Leandro, acredito que seja bem menos...
Entendo a ironia, mas nunca disse nem acho que o time atual do Galo lute pelo título. Apenas não deve passar o sufoco como nos últimos anos e, se os outros derem bobeira, pode chegar a uma pré-Libertadores.
Porque há times melhores, como Santos, Corinthians, Fluminense e São Paulo.
Depois vêm de 5 a 6 times intermediários, nos quais incluo o Galo atual.
Sobre o estádio, é verdade que o Galo caiu jogando no Mineirão. Mas nos últimos anos o problema realmente não foi o estádio, e sim times ruins, mudados a cada ano, com jogadores medíocres chegando no atacado.
Este ano, a base do time e o técnico do segundo turno da reação no Brasileiro 2011 foram mantidos, o que é bom.
Junto com esse time, que não é dos piores, é que acho que a torcida no Independência pode fazer a diferença.
Porque o público deve ser o dobro do que era na Arena do Jacaré (menos de 10 mil por partida, na média). E se a torcida abraçar o time, ele pode fazer uma campanha melhor do que seus méritos técnicos.
Claro que isso é torcida de um atleticano, apenas isso...
Tomara, Fredi.
A meu ver, seria legal que o Atlético retomasse seu posto de protagonista no cenário nacional.
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