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segunda-feira, maio 28, 2012

O Corinthians prova do veneno 1 a 0

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As correrias da vida e o final do ano passado do Galo não incentivavam muito a escrever sobre futebol, mas o jogo de ontem entre Atlético e Corinthians teve alguns aspectos interessantes.

O primeiro foi que o Corinthians está provando de seu próprio veneno. Duas derrotas por 1 a 0 no início do campeonato, com gols de cabeça. Não assisti à derrota para o Flu, mas ontem enfrentou um time que, se faltava técnica, entregou-se desde o começo à vontade e à marcação.

O Corinthians teve duas chances de gol claras em toda a partida, mas falhou pela falta de pontaria de Élton e a nulidade do atual futebol de Liedson.

O Galo teve umas três ou quatro chances, o gol de cabeça de Danilinho (com 1,67 m.), gol anulado de André e mais uma chance clara com Escudero e outra com Marcos Rocha.

Poucas chances para uma partida, mas provavelmente a tônica do que se verá nesse campeonato. Muita marcação, vontade e correria, com alguma técnica. O estilo Tite de ser.

Sobre o Atlético vale lembrar que o time perdeu apenas uma partida este ano, a que causou a eliminação contra o Goiás no Serra Dourada. Ganhou o campeonato mineiro invicto num time com poucas mexidas em relação ao ano passado.

Esses resultados e as duas vitórias no começo do Brasileiro podem não significar nada, nada mesmo. Mas o torcedor aqui espera que represente pelo menos o fim do sufoco de lutar contra rebaixamentos, prática dos últimos dois anos. Vale lembrar que é o mesmo período em que o time ficou sem estádio na capital. Isso não explica nada, mas jogar no Independência este ano será um reforço.

Apenas mais uma informação. Para quem diz que o Corinthians jogou sem Paulinho, Jorge Henrique e Emerson, é bom lembrar que o Galo está com sete jogadores no departamento médico, entre eles Guilherme e Leandro Donizetti (titulares).


FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO 1 x 0 CORINTHIANS
Motivo: Campeonato Brasileiro – 2ª rodada
Data: 27/5/2012
Estádio: Independência
Cidade: Belo Horizonte (MG)
Gol: Danilinho (64′)
Público pagante: 14.740
Renda: R$520.680,00
Árbitro: Hilton Sampaio (GO)
Auxiliares: Fabrício Silva (GO) e Cristhiano Sorensi (GO)
Cartões amarelos: Marcos Rocha, Richarlyson, Mancini (Atlético); Willian, Willian Arão, Leandro Castán(Corinthians)
Cartões vermelhos: André (Atlético); Fábio Santos (Corinthians)
Atlético
Giovanni; Marcos Rocha, Réver, Rafael Marques e Richarlyson (Leonardo Silva); Pierre, Dudu Cearense (Escudero), Mancini (Júnior César) e Bernard; Danilinho e André. Técnico: Cuca.
Corinthians
Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Willian Arão (Douglas), Danilo e Alex; Willian (Liedson) e Elton (Gilsinho). Técnico: Tite.

7 comentários:

Leandro disse...

Não há o que justifique ter levado um time misto para BH.
E ter apostado todas as fichas e mais algumas em Adriano custou muito caro com esta péssima fase de Liedson e com a ruindade de Elton.
A impressão que o "levezinho" dá é de que o esforço descomunal feito na reta final do ano passado também teve o intuito de garantir uma conquista de fato relevante em sua carreira, depois de ter desperdiçado anos a fio num time mediano de uma liga com apenas dois postulantes.
Liedson saiu muito cedo do país, e parece estar próximo de encerrar sua carreira depois de um retorno relativamente breve.
Oxalá estas minhas impressões estejam equivocadas, pois em condições normais de temperatura e pressão, um atacante como ele (nenhum super-craque, mas de bom nível) e com sua idade ainda poderia atuar em alto nível por mais algum tempo.

fredi disse...

Leandro, só discordo que o Corinthians estivesse com time misto. Faltavam três jogadores.

Como comparação, o Galo está com 6 no departamento médico e nem por isso jogava com um mistão.

Sobre o Liedson, acho que já deu mesmo...

Leandro disse...

Se compararmos a importância das peças faltantes no esquema dos respectivos times e o "poder de definição" de cada uma delas, sem dúvidas que mesmo com seis contra três o Atlético levou vantagem no balanço de desfalques, Fredi.
E estou concordando com a contagem de três porque não computo a ausência de Edenilson, que se bem poderia, porque Alessandro tem futebol em nível de eterno reserva, que era até bem pouco tempo.
Sem contar que a briga entre Gilsinho e Elton para ver quem é o pior é outro páreo duríssimo.
Sobre jogar no Independência, não sei se é tão diferente de jogar em Sete Lagos, pois foi jogando lá que o Cruzeiro ficou entre os primeiros do Br/10 e ganhou a alcunha de Barcelona das Américas no primeiro semestre do ano passado.
O segundo semestre de 2011 foi ruim para os mineiros, mas não acho que a falta do Mineirão ou do Independência foi preponderante para isso, afinal, o apenas razoável Goiás acabou de eliminar o Galo jogando neste tradicional estádio de BH.
Mas que no Independência é mais legal p/ se ver um jogo, até mesmo pela TV, isso é.

fredi disse...

Leandro, sem querer polemizar muito, mas já polemizando, o Galo estava sem dois titulares, Guilherme e Leandro Donizetti. Guilherme é importante porque arma as jogadas, faz as assistências. Donizetti está bem entrosado com Pierre e também sai para o jogo com mais velocidade.

E, pelo seu critério da ruindade dos substitutos, essas ausências nos obrigaram a entrar em campo com Mancini e Dudu Cearense, dois jogadores que estão bem abaixo dos outros, tanto que foram substituídos no fim do primeiro tempo.

Outra ausência importante foi o Neto Berola, que sempre entra no segundo tempo e muda as partidas, com muita velocidade.

Mas o que me incomoda muito é essa coisa de dizerem que o Corinthinas perdeu por conta de jogar com time misto. Entrou com o time que podia ou queria e perdeu, isso é que conta. Nada garante que com os outros jogadores venceria.

Sobre o Independência, é diferente sim. Desde a reinauguração são quatro partidas, três vitórias e um empate. Pouco ainda para analisar, mas é diferente como a torcida se comporta e mesmo o número de torcedores. A média chega a quase 20 mil por jogo (com o sócio torcedor).

Mesmo contra o Goiás o Galo ganhou no Independência, foi 2 a 1. A desclassificação foi por conta do 2 a 0 no Serra Dourada.

ab

Leandro disse...

A sequência do campeonato vai dizer se o Independência é mesmo tão diferente assim, embora eu, de antemão, duvide dessa suposta diferença para melhor.
Os números e o desempenho recente do Cruzeiro em Sete Lagos mostram o oposto, e o desempenho do Galo, há um bom tempo não vem sendo um desempenho à altura das tradições do time, jogando no Mineirão, em Sete Lagos ou no Independência.
A sequência também vai mostrar se os titulares atleticanos são mesmo tão bons assim. Se forem, já os coloco como candidatos ao título.

fredi disse...

Leandro, acredito que seja bem menos...

Entendo a ironia, mas nunca disse nem acho que o time atual do Galo lute pelo título. Apenas não deve passar o sufoco como nos últimos anos e, se os outros derem bobeira, pode chegar a uma pré-Libertadores.

Porque há times melhores, como Santos, Corinthians, Fluminense e São Paulo.

Depois vêm de 5 a 6 times intermediários, nos quais incluo o Galo atual.

Sobre o estádio, é verdade que o Galo caiu jogando no Mineirão. Mas nos últimos anos o problema realmente não foi o estádio, e sim times ruins, mudados a cada ano, com jogadores medíocres chegando no atacado.

Este ano, a base do time e o técnico do segundo turno da reação no Brasileiro 2011 foram mantidos, o que é bom.

Junto com esse time, que não é dos piores, é que acho que a torcida no Independência pode fazer a diferença.

Porque o público deve ser o dobro do que era na Arena do Jacaré (menos de 10 mil por partida, na média). E se a torcida abraçar o time, ele pode fazer uma campanha melhor do que seus méritos técnicos.

Claro que isso é torcida de um atleticano, apenas isso...

Leandro disse...

Tomara, Fredi.
A meu ver, seria legal que o Atlético retomasse seu posto de protagonista no cenário nacional.