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quinta-feira, junho 14, 2012

Visitantes em alta em dois jogos de três apagões

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Foi divertido assistir a dois jogos simultaneamente, como pedem datas em que coincidem semifinais de duas competições de relevância distinta. Sorte que manteve-se a regra de a Globo exibir um jogo, da Libertadores da América, enquanto a Band exibia o da Copa do Brasil.

Enquanto o Corinthians tratava de surpreender o Santos na Vila Belmiro com um golaço, achado por Emerson Sheik, o Palmeiras conseguiu, em cinco minutos finais, fazer mais do que nos 270 de atuação anteriores.

Quem fez menos do que esperavam santistas e claque de admiradores foi Neymar. É o primeiro apagão da minha contagem. A queda da iluminação na Vila Belmiro, o segundo, bem menos determinante para o andamento da partida -- embora tenha esfriado ainda mais o ímpeto da equipe da casa.

O terceiro apagão mencionado no título foi do Grêmio. Por conta dessas questões paralelas que a turma costuma chamar de "trabalho", foi a primeira partida do tricolor gaúcho que pude assistir no ano, de modo que fica difícil ter referência para saber se o futebol que a trupe de Vanderlei Luxemburgo já fez mais do que o exibido na noite de quarta-feira, 13, no Olímpico.

O esquema com três zagueiros implantado por Luis Felipe Scolari pode ter desempenhado papel relevante nessa, digamos, "neutralização". Mas é muito cedo para considerar que essa solução retranqueira é a melhor -- atualmente, em se tratando de Palmeiras, se houver "solução", ela estará mais para "única" do que para "melhor".

O fato é que foi bem impressionante o time gremista desaparecer nos minutos finais de partida. Foi quando Mazinho conseguiu fazer o primeiro gol do Palmeiras, em um chute em que o meia mal olhou para o goleiro adversário: só chutou e conseguiu pôr a bola por entre as pernas do arqueiro. Fez as vezes de talismã, depois de introduzido no jogo na vaga de Daniel Carvalho aos 39 do segundo tempo, numa típica manobra de consumir uns minutinhos na reta final da partida e acalmar a cadência dos movimentos.

No finzinho, Barcos marcou o segundo, em cruzamento de Junhinho, a quinta jogada de linha de fundo do lateral; a primeira a terminar com um cruzamento feliz e certeiro. Durante o jogo, as duas bolas atiradas em direção à meta do goleiro Víctor foram as que entraram. As outras chances de algum perigo foram para fora. Por isso o apagão do Grêmio é relevante.

Se haverá repetição ou inversão dessa escuridão toda nas partidas de volta, só será possível saber na quarta-feira, 20. Até lá, o melhor é comemorar enquanto há motivos verdes para isso.

6 comentários:

fredi disse...

Por essas questões paralelas que chamam de trabalho (essa descrição é nova no fórum) só vi o segundo tempo dos jogos.

Alguns palpites:

O Corinthians aprendeu a marcar o Santos à la Vélez, houve poucas chances de gol para o time praiano.

Não é justo pôr toda a responsabilidade em Neymar, mas ele parece cansado, não está em sua melhor fase.

O próximo jogo está aberto, será novamente defesa contra ataque. Para o Santos ter chance, Arouca e Ganso terão também de jogar mais. E, mais importante do que a torcida e o estádio, é quem faz o primeiro gol. Isso deve ser decisivo.

Sobre o Palmeiras, apenas um destaque. Luxemburgo realmente está em final de carreira. Por falta de competência ou azar, seja o que for, deve estar escrevendo uma de suas últimas passagens por grandes times.

Maurício Ayer disse...

fredi, se vc tivesse visto o primeiro tempo teria outra avaliação.

fredi disse...

Camarada DeMarcelo, realmente não vi o primeiro tempo, mas considero que a marcação imposta pelo Corinthians no segundo tempo foi quase perfeita, o que é uma qualidade interessante para esses jogos decisivos.

Basta dizer que se não tomar gol o Corinthians vai para a final.

E ainda acho que quem fizer o primeiro gol terá uma vantagem danada (óbvio, eu sei).

Anselmo disse...

sobre treinador em fim de carreira:
se luxemburgo está em fim de carreira, felipão também tende a estar. não vi "nó tático" como quiseram enxergar comentaristas espotivos de rádio, tv e mesa de bar. vi uma retranca sem capacidade de contra-atacar e um ataque sem vontade de jogar com uma zaga que desligou por cinco minutos

sobre marcação à lá velez... o corinthinas marca bem e costuma ter poucos destaques individuais nos jogos. neste, sheik desequilibrou.

sobre neymar cansado, tem uma turma adorando urubuzar o jogador, culpando os compromissos de marketing e a seleção e o excesso de jogos... claro que isso cansa, mas sei lá. todo craque tem períodos piores. o que mantém o juízo de serem craques, normalmente, é que esses períodos de menos brilho duram pouco.

vale lembrar que nem pelé fez o santos ganhar tudo o que disputou na existência (embora tenha ganhado coisa pacaz). e (pra usar um exemplo mais recente que deixaria certos santistas do futepoca com justos motivos pra me xingar) nem messe do barcelona levou tudo (perdeu do chelsea, confere?)...

fredi disse...

Sobre o Felipão em fim de carreira, também concordo, camarada Anselmo. Só lhe restou a motivação (ou as tentativas de) e a retranca. Falar em família Felipão hj só se fosse com enredo escrito pelo Nelson Rodrigues.

Acho que o problema do Neymar (se é que existe um problema) é que não tem como jogar bem todas as partidas mesmo e precisa se acostumar com essas marcações cerradas, sem espaço. Sem contar que não pode ter sobre ele todas as responsabilidades do mundo no Santos e na Seleção, os outros jogadores tê de assumir e ajudar.

Neymar é craque, mas ainda tem coisas a aprender. Precisa descansar um pouco também.

SEXO disse...

Tudo muito subjetivo mas vai dar Corinthians como todos sabemos e temos certeza absoluta.