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domingo, outubro 14, 2012

O "peixe grande" Miralles marca dois e Santos supera o Vasco

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"O maior peixe do rio fica desse tamanho porque nunca é pego", diz uma mulher misteriosa a Edward Bloom, personagem de Ewan McGregor, quando ele se aventura a sair de sua cidade natal na fábula de Tim Burton Peixe Grande e suas histórias maravilhosas. A mensagem era de que, às vezes, você pode ser um peixe grande em um rio menor, mas ser grande em um maior, ou no oceano, exige muito mais destreza e perícia, além de outros tantos atributos como personalidade.

O generoso Miralles homenageia Felipe Anderson (Santos FC)
Ezequiel Miralles é argentino, mas só teve poucas chances em uma equipe grande de seu país, o Racing. Em passagem nada memorável, foi para o Everton, do Chile, e foi parar no Colo Colo, onde finalmente apareceu como um jogador capaz de decidir. Ídolo de um grande sul-americano, chamou a atenção de outros clubes e foi parar em outro grande do continente, o Grêmio. Durante um ano, não conseguiu fazer seu futebol fluir. Pediu para nadar em outras plagas, e foi atendido.

Chegou à Vila Belmiro, lugar por vezes milagrosos, onde se multiplicam meninos... e peixes. Finalmente conseguiu aquilo que os jogadores tantos pedem (embora alguns nem sempre mereçam), uma sequência de partidas. Contra o Vasco, hoje, o argentino fez sua terceira partida seguida como titular, feito obtido graças à ausência de Neymar. Contra o Botafogo, marcou um gol e, contra outro carioca na tarde deste domingo, fez dois.

Miralles fez um pouco antes dos dez da primeira etapa, após assistência de Rosimar Amancio, também conhecido como Bill, o que muitos de forma maldosa julgaram ser um milagre relacionado ao feriado religioso de sexta-feira. A etapa inicial do Santos foi muito boa e o Peixe poderia ter ido para o intervalo com uma vantagem ainda maior. Com dois laterais de ofício novamente no lugar de meias improvisados, houve triangulações dos dois lados do campo, com velocidade na saída de bola e objetividade ofensiva.

Logo no início da etapa final, vem o segundo gol. Felipe Anderson dá a assistência, Bill puxa a marcação e a bola chega limpa para Miralles, de primeira, finalizar como só um atacante com confiança faz. O dois a zero, na prática, determinou o fim do jogo, já que o Santos passa a segurar os laterais e o Vasco, mesmo com mudanças feitas por Marcelo Oliveira para levar o time adiante, tem a posse de bola, mas não chega lá. Os passes errados, em especial na hora da definição, predominam e a falta de assertividade do Vasco e a falta de capricho do Peixe na hora de chegar lá confirmaram a vitória dos donos da casa.

Com 41 pontos, o Santos está a onze da zona da Libertadores e catorze à frente da zona do rebaixamento, ou seja, deve permanecer na intermediária da tabela. Mas o fato de a equipe finalmente conseguir um relativo padrão de jogo, se livrando um pouco da dependência de Neymar, que disputou somente dez das 30 partidas do Peixe no Brasileirão (cadê a CBF para pagar parte do salário?), é animador. E o peixe argentino Miralles cresce, junto com “peixinhos” como Felipe Anderson. Mas o cardume precisa engrossar para 2013... 

4 comentários:

Nicolau disse...

A reclamação com a CBF sobre o sla´rio de Neymar é pertinente. Mas seria ainda mais razoável cobrar o presidente do Peixe por uma articulação com outros cartolas para peitar a confederação e organizar o calendário de uma forma menos escrota. Seria um passo fundamental para o futebol brasileiro. E todos os cartolas - inclusive os alvinegros de Parque São Jorge - se negam a brigar por ela.

Glauco disse...

Acho que a questão do calendário teria que ir além, dialogando com a Conmebol inclusive. Mas aí já é pedir além do demais.

Bia disse...

Sobre o time, Miralles e o jogo, vc disse tudo, Glauco!

Já o que dizer dessa camisa listrada? Sou da geração de vacas magras, de calção quadriculado e alphaclub. Mesmo assim, nunca vi o Santos tão mal vestido quanto no domingo. Talvez esteja no nível do futebol apresentado pelo clube neste ano.
Bjs!

Glauco disse...

Bia, ainda tneho como relíquia o glorioso calção xadrez. Tinha também um de estrelas (o Santos foi campeão do Rio-São Paulo de 1997 usando esse) e o de baleias, esse acho que nunca foi usado oficialmente, mas é uma pena não ter comprado, rs.

Mas também não gostei do uniforme listrado não, principalmente daquele quadrado nas costas com números em amarelo, aliás, parece que proibido pelo estatuto do Santos qualquer outra cor que não preto e branco nos dois primeiros uniformes. A Nike anda bem de criar unifromes, hein... Bjos!