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domingo, dezembro 16, 2012

A incrível história de Cássio, o herói do Corinthians que tem o "corpo fechado"

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“Goleiro bom tem que ter sorte”, já dizia a máxima do futebol. E isso é algo que nunca faltou a Cássio. Nem estou falando da bola que quase passou por baixo do corpo dele no primeiro tempo da final contra o Chelsea, muito menos desmerecendo seus méritos técnicos, até porque, como diria o novelista e músico francês Romain Rolland, “o acaso encontra sempre quem saiba aproveitar-se dele”. Ou, se você prefere Buñuel, pode lembrar que “o acaso é o grande mestre de todas as coisas”.

Passadas as citações do almanaque Biotônico Fontoura, é preciso lembrar como o herói da conquista corintiana chegou aonde chegou. E o Futepoca acompanhou. Em um post de 2009, o companheiro Olavo lembrou como ele, sendo quarto goleiro do Grêmio, depois de Saja, Marcelo Grohe e Galatto, chegou a ser convocado para a seleção brasileira principal pelo técnico Dunga. A lembrança do nome do então gremista pelo comandante da seleção se devia ao seu bom desempenho no Sul-Americano sub-20, que o credenciava como um possível goleiro a ser convocado para as Olimpíadas de Pequim. Mas acabaram indo Diego, do Almería, e Renan, do Inter.

Para chegar à seleção, Cássio contou com uma sucessão de acasos fabulosa. No post Corpo Fechado, já se comentava aqui a respeito das defesas do arqueiro no Sul-Americano sub-20, apesar da equipe do então treinador Nelson Rodrigues não empolgar. Mas como ele chegou ao time? Relembre: “Ele não estava presente na convocação inicial do treinador Nelson Rodrigues, e foi convocado graças ao corte de Felipe, do Santos, pego no exame antidoping. Já na seleção, juntamente com Edgar, foi o único que não sofreu com um surto de gastroenterite que atacou os atletas da seleção brasileira. O goleiro Muriel, do rival Inter, foi um dos que sofreu mais com tal doença, tendo cedido o lugar antes para Cássio, por conta de dores musculares.”

O santo forte de Cássio funcionou à época também em relação à disputa pessoal que travava no Grêmio. “Marcelo Grohe, titular do time em boa parte do ano passado, vinha sendo convocado seguidas vezes e tinha lugar certo na seleção sub-20. Porém, se contundiu no fim de 2006 e não pôde ir até o Paraguai. Na pré-temporada do time gaúcho, ainda sofreu nova contusão, dessa vez um entorse no tornozelo. Curioso é que Grohe também assumiu a condição de titular do Grêmio graças à contusão de Galatto. Com tantos acasos a seu favor, se é verdade a máxima de que goleiro bom tem que ter sorte, Cássio logo, logo será titular da seleção principal.”

Vendido ao PSV, quase não jogou e, depois de ser emprestado para o Sparta Roterdã, retornou ao Brasil, no Corinthians em 2012, onde o acaso novamente ajudou. Após trágica atuação nas quartas de final do Paulista, Júlio César foi sacado e Cássio, mais uma vez, estava naquele dito lugar certo, no momento oportuno.

Para quem acredita em destino, a trajetória do herói corintiano é um prato transbordante.

4 comentários:

Anônimo disse...

essa é a versão corintiana dos fatos. a verdade, passa bem longe disso...

Maurício Ayer disse...

O santista Glauco virou porta-voz da versão corintiana, hehehehe.

Legal essa retrospectiva. Ele tem sido fundamental no Corinthians. Imagino que muitas figuras como ele, cuja capacidade de protagonizar elencos não seja evidente a priori, e que não tenham a seu favor uma sequência de acasos como esta, não avancem e acabem desistindo, se perdendo por aí.

Anselmo disse...

Parabéns aos coritianos.

Pra mim, triste semana esta, do fim do mundo. especialmente pra um palmeirense...

Magrão. disse...

Não sou paulista então não deveria ser anti-corintiano,mas nunca consegui torcer pelo timão,e desta vez fiquei dividido, não queria que o Corinthians ganhasse, mas achava que Cassio merecia o título,então deixei por conta do destino.