Destaques

quinta-feira, dezembro 13, 2012

Corinthians: primeira missão cumprida

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

POR Mauricio Ayer

Estádio Toyota lotado, bandeirões, bateria, e mais milhões de loucos plugados no mundo inteiro. A invasão alvinegra no Japão mostra como este torneio veste bem a camisa do Timão. A paixão corintiana foi é será assim, desloca multidões, se faz sentir, incomoda, dá vexame, ocupa lugares, abafa. Às vezes deve ser insuportável ser anti-corintiano, dá pra entender. Mas a vida é assim.

Muito bem, vencido o “Cabo Mazembe” diante do Al Ahly, o Corinthians cumpriu sua maior missão do ano: chegar à final da Copa Toyota Mundial Interclubes. Esta semifinal é um pequeno purgatório entre o inferno da zoeira eterna e a possibilidade do paraíso. Qualquer adversário que venha será difícil, mas nenhum é o Barcelona, o que permite acreditar que é possível. Em campo, o Corinthians regrediu aos tempos dos empates e vitórias de um a zero que celebrizaram o estilo Tite durante pelo menos todo o primeiro ano em que esteve à frente da equipe. Um jogo truncado, sem criar muitas oportunidades, mas sem dar chances ao adversário.


No primeiro tempo, é verdade, o time egípcio armou uma sólida plateia no meio campo para ver se o Timão conseguia jogar. Trancou a rua, e muito pouca coisa aconteceu. Os erros na narração do Teo José foram reveladores: ele chamou o Danilo de Douglas, Paulinho, Guerrero, Ralf e até de Paulo André; parecia que tinha um time em campo, mas quem se deslocava e dava algum movimento ao jogo era principalmente o Danilo.

 Mas o gol só poderia sair de dois lugares: poderia ser de um contra-ataque iniciado pelo Paulinho,  mas o meio-campista não esteve bem. Mas o gol saiu de um toque genial de Douglas, um totó de pé esquerdo meio improvável, esquisito, mas nem por isso menos preciso, que encontrou o peruano Paolo Guerrero livre na cara do gol, e ele completou com uma cabeçada também um tanto esquisita, igualmente precisa.

A partir daí, o time egípcio teve que ir pra cima e criou bem mais. A confiável defesa do Corinthians segurou o resultado por mais ou menos 60 minutos. Um desempenho medíocre. Mas, missão cumprida.

O grande acontecimento desta edição do Mundial está mesmo por conta da torcida: 31 mil torcedores, sendo uns 30 mil corintianos, segundo a transmissão da Band. E que venha o outro finalista! Contra o Chelsea, trata-se de jogar de igual pra igual, com um grande time. Com o Monterrey aconteceria de transformar a conquistada boa esperança em possibilidade de novas tormentas, a obrigação voltaria inteira aos pés dos nossos jogadores. Que vença o melhor e vamos nos concentrar no nosso trabalho.

6 comentários:

Vitor disse...

Estádio lotado?

Glauco disse...

O Vitor tem razão, a capacidade do estádio é de 44 mil pessoas, e estiveram presentes 31.417 pessoas, pouco menos que o público presente no estádio Olímpico de Tóquio, no jogo entre Inter e o mesmo Al Ahly, 33.690.

Moriti disse...

Então, a estreia do São Paulo no torneio, em 2005, também teve mais público, embora por menor diferença: 31.510, na vitória por 3 x 2 contra o o Al Ittihad.

Leandro disse...

A verdade é que a única final de mundial de clubes da história que teve os dois times e as duas torcidas com a mesma intensidade de interesse pelo torneio e pelo título foi a de 2000, que reuniu dois brasileiros.
Os demais, tanto para quem considera os mundiais desde 2000 quanto para quem considera desde os anos 60 (ou desde 49, no caso do SCCP), nunca tiveram os europeus com o mesmo enfoque, e consequentemente, com o mesmo nível de pressão. Na edição deste ano ainda não foi, e creio que não será diferente.
E este desinteresse de parte dos envolvidos no torneio também se reflete no desinteresse crescente da torcida local. Tanto que o Japão já perdeu a sede para Brasil, para os EAU e vai perder para o Marrocos no ano que vem. Não fossem pelos corinthianos que foram ao Japão para acompanhar o time, somados aos que já vivem por lá, tanto o jogo de ontem quanto o de hoje (pasmem, o de hoje) teriam sido disputados em estádios quase que completamente vazios.
Se um dia este torneio tiver uma data reservada só para ele no calendário, como ocorre com a Copa do Mundo, pode ser que o foco dos demais continentes, sobretudo dos europeus, mude.
Mas, por enquanto, é o que temos. E também por isso, sigo entendendo que não vale a pena jogar um título brasileiro pela janela para disputar dois jogos em local extremamente distante e sem a mesma repercussão que pensamos ter se o critério for só o de valorização da marca, ou ainda que disso e de uma pretensa escola do futebol brasileiro que nem sei se existe mais.

Maurício Ayer disse...

pra mim tava lotado.

Nicolau disse...

Se o estádio nao estava lotado, reclamem com a torcida do Al Ahly, uai.