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sexta-feira, outubro 12, 2012

Outra do Serra: agora a vítima é repórter da TVT

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Depois de chamar um jornalista da Rede Brasil Atual é sem vergonha, agora foi a vez da TVT (TV dos Trabalhadores) ser vítima da intolerância do candidato. A pergunta nem de longe soava ofensiva, mas Serra, como já se sabe, não responde a questões de qualquer veículo que julgue ser antipático a ele (ah, se políticos que são alvo da mídia comercial seguissem essa regra ficariam quase mudos nas coletivas...).




No vídeo acima, vocês podem ver a repórter Michelle Gomes, do Seu Jornal, fazendo a seguinte pergunta: “Esse assunto do mensalão vai ser bastante explorado pelo senhor no segundo turno?”.

Serra olha para o microfone da jornalista e questiona: “O que é TVT?” Michelle repete a questão e explica ao candidato que significa TV dos Trabalhadores. “De onde?”, retruca o tucano. “Sindicato dos Metalúrgicos do ABC”, responde a repórter. E então o candidato dá as costas e vai embora, ignorando de forma pouco educada a jornalista.

A questão que fica é: se Serra trata assim quem pensa de forma diferente dele, é possível crer que possa promover qualquer diálogo sobre questões cruciais para a cidade sem recorrer ao autoritarismo que demonstra a cada entrevista coletiva?

quinta-feira, outubro 11, 2012

O fio de esperança do Palmeiras vai se desmanchando...

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O Palmeiras, mesmo tendo o mando de campo em Araraquara, foi superado pelo Coritiba e permaneceu com 26 pontos, a nove de sair da zona do rebaixamento. Já o Coxa chegou a 35 e ampliou a distância da área do medo depois do triunfo por 1 a 0.


Os dois times fizeram um primeiro tempo daqueles nem um pouco memoráveis. Nenhuma oportunidade de gol, com um resumo bem feito por Marcos Assunção na saída para o vestiário: as equipes estavam mais preocupadas em não tomar gols, além de existir um evidente nervosismo por parte do Palmeiras, que fazia dos passes um exercício de aleatoriedade.

Já no tempo final o Palmeiras começou assustando, e parecia que poderia ganhar. Mas os visitantes foram aproveitando aos poucos as brechas da defesa palmeirense, que aumentavam com o passar do tempo. Os palestrinos perderam o domínio, a pouca calma e a paciência. As entradas de Maikon Leite e Daniel Carvalho – este no lugar de Henrique – davam a medida do desespero. Se são esses que podem salvar a lavoura, melhor rezar.

O Coxa marcou, com Deivid, mas o auxiliar anulou o tento legítimo. E foi depois de uma falha de Corrêa que os paranaenses tiveram um pênalti a seu favor, feito por Maurício Ramos em Everton Ribeiro. Deivid, que atuou quase como um meia avançado fora da área na segunda etapa, marcou. O Palmeiras ainda chegou a ter uma chance em falta desperdiçada pelo eleito Messias Marcos Assunção. E acabou aí.

Para se ter uma ideia da situação do Palmeiras e também dos outros três times que estão na zona do rebaixamento, no Campeonato Brasileiro de 2011, após a 29ª rodada, o primeiro time fora do Z-4 era o Cruzeiro, com 31 pontos, um a menos que o Ceará, e um a mais que a equipe que abria a área do medo, o Atlético-MG. Hoje, o 17º, Sport, está a oito pontos de Bahia, Flamengo e Coritiba, que tem 35 pontos cada um.

Claro que a inspiração para quem está embaixo é o Fluminense de 2009. Na 29ª rodada, o time vencia o Santo André e chegava a 25 pontos, a sete do primeiro fora da zona do rebaixamento, o Botafogo. Depois disso, empatou duas vezes e engatou uma série de seis vitórias e um empate. Ainda há esperanças para quem está embaixo, mas quando o parâmetro é a exceção, e não a regra, tudo vira questão de fé.

quarta-feira, outubro 10, 2012

A metafísica vitória do Santos, sem Neymar, contra o Botafogo

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Foram três bolas que tocaram ou resvalaram a trave, só na primeira etapa. Em outras ocasiões ela também rondou perigosamente a área do Santos, e parecia questão de tempo para o Botafogo marcar no Engenhão, tal a superioridade na maior parte do primeiro tempo.

A partir daí, pense em bordões do futebol do tipo “Quem não faz, toma” (ou “leva”, de acordo com o gosto do freguês). E, você, torcedor, que mesmo ateu, sabe que no futebol existem uns deuses gozadores que adoram brincadeira, lembre de outro chavão, aquele que diz que tem coisas que só acontecem com o Botafogo. Está aí a receita algo metafísica que fez o Santos bater os donos da casa, com um segundo tempo no qual fez dois, mas poderia ter feito pelo menos outros dois. Tudo o que os alvinegros cariocas não fizeram na etapa inicial.


Mas seria injusto colocar só na conta do imponderável a vitória peixeira. Desta vez, Muricy Ramalho tem sua cota de méritos. Trocou Bernardo, perdido taticamente, ainda no fim do primeiro tempo e colocou Henrique em seu lugar. Ganhou o meio de campo e contou com a fragilidade defensiva botafoguense, que marcava em linha e deu muitas oportunidades para os visitantes depois do intervalo.

Miralles fez o segundo (Ricardo Saibun/Santos FC)
André marcou o primeiro, em cobrança de escanteio de Felipe Anderson escorada por Ewerton Páscoa. Mesmo com pouca mobilidade, o centroavante continua fazendo o seu vez ou outra, o que o livra das críticas mais severas da torcida. Seu companheiro de ataque, o argentino Miralles, fez o segundo com uma bela assistência de Felipe Anderson, cuja evolução é notável nas últimas partidas, não se sabe se por conta do “tratamento de choque” do pouco afável técnico ou da saída de Ganso que não lhe faz mais sombra do departamento médico.

Parte da torcida da casa já havia desistido antes da partida, dado o comparecimento de pouco mais de quatro mil pessoas. E quem estava lá já protestava antes da metade da segunda etapa, pedindo a volta de Loco Abreu à equipe. O Botafogo até batalhava em campo, mas as almas já estavam longe dali. Antes a torcida pedisse Garrincha...

O Santos perdia chances, com André, com Miralles, com Felipe Anderson. Até o improvável Patito Rodrigues levou perigo quando entrou. Foi uma das raras vezes que os jogadores santistas pareciam saber o que faziam nesse campeonato. Ainda que tenha sido por pouco mais de 45 minutos. Destaque para Arouca que, mais solto, parecia – ou era – dono do time, conduzindo e organizando o meio de campo, o que não é sua característica. Às vezes a personalidade e a confiança valem mais do que a técnica.

Assim o Santos bateu o Botafogo, a primeira vitória fora de casa sem Neymar. Sim, foi sem Neymar. Porque tem coisas...

terça-feira, outubro 09, 2012

Dez fatos curiosos sobre as eleições de 2012

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Decisão nos pênaltis

Na cidade paulista de Bananal, próxima à divisa com o Rio de Janeiro e famosa por suas cachoeiras e trilhas, dois candidatos conseguiram exatos 1.849 votos cada um, ficando em primeiro lugar na disputa pela prefeitura local. Na impossibilidade de baterem penalidades ou decidirem a sorte do município na moedinha como em pelejas de futebol, o critério adotado para esse tipo de situação é determinar a vitória do candidato mais velho. Isso deu a prefeitura local a Mirian Bruno (PV), que derrotou o candidato Peleco (PSDB).

Também no interior de São Paulo, em Bragança Paulista, a corrida para a prefeitura foi acirrada. Dentro de um universo de 93 mil eleitores que compareceram às urnas, o candidato do PT, Fernão Dias, derrotou Renato Frangini (DEM), por meros 21 votos. O derrotado provavelmente não conseguiu dormir à noite.

Boleiros sem sorte

Muitos ex-jogadores, dirigentes e pessoas ligadas ao futebol tentaram se eleger no último domingo. Em São Paulo, o Corinthians teve diversos representantes como Marcelinho Carioca, Dinei, Vovó da Fiel e o comentarista esportivo Chico Lang. Nenhum deles se elegeu. Segundo Chico Lang, “a Fiel torcida rachou entre eu, Marcelinho Carioca, Dinei e a querida Vovó”. “A Vovó teve 4 mil votos, o Dinei 9 mil, eu 12 mil e o Marcelinho 20 mil. Somados davam a conta certa para um vereador se eleger independente do majoritário, no caso o prefeito”, desabafou em seu blogue. O ex-palmeirense Ademir da Guia também ficou fora, enquanto o são paulino Marco Aurélio Cunha garantiu sua reeleição pelo PSD, recebendo 40.130 votos.

Outros foram mais bem sucedidos que os corintianos. Paulo Rink e Washington, ambos ex-Atlético-PR e também com passagem por diversos clubes, se elegeram vereadores em Curitiba e Caxias do Sul. Tupãzinho, “amuleto” e herói da Fiel no Brasileiro de 1990 também chegou à câmara em Tupã. Sua receita de sucesso, segundo disse ao Uol, incluiu "churrasco e cerveja". “Tive que participar um pouquinho [de churrascos e cervejadas]. Às vezes eu não queria, mas tinha que tomar umas”, afirmou. “Mas foi legal, engordei uns 4 kg. Não tem jeito, tinha que participar disso tudo...churrasco, janta, salgadinhos para 15 ou 20 pessoas, e cerveja.” Também saíram vitoriosos nas urnas Tarciso, ex-meia do Grêmio, eleito em Porto Alegre, e Vandick, ex-atacante do Paysandu, em Belém.

O mais jovem

Vem do Ceará o prefeito mais jovem eleito no Brasil. A cidade de Chaval escolheu Pacheco Neto (PSD), com recém-completados 21 anos (idade mínima para ser diplomado prefeito), para comandar a cidade por quatro anos. Nesse caso, ser jovem não significa necessariamente o “novo”, já que o eleito conta com o apoio da tia e atual prefeita, Janaline Pacheco (PDT), e também é filho de um outro ex-prefeito, Paulo Pacheco, que foi condenado pela Justiça a cinco anos e três meses de prisão por desvio de recursos federais.

A mais jovem

Já na eleição para vereador, a estudante Gislaine Ziliotto recebeu 335 votos e, com 17 anos, chegou à câmara do município de Ipê, na serra gaúcha. A jovem petista faz 18 anos em 1º de janeiro de 2013, a idade mínima para um vereador tomar posse. É filha de um político local e, entre suas bandeiras, está a de construir um distrito industrial para evitar a migração de jovens do município.

Prefeito mais velho

O alcaide mais velho do Brasil vem da terra natal do parceiro Menon. Tião Biazzo (PMDB) tem 89 anos e obteve anteontem seu sexto mandato na cidade de Aguaí (SP). O primeiro mandato do peemedebista foi conquistado em 1960, quando ele tinha 37 anos. Sem dúvida, uma longa carreira...

Muitas eleitoras, uma vereadora 

O eleitorado feminino representa aproximadamente 52% do total de votantes em Belo Horizonte e, dentre os 1.287 candidatos a vereador na cidade, 397 (30,85%) eram mulheres. Mesmo assim, o município elegeu uma vereadora apenas entre as 41 vagas da câmara municipal. Elaine Matozinhos, do PTB, obteve seu terceiro mandato, mas se surpreendeu com o fato de não ter outra vereadora no parlamento local. “Eu tenho que confessar que eu estou ainda meio atordoada com esta história. É uma coisa que nós vamos ter que estudar muito, saber por que, qual a responsabilidade, inclusive dos partidos políticos. Os partidos também têm responsabilidade nisso ai”, disse ao G1.

A internet e a vereadora mais votada das capitais

E veio do PSTU a mais expressiva votação proporcional de um vereador entre as capitais brasileiras. Amanda Gurgel, de Natal, obteve 8,6% dos votos válidos para vereador na capital potiguar e, com sua votação, elegeu mais dois candidatos da coligação que tem também o PSOL.

Para quem não lembra, Amanda é a professora que aparece em um vídeo postado no YouTube que hoje já soma mais de 2,250 milhões de visualizações. Ali, ela fala sobre a atual situação da educação no Rio Grande do Norte, sem papas na língua. O imediato sucesso do vídeo a levou a participar de diversos programas na mídia e o resultado das suas convicções e da sua indignação apareceu nas urnas.

Nem sempre a internet funciona... 

Mas se a internet e as redes sociais originaram a candidatura da vereadora mais votada do país, não funcionaram para a tucana Dani Schwery. Ela ficou famosa primeiro por “exorcizar” um personagem petista neste vídeo, que alcançou até agora pouco mais de 115 mil visualizações (tá certo que o Futepoca conseguiu mais que isso com esse vídeo aqui, mas somos modestos...). Depois, prosseguiu polemizando nas redes sociais. Nesta entrevista, declarou: "O PT faz uma ode à pobreza, e eu não gosto disso. Aí vão falar que eu sou burguesa. Mas não tenho que comprar a ideia que a pobreza é legal. É uma m... É como o corintiano que se chama de maloqueiro. Me revolto com isso".

O discurso repercutiu, mas não se transformou em resultado na urna. A candidata teve 507 votos e foi a quarta menor votação do PSDB em São Paulo.

O pequeno que cresceu

Entre os dez maiores partidos somente PSB e PT cresceram em número de prefeituras conquistadas, sendo que outro destaque foi o estreante PSD, detentor do quarto maior número de alcaides eleitos. O PSOL também elegeu seu primeiro prefeito em Itaocara, interior do Rio de Janeiro, mas, entre os pequenos, quem mais cresceu proporcionalmente em número de eleitos foi o PTdoB, que passou de oito para 26 prefeituras, um aumento de 225%.

Para quem não sabe, o PTdoB é o partido pelo qual se candidatou a Mulher Pera, e que em São Paulo era aliado de Celso Russomanno. A propósito, a modelo não conseguiu se eleger vereadora, fracassando junto com seu candidato a prefeito.

Mesário relaxado

Em Curitiba, um mesário resolveu sair um pouco da sua seção, encostou na porta do colégio e, decidido a relaxar diante do dia estressante que viria, sacou um cigarro de maconha para fumar. O rapaz de 21 anos foi detido por um policial e encaminhado ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), mas acabou liberado por não ter cometido crime eleitoral. Mais sobre o caso aqui.