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sábado, novembro 10, 2012

Faltou interesse, futebol, e Santos toma virada do Atlético-GO

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Falta de interesse. DE jogadores, do técnico, mas não de muita gente que compareceu ao estádio do Bezerrão, no Gama. Muita gente foi ver Neymar, que apareceu em duas oportunidades: no lance em que achou André, que serviu Bruno Rodrigo no gol do Santos; e outra vez em uma jogada na qual conseguiu o drible, mas finalizou para a defesa de Márcio.


Neymar não brilhou, e o Alvinegro fez uma partida pavorosa, porque só sendo abaixo da crítica para tomar uma virada do rebaixado Atlético-GO em quatro minutos, perto do final da partida. Claro que se pode atribuir parte da responsabilidade ao árbitro Emerson de Almeida Ferreira, que agiu de modo variado na peleja. Primeiro, não marcando falta em Neymar no lance que originou o primeiro gol do Dragão. Depois, deu uma “assistência” (calcanhar, coisa fina) para o ataque goiano, na jogada que terminou em pênalti para os donos da casa. Obviamente que a arbitragem não justifica a derrota, mais que merecida, mas é bom anotar o nome do juizão, que é ruim demais.

Dessa vez, Muricy Ramalho teve uma parcela de culpa considerável. Não só pela apatia, semelhante à dos jogadores, mas pela falta de capacidade de mudar o ânimo da equipe. E a composição da equipe. Quando colocou Victor Andrade, foi no lugar de André, que jogava mal (para variar), no entanto preocupava um pouco a zaga adversária. Poderia ter tirado um dos três volantes do time, já que o meio foi o ponto fraco do Alvinegro: Arouca, mais à frente, não foi o elemento surpresa que costuma ser, Henrique foi nulo e Adriano... foi Adriano. Como os atleticanos não se portaram como o Cruzeiro, dando espaços para as subidas santistas, era mais interessante colocar alguém que soubesse tratar melhor a bola no meio para chegar com um mínimo de qualidade na frente.

Os laterais foram mal atacando e marcando. Galhardo passou boa parte do segundo semestre no departamento médico, até se justifica o desempenho, e Gérson Magrão, hoje meia, foi pífio pela canhota. Noves fora, sobrou Neymar. Que mesmo jogando abaixo do que pode, é quem busca o jogo. Nem sempre faz milagre, e poderia receber ajuda de vez em quando dos companheiros. Hoje, não foi o caso.

Compensa? - Outro dado que vale para a arbitragem em geral, não apenas para esse jogo, pôde ser verificado num lance com o garoto Victor Andrade. Ele sofreu falta do zagueiro Gustavo, que já tinha cartão amarelo. Carrinho, daquelas infrações bem doídas só de assistir. Mas o garoto, assim como Neymar, parece antever o lance e ameniza a brutalidade adversária. Ao invés de ficar no gramado para evidenciar a falta, se levantou rapidamente e perdeu a bola dois segundos depois. Não se sabe se o árbitro não viu a falta ou se deu a vantagem inexistente. O que se sabe é que levantar e buscar a bola não foi bom negócio para o jogador. Compensa esse procedimento com o nível de arbitragem que temos por aqui?

sexta-feira, novembro 09, 2012

Eleições 2012: Luta por respeito a diversidade ganha espaço em SP

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Faz mais de dez dias que São Paulo elegeu Fernando Haddad (PT) prefeito e, para muitos, antecipou a aposentadoria política de José Serra, nome maior do PSDB. Fatos nada corriqueiros, que merecem visita mais demorada – ainda que atrasada – destes ébrios escribas. Este manguaça em particular teve uma pequena mas muito cansativa participação na campanha de Haddad, que ainda precisa de uma melhor elaboração. Assim, após algumas noites de sono, soltarei alguns textos sobre o processo eleitoral aqui e no país.


Russomanno e Serra no segundo turno

O primeiro turno permitiu a este esquerdinha que recém transferiu seu título para São Paulo vislumbrar a possibilidade de ter de escolher entre Russo e Serra: um embate entre Globo e Record, Edir Macedo e Silas Malafaia, o higienismo do Kassab e a proposta de triplicar o efetivo da GCM do candidato do PRB. De minha parte, a opção talvez fosse fugir para as colinas. Pequena tragédia, evitada nas urnas na última semana, com o derretimento de Russomanno.

Não foi o primeiro derretimento da campanha, que viu Serra sair de 30% para 18% nas pesquisas, enquanto Russo crescia e se consolidava na liderança, atingindo 35% e lá ficando mesmo com as sucessivas e cada vez mais violentas porradas vindas de todo lado. Enquanto isso, Haddad patinou primeiro em 3%, depois em 8%, até estacionar em 15%, onde ficou até a última pesquisa Ibope, que trouxe a surreal situação de um triplo empate na liderança, todos com 22%.

A queda de Russomanno na reta final se deve principalmente a dois fatores. No campo partidário, o PT aproveitou-se da clara inconsistência do projeto do adversário e foi pra cima da proposta elitista da tarifa de ônibus proporcional ao percurso percorrido, que escancarou o conceito de “justiça” do candidato, similar ao de Serra, figura absolutamente detestada na periferia paulistana.

O outro ponto é mais interessante, e passa pela luta religiosa que desde 2010 tem aparecido nos processos eleitorais. Dessa vez, no entanto, o obscurantismo encontrou uma reação nova na sociedade, que pode apontar dias melhores para quem prefere uma sociedade que respeite sua diversidade.

Obscurantismo

Russomanno e Serra protagonizaram durante toda a campanha uma disputa pelo apoio de igrejas evangélicas variadas. Valdemiro Santiago, bispa Sônia e outras lideranças religiosas foram tão ou mais disputados do que os partidos. Já de fábrica, Russomanno trazia o apoio da Universal de Edir Macedo, carnalmente ligada ao seu PRB - o candidato passou toda a campanha a minimizar tal ligação com a IURD, religião professada que reúne apenas 6% do partido, segundo ele, deixando de lado que estes controlam 80% dos cargos diretivos. Serra trouxe de 2010 a simpatia da parcela mais conservadora da Igreja Católica - ainda que dividida com o carola Gabriel Chalita.

O ataque froontal veio dos católicos. O cardeal-arcebispo dom Odilo Scherer divulgou texto acusando o coordenador da campanha do PRB e bispo da Universal, MarcosPereira, de "fomentar a discórdia" e ofender os católicos por conta de uma postagem no blog do político de 2011 em que ele afirma que os católicos tiveram ligação com o projeto Escola Sem Homofobia, mais especificamente com um conjunto de materiais que seria distribuído a professores e que passou a ser tratado pejorativamente como “kit-gay” pelos opositores. Desenvolvido pelo MEC na gestão Haddad, o kit que visava combater o bullying homofóbico nas escolas foi engavetado por Dilma após pressões da bancada evangélica – episódio que frustrou o movimento LGBT e levou parte de seus militantes para a oposição.

O tema esteve presente em toda a campanha como fonte de ataques contra Haddad nos bastidores, especialmente nas redes sociais. Mas este foi o primeiro momento em que alcançou o centro da discussão. O obscuratismo mostrava sua força.

O ataque foi sentido por Russomanno que teve mais um lance religioso envolvido em sua derrocado. Seu padrinho não assumido, Edir Macedo, resolveu explicitar sua posição com dois textos de apoio a Russomanno com críticas homofóbicas a Haddad. O apoio pode ter saído pela culatra, aumentando a rejeição candidato entre católicos e evangélicos de utras denominações. Mas a reação mais interessante veio do outro lado dessa disputa e ajudou a arejar o ambiente.


Grupos de ativistas virtuais e de luta pelos direitos humanos, dentre os quais destaca-se o coletivo Fora do Eixo, viram em Russomanno a imagem do preconceito, da homofobia, do machismo, da tomada do Estado por grupos religiosos. Foram vários dias de tuitaços #AmorSIMRussomannoNÃO, que culminaram com um festival de mesmo nome que reuniu milhares de pessoas na Praça Rossevelt, recém-reformada por Kassab.

Se a ofensiva do PT buscou principalmente os votos tradicionais do partido nas periferias, que estavam com Russomanno, a mobilização do “amor” elevou a rejeição ao candidato no centro expandido. Foi uma mobilização importante por afirmar o desejo de uma parcela expressiva da classe média por uma cidade mais humana, mais inclusiva, com mais respeito à diversidade.

Amor e Malafaia não combinam

No segundo turno, o mesmo grupo articulou um novo festival chamado “Exite Amor em SP”, com apresentações militantes e gratuitas de Criolo, Gaby Amaranthos, Karina Buhr e outros. Este não assumiu uma posição partidária – contra ou a favor – mas reafirmou a mobilização por uma cidade que vai contra as práticas higienistas das gestões Serra e Kassab – autores de algumas “pérolas do design fascista”, na bela definição de um amigo.

O alvo ficou mais claro quando Serra, como em 2010, buscou apoio no conservadorismo religioso. O símbolo desta vez foi a vinda a São Paulo do pastor carioca Silas Malafaia, um dos nomes mais destacados da homofobia nacional. A presença do tele-evangelista da Assembleia de Deus trouxe para o centro do debate o tal do "kit-gay".

A hipocrisia de Serra foi desmascarada por matéria de Mônica Bergamo, que revelou a existência de um programa semelhante aplicado pelo governo de São Paulo na gestão Serra, inclusive elaborado pela mesma ONG. Curiosidade: também foi Bergamo que deu destaque à ex-aluna de Monica Serra que denunciara o suposto aborto feito pela sempre-futura-primeira-dama no Chile. O reacionarismo e a hipocrisia custara a Serra o recorde de 52% de rejeição registrado pelo Datafolha, só superado por Paulo Maluf e Fernando Collor em toda a história registrada pelo instituto.

Não existe vácuo em política

Frente a tudo isso, Haddad manteve uma postura correta. Defendeu sempre o Estado laico, que respeite todas as religiões, e a valorização da diversidade de São Paulo, seu ativo mais importante. Em seu discurso na avenida Paulista, na festa da vitória, fez questão de citar negros, mulheres e população LGBT e defender novamente a igualdade e a diversidade. Também foi a uma missa ou outra ao lado de Gabriel Chalita, mas não recuou publicamente como fez Dilma em 2010 na questão do aborto. Naquela ocasião, a avaliação feita por estes manguaças (obviamente no fórum adequado) foi que, não importando quem levasse a eleição, a pauta da descriminalização do aborto retrocederia.

Em 2012, a esquerda não teve que fazer uma mesura tão grande aos reacionários, que tropeçaram nas próprias pernas. O abraço do decadente Serra ao caricato Malafaia resultou num tombo feio, ajudado pelo empurrão do “movimento do Amor”. Dessa vez, a eleição pode ter ajudado a abrir espaço para temas ligados a diversidade em São Paulo. Cabe aos movimentos ocupá-lo e pressionar por avanços. Porque se não o fizerem, alguém o fará.

quarta-feira, novembro 07, 2012

Câmara deixa educação sem dinheiro

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A Câmara Federal aprovou nesta terça-feira (6), por 286 votos a 124, o projeto de lei do Senado que define uma nova fórmula para divisão dos royalties do petróleo. O texto aprovado beneficia as unidades da federação que não produzem o combustível, em detrimento dos estados produtores, como Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Com isso, ficou para trás o substitutivo apresentado pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP) que vinculava o dinheiro dos futuros contratos a investimento em educação, valendo tanto para União, estados e municípios. A destinação dos recursos para a educação foi a forma encontrada pelo governo federal para tentar garantir a aplicação de 10% do PIB na área, demanda de diversos movimentos sociais incluída pelo Congresso no Plano Nacional de Educação. Para Zarattini, os parlamentares foram incoerentes.

Aqui você pode ver o voto de cada deputado, por estado e município. Olhando por cima, o PT votou em bloco a favor da proposta do governo e o DEM votou em bloco contra. O resto teve defecções ao sabor dos interesses de cada estado: os produtores de petróleo foram contra o texto do Senado e os demais a favor. Ou seja, o que pesou na maioria dos casos parece ter sido a grana que irá para cada unidade federativa, sem maiores preocupações com a escola das criancinhas. O PSDB, por exemplo, votou majoritariamente pela aprovação do texto do Senado, mas foi contrário nos estados produtores (RJ e ES, no caso).

Cabe o alerta para quem acredita que essa história de "base aliada" e "maioria governista" tem consistência. É uma mentira em que todos concordam acreditar. Os partidos na imensa maioria apoiam o governo, mas mantendo uma faca no pescoço da presidenta. Negociam cada votação e agem conforme seus interesses no restante do tempo – sejam estes interesses meramente eleitorais, seja a legitima representação dos setores sociais que os apoiam (sendo que a correlação de forças é amplamente desfavorável a trabalhadores e outros setores da parte de baixo da tabela) ou ainda por outros interesses menos nobres.

Isso vale para Dilma, valeu para Lula e FHC e valerá para qualquer presidente até que se faça uma reforma política que fortaleça o caráter programático dos partidos e diminua a influência do poder econômico nas eleições. Na minha lista, estão financiamento público exclusivo de campanhas e fidelidade partidária programática. E não tem julgamento no STF que mude essa situação

terça-feira, novembro 06, 2012

Pinga de morrer

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Supermercado em um sábado à noite no Lago Sul, em Brasília. Um de óculos de armação preta e larga outro de camisa xadrez, dois amigos vão comprar energético e destilados para algum esquenta pré-balada. Ou para fazer a própria balada. Pouco importa.

Escolhem o energético mais barato, fora de qualquer geladeira. Vão atrás do destilado, o primeiro pega conhaque. O segundo, de óculos, pede:

– Não, peraí... Pega pinga.
– Pinga, véi?
– É, véi... Pinga.
– Véi... Se a gente levar pinga, a gente vai beber pinga. Se a gente beber pinga, a gente vai morrer!
– É essa ideia.
– Nooooooooooossa!
Levaram tanto o conhaque como a cachaça.

As delegacias de polícia consultadas e o serviço funerário não retornaram as consultas de informação sobre óbitos juvenis na manhã seguinte à ocasião.

segunda-feira, novembro 05, 2012

Birebaixamento, dez anos depois

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- Você vai ver - ensaiou consolar o corintiano - O rebaixamento vai ser a melhor coisa que poderia acontecer para o Palmeiras... Vai se livrar de um bando de trastes da cartolagem.

É claro que o esboço de apoio moral veio depois de dez minutos de piadas sortidas, sobre o fim do Alviverde, sobre a ausente imponência de outrora, sobre finalidades alternativas da nova Arena Palestra Itália etc. Solidariedade de alvinegro paulistano numa hora dessas teria mesmo de ser farsa. Por nenhum outro motivo devolvi a solidariedade sem perder a ternura:

- Melhor coisa, só se for pra corintiano, são-paulino, santista, vascaíno. Pra palmeirense, a notícia é pior do que fim do mundo dos maias. Se fosse pra consertar aquela esbórnia, tinha resolvido há dez anos, na primeira queda, antes de o clube fazer 90 primaveras. Agora, dois carnavais antes de completar o primeiro século, é risco sério de viver o centenário na gloriosa segundona...

O diálogo terminou com um ou dois palavrões para amaldiçoar a situação. A conversa entre um sarrista e um desesperado aconteceu antes do empate em dois a dois entre Palmeiras e Botafogo, em Araraquara,no domingo, 4. O descenso está traçado há mais de dois meses, com as sucessivas falhas em inflar suspiros de esperança.

Sete pontos para baixo da linha da degola na tabela. A quatro rodadas do fim. Erros por falta de concentração e tranquilidade na tarefa de defender, e falta de pontaria e calma na hora de finalizar em gol. Esse roteiro, de desfecho triste, é conhecido.

Que é possível voltar em campo, em 2013, todos os que já caíram sabem. Em tese, o regulamento assim permite. Que é nada fácil, também é público e notório. Engana-se o torcedor que dá como certo o regresso, porque há um campeonato inteiro pela frente.

A foto é de 2010, depois da elminação da Sulamericana. A tristeza é atual (Ari Ferreira)
Com dois agravantes. Primeiro, o peso do repeteco, de duas quedas em duas décadas do milênio. Triste realidade para o campeão do século passado.

O segundo agravante liga-se à disputa da Taça Libertadores da América. Nenhuma crise existencial no fato de participar do continental e jogar a segundona do nacional. A dificuldade é de planejamento de contratações e organização do clima interno do clube. Fosse esta uma sociedade esportiva com histórico de gestão profissional, o receio poderia ficar escanteado. No cenário de priorizar a conquista da Copa do Brasil e perder o direito de manter-se na Série A, só pra citar o episódio mais recente,  vem um gosto amargo na boca que se confunde com a ressaca dos goles de ontem. Que perfil de elenco joga duas competições de clima e estilos tão dispares?

Resta a história e a paixão de torcedor para seguir firme, amarguras à parte. Tanto para acreditar em dias melhores sem Arnaldo Tirone no comando, sem Mustafá Contoursi interferindo, quanto para botar fé e torcer (e sofrer também) em qualquer divisão, campeonato ou condição.

Sobra um afônico porém sincero: Dá-lhe Porco.

domingo, novembro 04, 2012

Vitória do Bahia afunda mais o Palmeiras e traz Lusa pro baile

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O Bahia derrotou agora à noite, no Canindé, a Portuguesa por 1 a 0. O tento foi de Souza, um dos últimos espécimes do chamado centroavante-centroavante, aos 32 do segundo tempo. Diones chutou de fora da área e o veterano goleiro Dida tentou encaixar, dando o rebote para o ex-atacante do Corinthians.

Assim, os baianos chegaram a 40 pontos e estão empatados com a própria Portuguesa, que volta a estar ameaçada pelo espectro da Série B. A diferença entre os dois são três tentos de saldo em favor dos lusitanos. Ambos ainda estão quatro pontos à frente do Sport, primeiro time na fila para sair da degola.

Já o Palmeiras, que empatou com o Botafogo em um jogo que beirou o inacreditável, dadas as chances desperdiçadas pelo nervosismo alviverde, está com 33, sete atrás de Bahia e Portuguesa. Precisa de uma reta de chegada perfeita para escapar da Série B. Para se ter uma ideia do tamanho da superação, é só lembrar que os palestrinos conquistaram sete pontos nas últimas seis rodadas, exatamente o número de pontos que o distancia da salvação, e o mesmo desempenho do Figueirense, virtual rebaixado e penúltimo colocado no Brasileirão.

O Sport, rival mais próximo do clube paulista, vem em uma difícil caminhada de recuperação, tendo feito nove pontos nas últimas seis rodadas, contando com a vitória de hoje contra o Vasco, 3 a 0 em São Januário. Os vascaínos têm a segunda pior campanha do returno e vem de seis derrotas seguidas.

Embora estejam a quatro pontos da zona fantasma, Bahia e Lusa têm motivos de sobra para se preocupar, levando-se em conta o desempenho recente. A Portuguesa não marca gols há quatro partidas e nas últimas seis fez somente quatro pontos. Os baianos fizeram cinco em meia dúzia de rodadas.

Confira os quatro últimos jogos dos quatro times que parecem estar disputando às avessas duas vagas do rebaixamento, lembrando que Cruzeiro e Ponte, com 43 pontos, correm algum risco de rebaixamento.


Portuguesa


Botafogo (fora)

Grêmio (casa)

Internacional (fora)

Ponte Preta (casa)


Bahia


Cruzeiro (fora)

Ponte Preta (casa)

Náutico (casa)

Atlético-GO (fora)


Palmeiras


Fluminense (fora)

Flamengo (fora)

Atlético-GO (casa)

Santos (fora)


Sport


Figueirense (fora)

Botafogo (casa)

Fluminense (casa)

Náutico (fora)

Sob aplausos dos adversários, Neymar brilha e Santos goleia o Cruzeiro

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Reverência. O garoto com a camisa do Cruzeiro, que entrou em campo com o time da casa, corre para Neymar e pede seu autógrafo em uma camisa que estava por baixo do uniforme azul. Se a cena é simbólica, a tietagem infantil não é inédita. Antes de uma partida contra o Corinthians, neste ano, os guris também correram para afagar o Onze santista e o mesmo se deu em vários outros jogos.

Talvez os garotos, não tão contaminados pela rivalidade, vejam o futebol de forma diferente dos adultos. Os mais céticos dirão que se trata da influência da publicidade, o que de fato pode fazer diferença. Mas ontem, mesmo os adultos que eram fãs do time adversário aplaudiram Neymar, em um misto de reconhecimento mas também de protesto contra os comandados de Celso Roth.


O triplete de Neymar marcou a vitória santista. Deu mais uma assistência, uma bela jogada em que serviu Felipe Anderson. Seu segundo gol foi uma jogada que tem se tornado característica. Para diante do defensor e finaliza, colocado, aproveitando as pernas abertas do rival que esperam a movimentação do craque.

Foram apenas 14 partidas no Brasileiro, e 12 gols. Ironicamente, o jogador que o Santos faz esforço para manter no Brasil, jogou inúmeras partidas fora do país, em função da seleção brasileira. E ele segue fazendo marcas. Tornou-se o segundo maior goleador peixeiro em campeonatos brasileiros, atrás somente de Pelé. Soma com a camisa santista 122 gols e fez sua 29ª assistência em 2012, 17 pelo clube da Vila Belmiro.

Dava até pra falar da atuação do resto da equipe, de um André pouco móvel que só não deve perder a posição de titular para Miralles na próxima peleja porque o mesmo, depois de dar bela assistência para o último gol alvinegro, tomou o terceiro amarelo. Mas Neymar roubou a cena. Pra variar.