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quarta-feira, janeiro 16, 2013

Corinthians fora da Copinha: mau augúrio para 2013?

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Leandro, bom centroavante (Rodrigo Coca/Ag.Corinthians)
Comecemos afirmando um fato importante mas muitas vezes negligenciado sobre as competições de categorias de base: o mais importante não é ganhar, mas revelar jogadores. Lendo agora, parece claro que tal fato é ignorado por soar muito como discurso de perdedor. Enfim, o fato é que, mesmo sendo eliminado pelo Bahia no jogo desta quarta, temos alguns bons jogadores no time, especialmente no ataque.

O destaque é Léo, que era Leonardo no ano passado. Sem ter completado ainda 18 anos, o jogador é habilidoso, rápido e inteligente. Pecou algumas vezes por ser muito fominha, o que vale para as outras duas boas revelações do time: o centroavante Leandro, artilheiro com seis gols, e o também atacante Paulinho, habilidoso e ainda mais esfomeado.

Isto posto, entremos em searas mais míticas. Corintianos da minha faixa etária criaram um certo misticismo em relação ao desempenho do time na Copinha. Essa visão, reforçada pelo ano quase perfeito de 2012, deve ter começado com o ano de 1995, quando o Timão levou o Paulista em final sobre o Palmeiras e a Copa do Brasil em cima do Grêmio – sem contar o primeiro título da Gaviões da Fiel no Carnaval. O ano começou com a vitória na Copa SP, terceiro dos oito conquistados pelo Timão, maior ganhador do torneio. Olhando os outros seis títulos, vemos que a mística é bastante questionável.

Começa que os dois primeiros foram em 1969 e 1970, no meio da enorme fila alvinegra. Nada de bons augúrios aí – o que fica ainda mais grave em 69, com a morte do lateral-direito Lidu.

Tudo bem, a coisa pode ter começado com o excelente ano de 1995. Pulando esse, vamos para 1999, excelente ano, do bicampeonato do Brasileirão e de mais um título do Paulistão em cima do Palmeiras, com o tempero especial das embaixadinhas de Edílson.

Até aqui, vamos bem. Mas depois vem 2004, quando o Timão foi salvo pelo então sãopaulino Grafite de um vexaminoso rebaixamento no Paulistão. A mística foi severamente abalada, mas o ano seguinte a revitalizou: novo título dos meninos e novo Brasileirão, com Tevez e Nilmar – e o saldo da parceria malfadada com a MSI. O último título comemorado no aniversário da capital paulista foi em 2009, quando levamos o Paulistão invicto e a Copa do Brasil, com show de Ronaldo.

O saldo é positivo para os supersticiosos: 3 anos ruins e 5 muito bons. Se avaliarmos que o feitiço, seja lá qual for, foi feito em 1995, fica 5 a 1. Não é pouco. Na dúvida,bato na madeira. E vou mudar um pouco o axioma do início do texto e torcer mais por vitórias da garotada.

2 comentários:

Leandro disse...

Só puder ver o segundo tempo, e em distância e condições de atenção bem desvantajosas, mas o que pude perceber foi um festival de tentativas de "ligação direta" da defesa para os atacantes, e que em geral acabavam nas mãos do goleiro.
Não deu nem pra avaliar direito os garotos citados, sobretudo o Leonardo e o Leandro.
Comparando com o último jogo (4x2), foi uma noite bem pouco inspirada da molecada do Terrão.
Mas vamos ver se, ainda assim, este mesmo Terrão segue rendendo bons nomes para o time de cima.
E o negócio é torcer também para que o pessoal tenha mais paciência e mantenha a garotada por mais tempo no clube.
Ao longo destes últimos anos, vi muitos jogadores interessantes que, depois de faturarem a Copinha ou os Mundiais de categorias inferiores, saíram em seguida, sem nem esquentarem o banco direito. Bruno Bertucci, William Moares, William (do Shahktar), Giovani, Marquinhos, Matheus Camara e Matheuzinho, pra ficar em alguns exemplos.

Nicolau disse...

Sobre o time atual, o meio campo é bem ruim. Ualefi é um leão defensivamente, mas não ajuda na armação ou saída de bola. O segundo volante Zé Paulo é bem fraco e o meia Airton tem toda pinta de segundo volante. Faltava saída de bola mais inteligente no time, sem dúvida. No jogo anterior, por conta da expulsão de Airton, entrou um menino chamado Alano, que tem panca de meia e pra deveria ser titular - mas se machucou. A coisa só andava mesmo quando caia no pé do trio da frente.

Vejamos o que fazem desses meninos, especialmente a dupla Leandro e Leonardo. O Corinthians realmente peca por não ter um caminho mais claro para aproveitar os meninos que sobem. Dos que você citou, Leandro, cabem 2 correções, a bem da justiça: o William do Shaktar foi titular do time de cima antes de ser vendido e o Giovani ainda está no grupo, capaz que jogue umas partidas iniciais do Paulista.