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segunda-feira, janeiro 21, 2013

Um lugar para Jadson

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Guardadas as devidas considerações sobre a tradicional fragilidade do time do Mirassol, a estreia do São Paulo no Paulistão 2013, no Morumbi, teve como saldo positivo não apenas a vitória por 2 a 0, mas principalmente a boa atuação do meia Jadson, deslocado para o setor direito do ataque, onde antes desfilava Lucas, hoje no Paris Saint Germain. A fracassada negociação com o ponta Eduardo Vargas, do Napoli, que acabou sendo emprestado ao Grêmio de Porto Alegre, abriu espaço para Jadson, que iria para o banco de reservas com a efetivação de Paulo Henrique Ganso como homem de armação no meio-campo.

Durante a fase de preparação para a nova temporada, o técnico Ney Franco chegou a testar um losango com Ganso e Jadson no meio e apenas dois atacantes, Luís Fabiano e Osvaldo. No jogo-treino contra o Red Bull Brasil, dia 16 (vídeo abaixo), o time titular, com essa configuração, não conseguiu produzir nada no ataque e perdeu por 2 a 0 no primeiro tempo, com duas falhas de Rogério Ceni (os reservas sãopaulinos conseguiram empatar e evitar o vexame na segunda etapa). Diante disso, Ney decidiu improvisar Jadson na ponta-direita e manter o esquema 4-3-3 que deu padrão de jogo ao time no segundo semestre de 2012.




E, ontem, Jadson não decepcionou. No primeiro gol do São Paulo, após uma excelente triangulação entre Luís Fabiano, Osvaldo e Ganso, Jadson apareceu livre na pequena área para estufar a rede, caso o camisa 9 não tivesse aparecido, ao seu lado, para finalizar antes. No segundo tempo, o Mirassol aproveitou o desentrosamento de Lúcio na zaga e a má atuação de Carleto na lateral-esquerda para dar um sufoco no adversário, mas Rogério Ceni se redimiu das falhas contra o Red Bull com três grandes defesas. Após a saída de Luís Fabiano, Jadson centralizou seu posicionamento, recebeu bom passe de Denílson e marcou um golaço ao dominar e virar em velocidade. Assim, ele parece render mais do que como meia clássico.


No mais, vale ressaltar a entrada de Cañete como outra opção na faixa direita do ataque. No dia em que o futebol brasileiro registrava os 30 anos da morte do gênio Mané Garrincha, o argentino acertou uma bola na trave do Mirassol em lance relativamente parecido com o do ex-camisa 7 da seleção brasileira contra os russos, na Copa de 1958 (mas, lógico, sem os dribles característicos do Anjo Torto). O reforço Aloísio também atuou bem e ajudou a segurar a bola no ataque, aliviando a pressão que o time sofreu no início do segundo tempo. Enfim, a insistência de Ney Franco em determinado padrão de jogo, mesmo com substitutos de características diferentes no ataque, dá a impressão de que é mesmo o caminho certo. Ganso ainda está muito aquém. Mas Jadson parece ter encontrado o seu verdadeiro lugar.

1 comentários:

Nicolau disse...

O São Paulo mandou muito bem em contratar o Ney Franco. Desde o fim do ano passado, é um time organizado e melhorando. Vai dar muito trabalho.