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sábado, março 16, 2013

Montillo marca de novo, Neymar volta e Santos bate Guarani

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“Você esteve duas frente à frente do goleiro Renan [e não fez os gols]. Ele levou a melhor?”

“Claro que não, meu time ganhou de 2 a 1.”

Foi assim que um espirituoso Neymar respondeu a uma das perguntas feitas por jornalistas na saída do gramado da Vila Belmiro. Mais de uma vez, também, o craque sugeriu, sorrindo, que “cada um cuidasse da sua vida”, ao comentar um suposto atraso no treino de sexta, não confirmado pelo Santos, mas ventilado por jornalistas ou por alguém com interesse na venda do atleta.

De qualquer forma, Neymar está voltando. Depois de duas semanas sem jogar por conta de suspensão, voltou a apresentar jogadas plásticas, como um chapéu em cima de Ademir Sopa, e também dribles desconcertantes sobre os rivais. Sim, foi egoísta em algumas jogadas, especialmente no final da partida, quando chegou a incomodar os torcedores na Vila Belmiro. E a marcação do Guarani por vezes facilitou o trabalho, como no segundo gol santista, quando Neymar roubou uma bola no meio de campo e passou por dois adversários para dar uma assistência daquelas paternais a André, que marcou.

Neymar poderia ter jogado mais, mas foi melhor do que vinha sendo. Assim como Montillo, que foi o melhor em campo não só pelo primeiro gol (seu segundo pelo time), uma bela finalização após pedalar num contra-ataque armado por Arouca. Ele também o “arco” da equipe, ora tentando bolas longas, ora conduzindo a redonda até o campo adversário. Ainda fez por diversas vezes a cobertura do lado direito, onde Bruno Peres, pra variar, ofereceu verdadeiras vias expressas para o ataque bugrino.

Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC
Aliás, foi pelas laterais que o Guarani, após o zagueiro Tiago Pagnussat marcar seu gol em escanteio aos 13 do segundo tempo, forçou as entradas na defesa peixeira. Em dados momentos, a pressão campineira parecia que ia resultar em gol, já que a vontade dos comandados do treinador Branco (sim, o de 1994) parecia superior à dos santistas, que não tinham nenhuma compactação entre ataque e defesa e chegaram a ficar no mano a mano com o ataque adversário algumas vezes. 

Quando a equipe da Vila se postou para aproveitar os contra-ataques e jogar no (s) erro (s) do Guarani, criou chances. Uma, duas, três... Como as que Neymar não aproveitou diante do goleiro Renan, como lembrou o repórter na saída da partida. A propósito, Renan é aquele mesmo, convocado quando estava no Avaí por Mano Menezes em seu primeiro jogo pela seleção, contra os EUA. Contratado pelo Corinthians em 2011, estava no Estoril de Portugal mas ainda pertence o Alvinegro da capital paulista, que paga o salário do arqueiro.


Não foi uma peleja digna de nota, mas valeu por Montillo e pela volta de Neymar, que vai desfalcar o Santos contra o Mirassol, dia 21, e o Palmeiras, dia 24, porque estará na gloriosa seleção canarinha de Felipão. Mas não valeu pela atuação irregular de André, que, apesar de marcar um gol, continua jogando mal e teve que escutar a torcida aplaudindo Giva, que o substituiu aos 24 da etapa final, em seu primeiro lance.

Hoje, o Santos dorme na liderança da competição, embora possa acordar depois do fim de semana na mesma quarta posição em que estava antes do jogo. E seguimos em busca de um futebol melhorzinho...

2 comentários:

Nicolau disse...

A melhora de Montillo reforça a necessidade de paciência de torcedores com novos contratados. Às vezes, demora pra entrar no clima.
E o André quase que faz o milagre de perder aquele gol, hein?

Glauco disse...

O André tem feito "milagres" desse tipo há algum tempo e vem pondo por terra um velho conceito de que centroavante que faz gol é perdoado pelo que não faz no resto da partida. É nítido o quanto ele trava o jogo ofensivo do Santos e como ele facilita a vida das defesas rivais. Por isso que faz gol e sai vaiado. Fase complicada do garoto, mais malvisto que Kléber Pereira em seus piores períodos.