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quarta-feira, abril 03, 2013

Público-alvo

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Exemplo prático para observar a quem a Veja se dirige: "Você", o leitor próximo, que interessa à publicação da editora Abril, é um homem, branco, classe média/rico, tipo executivo - com cara de desconsolo por um "direito" (privilégio) perdido; "Ela", o ser distante, estranho e indesejável, é uma mulher, negra, nordestina, pobre, com pouco estudo - e a revista dá a entender que, por isso mesmo, decide errado (prejudicando "Você"). Ou seja, "A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes" (Karl Marx). Situe-se. E observe o discurso e sua direção.

7 comentários:

Nicolau disse...

Bem didático.

Fernando Romano disse...

"Didático" (2)

Anônimo disse...

Didático, concordo. Mas surpreende positivamente que a veja chame o pec de "marco civilizatório".

Nicolau disse...

Tem razão Anônimo, mas é no mínimo curioso o contraste que esse trecho da chamada apresenta com a imagem e a manchete.

Eduardo Maretti disse...

Dois comentários:

1) tb concordo que "surpreende positivamente que a veja chame o pec de "marco civilizatório". Mas ressalvo que nunca podemos esquecer do poder das imagens. É incomparavelmente mais fácil ver a revista a semana inteira nas bancas do que ler o termo "marco civilizatório" na matéria.

2) com a licença de vocês, estou publicando esse post no meu blog. Muito oportuno.

Unknown disse...

Esse tipo de avaliação crítica da mídia, sempre presente aqui no Futepoca, é um primeiro passo para o que planejo fazer um dia: cursos sobre COMO CONSUMIR COMUNICAÇÃO (ou melhor: COMO CONSUMIR INFORMAÇÃO), voltados prioritariamente para as classes populares.

Para explicar aquilo tudo que nós, jornalistas, estamos carecas de saber, mas que não chega ao povão - que veículo de comunicação é, antes de tudo, uma empresa e precisa dar lucro (e por isso prioriza, na emissão de conteúdo, os interesses do proprietário); que a exposição no alto e em páginas ímpares tem mais importância; que explicam o bife como sendo a vaca; que pau que bate em Chico não bate em Francisco etc etc etc. Se tem alguma coisa de útil que podemos fazer pela sociedade, como jornalistas, é isso.

porque informação, pra mim, é um produto como qualquer outro. Você tem que saber o que é, de onde vem, quem fez, para quem se destina, qual o interesse de quem está emitindo a informação; a técnica de "seguir o dinheiro" etc etc etc. Para acabar com a maior mentira desde Gutemberg, de que tudo o que a imprensa diz é verdade. No máximo, chega a ser uma VERSÃO (e por isso voltamos ao cerne desse post: de quem e pra quem?). Em outros casos, não passa de mentira, distorção, propaganda e discurso de causa.

Taí: ainda vou compilar tudo o que foi publicado aqui no Futepoca sobre crítica analítica da imprensa. Acho que rende uma primeira "apostila" do curso que um dia pretendo formatar - ou, quem sabe, o primeiro capítulo de um "manual" sobre consumo de informação que, juntos, poderemos construir.

Abraços. E à luta, sempre!

Unknown disse...

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