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sexta-feira, maio 31, 2013

Procura-se voluntário para beber cerveja e evitar doenças do coração

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Deu no Estadão desta sexta-feira, 31.
O Hospital do Coração, de São Paulo, promete repetir estudos sobre vinhos para medir o papel do consumo moderado de cervejas na prevenção de doenças do coração.
A inovação: avaliar a cerveja em seu mais nobre papel, o de alimento.
Como já ensinava Noel Rosa e tantos outros ébrios de menor reputação boêmia, o fermentado de malte com água e lúpulo é pão líquido. E, que se sólido fosse, Jânio Quadros e todo manguaça comê-lo-ia.
Segundo consta, faltam detalhes a serem definidos no estudo, mas serão formados dois grupos para comparações, um de abstêmios e outro de consumidores regulares de breja.
O álcool tem papel de prevenir entupimentos de artérias e de preservar vasos sanguíneos. As vitaminas do complexo B também ajudam.
O problema é que, certamente, a pesquisa vai concluir que moderação é pré-requisito para que o bem cresça no médio prazo. Tudo porque também se sabe dos efeitos nocivos do etanol  para outros órgãos, como o fígado (aka Figueiredo), pâncreas, estômago, e mesmo para favorecer diabetes, hipertensão e por aí vai.
Quem sabe o estudo desvenda de vez a quantidade equivalente à moderação?
Isso quer dizer que haverá voluntário comedido, atlético, bêbado contumaz, de perfil mais do boteco e mais doméstico, além de outros espécimes. Então, admito, o título do post fica meio inadequado, otimista -- como um copo meio cheio na mesa do bar.
Até lá, a gente só sabe que pode usar cerveja no lugar de isotônico, para hidratação depois de praticar esportes. Só precisa começar alguma atividade esportiva antes de pensar nesse uso...
Foto: VulcanOfWalden/WikiCommons