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quinta-feira, julho 11, 2013

O milagre cai duas vezes no mesmo lugar

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Quando o Tijuana foi bater o pênalti que desclassificaria o Galo nos acréscimos do segundo tempo, pensei comigo que a história de chegar muito perto de um título importante e ser derrotado aconteceria novamente. Pessimismo de quem se tornou atleticano para sempre na derrota para o São Paulo, no Brasileiro de 1977, na derrota nos pênalties.

Ontem à noite, o garoto de 12 anos voltou. À época, em março de 1978, a certeza da vitória. Hoje, décadas depois, mais calejado, com o pessimismo que a vida ensinou, novamente esperava o momento em que tudo daria errado. Não deu. Mesmo depois de Jô e Richarlyson errarem suas cobranças. Por incrível que pareça os argentinos também perderam. E de novo estava lá o goleiro Victor para fazer mais um milagre no momento decisivo, contra o craque do Newell´s Old Boys, na última cobrança.

Confesso que as visitas aos cardiologistas nos últimos anos e os remédios tomados cotidianamente para controlar a pressão funcionaram. O coração resistiu mais uma vez.

E resistiu num jogo tenso o tempo todo. O começo, com o gol de Bernard logo aos 3 minutos, foi enganoso.  O bom time argentino encaixou a marcação e sempre levou perigo com os atacantes Scocco e Maxi Rodriguez. O Galo teve boas chances com Bernard e Josué, mas o gol não saía. E nem adianta reclamar de dos pênalties não dados pelo juiz. Não vão marcar nada a favor de time brasileiro este ano mesmo.

Mas no segundo tempo o Atlético entrou visivelmente nervoso, errou demais, teve sorte de não tomar um gol e só reagiu a partir das mudanças de Cuca, com as entradas de Luan, Alecsandro e Guilherme. E a participação do ex-cruzeirense foi tão decisiva quanto a queda da luz. Finalizou bem uma primeira vez e a bola passou perto da trave. No segundo chute, fora da área, fez o gol mais decisivo de seus dois anos no Galo. O resto é história. Como foi histórico o apagão dos refletores. A luz voltou e o time se iluminou novamente nos minutos finais (não resisti ao trocadilho).

Por último, quem vive falando do azar do Cuca é bom mudar o lado do disco. Mesmo que perca a final (mangalô três vezes), não pode ser chamado de azarado depois de seu time se classificar duas vezes da forma como fez. Que venga el Olimpia. Por precaução, vou dobrar a dose dos remédios.

7 comentários:

Maurício Ayer disse...

Isso aí, Frédi, vai no cardiologista, faz um intensivo de maracujina, meditação...

Vou viver para ver o Frédi explodir de alegria com o Galo. Estarei feliz também.

fredi disse...

Valeu, Maurício. Seu passado atleticano há de reaparecer.

Maurício Ayer disse...

Capaz dele dar uma passadinha.

Nicolau disse...

Minha tendência nesses jogos sempre foi torcer contra o time mais próximo de mim, ou seja, se fosse Atlético x Time de SP, seria Galo, mas como era contra time estrnageiro, seria argentino.
Mas na verdade, a luta do Galo e minha simpatia com os dois jogadores que perderam pênaltis, Jô por ser lá no fundo um corintiano do terrão e Richarlison por ser um cara que enfrenta muito preconceito, me fizeram torcer para que Victor pegasse a última cobrança.

Parabéns pela classificação, Fredi. E poderia até dizer as congratulações antecipadas pelo título.

Agora, um momento para a provocação: se essa iluminada queda de luz fosse na Argentina o sr. estaria ou não dizendo que os hermanos fizeram de propósito?

fredi disse...

Por partes, Nicolauss. Nada ganho, acho que ainda sofrerei muito.

Sobre a queda de luz, seja como for iluminou a vitória (risos). Se alguém fez vai acabar virando herói lá em Minas.

Anônimo disse...

ninguem comenta: o goleiro parecia o Ceni - avançadinho !!
Futebol não tem regra ? ou:
Juiz bundão ?

Saudações, do
Dilson

Maurício Ayer disse...

Imagina queda de luz em Boys e derrota do Galo nos pênaltis, nas mesmas condições??? Ia faltar Futepoca pro post-chororo do Frédi, hahahaha

Mas essa taça já tá no ninho do Galo mesmo, não tem jeito.