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quarta-feira, agosto 07, 2013

13 derrotas em 20 jogos. Mas o time e Ganso reagem.

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Ganso chutou de fora da área e fez belo gol
A derrota para o Kashima Antlers por 3 x 2 significa para o São Paulo tanto quanto a vitória no jogo anterior, contra o Benfica: praticamente nada. Como já observei, torneio amistoso em jogo único não significa muita coisa, ganhando ou perdendo. Mas sempre tem algo que vale registro. Para mim, o principal foi que o São Paulo finalmente conseguiu reagir depois de sair perdendo um jogo, coisa que não acontecia desde o longínquo 10 de abril, quando começou atrás no placar contra o União Barbarense, pelo Campeonato Paulista, mas batalhou pela virada e venceu por 2 a 1. Lá no Japão, o time de Paulo Autuori começou perdendo por 2 a 0, placar do primeiro tempo, mas foi pra cima na etapa final e, surpreendentemente, conseguiu empatar.

E, nessa reação, outro espanto: o tradicionalmente apagado, improdutivo e (por isso mesmo) reserva Paulo Henrique Ganso fez o primeiro gol, em um belo chute de fora da área, e depois deu o passe para Aloísio fazer o segundo. Será que "o gigante acordou"? Porém, o desequilíbrio tricolor ainda é nítido. No finzinho, já nos acréscimos, a equipe se lançou de forma kamikase à frente, levou um contra-ataque e perdeu o amistoso. Normal. Assim como o novato zagueiro Lucas Silva falhou no primeiro gol do Kashima (pipocou a bola no joelho e matou a defesa de Rogério Ceni), o também novato meia-atacante Lucas Evangelista foi quem perdeu a bola no lance que originou o lance da vitória japonesa. Na "draga" que está o São Paulo, valeu a vontade de reagir com o placar adverso, coisa muito rara.

Finda a excursão ao exterior (três derrotas e uma vitória), vale fazer uma análise dos últimos três meses, que desencadearam uma das piores crises da história do clube. Minha data de corte começa no dia 5 de maio, quando o São Paulo empatou sem gols contra o Corinthians, pela semifinal do Paulistão, no Morumbi, e foi eliminado na disputa de pênaltis. Ali teve início uma sequência redonda de 20 partidas, completas hoje contra o Kashima, com 13 derrotas, 4 empates e 3 vitórias. Em 9 desses jogos, o treinador foi Ney Franco (4 derrotas, 3 empates, 2 vitórias), em 2 foi Milton Cruz (2 derrotas) e nos 9 restantes, Paulo Autuori (7 derrotas, 1 empate, 1 vitória). Lembrando que 5 dessas partidas foram amistosas: 4 derrotas (para Flamengo, Bayern, Milan e Kashima) e 1 vitória (Benfica).

Agora o time volta ao Brasileirão, domingo, contra a Portuguesa. Competição em que está na zona de rebaixamento, em 18º lugar, com os mesmos 11 jogos da Lusa (a 19ª colocada) e com 2 jogos a mais que o Náutico, o lanterna. Na competição, o São Paulo tem apenas 2 vitórias, 3 empates e sonoras 6 derrotas - incluindo 5 delas em pleno Morumbi. Sim, a coisa tá feia. Mas vamos à luta!


P.S.: Como vemos no vídeo acima, o São Paulo tomou três gols de um mesmo atacante, Osako - assim como tinha levado três de Luan, na derrota contra o Cruzeiro. Outros detalhes curiosos: o Kashima é treinado pelo brasileiro Toninho Cerezo, bicampeão mundial como jogador pelo São Paulo lá mesmo no Japão, em 1992 e 1993; e, no lance do segundo gol sãopaulino, Ganso, ao correr para alcançar a bola e dar assistência para Aloísio, bate a cabeça no poste de metal que sustenta a rede, precisando de atendimento médico (não sei se o lance é inédito, mas é bizarro).

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