Destaques

sexta-feira, maio 10, 2013

7 vazam no 'Bonde do Juvenal'. Douglas fica. E Juan volta!

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Bufão: Juvenal nunca vai admitir que está afundando o São Paulo
" - Você sabe, eu acho que não tenho (culpa). Eu procurei fazer o máximo. Nós procuramos dar o melhor, trazer exemplos, dar condições, e não conseguimos. Não transfiro a culpa para os atletas, estou dentro do processo, mas não contribuí para ele. Tanto que estou aqui tentando reverter esse quadro."

Com esta singela declaração, o presidente do São Paulo Futebol Clube, Juvenal Juvêncio, anunciou o afastamento de sete jogadores no elenco profissional: o volante Fabrício, o meia-atacante Cañete, o atacante Wallyson, os laterais-esquerdos Cortez e Henrique Miranda e os zagueiros João Filipe e Luiz Eduardo. São eles que vão pagar o pato pelas crise aberta com as recentes eliminações no Paulistão e na Libertadores, para Corinthians e Atlético-MG. Enquanto os sobreviventes (ou náufragos) vão treinar com a comissão técnica no CT de Cotia até a estreia no Brasileirão, contra a Ponte Preta, dia 26, os sete excluídos ficarão isolados no CT da Barra Funda.

“ - Ficarão treinando com outros. Eles vão ser emprestados, sobretudo Luiz Eduardo e Miranda, esse é nosso processo de reciclagem, porque acreditamos neles", argumentou Juvenal.

Muito bem, muito bom. Mas o resumo da Ópera (Bufa) é: (o péssimo) Douglas permanece no elenco. E o (horrível) lateral-esquerdo Juan, ex-Flamengo, que o Santos devolveu às pressas e estava encostado em Cotia, foi reintegrado! Por isso, eu rezo e repito: SEJA O QUE DEUS QUISER.

Da série "Piores capas de disco de todos os tempos"

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quinta-feira, maio 09, 2013

Com direito à cosquinha na cabeça do Wellington

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Ronaldinho Gaúcho tripudia e faz cosquinha em Wellington, que cai e simula falta
Que show de bola! Que baile! Considerando que os espetáculos anteriores do Atlético-MG pela Libertadores no estádio Independência, pela fase de grupos, tenham sido contra The Strongest (2 x 1) e Arsenal de Sarandí (5 x 2), times medianos sem conquistas internacionais, a goleada de ontem por 4 a 1 sobre o São Paulo, tricampeão da Libertadores e do Mundial de Clubes, foi a confirmação incontestável de que o time do técnico Cuca é, hoje, o de futebol mais vistoso e eficiente no Brasil. Pessimista como sou, já previa derrota e, na pior das hipóteses, uma noite de pesadelo. Ao fim do jogo, respirei aliviado: o meu time escapou do que poderia ter sido uma das piores goleadas de toda a sua história, comparável à maior delas até aqui, o 8 x 1 que o Botafogo-RJ nos aplicou no Torneio Rio-São Paulo de 1940.

Bernard: craque
O Atlético-MG fez o que quis em campo. Duas imagens, ambas do segundo tempo, ficarão guardadas em "minhas retinas tão fatigadas" (citando o cruzeirense Carlos Drummond de Andrade): a primeira foi uma jogada de futebol de salão, com Ronaldinho Gaúcho partindo para o ataque pela esquerda, trocando de pé em velocidade e tocando quase sem olhar para Diego Tardelli, no meio, que tocou da mesma forma, em milésimo de segundo, para Bernard, na direita, numa sintonia e sincronia que não vejo há anos no futebol nacional, síntese da plena afinação da "orquestra" que Cuca montou na linha de ataque do Galo; e a segunda imagem, a do Ronaldinho Gaúcho tripudiando e fazendo cosquinha na cabeça do pobre e inoperante Wellington, resumo da humilhação e da zombaria sofridas pelo atropelado São Paulo

Jô abre o placar: 1 x 0 foi pouco no 1º tempo
E o estrago, repito, poderia ter sido bem maior. Com 10 minutos de jogo, o Atlético-MG já tinha perdido um gol feito, mandado uma bola no travessão e sufocava o time de Ney Franco como se fosse uma partida de adultos, profissionais, contra um combinado Sub 15. O primeiro gol saiu com uma naturalidade espantosa, golaço de Jô em troca de passes fulminante. O São Paulo se segurava como podia: jogador tirando bola em cima da linha, Rogério Ceni fazendo defesa de reflexo dentro da pequena área, pressão e mais pressão. O primeiro tempo ter acabado com placar de 1 x 0 foi um espanto: poderia ter sido 4 ou 5 x0 fácil, fácil. Eu, que tinha aberto uma garrafa de vinho e tirado o som da televisão para ouvir um CD (porque detesto todo e qualquer comentarista esportivo, de qualquer emissora), acompanhava o jogo como quem assistisse as Torres Gêmeas pegando fogo, na iminência de desabarem.

Gaúcho e Jô comemoram segundo gol
Veio a segunda etapa e voltou a sensação de que meu time levaria um vareio épico, daqueles de virar manchete na mídia esportiva de todo o planeta. Sensação que surgiu quando o jogo começou e vi Douglas em campo. Ali, entendi que não seria apenas uma derrota. Poderia ser "A" derrota. Na segunda etapa, colocaram o coitado do Silvinho, ex-Penapolense ("Que faaaaaseee...", diria Milton Leite), mais perdido que surdo-mudo em tiroteio. O São Paulo, pateticamente, se jogava para o ataque na base do chutão para qualquer lado, da bola área rifada, do "bumba-meu-boi". Triste de ver. Em todos os lances, os passes chegavam 30 centímetros atrás de quem ia receber a bola, o jogador tinha que voltar para buscá-la, o posicionamento dos colegas se embaralhava, tudo saía errado. O time perdia a bola. E o Atlético-MG partia para o contra-ataque - rápido, coordenado, entrosado, com toques de primeira, fatal. Numa dessas, Jô fez 2 x 0. E iniciou o previsível massacre...

Tardelli engana Tolói e encobre Rogério Ceni
Na saída de bola, o São Paulo desembestou e se atrapalhou mais uma vez, houve um chutão para o alto e Rafael Tolói correu para tentar atrasar a bola, de cabeça, para Rogério Ceni. Quem assistiu ao clássico entre São Paulo e Corinthians pela primeira fase do Campeonato Paulista já fazia ideia do que poderia acontecer. Naquele jogo, Tolói tentou atrasar uma bola para Ceni, Alexandre Pato chegou antes, sofreu pênalti e depois fez o gol da vitória para o time de Parque São Jorge. Ontem, não deu outra. O ex-sãopaulino Diego Tardelli estava na cola do atrapalhado zagueiro e só esperou ele cabecear errado para dar o bote e, com um toque sutil, encobrir o goleiro e marcar um golaço: 3 x 0.

Jô faz 3º, após passe de Ronaldinho
Dois gols em dois minutos. E ainda tinha mais. Cinco minutos depois do terceiro gol, Ronaldinho Gaúcho, que mandou e desmandou na partida, numa das melhores atuações de sua carreira, fez outra jogada de futebol de salão e, à la Mário Sérgio Pontes de Paiva, olhou para a esquerda e deu passe para a direita, Jô recebeu e tocou no canto para selar o inapelável atropelo do Galo sobre o Tricolor. Naquele momento, faltando mais de 20 minutos para o jogo acabar, enchi minha derradeira taça de vinho e orei: "Meu Deus, já tá de bom tamanho! Por favor, faça com que o Atlético-MG tire o pé!". Graças a Ele, fui atendido. O time de Cuca não chegou a tirar o pé, mas também não aumentou a conta da sova. E o (eternamente) apagado Luís Fabiano ainda fez o golzinho de honra. Ficou de bom tamanho.

Silvinho: mais um "craque" do Juvenal
Falar mais o quê? Já cansei de repetir, aqui neste blogue, que o São Paulo não é um time. Não tem padrão de jogo, esquema tático. Não tem laterais, nem volantes, nem zagueiros que prestem. Não consegue finalizar no ataque. Não vai chegar a lugar algum com Douglas titular. Com Lúcio, Luís Fabiano, Ademilson. Continuo defendendo Ney Franco, mas uma campanha que teve seis derrotas em dez jogos é pura e simplesmente o reflexo do que é o São Paulo na era Juvenal Juvêncio: contrata mal, planeja mal, administra mal. Perde jogos, perde títulos, perde dinheiro, perde boas contratações, perde bons negócios. E, cada vez mais, vai perder torcedores. Para o Corinthians. Para o Atlético-MG. Não acredito que vá mudar alguma coisa daqui para o final do ano. Ney Franco vai tentar tirar leite de pedra para, quem sabe, beliscar outra vaguinha na Libertadores de 2014. Mas não sejamos ingênuos, sãopaulinos. A derrota de ontem não será o último vexame de 2013. Já que o clube é o da fé, vamos rezar muito. Seja o que Deus quiser!


quarta-feira, maio 08, 2013

Pinceladas cariocas - Botafogo campeão e as férias do Vasco

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por Enrico Castro

Rafael Marques jogou a pá de cal
E o Botafogo é o Campeão Carioca de 2013! O título foi mais que merecido. Foi o único dos grandes que se preparou e encarou a competição com a seriedade que ela merece (ou merecia). Venceu com autoridade os dois turnos, revertendo duas vantagens de empate que seus adversários possuíam na semifinal e final da Taça Guanabara, e vencendo também a semifinal e final da Taça Rio, quando possuía a vantagem do empate. A alegria alvinegra contrasta com a decepção da TV Globo, que gostaria que o Fluminense tivesse vencido o 2º turno - o que garantiria a exibição de mais duas partidas. Só que o Botafogo não sentou na vantagem do empate e jogou de forma inteligente contra o combalido Tricolor, que vive da sombra das últimas três temporadas. O time de Oswaldo Oliveira encaixou contra-ataques perigosos e se portou bem na defesa contra os baixinhos Wellington Nem e Rhayner, que, em momento algum, causaram rugas de preocupação no jovem e bom zagueiro Dória e no botinudo Bolívar. Seedorf e Lodeiro engoliram o meio campo tricolor e, por incrível que pareça, Rafael Marques bagunçou a dupla de patetas Digão e Leandro Euzébio e marcou o gol do título. Nem era necessário, pois o empate já garantiria o título para os botafoguenses, que ainda se deram ao luxo de perder um pênalti no 2º tempo, cobrado por Seedorf. 
Michael enfiou carreira no nariz
E enquanto o Botafogo ganha moral para crescer e avançar na Copa do Brasil, onde decidirá no Rio de Janeiro contra o “sexta-feira” Treze da Paraíba a vaga para a próxima fase, na quinta-feira, o Fluminense vai tentar juntar os cacos amanhã para vencer o Emelec-lec-lec-lec... também no Rio, pela Taça Libertadores. Para isso, aposta todas as suas fichas no retorno do "artilheiro de vidro" Fred, que, mesmo com 50% de sua capacidade, é mais perigoso que todos os outros atacantes que o Flu possui no elenco. Uma coisa é certa: se Leandro Euzébio jogar, a chance do Tricolor se classificar será bastante reduzida. Não bastassem todos os problemas físicos, técnicos e táticos que o incentivador Abel tem, Deco e Michael chutaram o balde. O primeiro tomou medicamento que contém as substâncias dopantes hidroclorotiazida (diurético que combate a hipertensão arterial) e carboxi-tamoxifeno (metabólico do tamoxifeno), sem conhecimento do departamento médico do clube. E o segundo decidiu abreviar sua promissora carreira e complicar sua vida com o uso de cocaína. Lamentável, para dizer o mínimo. Não que os dois façam falta ao time, mas já estão previamente suspensos. Se o time for eliminado da Libertadores ainda nas oitavas (e contra um time sem expressão), a pressão do Tio Celso vai ser insuportável. Manda quem pode e obedece quem tem juízo... 
O Flamengo, que só volta a jogar no dia 15 contra o Campinense pela Copa do Brasil, viu suas esperanças de disputar esta partida no Maracanã caírem por terra. Numa boa, o Maracanã não merece ser reaberto com um clássico deste porte, por mais medo que o time da Gávea possa estar... Já o Vasco segue de férias e só volta a jogar novamente em... mas espera aí, quando é mesmo que o Vasco vai voltar a jogar?!?!????
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) é um craque e brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

Campo de concentração...

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Os ricos (à direita) e os miseráveis (à esquerda) na capital paulista
...de renda: segundo pesquisa feita pela consultoria WealthInsight e publicada no jornal inglês The Guardian, São Paulo é a 12ª cidade no mundo com o maior número de multimilionários, com 1.310 pessoas com patrimônio igual ou superior a US$ 30 milhões (cerca de R$ 60 milhões ou mais em ativos). No ranking de bilionários, a cidade aparece na 20ª colocação, com dez pessoas na categoria.

A pesquisa reforça os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicados no final de 2012, que apontavam que seis capitais concentram 24,9% das riquezas produzidas no país, com São Paulo em 1º lugar, sendo responsável por 11,8% de todo o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

O OUTRO LADO - Porém, esse "oásis" brasileiro de multimilionários e bilionários que é a cidade de São Paulo não existe gratuitamente. Para que o produto dos exploradores seja tão opulente, a massa de explorados, obviamente, não é pequena. Pesquisa do IBGE de 2008 mostrou que cerca de 625 mil pessoas na Região Metropolitana de São Paulo viviam abaixo da linha de pobreza - ou seja, com renda mensal de até R$ 140 per capita (a região reúne 39 municípios e tem população estimada de 20 milhões de pessoas).

Dessa forma, a concentração de renda na terra dos 1.310 multimilionários é gritante: segundo o IBGE, na Região Metropolitana de São Paulo, os 10% mais pobres da população vivem com até R$ 139,30 mensais e outros 40% com R$ 288,51. Enquanto isso, os 10% mais ricos têm renda média de R$ 4.229,77 mensais. O que me faz recordar aqueles versos de Caetano Veloso do início dos anos 1980: "Enquanto os homens exercem seus podres poderes/ Morrer e matar de fome, de raiva e de sede/ São tantas vezes/ Gestos naturais..."

terça-feira, maio 07, 2013

Torcedor do Galo move ação contra arbitragem

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Simon: apito amigo botafoguense
Coisa inédita: um torcedor do Atlético-MG reclamando de arbitragem! Mas a causa é justa: depois de o árbitro Carlos Eugênio Simon ter admitido que errou ao não marcar um pênalti escandaloso sofrido pelo Galo em 2007, em partida contra o Botafogo-RJ que selou a desclassificação do clube mineiro da Copa do Brasil, um atleticano resolveu pedir na Justiça indenização por danos morais. De acordo com o site Terra, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai analisar hoje o processo.

O autor da ação - que é advogado - afirma que o caso deve ser tratado sob as cláusulas que protegem o direito do consumidor e que a CBF deve responder pelos atos de seus prepostos, já que fornece o "produto", ou seja, o jogo de futebol - se analisarmos a qualidade do "produto" nas últimas temporadas, pode configurar até fornecimento de droga.... Porém, o torcedor perdeu a ação em primeira e segunda instâncias: o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro considerou que o erro não gera para o torcedor-consumidor qualquer direito de cunho moral ou muito menos material e que a CBF, ao organizar as partidas, não se compromete a conseguir resultados favoráveis a qualquer dos times.

Insistente, o torcedor entrou então com um recurso especial dirigido ao STJ. O ministro Luis Felipe Salomão determinou a subida do recurso ao STJ para um melhor exame, já que há "peculiaridades" no processo. Acho que por "peculiaridade" podemos entender descaramento, pois não há a menor dúvida de que o pênalti não marcado aconteceu. No lance, dentro da área do Botafogo, o jogador Alex derruba sem dó o meio-campista Tchô, do Atlético-MG. Vale a pena ver de novo (no vídeo abaixo, a partir de 02:03):


Quem ri por último...

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segunda-feira, maio 06, 2013

A ampliação de tabus desagradáveis para o São Paulo e uma final de Paulista equilibrada

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A eliminação para o Corinthians, nos pênaltis, estendeu alguns incômodos tabus para o São Paulo. No campeonato paulista, foi a sétima vez consecutiva que o time saiu em uma semifinal. Quando a competição teve formato de mata-mata (ou só “mata”), os tricolores foram campeões pela última vez em 2000. Neste século, um único título em 2005, quando o Paulista foi disputado em pontos corridos em turno único.

Confraternização na final do Rio-São Paulo de 2002
No século XXI, o mata-mata tem causado dissabores à torcida são-paulina quando os adversários são dois dos grandes paulistas. Contra Corinthians e Santos, o São Paulo teve dez confrontos, não triunfando em nenhum deles. Além da eliminação de ontem, o Tricolor tombou diante do Corinthians nas semifinais da Copa do Brasil de 2002 e do Paulista de 2009; e nas finais do Paulista, de 2003, e do Rio-São Paulo, de 2002.

Diego, um dos algozes do "Real Madri do Morumbi"
Já contra o Santos a freguesia é semelhante. O São Paulo foi eliminado três vezes em sequência nas semifinais do campeonato paulista de 2010, 2011 e 2012. Antes, caiu nas quartas de final do Brasileiro de 2002 e na Sul-Americana de 2004. No século 21, a vantagem são-paulina em pelejas eliminatórias aparece quando o rival é o Palmeiras. Tirando a derrota para o Alviverde em 2008, nas semifinais do Paulista, o Tricolor eliminou o adversário no Torneio Rio-São Paulo de 2002 – pelo curioso critério de ter menos cartões amarelos –, no Supercampeonato Paulista (tá, esse é café com leite...) de 2002, na Copa do Brasil de 2000 e nas Libertadores de 2005 e 2006.

No meio da semana, o clube do Morumbi vai tentar evitar a ampliação de outra série desagradável. Nas últimas cinco participações do time na Libertadores, ele caiu diante de um brasileiro. Em 2006, na final contra o Inter; nas oitavas de 2007, contra o Grêmio; nas quartas de 2008 e 2009, diante de Fluminense e Cruzeiro, e nas semifinais de 2010, contra o Inter.

Final equilibrada

Seguindo na toada das eliminações são-paulinas no Paulista, o Corinthians entra em vantagem “mística” contra o Peixe na final. Desde 2008, quem derrotou o Tricolor nas semifinais acabou ganhando o título. A exceção em sete anos foi o São Caetano, em 2007, quando a equipe de Dorival Júnior foi derrotada pelo Santos de Vanderlei Luxemburgo.

Danilo decidiu ida do Corinthians à final da Libertadores 2012
Se no geral, no século 21, o Alvinegro Praiano tem vantagem em confrontos contra o Corinthians – 18 vitórias, 10 empates e 13 derrotas – em mata-mata, os dois se chocaram cinco vezes, com três triunfos corintianos e dois santistas.

O Timão levou a melhor na semifinal do Paulista de 2001, com o gol de Ricardinho nos acréscimos, e foi derrotado na final do Brasileirão de 2002, marcada pelas pedaladas de Robinho em cima de Rogério. Em 2009, na final do estadual, triunfo corintiano, vingado em 2011, quando o Peixe se sagrou campeão. Em 2012, o Timão levou a melhor eliminando o Alvinegro Praiano nas semifinais da competição.

Esperança peixeira é que ele resolva
Outro dado curioso diz respeito a Neymar: desde que se tornou profissional, em 2009, ele esteve em todas as finais de Paulista, e, em dez mata-matas disputados, foi campeão em seis e vice em dois. Com o futebol jogado pelo Peixe ultimamente, é candidato a salvador da pátria (aliás, sempre é...).

Nada de bom?

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Por Moriti Neto

Depois de dois insucessos como mandante em momentos decisivos, é natural o pessimismo se instalar na cabeça do torcedor. Contudo, só é possível concluir aspectos negativos do time do São Paulo? Não creio.

Há bons agouros. E quem traduziu isso em palavras foi o técnico do adversário que eliminou o Tricolor ontem, o corintiano Tite. Após o jogo pela semifinal do Campeonato Paulista, ele enalteceu a qualidade do adversário. “Falei isso para ele (o técnico Ney Franco) pessoalmente. Trouxe à equipe do São Paulo um equilíbrio, ela marca e joga, com Ganso retomando seu futebol e Jadson jogando muito”, na entrevista coletiva no Morumbi.

Tite está certo. Ney Franco sabe o que faz. O São Paulo evoluiu nos últimos dois meses. Jogou de igual para igual todas as vezes que enfrentou Corinthians e Atlético Mineiro (que, em minha opinião, são os dois melhores times do Brasil hoje) este ano. Não fez feio, ao contrário.

É sabida a maior quantidade de resultados negativos do que positivos contra esses adversários. Falta o “algo mais” para estar no mesmo nível deles. O coletivo necessita de ajuste fino para decidir em retas finais. Isso virá com o tempo. Exatamente o que ocorreu com Corinthians e Atlético.

Também é fato que isso se realizará somente se a espinha dorsal da equipe e a comissão técnica forem mantidas, e reforços pontuais forem contratados, principalmente para as laterais, além de mais um atacante de bom nível. Sendo assim, a coisa engrena ainda este ano.

Sobre alguns pontos que contribuíram para os insucessos da semana, justamente contra Galo e Corinthians, vou por tópicos: 

O falso ídolo

De novo, Luis Fabiano. Esse é um mal para o São Paulo. Por um motivo ou outro, não se pode contar com ele em momentos importantes, o que, obviamente, azeda o clima no elenco. É complicado e desanimador – em qualquer setor profissional – ver um sujeito que é tratado a pão de ló quase sempre deixar o coletivo a ver navios.

Sinceramente, não entendo a idolatria ao jogador. Veterano que é, colaborou em quais conquistas? Um Rio-São Paulo, lá no longínquo 2001. No título da Sul-Americana, no ano passado, o papel dele foi risível, tanto pela expulsão contra o Tigre quanto pela falta de gols na competição.

O fraco William José (atualmente no Grêmio de Porto Alegre) anotou três gols no campeonato e foi bem mais importante que LF, que marcou só um tento. Creio que isso serve de boa medida para constatar o quanto é improdutivo na prática. Parece que joga contra. Repudio a falta de seriedade e a má influência ao elenco que ele representa.

Na Libertadores deste ano, aprontou feio na fase de grupos, contra o Arsenal, numa inexplicável expulsão depois do apito final. Pegou quatro jogos. Quinta-feira foi o último. Com ele em campo, o São Paulo poderia ter matado o Atlético no primeiro tempo.

Definitivamente, o clube não pode mais ficar refém de um atleta (???) que só contribui para desestabilizar o elenco e nem tem mais as condições técnica e física de outrora. Passou da hora de dar adeus ao falso ídolo.
Jadson e Ganso valem a pena

A parceria Ganso e Jadson tem potencial. Ambos são talentosos e o entrosamento cresce. Não vejo que se atrapalham no meio de campo, como avalia post da dupla Marcão/Nicolau. O posicionamento melhorou. A movimentação idem. Ganso joga mais atrás, orquestrando o time. Jadson está mais próximo dos atacantes. A ideia é lógica e respeita as características dos dois, pois o camisa 8 é um armador clássico e o 10 são-paulino tem chegada à área mais rápida e eficaz. Assim como todo o time, falta, na parceria, o tal “algo mais”, a sintonia fina com a proposta de jogo. No entanto, dá para tomar como base a ótima atuação da dupla nos 35 minutos em que o São Paulo encurralou o Galo na noite de quinta, quando, inclusive, o gol são-paulino saiu dos pés dela.

O quase

Douglas é o mais “quase jogador” que já vi. Faz “quase passes”, “quase chutes”, “quase dribles”, “quase cruzamentos”. Se o Herrera é o “quase gol”, o Douglas é o “quase jogador” ou “quase nada”.

Dos piores

Thiago Carleto é das piores coisas que já passaram pela lateral-esquerda do São Paulo. Corre, mas não acerta passes e cruzamentos. Bate forte na bola? Sim. Porém, chuta mal. Não tem pontaria. De que adianta?

Cortez é bom. Fez um ótimo 2011 pelo Botafogo. Em 2012, no primeiro semestre, foi dos poucos que se salvou no bagunçado time de Leão. Na outra metade do ano, jogou muito, inclusive na marcação, que não é o ponto forte dele. Urge recuperá-lo.

Bora, São Paulo.

Freguesia confirmada

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Pra (não) variar, deu Corinthians contra o São Paulo em mais um mata-mata - que, para o time do Morumbi no Campeonato Paulista, de 2003 para cá, está mais para "morre-morre". Não me lembro de outra eliminação para o Corinthians nos pênaltis, ou muito me engano ou foi a primeira. Fato é que a última vez que o Tricolor eliminou o rival no mata-mata foi no longínquo ano 2000... (Milton Leite diria: "Que faaaasee... interminável!"). Freguesia mais do que consumada.

O curioso é que, crente que o jogo se decidiria nos 90 minutos regulamentares, marquei um compromisso para as 18 horas do domingão. Daí, não vi os pênaltis. Estava na rua quando ouvi a gritaria dos corintianos. Só hoje li, no jornal, que Ganso e Luís Fabiano desperdiçaram suas cobranças. Sintomático. Não vejo vida muito longa para nenhum dos dois no Morumbi. Se ficarem até o fim do ano, será muito. Pressão, crise e maus resultados vão abreviar suas passagens pelo clube.

No mais, pênalti, pra mim, pode dar qualquer coisa. Eu imaginei que o roteiro do jogo seria o mesmo do confronto anterior entre os dois times: o São Paulo pressionando no início, por jogar em casa, e o Corinthians tentando o contra-ataque no segundo tempo. Mas o Tricolor deu azar novamente. Tudo bem que Atlético-MG e Corinthians são, hoje, dois dos mais fortes clubes do país, os mais cotados para levantarem a Libertadores - e superiores ao São Paulo.

Mas o Aloísio sair machucado com 8 minutos de jogo, na quinta-feira, e o Osvaldo sair com 11 minutos de bola rolando, ontem, é muito azar. Osvaldo é capaz de decidir um jogo sozinho, como fez contra o Penapolense. No post que escrevi aqui no blog junto com o Nicolau sobre as equivalências e diferenças entre os dois times, fui profético: "Depois da saída de Lucas, Osvaldo se tornou 'o cara' no ataque do São Paulo." E também: "Douglas é ruim, em qualquer posição."

E foi justamente Douglas, o horrível e perna-de-pau Douglas, um dos piores jogadores que já vi com a camisa do São Paulo em três décadas de torcida, quem substituiu Osvaldo! O resultado foi um jogo chato, modorrento e sem atrativos. Do segundo tempo, assisti uns 10 minutos. Um documentário sobre peste bubônica, no History Channel, estava mais interessante. Acho justo Santos e Corinthians na final. Continuam sendo os melhores em São Paulo. E vamos ao Brasileirão...


domingo, maio 05, 2013

São Paulo x Corinthians: no papel, quem leva?

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São Paulo e Corinthians enfrentam-se daqui a pouco no Morumbi para saber a quem caberá o fardo de interromper a conquista do tetra-campeonato do Santos no Paulistão. Os dois times chegam ressabiados pelos últimos resultados na Libertadores. Na quarta, o Timão jogou mal como há muito não se via e perdeu para o Boca Juniors na Argentina. O Tricolor teve um resultado ainda mais doloroso, com a virada que levou do Atlético-MG em casa.

Para aumentar a ansiedade, o Futepoca, nas figuras do corintiano Nicolau e do sãopaulino Marcão, publica esta minuciosa comparação das duas equipes, exaustivamente debatida no fórum adequado e acompanhada de uma(s) garrafas de adequadas bebidas. Veja aí se concorda:

GOLEIROS
Rogério Ceni - Se estiver em dia ruim (como contra o The Strongest, na Bolívia), vantagem do Corinthians. Se o dia for bom (como contra o Penapolense), faz defesas milagrosas. Assim, há 50% de chance de qualquer coisa – ou seja, SDS (só Deus sabe).

Cássio - Voltando de contusão, é dúvida. Caso esteja plenamente recuperado, será pedreira para o ataque sãopaulino. Porém, em clássico de gente grande, goleiro que não está 100% pode complicar. Ou seja, SDS (só Deus Sabe).

Resultado: São Paulo


LATERAIS

Paulo Miranda e Carleto - O primeiro voltou há pouco de contusão e é muito irregular. O segundo só sabe correr, não arma jogadas e não tem pontaria. As laterais são o ponto mais fraco do São Paulo, há várias temporadas. Rodrigo Caio é opção na direita.

Alessandro e Fábio Santos - Titulares e jogando juntos há muito tempo. Podem não ser nenhuma Brastemp mas, neste caso, vale a sintonia fina que demonstram com o esquema de Tite.

Resultado: Corinthians


ZAGUEIROS
Lúcio e Rafael Tolói - Lúcio é lento e prega sustos na defesa quando decide ir ao ataque. O segundo é botinudo, corre o risco de expulsão e "deu passe" para Pato sofrer pênalti no último Majestoso. O robô do Dr. Smith alertaria: "Perigo! Perigo!"

Gil e Paulo André – O ex-cruzeirense vive boa fase neste ano e rapidamente se tornou nome importante na zaga do Timão, com velocidade e precisão nos desarmes. Volta e meia aparece o desentrosamento com seu parceiro mais lento e a coisa entorna. Mas no geral, a dupla tem sido segura.

Resultado: Empate técnico


VOLANTES
Wellington e Denílson - Jogaram bem no fim de 2012 mas, ultimamente, têm sido a "dupla do Deus me livre". Wellington faz muitas faltas (outro risco de expulsão) e não ajuda o ataque. Denílson, em má fase, idem. Clássico pode ser perdido neste setor.

Ralph e Paulinho – Ainda estão entre as melhores duplas de volantes em atividade no país, mas têm enfrentado jornadas infelizes e estão longe dos dias áureos de 2012. Na primeira partida contr ao Boca, Ralph não acertou meio passe. A ver.

Resultado: Corinthians


MEIAS
Ganso e Jadson - Na teoria, craques. Na prática, nunca jogam bem juntos. Sozinho, Jadson começou a temporada voando. Sozinho, Ganso mandou bem no 2º jogo contra o Atlético-MG. Juntos, se atrapalham. Mas clássico sempre é uma incógnita...

Danilo e Romarinho – O ex-sãopaulino é decisivo em seu estilo lento e prático, mas está sobrecarregado no meio-campo. Romarinho tem se esforçado para ajudar a criação desde as contusões de Douglas e Renato Augusto, mas não é a dele. Criação tem sido o fraco do time.

Resultado: São Paulo


ATACANTES
Osvaldo e Luís Fabiano - Depois da saída de Lucas, Osvaldo se tornou "o cara" no ataque do São Paulo. Toda jogada perigosa passa por seus pés. Luís Fabiano volta de contusão e parece sonolento. Mas é do tipo que, se bobear, guarda.

Emerson e Guerrero – Em fase iluminada, o peruano tem feito gols a granel e participado de jogadas perigosas. Sheik, depois de um começo de ano meio preguiçoso, se coçou e mereceu retomar o lugar no time.

Resultado: Empate técnico


RESERVAS
São Paulo - Denis é um goleiro bem mais-ou-menos. Rodrigo Caio jogou bem como lateral-direito contra o Palmeiras e pode atuar como volante (que realmente é). Edson Silva faz o feijão com arroz na zaga e não compromete. Fabrício está mal. Douglas é ruim, em qualquer posição. Aloísio, Ademilson e Wallyson são apenas esforçados.

Corinthians – O banco corintiano é luxuoso, com gente do calibre de Douglas, Guilherme (ex-Lusa), Edenílson, Chicão e Jorge Henrique. Ah sim, tem um tal de Alexandre Pato também. O ponto mais fraco é o gol, onde Danilo Fernandes não é grandes coisas, mas não chega a comprometer.

Resultado: Corinthians


Com três vitórias alvinegas, dois empates e duas vantagens para o Tricolor, o guardanapo futepoquense registra vitória corintiana no futebol de fantasia - isso se conseguimos ler direito a caneta manchada de cerveja. De todo jeito, o negócio se resolve é com a bola rolando.



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