Destaques

sexta-feira, junho 21, 2013

Uruguai quase na semifinal

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Nigéria depende de dois resultados quase milagrosos para avançar na Copa das Confederações

Em meio ao clima quente de protestos em Salvador - dois micro-ônibus da Fifa foram apedrejados no bairro do Campo Grande - Uruguai e Nigéria fizeram o duelo que valia a segunda vaga do grupo B da Copa das Confederações. A não ser, claro, que o Taiti proporcione a maior zebra da história recente do futebol mundial na peleja contra o Uruguai, no domingo.

Os 15 primeiros minutos foram de pressão uruguaia. A novidade na equipe foi a escalação do atacante Forlán, do Internacional, que estava no banco de reservas na estreia contra a Espanha. E foi em um lance do atacante que saiu o primeiro gol celeste. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para ele, que cruzou para a área e contou com duas furadas para que a bola chegasse em Lugano, que não desperdiçou, aos 19.

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Pinceladas cariocas - Flu na Disney, Botafogo em Paquetá

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por Enrico Castro

Mano Menezes já planeja conquista de sua 3ª Série B...
Em função da Copa das Manifestações, o Brasileirão curte seu quase parlamentar recesso após apenas cinco rodadas. À exceção dos cinco jogadores “cariocas” que estão com a seleção, a preparação dos clubes do Rio segue a todo vapor. O Flamengo descansou oito dias e retornou com mudanças significativas: contratou o técnico Mano Menezes e mandou embora, a princípio sem qualquer justificativa, Renato Abreu, um dos poucos lúcidos da equipe. A diretoria mandou às favas sua tão divulgada e elogiada política de austeridade  e optou pelo “valorizado” treinador, cujas principais conquistas são duas séries B. Estaria o rubro-negro já se planejando para 2014? Voltando a falar de Abreu, qual seria a relação entre a chegada do novo técnico e sua repentina saída da Gávea pela porta dos fundos? Quando ainda estava à frente da Seleção, para surpresa até mesmo do próprio jogador, que tem mais neurônios que a maioria de seus colegas, e certamente sabe que nunca teve condições de vestir a amarelinha, Mano o convocou para um confronto com a Argentina pela imprestável Copa Rocca. Será que o treinador se arrependeu? 
Fluminense virou atração na Disneylândia
Mesmo com a alta do dólar, o Fluminense resolveu levar o elenco para a Disney World, onde o Mickey e o Pateta poderão conhecer os patetas, digo, atletas tricolores. Abel reclama do fato de não poder contar com 11 jogadores: seis chinelinhos liderados por Thiago Neves, três servindo à  seleção brasileira, um vendido semana passada e mais o Diguinho, que não conseguiu o visto americano. Estaria o volante tricolor impedido de entrar na terra do Tio Sam por causa do processo que responde pelo envolvimento no esquema de importação ilegal de carros? O fato é que depois destas férias em Orlando, regadas a muamba da melhor qualidade, os jogadores do Flu ainda terão alguns dias de férias no Brasil. Será que a Polícia Federal vai fazer um pente fino na quando a delegação desembarcar no Galeão? Se por acaso fizer, torço para que apreendam aquelas drogas da zaga  tricolor... 
Sem grana, alvinegros não vão nem à  Paquetá
Após nove dias de férias e mais de 60 sem ver cor do dinheiro, os jogadores do Botafogo se recusaram a fazer uma intertemporada em Pinheiral/RJ. A postura dos atletas fez o vice de futebol, Chico Fonseca, vir a público negar esta informação e dizer que o período de preparação foi cancelado pela necessidade do clube de economizar, e por isso o time fará os treinamentos em General Severiano, mesmo. O dinheiro que poderia salvar o salário do elenco, proveniente da venda de Fellype Gabriel, está correndo grande risco de não chegar aos cofres alvinegro pois o clube já recebeu um mandado de penhora da Fazenda Nacional. Do jeito que está, o Botafogo não conseguirá fazer sua preparação para o restante da temporada nem na Ilha de Paquetá! 
Chicarito já sabe onde jogar daqui a 10 anos...
O Vasco não deu moleza a seus jogadores e, após apenas três dias de descanso, a equipe voltou a treinar - e com o meia colombiano Montoya (???) como novidade. Para um clube endividado pelo menos até as próximas três gerações, é de se estranhar que o outrora Gigante da Colina já tenha realizado 17 contratações apenas este ano. É bem verdade que, se juntarmos todos, não teremos, por exemplo, meio Balotelli ou Chicharito, que, a exemplo do mexicano Ochoa, foram presenteados pela diretoria com camisas personalizadas do time. A torcida dorme sonhando com nomes do porte de Balotelli e acorda com Reginaldo (???) treinando em São Januário. "É dura a vida da bailarina"... A boa novidade para o cruzmaltino foi a saída do diretor de futebol Renê Simões, que, após falar e fazer muita besteira, foi demitido. A verdade é que a diretoria e a torcida não aguentavam mais as declarações e atitudes do Super Mário, que afirmou ter pedido demissão, e não ter sido demitido. É aquela história do namorado(a) que, para sair “por cima”, termina a relação antes que o(a) outro(a) o faça. 
Por último, fui intimado pelo meu redator a cobrir o período de treinamentos do Fluminense nos EUA. Como ninguém é de ferro, vou dar uma esticadinha e retorno com a coluna na semana do dia 24/07. Até!
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) é um craque e brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

Sobre Rede Globo, manifestações, despolitização e democracia

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Um vídeo mais que didático... (Via Twitter da Cynara Menezes)

quinta-feira, junho 20, 2013

Naviraiense? Não, Taiti...

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Seleção da Oceania conta com apoio da torcida, mas não resiste aos reservas da Espanha e perde por 10 a 0

O sonho taitiano durou por algum tempo. Para ser mais preciso, 26 minutos, tempo decorrido entre o primeiro gol da Espanha, marcado por Fernando Torres aos 5 minutos de partida, e o segundo, aos 31, de David Silva. A resistência da seleção da Oceania empolgou a torcida presente no Maracanã, que exerceu livremente o seu direito de secar o (muito) mais forte. Mas não foi suficiente.

Nos oito minutos seguintes ao segundo tento espanhol, mais dois gols, outro de Torres e um de David Villa. Virou goleada mais tarde até do que se esperava, mas virou. Pode-se culpar a linha de impedimento do Taiti, que facilitou bastante o serviço do ataque europeu, mas como a mesma linha funcionava tão bem para a Espanha? Não é tática, é técnica. E mais algumas dezenas de anos de tradição de um, contra quase nada de outro, além de um sem número de fatores que não caberiam nesse texto. 

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quarta-feira, junho 19, 2013

No melhor jogo do torneio, Itália vira sobre Japão

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Cheia de reviravoltas, partida teve sete gols e terminou com a vitória dos favoritos, para decepção do público pernambucano

Por Mauricio Ayer

Quem sentou para assistir Japão e Itália esperando a simples confirmação do favoritismo do tetracampeão mundial ficou desorientado. A equipe japonesa não tomou conhecimento do protocolo e tomou a iniciativa da partida, sob a inteligente e ousada liderança de Kagawa. O camisa 10 arriscou dribles, cadenciou o jogo e distribuiu a bola no setor esquerdo. A primeira jogada perigosa saiu de seus pés, num cruzamento para a cabeçada de Maeda, que saiu fraca para as mãos de Buffon.

Pouco depois, Honda entrou livre e foi atingido pelo goleiro italiano. O próprio Honda bateu o pênalti e converteu. O que parecia ser uma surpresa foi ganhando consistência dentro de campo no volume de jogo japonês.

A equipe asiática armou um ataque em arco à frente da grande área, fazendo a bola circular com rapidez, buscando o melhor momento para o bote. Não tardou a surgir uma nova oportunidade e, num rebote, o meio-campo japonês colocou na área, Kagawa pivoteou em cima da zaga italiana e virou para chutar no canto, para delírio da Arena Pernambuco, que a essa altura era 100% nipônica.

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Neymar brilha e Brasil põe o pé na semifinal

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Com belo gol e assistência sinuosa, o camisa 10 liderou o Brasil na vitória sobre a equipe mexicana

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Mesmo antes do início do jogo entre Brasil e México, o clima já era quente no Castelão. A manifestação realizada no entorno do estádio, em Fortaleza, durou pouco mais de quatro horas e reuniu cerca de 15 mil ativistas que protestaram contra os gastos públicos com a Copa das Confederações. A Polícia Militar cearense reprimiu com bombas de gás um grupo de manifestantes que tentou furar o bloqueio estabelecido para demarcar o protesto, Houve tumulto.

Em campo, o Brasil começou arrasador. Com trocas rápidas de passes e grande volume de jogo, a equipe de Felipão chegou ao gol aos 9 minutos. Daniel Alves fez o cruzamento e o defensor Rodríguez fez um corte parcial. A bola acabou sobrando para Neymar, que finalizou de primeira, fazendo mais um belo gol no torneio.

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terça-feira, junho 18, 2013

Boleiros apoiam manifestações no Brasil

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Há momentos em que boas explicações sobre o mundo surgem de onde menos se espera. Em meio à onda de protestos de segunda-feira (17), diversos jogadores de futebol manifestaram-se em seus perfis no Twitter apoiando as manifestações. Atletas de outras modalidades também participaram.

Uma delas é especialmente curiosa, a do corintiano Paulo André, que sugeriu: "Esse é o legado da Copa? Gostei!"

Se é ou não o legado, fica para o leitor responder – ou para o arqueólogo do futuro, para homenagear uma série que deixou saudades.

Ainda mais entusiasmado foi Juninho Pernambucano, o meia (ou seria terceiro volante) que era o 12º jogador da seleção de Carlos Alberto Parreira, em 2006, foi além. Dos Estados Unidos, onde defende o Nova York Red Bulls, ele deu a linha: "Uma sugestão seria neste jogo contra o México todos cantarem o hino de costas para a bandeira e assim mostrariam que eles entendem que o futebol não é mais importante que o povo brasileiro", afirmou o jogador.

Segundo a agência EFE, o protesto "seria um gesto de solidariedade em um momento de esperança numa real mudança" e "não tiraria de nenhuma maneira o foco da partida, nem influenciaria a atuação da equipe".

Na seleção extraída pelo Blog da Redação do UOL Esportes, outros boleiros palpitaram. Confira outros comentários menos ou mais perspicazes.

Robinho - @oficialrobinho

Todo mundo na luta por um Brasil melhor !!!!!!!

Daniel Alves - @DaniAlvesD2

"Ordem e Progresso" sem violência por um brasil melhor por um brasil em paz por um brasil educado por…

Ebert Amancio - @Betao03

Queria saber o q as pessoas que estão no "comando" do Brasil, estão achando de tudo isso. Se estão temerosos ou nem ligando! #forçabrasil.

William Machado - @WilliamCapita

Vamos todos para as ruas, sem violência, mas demonstrar nossa insatisfação com essa política e esse políticos q ñ representam nossos anseios.

Edmilson de Moraes - @Edmil5onOficial

Manifestações sim. Mais sem violência.

Dante Bonfim Costa - @dante_bonfim

Vamos juntos Brasil , amo meu povo e sempre apoiarei vcs.

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O povo pede passagem

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Por volta das 16h30 a concentração em torno do Largo da Batata, na zona Oeste de São Paulo, já era grande. Mas uma hora mais tarde a quantidade de pessoas já era muito maior, lotando vias de acesso próximas pouco antes de finalmente a marcha se pôr em movimento.

Cartazes, faixas e bandeiras de partidos apareciam em meio à multidão, mas enfrentavam a reação de boa parte dos presentes. “Sem partido! Sem partido!” e “Aqui não é comício”, gritavam, buscando reforçar o caráter apartidário da marcha. Um rapaz, mesmo com evidente desvantagem física, arrancou duas bandeiras de um militante do Partido Pátria Livre, quase criando uma animosidade.

Início do protesto, no Largo da Batata (Mídia Ninja)

A imagem da mídia tradicional também não era das melhores. Com palavras de ordem pouco elogiosas à Rede Globo e a Arnaldo Jabor, manifestantes conseguiram impedir a gravação de uma repórter da emissora que tentava fazer uma entrevista com uma drag queen que protestava contra a PEC 37. “Depois passa a entrevista sem editar”, teve que ouvir a jornalista.

Entre os presentes no protesto, muitos vieram motivados pela reação violenta da polícia nos últimos dias. O ator Gero Camilo contava que era a primeira das manifestações contra o o aumento da passagem a que ele comparecia. “O que me fez de fato vir para a rua, além de ser contra o aumento, foi a forma agressiva e violenta com que a polícia reagiu aos manifestantes. E mais que isso, essa manifestação é uma gota d’água de uma paciência esgotada do povo brasileiro, não são só 20 centavos”, contou.

Questionado sobre a crise de representatividade dos partidos, Camilo disse acreditar na “mobilização das pessoas”. “É evidente que um aparato policial repressivo se joga brutalmente contra a população quando o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara é o Marco Feliciano. Que possibilidade há para o povo, nesse momento, a não ser se manifestar, independentemente de seu partido ou organização?”, ponderou. “Não temos um referencial de projeto político consequente, não é à toa que esse projeto está sendo discutido na ágora, na volta às ruas. Nunca vi um Facebook tão inteligente como nesses dois dias. Nunca li tantos comentários e posts inteligentes numa tentativa de construção política, nenhum jornal me deu isso, nem Folha de S. Paulo, nem Estado de S. Paulo, nem o Jornal Nacional.”

“A polícia tá na rua agora, mas cadê a polícia nas ruas, na hora de proteger nossos filhos?”, dizia uma das Mães na Manifestação. Já outra delas, Maeve Vida, falava sobre quanto o movimento havia a animado. “Sou mãe de três filhos e estava muito preocupada com a letargia dos jovens de hoje, alienados em um mundo consumista, achando que o bacana era ter um celular novo, que ser rebelde era ter um jeans rasgado, consumir um filme de arte rebelde. Pra mim, é uma grande alegria ver os jovens saindo dessa rebeldia enlatada e se manifestaram. Isso pra mim é vida.”

Sobre oportunistas

A marcha acabou se dividindo em três direções. Uma parte muito grande seguiu adiante na Avenida Faria Lima, um dos pontos financeiros mais importantes de São Paulo. Mesmo tendo alguns prédios e estabelecimentos luxuosos, que poderiam ser alvo de manifestantes anticapitalistas em qualquer lugar do mundo, nenhum deles correu riscos. E isso mesmo sem policiamento na maior parte do trajeto, o que leva à reflexão sobre o papel do aparato policial na produção da violência dos últimos atos.

Um shopping dos mais elitistas de São Paulo, o Iguatemi, está fechado. Do lado de dentro, algumas pessoas olham a marcha atrás de vidros e grades, quando uma manifestante chega perto para tirar uma foto com seu celular. Logo, um segurança surge:

– Não pode tirar foto.

– Estou na calçada, a calçada é pública – responde.

– Aqui só tem gente trabalhadora, pra tirar foto de vândalo é do outro lado.

Mas a moça continuou tirando as fotos.

Em meio à Faria Lima, dois engravatados destoam da multidão e correm em meio a ela com um enorme cartaz enrolado. Chegando à frente da marcha, abrem o material contra o ex-presidente Lula, o adjetivando como “câncer”. São dois ativistas de um grupo de direita que dificilmente consegue reunir cinquenta pessoas em suas manifestações, mas que buscava ali o melhor posicionamento para fotos e vídeos que devem circular o mundo, tentando dar um caráter que o movimento como um todo definitivamente não tem. Quinze minutos depois, são convidados a se retirar e a guardarem sua faixa. Saem recebendo alguns gritos de “fascistas”.

Não são os únicos oportunistas do movimento. Um dos presentes vê duas garotas e se sai com essa: “É a primeira vez de vocês no movimento?”. As garotas ensaiam uma resposta, mas param percebendo as segundas intenções do militante. “Depois a gente pode dar uma volta”, ainda ouviram, sem dar resposta.

Eram 19h30 e os manifestantes seguiam. Sem polícia, sem violência e ganhando ainda mais o respeito de quem viu, sem filtros midiáticos, aquilo que se passava. Filtros, aliás, que uma parte da sociedade, e a maioria dos manifestantes,  já não aceita mais.

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Ante protestos, ou Dilma e o PT viram à esquerda ou ficarão à direita


Nossa maior arma é a verdade

Ante protestos, ou Dilma e o PT viram à esquerda ou ficarão à direita

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Dia 17 de junho de 2013 foi um dia histórico para o Brasil. Protestos em nove ou onze capitais são um feito raro, comparável a poucos outros momentos – como os caras pintadas de 1992, as Diretas Já de 1984, ou, no máximo, à visita de presidente dos EUA ao Brasil. Parece bem claro que as manifestações cresceram (explodiram) depois das pancadas e dos erros da Polícia Militar de São Paulo no dia 13 e também da do Distrito Federal no dia 15.

Os protestos são por mudança. Mudança para frente, para melhor. São protestos movidos por ideias de esquerda, por direitos e inclusão. Mas não barram bandeiras de outras matizes, até porque são abertos, porque não são só por 20 centavos no preço do ônibus (mas também por isso).

Fotos: Marcelo Camargo/Agência Brasil em SP, Fabio Rodrigo Pozzebom/Agência Brasil no DF e Tomaz Silva/Agência Brasil no RJ



Entre a turma de esquerda, parece haver pelo menos três visões. De um lado, os que não dão 20 centavos pelo governo Dilma Rousseff e pelo PT, porque a gestão orienta-se mais pelos marcos regulatórios (do petróleo, da mineiração, dos portos) do que por transformação social, porque deixou-se sequestrar pela direita e pela coesão artificial de sua base no Legislativo.

De outro, os que preferem o governo Dilma e o PT ao risco de um Aécio Neves ou de um aventureiro de plantão, que possa pôr alguma conquista a perder. Essa turma se empolga e se emociona com os protestos. Participa quando consegue. Mas receia ver as marchas capturadas por forças reacionárias – talvez de modo análogo ao que aconteceu com o Palácio do Planalto.

E, por fim, há os que defendem a gestão da presidenta e a conduta de seu partido não importa qual tenha sido o recuo da vez, seja para retirar uma cartilha sobre DST para prostitutas, apostila sobre direitos dos homossexuais, disputa bairrista por royalties e demora em pôr peso na destinação da verba para educação... Nesse caso, os protestos já foram tomados pela direita, que manipula tudo por meio da mídia.

Oportunidade

Diante dos protestos e do clamor por mudança, há uma janela, uma oportunidade de ouro para Dilma Rousseff e para o PT. Virar à esquerda e escantear as alas retrógradas e tecnocráticas para encampar bandeiras sociais e de transformação.

Sem abrir mão desse tipo de guinada, o governo e o partido ficarão à direita, engessados onde estão. Contribuirão para a apropriação do ímpeto de reivindicação e de crítica que está nas ruas ser absorvido por forças conservadoras exclusivamente anti-inflação e com discurso de tom modernizante.

Ou viram à esquerda, ou permanecerão à direita demais para voltar e conseguir sequer dialogar com a população.

Se derem mais ouvidos à vaia no Estádio Nacional Mané Garrincha do que às ruas pelas onze capitais, não terá sido o protesto absorvido pela direita, mas a oportunidade desperdiçada.

Não é sempre que pinta uma chance assim a 16 meses da eleição.

(Em tempo: Copa das Confederações: O que eu ia dizer mesmo?)

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segunda-feira, junho 17, 2013

Nigéria atropela, mas comemoração é do Taiti

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Time da Oceania leva seis mas marca primeiro gol em competições oficiais fora de seu país

Por Thalita Pires

E o Taiti vai ao delírio!
Com a tranquilidade de que não tem absolutamente nada a provar nessa Copa das Confederações, a seleção do Taiti levou de seis da Nigéria e ainda saiu feliz de campo. O time não apenas fez sua estreia em competições de porte, como conseguiu um feito inesperado: um gol contra os campeões africanos, marcado pelo zagueiro Tehau.

O resultado era esperado até pela raiz do gramado do esvaziado Mineirão. Mesmo assim, os pouco mais de 20 mil torcedores que compareceram fizeram questão de apoiar o time mais fraco em todos os momentos.

A Nigéria, que não tem nada com o amadorismo quase completo do time do Taiti, começou a construiu sua vitória ainda no início do jogo. Aos 4 minutos, Echiejile chutou de longe, a bola desviou em dois jogadores e matou o goleiro Samin. Aos 9, Oduamadi aproveitou a bobeada da defesa taitiana, driblou dois defensores e tocou na saída de Samin para marcar o segundo. Aos 25, Oduamadi marcou novamente, dessa vez ajudado pelo goleiro Samin, que soltou uma bola fácil nos pés do atacante.

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Nossa maior arma é a verdade

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Por Gabriel Victal

Diante dos fatos e experiências vividas na noite de 13 de junho de 2013, das conversas com os amigos, e do acompanhamentos dos relatos e vídeos que circularam pelas redes sociais, não posso deixar de dar minha contribuição e reflexão pessoal:

Saí de casa para ir a manifestação às 18h30 já sabendo que 50 manifestantes haviam sido presos na concentração. Entre eles o jornalista da Carta Capital pelo “porte” de vinagre. Não consegui chegar à manifestação.

O que vi foi a Paulista ser fechada por policias armados enquanto a manifestação era bloqueada na praça Roosevelt. Vi também sete camburões do choque descerem a Augusta e desembarcarem as tropas assustando a população que filmava a cena de demonstração de poder. Ouvi as bombas explodirem e pessoas correndo dos tiros. Pessoas que filmavam as cenas, assustadas, agora abrigavam-se nos bares e comércios que ainda estavam abertos. Ficamos circulando entre as ruas Augusta, Frei Caneca, Herculano e Peixoto Gomide. A sensação era de estado de sítio. Estávamos cercados em cima e embaixo, impedidos de ir para casa. Repito não cheguei na manifestação. Conseguimos nos abrigar na casa de um casal de amigos.

A polícia cercava os manifestantes pra onde quer que eles corressem. Não foi uma estratégia de dispersar a manifestação, pois para isso era necessário deixar vias de escape, para que as pessoas fugissem.

Era uma estratégia de minar a integridade física dos manifestantes: o objetivo essencial era que todos nós voltássemos pra casa sob o cheiro de gás lacrimogênio, com os olhos ardendo do gás de pimenta e hematomas de bala de borracha. Também era essencial que a população que não participava dos protestos fosse coagida a entrar para as suas casas e não ficassem nas ruas registrando com suas câmeras e celulares. Era essencial que o jornalista da Carta Capital não portasse vinagre. Foi a estratégia do medo.

O que está em jogo não é apenas os R$ 0,20 centavos. O que está em jogo tem a ver também com as outras lutas e movimentos: a Marcha das Vadias, a Parada do Orgulho LGBT, a Marcha da Maconha. O que está em jogo é esse pensamento fascista que ainda resiste na corporação e no nome da polícia militar, mas também nos corações e mentes daqueles que consideram manifestantes como baderneiros e arruaceiros. Daqueles que preferem proteger o patrimônio público à integridade física e psicológica dos indivíduos. Daqueles que não conseguem ver a clara desproporção entre homens armados com bombas - protegidos por capacetes e escudos, coordenados, organizados em viaturas, camburões e motocicletas - e uma massa plural de indivíduos cantando e gritando palavras de ordem, e que, vez ou outra, precisa reagir à violência que sofre com o que tem na mão. Daqueles que acham que política se faz somente nas urnas de quatro em quatro anos e de preferência com o voto naquele candidato que é amigo do pai.

O que está em jogo é a persistência daquele sentimento de medo quando encontramos um grupo de cinco pessoas reunidas na praça, pois fomos ensinados, por um golpe militar 50 anos atrás, que reunião em espaço público é formação de quadrilha. Depois de quinta-feira ficou claro que o que ainda está em jogo é o direito de ir e vir, sendo quem somos, com autonomia sobre nossos corpos e nossas ideias.

Tudo isso foi desrespeitado. E mesmo assim saímos vencendo. Saímos vencendo porque a verdade não está mais só nas mãos de poucos. Porque as muitas verdades foram registradas, porque hoje tive contato com as histórias registradas de diversas pessoas que estavam na manifestação e que também não estavam, mas sentiram seus efeitos e compartilharam a informação. Saímos vencendo porque os jornais tiveram de se dobrar aos fatos, já que os rostos dos seus jornalistas feridos não poderiam ser escondidos dentro das redações, já que haviam sido compartilhados por milhares.

O poder de registrar e compartilhar informação nunca foi tão grande. E frente a isso os antigos poderes reagem da única forma que sabem: com truculência e brutalidade.

Saímos vencendo porque nossas histórias estão sendo contadas por nós mesmos. Registrem, fotografem, filmem e escrevam. Nossa maior arma é a verdade.

*Gabriel é artista plástico e designer

domingo, junho 16, 2013

Espanha 71%, Uruguai 29%

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Sul-americanos praticamente não vêm a bola nos mais de 90 minutos. Único chute certo a gol foi a falta batida por Suárez aos 43 do segundo tempo 

Quem duela com os espanhois?
Por Frédi Vasconcelos

Números em futebol não costumam representar muita coisa, mas, no caso da Espanha, os mais de 80% de posse de bola nos primeiros 5 minutos mostravam que o Uruguai continuaria sem conhecer a Arena Pernambuco ou pelo menos não seria apresentado à bola oficial tão cedo. Parecia a disputa de um time profissional contra os peladeiros do bairro. Para ter ideia, o primeiro ataque do Uruguai só aconteceu aos 16 minutos, e sem perigo nenhum.

Enquanto isso a Espanha já chutara bola na trave, furara em cruzamento com o jogador cara a cara com o goleiro adversário... Até chegar ao gol perto dos 20 minutos num pancada de Pedro de fora da área, que desvia em Lugano e engana o goleiro Muslera. E, depois, a partida continua sem o Uruguai conseguir trocar mais de três passes ou passar do meio de campo. Até que aos 32 minutos Fábregas dá assistência para Soldado sem marcação dentro da área, que fuzila o goleiro.

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No ritmo de Pirlo, Itália bate o México por 2 a 1

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Por Nicolau Soares

Italianos mostraram um meio de campo muito coeso, comandado por Pirlo, e um ataque dependente da força de Mario Balotelli

Itália 2 x 1 México
Pirlo, maestro do meio-campo italiano, cobra a falta que abriu o placar contra o México
A Itália venceu o México por 2 a 1 no primeiro jogo deste domingo (16) e começou a desenhar o quadro de forças do grupo brasileiro da primeira fase da Copa das Confederações. Os italianos mostraram um meio de campo muito coeso, comandado por Pirlo, e um ataque dependente da força de Mario Balotelli. Já o México pareceu não ter muito o que mostrar.

A Azurra controlou o jogo desde o início, com toque de bola e marcação bem armada no meio-campo formado por Montolivo, De Rossi e, principalmente, Pirlo. É ele quem comanda o ritmo do time, com visão de jogo e passe de qualidade rara. As jogadas foram surgindo, mas paravam na falta de contundência ofensiva do time, exceto quando caíam nos pés de Balotelli, que chuta tudo que é bola que vê pela frente para o gol. Em geral, com perigo.

Do lado mexicano, um jogo muito travado, sem criatividade. A linha de quatro jogadores no meio formada por Zavala, Torrado, Guardado e Aquino mostrou pouca movimentação. Apenas Giovanni dos Santos e Chicharrito Hernández levaram algum perigo.

Nessa toada, o controle da Itália só se manifestou no placar com uma bola parada. Pirlo cobrou com perfeição aos 26 minutos e mandou a bola no ângulo direito de Corona, que no meio do pulo até desistiu de tentar pegar. O gol coroou a bela atuação do volante, que fez seu centésimo jogo pela seleção italiana.

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Melhores da Europa e da América se enfrentam hoje

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Atuais campeões mundiais querem título inédito ( Wikimedia Commons) 
Espanha tenta confirmar sua hegemonia no futebol mundial e Uruguai quer mostrar que o quarto lugar na Copa do Mundo de 2010 não foi por acaso
Por Frédi Vasconcelos

Pelos resultados nos últimos anos, a Espanha, campeã mundial e duas vezes da Eurocopa, e o Uruguai, campeão da última Copa América e mais bem colocado das Américas no último Mundial, fazem nesta noite pela Copa das Confederações o duelo das seleções que mais obtiveram resultados em seus continentes nos últimos tempos.

Mas as realidades atuais são bem distintas. A Espanha lidera o Grupo I das eliminatórias europeias, com 11 pontos em cinco jogos, à frente da França, não perde uma partida de futebol há três anos e conta com nomes como Iniesta, Xavi e Fábregas jogando bem. E tem uma base entrosada, formada pela maioria de jogadores do Barcelona e Real Madri, dois dos melhores times do mundo. Além de nunca ter perdido para o Uruguai. Em seis partidas disputadas, são três vitórias e três empates.

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México x Itália: opostos como bola da vez

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No futebol, os campeões olímpicos andam mal nas eliminatórias, mas vivem pujança econômica. Os italianos sofrem com a crise, e só estão no Brasil por vice na Eurocopa

Maraca, que recebeu Brasil e Inglaterra, estreia na Copa (Tânia Rêgo/ABr)
O estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, recebe partida válida pela Copa das Confederações neste domingo (16), às 16h, horário de Brasília. O jogo será entre México e Itália, seleções de escolas e tradições futebolísticas sempre distintas e de países que passam por momentos econômicos especialmente antagônicos.

Com a bola nos pés, a Azzurra é tetracampeã mundial, temida e respeitada pela solidez defensiva e rapidez nos contra-ataques. Chegou à final da Eurocopa no ano passado e estaria fora do torneio no Brasil. Como a Espanha já estava classificada, por ter sido campeã, também, da Copa do Mundo de 2010, os italianos estão por aqui.

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