Destaques

sábado, agosto 05, 2006

Clipping manguaça

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A abandonada editoria de cachaça deste Futepoca promete se recuperar. Depois de semanas de dores de cabeça, tremores constantes e dor de estômago, as dicas sobre a bebida vão voltar. Mas como pompa e promessas vazias não resolvem nada se os posts não aparecerem de fato (principalmente em período eleitoral), a retomada começa leve, com links pra um monte de bobagem relacionada à água-bruta.

O Museu da cachaça de Pernambuco garante ter 7,8 mil garrafas da perigosa. E o curador do museu, José Moisés de Moura, jura que demorou 20 anos pra juntar tudo isso. E os manguaças sabem que precisam de 20 dias pra desfazer o acervo, mas prometem se conter. Há seis anos, ele mantém a página na internet e há oito abre o museu em Lagoa do Carro, a 60 km de Recife, à visitação. Quem conseguir chegar até lá, paga R$ 1 pra entrar. A saída é indicada por placas luminosas (ic), mas uma expressiva parcela dos visitantes não consegue encontrá-la sozinha. Criança entra de graça, porque é preciso formar as próximas gerações de manguacinhas. A degustação é feita no Bar do Papudinho, um dos ambientes do recinto.

"Cachaça também é cultura" é o slogan do Museu do Rio de Janeiro, o Muca. Criado em 1991, o acervo da chambirra é de todos os jeitos. Mas o destaque são livros – pra fazer jus ao lema adotado. Perceba que isso chama a atenção porque é curioso, e nunca por falta de interesse na três-tombos, que é o que importa aqui.


Minas Gerais também tem seu museu, em Caeté. As 6 mil garrafas são expostas do lado de um restaurante foram reunidas por um médico que não tem como esconder suas embiagadas origens (ic) . Começou a coleção dentro de um boteco quando olhou a prateleira apinhada de garrafas de todas as cores, formas e rótulos e decidiu comprar tudo de uma vez. Segundo fontes consultadas com exclusividade, ele teria chegado em casa com aquele monte de garrafas e, para disfarçar a compulsão etílica, mandou avisar a patroa e toda a vizinhança que tinha começado uma coleção. Não teve como se furtar de seguir o prometido, porque não faltaram cachaceiros – os fabricantes, não os bebedores – para se incluírem no museu.

Mé virtual – Mas aos ressaqueados demais para sair da frente do computador, a opção é o Cachaça na Net (CnN), que dispõe de um acervo de rótulos de xarope-dos-bebos. Curiosamente, a "redação" fica na Holanda. Depois de digitalizados, os rótulos originais são mantidos em local seguro para evitar que nativos confundam o material com seda e fumem as relíquias – num claro preconceito da minha parte. O Cultura e conhecimento: cachaça, não explica muito bem o que é (ic), mas reúne, além de rótulos, letras de sambas e marchinhas sobre caxaramba, mais folclore, entre outras atrações.

A Feira da cachaça é uma loja virtual de bafo-de-tigre, assim como Cachaça.com.br. Os preços não são os mais baratos, e este manguaça-autor não teve aprovado seu pedido de financiamento (ic) para testar os serviços de entrega e embalagem dos lojinhas. Cachacas.com pretende ser um verdadeiro portal da chambirra, enquanto a Cachaçaria Virtual lista notícias sobre o universo do remédio.

Orgia de álcool – A 4ª Feira Brasil Cachaça está prevista para abril de 2007. Na edição deste ano, foram 14 mil visitas, dos quais (ic) estima-se que apenas 43% teriam saído transando as pernas. Os 150 cachaceiros – fabricantes, já expliquei – fizeram a festa no evento que ocorreu simultaneamente a uma feira de vinhos.

É federal – E a despeito das denúncias infundadas sobre o hábito de embreaguez do mandatário da nação, o Inmetro mantém disponível, com total transparência (ic), as informações sobre análise da que -passarinho-não-bebe realizada em 1996. Precisavam fazer outra, porque a normatização mudou em 2003, quando o país conquistou a patente da marca "Cachaça" na OMPI (Organização Mundial de Propriedade Intelectual, página em inglês, espanhol, japonês...). O Sebrae de vários estados possui programas de apoio específicos para alambiqueiros, como na Bahia. Afinal, a cadeia produtiva da filha-de-engenho inclui muito pouca renda aos cachaceiros – produtores e bêbados – e muita para engarrafadores e intermediários. Um problema de concentração de renda e de saúde pública (ic).

E chama logo o garçom pra próxima, vá

sexta-feira, agosto 04, 2006

Não tem dono

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quinta-feira, agosto 03, 2006

Cliente processa bar por obrigá-lo a beber

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Um cliente está processando um bar da Flórida, nos Estados Unidos, depois de ter sido posto para fora do estabelecimento. A medida, segundo Gary Maujean Jr., teria sido tomada porque ele se recusou a atender a ordem de pedir uma bebida alcoólica.

De acordo com o processo, Maujean estava no bar tomando refrigerante e água, quando foi abordado por funcionários do local, que teriam tentado forçá-lo a beber. Ao se negar, o cliente foi jogado para fora do bar, sofrendo cortes e arranhões.

Em sua defesa, o proprietário do bar Carlie's, Vincent Romano, afirma que Maujean estava dormindo no bar e que em nenhum momento foi pedido a ele que bebesse.

Bancários putos com declaração de Marcelinho

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Indignado com uma declaração de Marcelinho Carioca, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região convidou o meia corintiano a conhecer o dia-a-dia de trabalho dos profissionais. Na quarta-feira, Marcelinho comentou sobre a crise corintiana e soltou a frase: "quem não quer pressão, que vá trabalhar em banco". "Independente do time pelo qual torcem, a pressão sofrida pelos trabalhadores nas agências e departamentos dos bancos é muitas vezes maior que aquela a que estão expostas muitas outras categorias de trabalhadores. Os postos de trabalho bancário foram reduzidos pela metade nas duas últimas décadas", disse o sindicato, em nota.
"O trabalho, no entanto, triplicou. Não bastasse isso, os empregados de banco sofrem em níveis epidêmicos com doenças como lesões por esforços repetitivos, depressão e síndrome do pânico - relacionada ao grau de exposição desses trabalhadores e suas famílias a assaltos e seqüestros", completou. O Sindicato dos Bancários acredita que o camisa 77 irá aceitar o convite e conhecer a pressão sofrida pelos profissionais. "Estamos certos que o Marcelinho aceitará o convite do sindicato e vai se tornar um parceiro na luta dos bancários contra o assédio moral a que a categoria está exposta", completou o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Polícia para quem precisa de polícia

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FRANKFURT (Reuters) - A polícia da cidade alemã de Aachen recebeu uma ligação inusual na quarta-feira - uma mulher reclamando que seu marido não estava cumprindo com seus deveres conjugais. Depois de o casal dormir em camas separadas por vários meses sem nenhum contato íntimo, a mulher de 44 anos acordou o marido, de 45, no meio da noite, e exigiu que ele satisfizesse suas necessidades sexuais, explicou na quinta-feira o porta-voz da polícia Paul Kemen. Quando os pedidos dela foram negados, estourou uma briga entre eles e ela ligou para a polícia pedindo uma intervenção.

"Os policiais não se sentiram capazes de resolver a disputa", disse Kemen. "E como nenhum crime ou infração pôde ser identificada, tudo que eles puderam fazer foi abrir uma ocorrência em caso de uma intervenção ser necessária mais para a frente".

Manguaça decepa pênis por aposta de R$ 4 mil

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Um homem de 30 anos deu baixa em um hospital lituano depois de apostar que, por mil Lat, cerca de R$ 4,3 mil, deceparia seu pênis, de acordo com a esmissora LTV. Ele venceu a aposta. O cirurgião plástico Aivars Tikhonov, do Centro Lituano de Microcirurgia e Plásticas, reimplantou o órgão em uma operação que durou três horas e meia. O homem havia perdido muito sangue, estava alcoolizado e havia fumado, fatores que influem negativamente no sucesso da operação.

De acordo com os médicos, o acidente foi "em função da estupidez do paciente". "Acredito que a condição do paciente esteja melhor, mas só teremos certeza em alguns dias. Então veremos se o órgão se reintegrou ao corpo", declarou Tikhonov. "O pênis estava coberto de areia e isto pode causar uma infecção séria", completou. Tais operações são raras. De acordo com Tikhonov, amputações penianas ocorrem raramente, já que o órgão está normalmente protegido por roupas.

Testículos
Em fevereiro de 2005, o britânico Geoff Hugh, 26 anos, apostou em um bar que se o time galês de rugby vencesse a Inglaterra, "cortaria suas bolas". Há 12 anos o time inglês não perdia para País de Gales. A partida foi 11 a 9 para os galeses. Após a partida, Hugh voltou em silêncio para casa, decepou seus testículos com uma faca e voltou para o bar para mostrar o "troféu" aos amigos.

No Morumbi

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Ir ao estádio é o maior prazer que o torcedor pode ter. É catarse coletiva, serve para conhecer melhor seu time e dar crédito a quem realmente merece. Mas presenciar o que aconteceu ontem no Morumbi é mais que isso. É o êxtase. Quer dizer, pra mim foi.

Ao ler o que a crônica esportiva escreveu sobre o jogo tive a impressão de termos visto jogos diferentes. Todos dizem que o Chivas estava melhor até o gol do São Paulo. Não era esse o clima. Tirando o chute por cima do Bautista, a torcida estava calma, com a certeza de quem domina o jogo. Aliás, foi depois do chute torto do mexicano que ficou claro, pela primeira vez, que o São Paulo ia passar. Claro que o pênalti acabou momentaneamente com essa confiança. Mas aí surgiu o craque. Falem o que quiser do Rogério Ceni, mas ele decide. É, sim, o melhor goleiro do Brasil. Pegou o pênalti SEM SE ADIANTAR e resolveu a parada. Psicologicamente foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. O São Paulo percebeu ali que a classificação estava na mão. E brilhou.

Brilhou principalmente com Ricardo Oliveira e Mineiro. A disposição do atacante em marcar chega a ser inacreditável. Corre atrás da bola o tempo inteiro, tem técnica e muita raça. Perdê-lo para o último jogo será péssimo para o São Paulo, que até tem bons atacantes no banco, mas não a altura de Ricardo. Já Mineiro fez o de sempre, sempre eficiente, e mais um pouco. Desarmes fundamentais e um golaço.

No segundo tempo, fora o gol, o tricolor não fez muita coisa interessante. Até porque não precisava. O Chivas até que tentou, mas também haja força para fazer 4 gols em 40 minutos.

E o que importa é que o São Paulo está classificado. Mais uma final. A 6ª em onze participações. E com muita chance de levar o 4º título pra casa. E eu estarei no Morumbi para ver!

quarta-feira, agosto 02, 2006

Política e boiolice

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Blair diz que inveja os músculos de Schwarzenegger

Depois do encontro com o governador da Califórnia, o primeiro-ministro inglês, Tony Blair, confessou a sua esposa que "sentia inveja dos músculos de Schwarzenegger". Segundo a agência de notícias Reuters, a confissão sobre o diálogo teria sido feita durante um almoço para convidados, em Los Angeles, na última terça-feira. Blair e Arnold Schwarzenegger conversaram sobre a possibilidade de diminuir as emissões de carbono na atmosfera.

Marcelinho cutuca Geninho, Tevez e Ricardinho

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No dia em que Silvio Luiz e Ricardinho se recusaram a dar entrevistas, Marcelinho Carioca, que é reserva e não atua desde o dia 4 de junho, chamou a responsabilidade, falou grosso e criticou, sem citar nomes, os jogadores que estão com medo de entrar em campo. O meia também disse que o técnico demorou para cobrar os atletas, fato que deixou o Corinthians “perto da UTI”.

“Jogador é como mulher de malandro, tem que apanhar para aprender. Acho até que o treinador demorou para tomar esta postura porque este não é muito o estilo dele”, cutucou. Apesar de não citar nomes, o jogador fez críticas veladas a Tevez, que ameaçou recentemente deixar o clube, e Ricardinho, que tem reclamado da pressão sofrida no Corinthians nos bastidores.

“Aqui há jogadores experientes, que disputaram a Copa do Mundo. O nosso time tem líderes. Só está faltando eles se posicionarem. Se o jogador está pensando na vaia que pode tomar, melhor ficar na concentração jogando videogame”, ironizou o Pé de Anjo. “Quem não quer pressão que vá trabalhar em banco ou fazer curso de teatro. Aqui não tem mais nenhum menininho de 13 anos. Todo mundo sabe bem o que compra e onde pisa."

Felipão pede tempo a Dunga

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"Ele foi um jogador importante e traz a sua experiência de campo e suas idéias para uma atividade nova, diferente. Vai dar certo? Só o tempo dirá". Foi assim que o técnico Luiz Felipe Scolari, que tem contrato com a seleção portuguesa até 2008, defendeu o novo treinador da seleção, Dunga, dos críticos que não ficaram satisfeitos ou com a escolha do seu nome, ou com sua convocação. Ou com as duas coisas.

Felipão foi ainda mais adiante. "Não adianta dizer agora que ele nunca foi técnico, ou que tem tudo para acertar. Vamos esperar seis meses, um, dois, quatro anos. E aí sim, constatar que ele foi competente ou incompetente". Quatro anos? Naõ é tempo demais, gaúcho?

Mas Dunga também conta com outro defensor, esse oficial. O ex-lateral Jorginho deixou bem clara qual será sua função como auxiliar-técnico da seleção. "Serei o escudo de Dunga. Vou dar um grande suporte para ele. Serei um facilitador para o seu trabalho", falou em entrevista ao Sportv. Haja advogado...

terça-feira, agosto 01, 2006

Bautista, do Chivas, provoca Lugano

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"Zagueiros limitados são assim mesmo, costumam bater para intimidar o adversário. Lugano é um jogador forte e agressivo, mas suas qualidades são as faltas. Tanto que ele fez uma falta em mim no primeiro jogo que merecia expulsão.” A provocação, segundo o Lancepress!, é do atacante Bautista, do Chivas Guadalajara, que enfrenta o São Paulo nesta quarta-feira, no Morumbi, por uma vaga na final da Libertadores.

A falta a que Bautista se refere se deu no segundo tempo do jogo de ida, no México, vencido pelo São Paulo por 1 a 0. O atacante do Chivas tem razão de reclamar. Não satisfeito em fazer uma falta para a qual se utilizou do exemplar carrinho (infração que, por si só, já mereceria no mínimo o cartão amarelo), o zagueiro são-paulino ainda levantou o pé para atingir o joelho do adversário. Uma agressão para Materazzi nenhum botar defeito.

Lugano levou o amarelo, mas não se fez de rogado. Partiu para cima do árbitro com os olhões arregalados que todos conhecem, como se tivesse sofrido a maior das injustiças, com tamanha desfaçatez e agressividade que foi afastado pelo companheiro de zaga Edcarlos, que lhe pedia calma.

Para o bem das pernas adversárias nos campos brasileiros, Lugano, aliás, pode estar se despedindo do São Paulo, segundo seu próprio empresário, Juan Figer, já informou anteriormente. O zagueiro desconversa: "Não dá para pensar em outra coisa que não seja o Chivas", disse, de acordo com o site Pelé.net. [Foto (destaque): Gerardo Lazzari]

Brigão

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O atacante Robinho, do Real Madrid, foi expulso do treino de hoje do time, juntamente com o volante Gravensen. Após sofrer uma entrada dura do dinamarquês, o ex-santista partiu pra cima e socou o jogador, recebendo outro soco como retribuição. o terinador Fabio Capello chamou de imediato os dois e os expulsou do gramado.

Blasée

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O lateral-esquerdo Marcelo, do Fluminense, foi convocado na manhã desta terça-feira para Seleção Brasileira, para o amistoso contra a Noruega, em Oslo, no dia 16 de agosto. Ele é o jogador mais jovem do grupo de convocados, com 18 anos e diz não ter demonstrado muita surpresa com a lembrança de Dunga.

"Estou surpreso, mas nem tanto. Graças a Deus fiz um bom trabalho na Sub-15, na Sub-17 e na Sub-20, e isso é fruto do meu trabalho", disse, lamentando apenas o fato de não ter amizade com os outros convocados.

"Conheço apenas o Morais, isso porque conversamos antes de um exame antidoping, mas isso não é problema. Estou acostumado com o ambiente de Seleção."

Pior trocadalho do mundo?

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A notícia era a seguinte: a necessidade urgente de buscar um substituto para preencher a lacuna deixada pela saída de Dodô, artilheiro do Brasileiro, fez o técnico Cuca colocar Jefferson Feijão no Botafogo. O título dado pelo Pelé.net:

"Mestre Cuca coloca Feijão no Fogão"

Mas alguém de bom senso, minutos depois, substituiu o título por algo menos grotesco:

"Técnico Cuca coloca Feijão no Botafogo"

Ah, a mídia esportiva...

Todos os homens do previdente

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Taí a primeira convocação do Dunga, para o amistoso contra a Noruega, em Oslo, no dia 16 de agosto:

Goleiros
Gomes (PSV-Holanda)
Fabio (Cruzeiro)

Defensores
Alex (PSV-Holanda)
Cicinho (Real Madrid-Espanha)
Edmílson (Barcelona-Espanha)
Gilberto (Hertha Berlin-Alemanha)
Juan (Bayer Leverkusen-Alemanha)
Lúcio (Bayern de Munique-Alemanha)
Luisão (Benfica-Portugal)
Maicon (Inter de Milão-Itália)
Marcelo (Fluminense)

Meio-campistas
Dudu Cearense (CSKA-Rússia)
Elano (Shakhtar Donetsk-Ucrânia)
Gilberto Silva (Arsenal-Inglaterra)
Jonatas (Flamengo)
Júlio Baptista (Real Madrid-Espanha)
Morais (Vasco da Gama)
Wagner (Cruzeiro)

Atacantes
Daniel Carvalho (CSKA-Rússia)
Fred (Lyon-França)
Robinho (Real Madrid-Espanha)
Vágner Love (CSKA-Rússia)

segunda-feira, julho 31, 2006

Política e cachaça

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Vereador pede que seja instituído bafômetro na Câmara de sua cidade

Vereador de Canindé do São Francisco, cidade a cerca de 189 quilômetros de Aracaju, pediu que fosse comprado um bafômetro para a Câmara Municipal. O fato é inédito na política brasileira. Inconformado com alguns colegas vereadores que ele achava que compareciam às sessões embriagados, o vereador Adriano Feitosa solicitou, por meio da indicação de nº 12/2006, um bafômetro. O equipamento, como todos sabem, determina a quantidade de álcool no sangue da pessoa que soprar. No caso em questão, os vereadores - antes das sessões realizadas às terças e quintas - se submeteriam ao instrumento. Segundo o presidente da Câmara Givaldo Alves dos Santos, esse assunto não será levado adiante.

Ah, a psicologia

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Sim, estou empolgado e eufórico com o resultado de ontem. Mas como os amigos sabem que sou um torcedor educado, e que acha um pé no saco as zoeirinhas típicas pós-derrota, não escrevo para sacanear os são-paulinos. E sim para destacar um consequência que considero fundamental na partida de ontem.

Finalmente o Santos goleou em um clássico. Puxando pela memória, acho que a última goleada-goleada (adoto o critério que 3x0 e 4x2 não são goleadas) que o Peixe havia aplicado em um rival foi em 1997, um 4x0 sobre o Palmeiras na Vila Belmiro, na última rodada do Paulistão daquele ano, num jogo que não valia rigorosamente nada.

E as goleadas contra, de 1997 para cá, foram várias: 5x0 para o Palmeiras, no Brasileirão daquele ano; 5x1 para o Corinthians, Paulista/00; 5x0 Corinthians, no Paulista/01; 4x0 Palmeiras, Brasileiro/04, em jogo citado pelo Maretti; e os fatídicos 7x1 para o Corinthians no Brasileiro do ano passado. Falo de cabeça, sem pesquisa, pode ser que tenha até mais alguma.

Isso indica que o Santos não montou times bons nesses últimos anos? Claro que não! O Peixe foi campeão brasileiro em 2002 e 2004. E os rivais, nesse período, passaram por maus bocados, como o rebaixamento do Palmeiras em 2002, as intermináveis crises do Corinthians (todo ano tem uma) e as pipocadas são-paulinas, que só acabaram com o título paulista no ano passado.

Acredito, sem fazer cálculos, que o Santos tenha retrospecto positivo contra os três grandes de 2002 pra cá. Talvez não com o Palmeiras, mas certamente contra Corinthians e São Paulo. O que se repetiu nesses tempos foi o seguinte quadro: o Santos entrar como favorito em um clássico, jogar melhor, matar o rival e... ganhar de 3x0 ou, na melhor das hipóteses, 4x2.

Na minha humilde opinião, o Santos não conseguia golear em um clássico por motivos puramente psicológicos. Porque times nós tínhamos - muito melhores do que os de ontem, inclusive. A impressão que dá é que batia nos atletas o fantasma da pequenez a qual o Santos foi submetido nas décadas de 80 e 90, quando viu os rivais ganharem títulos nacionais e internacionais enquanto chupava o dedo.

Claro que o São Paulo estava com o time reserva, o que diminui um pouco os méritos pela vitória de ontem. Mas o que acontece é que nesse período de hegemonia em clássicos o Santos chegou a enfrentar outros times reservas, mistões, expressinhos e mesmo assim não acontecia nada.

A partir de ontem, o que existe no Santos é um pensamento: sim, é possível golear em um clássico. Dá pra enfiar quatro, cinco em um grande rival. A torcida quer isso, mais até do que os eventuais shows terminados em 3x0 que tanto aconteceram.

domingo, julho 30, 2006

4 a 0 na prepotência

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Essse negócio de escalar time reserva pra jogar clássico dá nisso. Dá em 4 a 0. Em 2004, o Santos de Vanderlei Luxemburgo – preocupado com a Libertadores – tomou de 4 a 0 do Palmeiras de Vágner Love na Vila Belmiro. Naquele jogo, Luxemburgo deixou no banco os principais craques do Santos, e o Verdão foi lá e matou. A mesma coisa hoje. O Santos foi lá e matou.

O Peixe estava numa situação complexa. Ganhando dos reservas do São Paulo, seria uma vitória desqualificada. Perdendo, pior ainda. Mas a vitória categórica por 4 a 0 no Morumbi mostrou ao São Paulo que ele não é tão grande quanto pensa. Foi um castigo merecido para um time (incluindo comissão técnica, elenco e torcida) que posa de melhor do mundo mas não ganha um título nacional desde 1992 (foi campeão brasileiro em 1991). Achou que ia mandar no Santos no seu Morumbi jogando com o segundo time, mas ao fim e ao cabo caiu de quatro.

Durante a semana, no boteco da esquina, os são-paulinos estavam eufóricos e prepotentes. Hoje, depois do jogo, fui ao mesmo boteco tomar um conhaque (está frio) e não tinha nenhum são-paulino lá. Foram dormir cedo. Um 4 a 0 na cabeça dá uma organizada nas coisas.

Palmeiras
O Verdão mostra que um elenco unido, um trabalho de preparação física bem executado e um comando (Tite) agregador fazem a diferença. A vitória de 4 a 2 do Palmeiras sobre o Paraná (um time bem armado, forte, objetivo) aponta definitivamente para a permanência do Palestra na primeira divisão do Brasileirão em 2007. A reação do Palmeiras de Tite – comandado dentro de campo por Edmundo – depois da Copa do mundo é memorável.

Baixaria tem limites?

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A foto ao lado recebida por e-mail pelo companheiro Anselmo dá uma mostra do que já está sendo, em nível de baixaria, a campanha eleitoral deste ano. Depois ainda reclamam quando o Lula fala que é vítima de preconceito...

sábado, julho 29, 2006

Do discurso obrigatório ao retranquismo anunciado

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O novo treinador da Seleção Brasileira, o ex-jogador e recém-técnico Dunga, assumiu o cargo com o discurso obrigatório: para jogar na Seleçã, precisa de garra, determinaçã, vontade e orgulho da amarelinha. (não me perguntem por quê, mas escrevi isso pensando num tom Leonel Brizola de falar. Talvez a associação com o assento gaúcho da falecida raposa.)

Até o xará do técnico, o anão amigo da Bela Adormecida, adotaria esse tom após a derrota – tom não é a palavra politicamente correta pra alguém mudo, mas anão também não é. Depois da apática derrota canarinha contra a França, nas quartas-de-final da Copa do Mundo da Alemanha, o cosmos clamava por amor à camisa, suor, jogadores brasileiros de verdade, fora mercenários, Malan, Palocci e o FMI.

Mas a previsibilidade da Nova-Era-Dunga foi além. Em declaração ao jornal espanhol Marca, repercutida amplamente pela mídia esportiva veio o anúncio de uma retomada do futebol de resultado. Quadrado mágico voltou a ser só misticismo chinês, porque a utilização de quatro jogadores ofensivos está descartaca pelo ex-volante.

"
Não acredito num 4-2-4, com quatro jogadores ofensivos", afirmou. "Acredito no equilíbrio. Todos atacam e defendem. Para tocar a bola, você tem que recuperá-la primeiro. É bastante óbvio", declarou o aprendiz de Parreira.

O inusitado revés do retranquismo nesta gestão de 2002 a 2006 foi surpreendente. As pressões pela inclusão de quatro atletas de características essencialmente ofensivas – somado ao quinto, Robinho, na reserva – venceram a teimosia que caracteriza o cargo de técnico do Brasil. Havia condições de se jogar pra frente e bem.

Com a derrota, não caiu só o técnico ou sua fórmula, mas também os bodes expiatórios que, no caso, são compostos por uma lista. O primeiro item é a profusão de homens de frente.

Voltamos ao retranquismo que o Olavo tanto gosta. Bota ponta Dunga!

sexta-feira, julho 28, 2006

Sobre o Dunga

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Do Xico Sá, na Folha de hoje (28/7).

Pra dizer que não...
...falei do Dunga. Agora temos a chance real de não passar vergonha na Copa. Se o mandato dele não for tampão, nem à Copa chegaremos. Ficaremos nas eliminatórias.

quinta-feira, julho 27, 2006

Pelé "influiu" na estréia de Beckenbauer

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Li na edição de 9 de julho da Folha uma reportagem interessante de Rodrigo Bueno, feita na Alemanha. Ele entrevistou Willi Giesemann, 68 anos, em Hamburgo. Trata-se do defensor alemão que quebrou a perna num lance com Pelé no Maracanã, em um amistoso entre as seleções dos dois países em 1965. Mas o curioso é que, com a fratura (da qual nunca se recuperou muito bem), Giesemann abriu espaço na seleção da Alemanha para o jovem Franz Beckenbauer.

O amistoso aconteceu em 6 de junho de 1965. Giesemann entrou no segundo tempo no lugar de Höttges, para marcar Garrincha. O Brasil vencia por 1 a 0, gol de Flávio na etapa inicial. Quando faltavam três minutos para o fim, Giesemann, 27 anos e versátil a ponto de atuar no meio e na defesa, avançou com a bola e já ultrapassava o meio-campo quando Pelé atingiu sua perna direita.

"Fez crack. Soube na hora que era fratura", narra o alemão, que havia defendido seu país no Mundial de 1962 e já vislumbrava a Copa seguinte. Passados pouco mais de três meses do fatídico amistoso no Maracanã, a Alemanha voltava a campo contra a Suécia, estreando Beckenbauer, de 20 anos, colega de Giesemann no Bayern. Fora da Copa da Inglaterra, Giesemann tentou a sorte até 1968, encerrando a carreira precocemente no Barmbeck-Uhlenhorst.

As eleições de 1989

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A Thalita já falou nesse blog que o YouTube é uma das invenções mais sensacionais dos últimos tempos. Hei de concordar e indicar dois vídeos que realmente conseguem dar uma pequena mostra das primeiras eleições presidenciais realizadas no Brasil depois da ditadura militar. Em 1989, eram 23 os candidatos à presidência da República e ali concorreram figuras carimbadas, algumas quase míticas, outras bizarras que já sumiram no tempo.

Lula concorria pelo PT, Maluf pelo extinto PDS (depois PPB e hoje PP), Brizola pelo PDT, Covas pelo recém-criado PSDB, Ulysses pelo PMDB, Roberto Freire pelo PCB, Aureliano Chaves pelo PFL, Ronaldo Caiado pelo PSD e, claro, o vencedor Fernando Collor pelo PRN. Figuras caricatas como Marronzinho, Afonso Camargo (o homem do vale-transporte), Antonio Pedreira e o estreante Éneas também marcaram presença.

Mas um ficou ainda mais notável durante os poucos dias em que conseguiu ser candidato, antes de sua impugnação pela Justiça Eleitoral. O apresentador Silvio Santos entrou no lugar de Armando Côrrea (PMB) e tentou, durante os poucos dias em que esteve na disputa, "conscientizar" a população de que votando no número 26 na cédula - já impressa com o nome de Côrrea - estaria votando em Silvio Santos. O vídeo da propaganda do candidato relâmpago está nesse link.

O debate realizado no SBT também foi outra pérola do pleito. Ver a edição feito pelo TJ Brasil, noticiário da emissora comandado por Boris Casoy, é digno de nota não só pelos temas tratados, mas pelas piadas contadas pelos candidatos, pelos confrontos abertos entre eles e pela eloqüência de Brizola, as expressões de Lula e os momentos de constrangimento de Maluf contra praticamente todo o resto da mesa, exceção feita a Afif, seu ex-pupilo que atribui ao mentor o "enfrentamento contra a ditadura". O vídeo pode ser visto nesse link.

quarta-feira, julho 26, 2006

Zagallo perde emprego na CBF

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Zagallo não é mais o coordenador técnico da seleção brasileira. A decisão pela saída do "Velho Lobo" da equipe nacional foi definida na tarde desta quarta-feira, em reunião na sede na CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, lamentou a decisão, mas indicou que a saída de Zagallo faz parte do processo de reformulação implantada na estrutura da comissão técnica da seleção.

"A trajetória profissional de Zagallo se confunde e está profundamente marcada com a história da seleção. Ele deixa o cargo que ocupa na comissão técnica, mas tem experiência e condições de prestar mais serviços ao futebol no Brasil", comentou o dirigente ao site oficial da entidade, "CBF News".
A nota veiculada diz que a CBF tem planos de contar com Zagallo no projeto de organização da Copa do Mundo de 2014, assim que a postulação do Brasil seja atendida.

Ronaldo ou tortas, eis a questão

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Os torcedores do Leyton Orient, time da terceira divisão da Inglaterra, estão dispostos a tirar dinheiro do próprio bolso para que o clube contrate o atacante Ronaldo. Eles farão vaquinha para tentar tirar o brasileiro do Real Madrid, e, caso não tenham sucesso, podem gastar a arrecadação em tortas para os fanáticos.

"Se não conseguirmos juntar o dinheiro ou se ele não quiser vir jogar no time, todo dinheiro será doado para o clube", afirmou um porta-voz da campanha, que sugeriu um destino para o montante caso não consigam trazer Ronaldo. "Nós consultaremos o clube para vermos qual a melhor forma de gastar este dinheiro, talvez ele seja usado para comprar um mini-ônibus para a equipe de base ou tortas frescas para os torcedores nos dias de jogos".

Bussunda vai virar nome de avenida na vila do Pan no Rio

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da Folha Online

"O nome do humorista Bussunda vai batizar uma avenida no Rio. Um decreto assinado pelo prefeito Cesar Maia (PFL) determina que uma via na Barra da Tijuca (zona oeste da cidade) se chame "Avenida Cláudio Besserman Vianna - Bussunda".

"O integrante do programa "Casseta & Planeta" (Globo) morreu no dia 17 de junho, aos 43 anos, vítima de ataque cardíaco, em um hotel na Alemanha, onde gravava o "Casseta" com seus colegas, durante a Copa do Mundo.

"

Divulgação
Humorista Bussunda interpreta Ronaldo Fofômeno, paródia do craque Ronaldo

A avenida que levará seu nome ainda está em construção. A via fica na parte central da Vila do Pan, paralela à avenida Ayrton Senna. A Vila do Pan vai abrigar os atletas dos Jogos Pan-Americanos de 2007."


O que a Folha Online não contou são os planos de construção de uma estátua em tamanho real do humorista vestido como Ronaldo Fenômeno, conforme a foto. Os relatos de fontes confiáveis atestam que a estátua será engordada em uns quilinhos pra adequar a sátira às últimas semanas em que o Gordo teria entrado em depressão e abusado dos chocolates ao lado de Raica (que, segundo as mesmas fontes, teria só ficado olhando).

Dunga afirma que 4-4-2 será o esquema

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Dunga afirmou nesta quarta que vai manter o 4-4-2 como esquema da equipe brasileira e que, em algumas ocasiões, pode posicionar o time com três defensores (3-5-2). "O Brasil tem qualidade, mas em alguns momentos jogaremos com três zagueiros. Jogaremos com quatro atrás, mas, pela minha convicção e pelo que vimos na Copa, não jogaremos em linha. Terá sempre uma cobertura", disse o ex-jogador em entrevista à Rádio Record.

Além do esquema, Dunga defendeu que os jogadores da Seleção têm de aproveitar as características ofensivas inerentes de um atleta do País e usá-las em campo. "Jogador brasileiro tem que ter a atitude de partir para cima do adversário, aproveitar a individualidade", opinou o comandante. Exemplos desta agressividade, Ronaldinho e Robinho devem atuar nas armações das jogadas, evitando contato direto com o marcador rival, segundo o treinador. "Eles têm de partir mais de trás. Vimos na Copa que fica difícil para eles jogarem de costas para o gol, por causa da forte marcação".

Ex-jogador do Santos chega à seleção.

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Eu e minha habilidade genial no photoshop

Esqueçam todos os clichês já feitos sobre a escolha de Dunga para a seleção brasileira - da inexperiência, de ser pau-mandado da CBF, de esquentar banco para o Felipão, e etc..

O curioso é que a chegada de Dunga no time canarinho é que pela primeira vez, salvo engano, um ex-jogador do Santos assume a chefia da principal equipe do país. Breve levantamento feito pelo Futepoca confirma que nunca o Peixe havia cedido um ex-atleta para o cargo de técnico.

Diríamos mais: dos grandes clubes brasileiros (usamos a classificação tradicional e careta, que considera "grande" os quatro maiores de São Paulo, os quatro do Rio, os dois de Minas e os dois de Porto Alegre), apenas o Santos ainda não tinha um ex-jogador que tinha virado técnico da seleção. A relação:

São Paulo: Falcão
Corinthians: Leão
Palmeiras: Leão
Flamengo: Evaristo
Vasco: Leão
Fluminense: Telê
Botafogo: Zagallo
Atlético-MG: Telê
Cruzeiro: Luxemburgo
Internacional: Falcão
Grêmio: Leão

Citamos apenas um exemplo por clube, mas existem mais, claro. Elogiamos também a versatilidade de Émerson Leão, sem o qual não poderíamos completar a lista. Agora, com a chegada de Dunga, o Santos faz parte desse seleto grupo.

Dunga no Santos
A passagem do capitão do tetra pela Vila não foi nada memorável - tanto que não são todos os santistas que lembram que um dia ele chegou a vestir a camisa do clube. Não que tenha jogado mal, mas é que ficou pouco tempo mesmo.

Aquele tempo, a segunda metade da década de 80, foi duríssimo para o clube. Caixa praticamente zerado, torcida raivosa, técnicos fracos e por aí vai. As "estrelas" eram sempre medalhões em franca decadência - na foto em questão, temos, além de Dunga, o lendário Hugo de León e o sempre artilheiro Serginho Chulapa.

Essa fase negra do Peixe só foi virar a partir da segunda metade da década de 90.

Qualquer semelhança com a época atual não é mera teixeirência...

Com a colaboração de Glauco Faria

Robinho leva seu Fusca 79 a leilão

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O atacante Robinho, do Real Madrid, irá leiloar seu Fusca 1979 - modelo 1980 - em um site. Toda a renda será destinada para o Centro Regional de Oncologia Infantil, em São Vicente, cidade em que o ex-jogador do Santos nasceu. O leilão irá começar no próximo dia 14 de agosto.

terça-feira, julho 25, 2006

Nada é (ou foi) pior do que Parreira e Zagallo

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Não voltaremos à chamada Era Dunga. Por um motivo muito simples: não acredito que tenha existido uma Era Dunga, mas, sim, uma Era Parreira. Que felizmente, parece, enfim acabou.

Ninguém se dá conta da existência de uma outra época, a Idade Zagallo, mais longa do que outras eras da história do futebol. A era do ufanismo e da mediocridade. Antigamente, as escolas estaduais eram boas, mas éramos obrigados a cantar o hino nacional todos os dias antes de ir para a sala de aula. Era a ditadura. Quando ouço o “velho lobo” falar da “amarelinha”, lembro desse tempo obscuro, mentiroso, cínico.

A Era Zagallo, aliás, começou antes mesmo do regime militar, em 1958, mas não vi Zagallo jogar. Como se sabe, em 58 teríamos Pepe, o ponta esquerda do melhor time do mundo, e entrou o então “revolucionário” ponta recuado Zagallo. Conta a história que teria sido o infortúnio de uma contusão de Pepe que deu chance ao “craque” Zagallo, um paradigma do qual nunca mais nos livramos, já que – mais dia, menos dia – sempre voltou, como um sonho (no caso, pesadelo) recorrente. Houve outros que fizeram mesma função, como o Zinho de Parreira em 1994. Zinho que, como Dunga, foi injustiçado pela sanha jornalística ou popular de criar rótulos. Se Zinho foi uma “enceradeira” na seleção tetracampeã, ele não era isso no Palmeiras de Luxemburgo em 1993 e 1994. Os palmeirenses sabem disso. Zinho se transformou no Zé Roberto de 2006.

Enfim, o termo Era Dunga foi uma invenção de jornalistas, como milhões de outras. O problema naquele time pífio de 1994 – campeão que só me fez vibrar por gols espetaculares como o de Bebeto contra os EUA (jogada de Romário) ou de Branco contra a Holanda ou pelos poucos instantes em que Viola esteve em campo contra a Itália –, enfim, o problema naquele time pífio não era Dunga, mas Parreira. Dunga, pelo contrário, era um primeiro volante dos melhores. Um dos jogadores de melhor índice de acerto de passes de seu tempo.

Já como técnico, Glauco disse bem, abaixo: “Líder, sim. Positivo, nem sempre. Como técnico? Ainda não se sabe”. E, de fato, Dunga conhece a CBF. O alemão Klinsmann também era inexperiente e seu relativo sucesso se deve, como se sabe, a seu auxiliar, Joachim Löw. Klinsmann era o líder, Löw era o técnico de fato (agora, é de fato e de direito, já que assumiu a seleção alemã depois da Copa).

É provável que Dunga não dê certo. Mas, se tiver um bom auxiliar técnico, se representar uma transição, se der brios a um time sem alma e se estivermos livres de Parreira e Zagallo para sempre, já será um avanço. Nada é pior do que Parreira e Zagallo.

Deu na Folha On Line...

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Ator preso na Globo é conselheiro do Corinthians

O ator Ricardo Ackel Dualib, 29, ex-figurante da novela "Cobras & Lagartos" preso nesta terça-feira no Rio, após disparar tiros nos estúdios da Globo, é conselheiro vitalício do Corinthians, além de neto do presidente do clube, Alberto Dualib. Procurada pela reportagem, a família não quis se manifestar. O artista se encontra detido desde o final da manhã na 32ª DP, no Taquara, Rio, e ainda hoje será encaminhado para a Polinter (Polícia Interestadual).

No site de relacionamento Orkut, a página do ator, que não traz sua foto, já recebeu vários recados de amigos, alguns deles surpresos com a notícia da prisão. Dualib faz parte do Conselho do Corinthians e se declara, em sua página, um apaixonado por futebol.

A Folha Online ligou para a casa de Ricardo Dualib nesta tarde, e foi orientada a procurar a irmã dele, Vanessa, no celular. Questionada pela reportagem sobre a prisão, ela pediu um tempo antes de falar.

Sem perceber que a conversa era ouvida, Vanessa disse a alguém que estava ao seu lado que a Folha Online queria uma posição da família sobre o caso, e comentou "não temos o que falar, né?". Depois disso, o telefone foi desligado. Em uma nova tentativa, o aparelho encaminhou a ligação para a caixa postal.

Prisão

Dualib chegou armado à portaria 3 do Projac --estúdios da Rede Globo em Jacarepaguá, no Rio-- por volta das 9h45. Segundo informações de policiais da 32ª DP, ele saiu de São Paulo para o complexo de estúdios. Ele carregava desenhos de sua autoria e, ao chegar ao local, os lançou sobre uma estátua dizendo que queria que o material fosse analisado pela Globo e efetuou dois disparos para o alto.

De acordo com a assessoria de imprensa da emissora, o rapaz também gritava que queria atirar nas câmeras dos estúdios. Diferentemente da polícia, a Globo informou ainda, em nota, que Dualib chegou ao local trajando uma sunga --a polícia informou que ele estava nu na hora do crime.

Ainda Segundo informações da polícia, Dualib não aparentava estar sob o efeito de drogas, apesar de confessar, em depoimento informal, que bebe "algumas coisinhas" e fuma maconha às vezes.

Dualib afirmou aos policiais que pretendia apenas chamar atenção para o seu trabalho, mas admitiu ter exagerado em sua atitude. Ele não trabalhava como figurante para a Globo desde abril.

Dunga: "Gosto da defesa da Itália"

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“Técnico não barra ninguém, é o jogador que se escala”, disse o novo técnico da seleção brasileira, o ex-jogador Dunga, em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta terça-feira, dia 25. O capitão do tetra não se sente intimidado para iniciar o novo desafio à frente da seleção e disse que barrou o atacante Cristiano Ronaldo “e não aconteceu nada por isso”. Dunga disse que a seleção vai dar “sangue, suor, lágrima e alegria” sob o seu comando. Ele deixou claro que os jogadores que estiverem sob seu comando terão que viver só para a seleção.Sobre a vitória da Itália na última copa ele disse que, como em todas as outras Copas, “foi a parte coletiva que prevaleceu”. Em relação a atuação do Brasil no jogo contra a França na copa, Dunga disse que “mais que não deixar o Zidane solto, era importante marcar quem recebia a bola dele”. Leia a íntegra da entrevista com Dunga:

Paulo Henrique Amorim – Dunga, você deve estar acompanhando evidentemente a repercussão à escolha do seu nome. Está todo mundo muito feliz, porque você tem todas as qualificações, porém, você nunca treinou um time de futebol. O que você diz sobre isso?
Dunga – Fico muito feliz com a repercussão. Lógico, essa é uma oportunidade única, a seleção brasileira é representativa. E vai depender tudo do nosso trabalho que vamos obter. Porque a seleção já teve treinadores bem experientes de outros clubes e que não tiveram o resultado esperado por todos na seleção. Vai depender muito daquilo que a gente fizer em campo.

Paulo Henrique Amorim – Não assusta?
Dunga – Não, acho que a vida é feita de desafios. E para vencermos na nossa vida, em qualquer profissão, tem que ter coragem de tomar decisão, de ter iniciativa, acho que minha forma de atuar como jogador foi exatamente essa. Uma certa tensão, receio, isso tem, mas jamais faltar coragem em um momento em que tem que se tomar decisão.

Paulo Henrique Amorim – Em seu benefício temos que evocar os exemplos de Klinsmann e do próprio Beckenbauer, que foram jogadores de seleção sem terem trabalhado em clube, não é isso?
Dunga – Seleção é um pouco diferente de clube, e esses jogadores demonstraram, tiveram sua capacidade. É claro que quando a gente tem a prática, a experiência, tem que alinhar um pouco da teoria, mas tem que fazer um grupo bom, não só de jogadores e comissão técnica, mas principalmente fazer os jogadores entender que quando estiverem na seleção brasileira eles têm que viver exclusivamente naquele período para a seleção. Essa filosofia de que naquele período curto ali eles têm que estar não só com o corpo, mas com a mente, a alma e o coração na seleção brasileira.

Paulo Henrique Amorim – Outro problema, desculpe se eu falo de problema, mas é uma questão que a gente tem que discutir, é que a seleção precisaria enfrentar as chamadas vacas sagradas, os nomes intocáveis, o Cafu, Roberto Carlos, Ronaldo Fenômeno, que está gordo. A pergunta que se faz é a seguinte: o Dunga barra estrela?
Dunga – Acho que não é o Dunga, treinador nenhum barra estrela. Ao mesmo tempo o treinador não escala nem convoca jogadores. Quem se escala e é barrado são os próprios jogadores com seu comportamento, com a atuação que têm nos clubes e na seleção brasileira. Então o treinador só pode colocar quando os jogadores estiverem em melhores condições.

Paulo Henrique Amorim – Para não falar da seleção brasileira passada, que evidentemente poderia criar para você um problema ético, mas o que você gostou das outras seleções dessa Copa do Mundo que a gente acabou de assistir?
Dunga – Eu acho que a motivação, a motivação dos jogadores, a determinação, principalmente sabendo seus limites e suas virtudes, explorar muito as virtudes e a característica de cada jogador para que o conjunto saia vencedor. E mais uma vez, essa Copa do Mundo não foi diferente das outras, apesar de não ter agradado muito a alguns. Se ganha uma Copa do Mundo com o grupo, não é nem com o time, é com o grupo da seleção. A individualidade é importante, agora, se nós colocarmos em primeiro lugar a individualidade, fica difícil. A Itália, que venceu a Copa do Mundo, demonstrou isso. Tinha o Totti, que era a grande sensação, mas no final o que prevaleceu mesmo foi a parte coletiva da Itália.

Paulo Henrique Amorim – Você gosta da defesa da Itália?
Dunga – Gosto.

Paulo Henrique Amorim – Que defesa boa, hein?
Dunga – Mas a nossa defesa também foi bem na Copa do Mundo, não temos o que reclamar.

Paulo Henrique Amorim – Você toparia falar sobre a seleção brasileira nessa Copa? O que você não gostou?
Dunga – Eu acho que é uma coisa anti-ética eu não estava lá, eu estava como torcedor.

Paulo Henrique Amorim – E você gostou de um conterrâneo seu, do desempenho do Felipão?
Dunga – Ele foi muito bem, como é característica sua. Coloca sempre a importância do coletivo. No Brasil sempre se faz umas ponderações. O Felipão tirou o Cristiano Ronaldo e não aconteceu nada , que o Cristiano Ronaldo sem jogar da forma que todo mundo conhece ele é útil na equipe de Portugal. Como ele não estava jogando, o Felipão deixou ele descansando. Então acho que isso fortaleceu a equipe de Portugal.

Paulo Henrique Amorim – Isso aí eu posso entender como recado para quem, Dunga? Dunga – Para ninguém. É aquilo que eu falei, é o jogador que se escala. Depende do rendimento, do comportamento e da atitude. Tem que pegar os melhores em rendimento, não é?

Paulo Henrique Amorim –
Você jogou contra ele lá em 1998, eu estava lá, assisti àquela seleção sofrer. Você deixaria o Zidane solto?
Dunga –
Mais do que deixar o Zidane solto, teria que marcar os jogadores para quem o Zidane dava a bola. Então depois que a bola chega no Zidane fica mais difícil de marcar. O que eu vi no jogo contra a França, o Zidane foi importante, mas era muito mais importante os jogadores que davam a opção, que pasavam, que estavam sempre livre. Então, quando o Brasil ia marcar o Zidane, ele só tinha duas opções para fazer o passe.

Paulo Henrique Amorim –
Você acredita que o Brasil tem os melhores jogadores do mundo?
Dunga –
O Brasil sem dúvida nenhuma tem jogadores de qualidade excepcional. Agora, a gente não pode se enganar também que outros países têm também jogadores de grande qualidade. Nós somos os melhores desde que entramos em campo e mostramos isso. E o Brasil só foi cinco vezes só... cinco vezes o melhor do mundo. Das outras vezes a gente fala que tivemos grandes individualidades, mas não tivemos uma seleção, tivemos uma equipe, um coletivo.

Paulo Henrique Amorim –
Na seleção do Dunga a gente pode imaginar que vai ter um apetite, uma garra como a da Itália?
Dunga –
Tem que ter esse apetite dessa da Itália aliada à nossa qualidade técnica. Não adianta só falar em garra, em vontade, mas tem que ter a qualidade técnica, aquilo que se equilibra no futebol.

Paulo Henrique Amorim –
Mas tinha também aquele Pirlo, que era bom pra burro, não?
Dunga –
O Pirlo, o Zambrota, o Cannavaro, o Camoranesi.

segunda-feira, julho 24, 2006

A volta da Era Dunga

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Ontem os boatos já ficavam mais fortes e hoje veio a confirmação: Dunga, capitão do Tetra, é o novo técnico da seleção brasileira. A escolha remete a 1991 quando, após a fracassada campanha na copa da Itália, Falcão, que também nunca havia treinado uma equipe de futebol, foi escolhido como comandante do escrete verde-amarelo.

Mas as semelhanças param por aí. Se àquela época o ex-técnico Sebastião Lazzaroni foi escurraçado, ninguém duvide que, mesmo derrotado, Parreira foi ouvido na escolha do seu sucessor. E deu aval ao seu ex-comandado, que tem como objetivo trazer de volta a "vibração" que teria feito falta à equipe na Alemanha.

Outra hipótese provável e apontada por muitos como a mais possível, é que Dunga estaria apenas esquentando o banco para um técnico de renome assumir a seleção mais adiante. No caso, Felipão tem contrato com a seleção portuguesa até a Eurocopa de 2008 e, em tese, estaria livre para comandar o Brasil na Copa de 2010. A versão pode até ter sua verossimilhança, mas alguém combinou com o Felipão? E se Portugal tiver outro desempenho brilhante no torneio, ele deixaria a equipe?

Dunga, como jogador da seleção, foi um tido como um dos grandes responsáveis pelo fracasso de 1990 quando, em um lance simbólico, ficou no chão tentando marcar um Maradona fora de forma que assistiu Caniggia no gol que eliminou o Brasil do torneio. Em 1994, mais técnico do que na edição anterior, fez assistências e caiu bem menos no gramado. Em 1998, protagonizou um racha na equipe, divergindo de outros que não concordavam com seu "comando".

Líder, sim. Positivo, nem sempre. Como técnico? Ainda não se sabe, mas uma declaração de Jorginho, ex-lateral da seleção, pode dar uma dica importante para a motivação da escolha. "O Luxemburgo já esteve lá, mas ele não conhece bem o dia a dia na CBF, o que passa na cabeça dos jogadores. Nesse ponto, o Dunga está na frente". É preciso conhecer bem a CBF...

Um minuto de silêncio...

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... pelo futebol brasileiro.
O novo técnico da Seleção é Dunga.

detalhes:
http://esporte.uol.com.br/futebol/ultimas/2006/07/24/ult59u102966.jhtm

quinta-feira, julho 20, 2006

Maldade do manguaça

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Comentário ouvido ontem à noite, em um bar da cidade de São Paulo, sobre o posicionamento de Rogério Ceni em cobranças de pênalti:

"Qualquer dia o Rogério vai pegar a bola antes do cara chutar"

Reação custa US$ 2 mil mais que ofensa

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A comissão disciplinar da Fifa optou por uma punição simbólica a Zidane, que foi julgado nesta quinta-feira pela cabeçada que deu no zagueiro Materazzi na final da Copa do Mundo. O ex-capitão da seleção francesa foi multado em 7.500 francos suíços (cerca de US$ 6 mil) e pegou três jogos de suspensão - que serão revertidos em prestação de serviços para a Fifa, pois Zidane encerrou a carreira na decisão do mundial.

Materazzi, que ofendeu a mãe e a irmã do francês no lance fatídico, pegou punição mais branda: foi suspenso por duas partidas e terá de pagar multa de 5 mil francos suíços (cerca de US$ 4 mil). Com isso, ficará fora das partidas contra Lituânia e França, as primeiras das eliminatórias para a Eurocopa-2008. Nada foi dito sobre possíveis conotações racistas das ofensas do italiano, que teria chamado Zidane e familiares, todos muçulmanos, de "terroristas".

Em 2005, o zagueiro Desábato, do clube argentino Quilmes, pagou fiança de R$ 10 mil (cerca de US$ 5 mil) para escapar da prisão, depois de ofender com palavras racistas o atacante Grafite, do São Paulo, durante partida da Libertadores da América. O lance tem semelhança com o que ocorreu na final da Copa, pois, ao ser ofendido, Grafite empurrou a cara de Desábato, atirando-o ao chão. Assim como Zidane, foi expulso. Mas não pagou multa depois.

Agora vai!

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1 - O glorioso volante Zé Elias, com passagem recente pelo Guarani de Campinas, está de volta ao futebol do velho continente. Ele assinou por um ano com o Omonia, do Chipre, e disputará a Copa da Uefa.

2 - Jardel, atacante cearense que fez sucesso no Grêmio e no Porto, também retorna ao futebol europeu. Ele foi apresentado como reforço do Beira-Mar, que subiu este ano para a primeira divisão do Campeonato Português.

quarta-feira, julho 19, 2006

Galeano sabe do que fala...

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O Mundial de Zidane

Por Eduardo Galeano (*)

Montevidéu, julho/2006 – No cenário da sanidade, um ataque de loucura. Em um templo consagrado à adoração do futebol e ao respeito de suas regras, onde a Coca-Cola proporciona felicidade, Master Card leva à prosperidade e Hyundai dá velocidade, são disputados os últimos minutos da última partida do campeonato mundial. Este é, também, a última partida do melhor jogador, o mais admirado, o mais querido, que está dizendo adeus ao futebol. Os olhos do mundo estão voltados para ele. E, subitamente, este rei da festa se converte em um touro furioso e investe contra um rival e o derruba, com uma cabeçada no peito, e se vai.

Deixa o campo por determinação do árbitro e pela vaia do público, que seria uma ovação. E não sai pela porta principal, mas pelo triste túnel que leva aos vestiários. No caminho, passa ao lado da taça de ouro reservada à equipe campeã. Ele nem a olha.

Quando este Mundial começou, os especialistas disseram que Zinedine Zidane estava velho. Mariano Pernia, o Argentina que joga na seleção espanhola comentou: “Velho é o vento, e continua soprando”. E a França derrotou a Espanha e Zidane foi, nessa partida, e nas seguintes, o mais jovem de todos.

Depois, no fim do campeonato, quando aconteceu o que aconteceu, foi fácil atacar o ruim do filme. Mas era, e continua sendo, difícil compreendê-lo. Será verdade? Não será um pesadelo, um sonho equivocado? Como pôde abandonar os seus quando mais necessitavam dele? Horacio Elizondo, o árbitro, lhe deu cartão vermelho com toda a razão, mas por que Zidane fez o que fez?

Ao que parece, o zagueiro italiano Marco Materazzi lhe dirigiu alguns desses insultos racistas que os energúmenos costumam gritar desde as tribunas dos estádios. Zidane, muçulmano, filho de argelinos, havia aprendido a se defender, desde a infância, quando recebia ataques desse tipo nos subúrbios pobres de Marselha. Conhece bem esses insultos, mas lhe doeram como a primeira vez, e seus inimigos sabem que a provocação funciona. Mais de uma vez fizeram com que perdesse a cabeça desta maneira suja, e Materazzi não é, digamos, famoso por sua limpeza.

Este Mundial esteve marcado pelas declarações das seleções, antes de cada partida, contra a peste universal do racismo, e Zidane foi um dos jogadores que o fez possível.O tema é candente. Às vésperas da Copa do Mundo, o dirigente político Jean-Marie Le Pen proclamou que a França não se reconhecia em seus jogadores, porque eram quase todos negros e porque seu capitão, um árabe, não cantava o hino nacional. Algum tempo antes, o treinador da seleção espanhola, Luis Aragonés, havia chamado de negro de merda o jogador francês Thierry Henry, e o presidente perpétuo do futebol sul-americano, Nicolas Leoz, apresentou sua autobiografia dizendo que nasceu em um povoado onde viviam 500 pessoas e três mil índios.

Mas pode-se reduzir a um insulto, ou a vários insultos, esta tragédia do vencedor que escolhe ser perdedor, do astro que renuncia à glória quando a tem ao alcance das mãos? Talvez, quem sabe, essa louca investida tenha sido, embora Zidane não quisesse, nem soubesse, um rugido de impotência.

Talvez tenha sido um rugido de impotência contra os insultos, as cotoveladas, as cusparadas, os chutes mal-intencionados, as simulações dos especialistas em contorções, mestres do ai de mim, e contra as artes de teatro dos farsantes que matam e exibem uma cara de não fui eu.

Ou, talvez, tenha sido um rugido de impotência contra o êxito esmagador do futebol feio, contra a mesquinhez, a covardia e a ganância do futebol que a globalização, inimiga da diversidade, está nos impondo. Por fim, na medida em que o campeonato avançava, ficava cada vez mais claro que Zidane não era deste circo. E suas artes de magia, sua presença, sua melancólica elegância, mereciam o fracasso, bem como o mundo de nosso tempo, que fabrica em série os modelos do sucesso, merecia este medíocre campeonato mundial.

E, de alguma maneira, também se pode dizer que a Itália merecia a Copa, porque todas as seleções, algumas mais, outras menos, jogaram à italiana e com o mesmo esquema de jogo, linha de quatro atrás, defesa fechada e gols roubados graças a contra-ataques.

A Itália se impôs, como tinha de ser. No final, o esquema tático causou muitos bocejos, mas também lhe deu quatro títulos mundiais. E ao longo desta quarta vitória sofreu dois gols, um contra e outro de pênalti, e na retaguarda, não na vanguarda, teve seus melhores jogadores: Buffon, goleiro, e Cannavaro, zagueiro.

Oito jogadores da Juventus chegaram à final em Berlim: cinco jogando pela Itália e três pela França. E se deu a casualidade de a Juventus ser a equipe mais comprometida nos escândalos que vieram à público pouco antes do Mundial. Das mãos limpas aos pés limpos: a justiça italiana parecia decidida a mandar para o exílio, a série B e a série C, os clubes mais poderosos, incluindo a Lazio, a Fiorentina e o Milan, do virtuoso Silvio Berlusconi, que praticou a fraude e a impunidade no futebol, nos negócios e no governo. Os juízes comprovaram toda uma classe de trapaças, contra árbitros, compra de jornalistas, falsificação de contratos, adulteração de balanços, divisão de posições no campeonato italiano, manipulação dos programas da tele...

Um ministro do governo anunciou a anistia caso a Itália vencesse o Mundial. A Itália ganhou. Tudo isso dará em nada, uma vez mais, e como sempre? Zidane foi punido por muito menos.

Alguém, não sei quem, soube resumir da seguinte maneira a Copa 2006: “Os jogadores têm uma conduta exemplar. Não bebem, não fumam, não jogam”. Os que de vez em quando acertavam a bola no gol, não jogavam bonito, e os que jogavam bonito nunca acertavam o gol. Toda a África ficou fora logo cedo, e não demorou muito para toda a América Latina também partir para o exílio. O campeonato mundial se converteu em uma Eurocopa.

Os resultados recompensavam este que agora chama de sentido prático: altos muros defensivos e na frente algum atacante, um Cavaleiro Solitário, implorando um favorzinho de Deus. Como costuma ocorrer o futebol e na vida, perde o que melhor joga e ganha o que joga para não perder.

Os pênaltis ajudaram a injustiça. Até 1968, as partidas difíceis eram definidas no cara ou coroa. De alguma maneira, continua sendo assim. Concluída a prorrogação, os pênaltis se parecem muito com o capricho do acaso. A Argentina foi mais do que a Alemanha, e a a França mais do que a Itália, mas uns poucos segundos puderam mais do que duas horas de jogo, e a Argentina teve de voltar para casa e a França perdeu a Copa.

Pouca fantasia foi vista. Os artistas deram lugar aos levantadores de peso e aos corredores olímpicos, que ao passarem chutavam a bola ou um adversário.

O Mundial foi tão aborrecido que os donos do negócio não tiveram outra coisa a fazer a não ser imaginar projetos para injetar entusiasmo no decaído espetáculo. Uma das idéias nascidas dentro da Fifa propõe castigar o empate não concedendo ponto às equipes. Outra sugere aumentar a distância entre as traves para aumentar o número de gols. E outra, se não te agrada este cardápio, pretendem uma Copa a cada dois anos.

Mas o futebol profissional, espelho do mundo, joga para ganhar, não por prazer, e o cálculo de custos zomba destas inúteis piruetas imaginárias dos burocratas que comandam o futebol mundial. Menos mal que o futebol profissional não é todo o futebol. Basta sair às ruas, ir às praias, aos campinhos, para comprovar que a bola pode rolar com alegria. No futebol profissional, o que aparece na televisão, pouca alegria se vê. Parecemos condenados à nostalgia do velho tempo dos cinco forwards e à triste comprovação de que agora nos resta apenas um, e no passo que seguimos nem um restará: todos atrás, nenhum na frente. Como comprovou o zoólogo Roberto Fontanarrosa, o atacante e o urso panda são espécies em extinção. (IPS/Envolverde)

(*) Eduardo Galeano, escritor e jornalista uruguaio, autor de As veias abertas da América Latina e Memórias do fogo.


terça-feira, julho 18, 2006

O "Canhão da Vila"

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Sem medo de fazer propaganda, saiu na Fórum de julho uma entrevista da qual participei com o lendário José Macia, o Pepe, segundo maior artilheiro da história do Santos, ficando atrás apenas de Pelé. A matéria se deu por conta do lançamento do seu livro de memórias, "Bombas de Alegria", Realejo Editorial. Abaixo, um dos muitos causos contados pelo jogador.


As sete ondas - 1969

O jogo era contra o Corinthians no Pacaembu. Lula havia deixado o Santos e era agora técnico da A.A.Portuguesa também da cidade praiana. Chamou o seu massagista Beicinho, um crioulinho ágil e esperto, e intimou:
– Beicinho, hoje é sexta-feira. Você vai logo mais à meia-noite no mar, conta direitinho sete ondas e as pega num balde. Pois o Corinthians é um time perigoso, de mandingas, e temos que estar prevenidos, não quero perder esse jogo domingo!
Assim foi feito.
No domingo a delegação da Lusa santista chega nos vestiários do
Pacaembu com o chefão Lula à frente. Examinou bem o recinto e antes de nele entrar gritou:
– Ninguém entra! Aqui há coisa feita!
Chamou Beicinho e ordenou que lavasse os vestiários arremessando a água do balde com as sete ondas apanhadas na sexta-feira à noite. E Lula exclamava enquanto a água escorria:
– lemanjá vai nos garantir e proteger tranquilamente! Ela não falha! Após o apito final, com sete a zero para o Corinthians, Beicinho quase “recebeu as contas” quando disse ao Lula:
– Professor, ainda bem que eu só peguei sete ondas. Já pensou se eu pegasse umas dez ou quinze?

segunda-feira, julho 17, 2006

Como time pequeno 2 (A missão)

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No último sábado, contrariando minha índole são-paulina de só ver jogo em casa, fui ao Morumbi ver São Paulo e Figueirense. O ingresso a R$ 10 me convenceu a rever o estádio onde não punha os pés desde a fatídica final do Brasileirão de 89, contra o Vasco (sim, eu vi aquele humilhante gol de cabeça do Sorato in loco). Não tinha fila na bilheteria nem pra entrar. Saí de casa com antecedência de 40 minutos e entrei no estádio antes do apito inicial.

O São Paulo partiu com tudo pra cima do Figueira, perdeu um gol feito com Danilo aos 40 segundos e abriu o placar com Ricardo Oliveira aos 2 minutos, após uma bela roubada de bola do Lúcio na esquerda, que tocou para o Thiago cruzar na área. Depois disso, o Tricolor foi completamente dominado pelo time de Florianópolis, que só não aplicou uma goleada vexaminosa porque seus atacantes são muito ruins.

Poucas vezes vi o São Paulo jogar tão mal. Um verdadeiro timinho pequeno, horrível, desprezível. Danilo não pegou na bola, Thiago só fez aquela assistência e mais nada, Josué e Lugano erraram dúzias de passes bobos e deram contra-ataques fulminantes para o Figueirense, Mineiro estava perdido, Souza não produziu nada de útil e ninguém no time, mas ninguém mesmo, conseguiu marcar com um mínimo de competência. Os laterais adversários faziam o que queriam e saíam livres na cara do Rogério Ceni de minuto em minuto. Verdadeiro teste para são-paulinos cardíacos.

Quando o Figueirense empatou, achei que o São Paulo ia levar mais 3 ou 4 gols em seqüência. Não fosse um choque de cabeça entre Mineiro e um adversário, que parou o jogo e esfriou a pressão do time de Santa Catarina, tenho certeza de que o Tricolor teria sido derrotado. O gol de André Dias no último minuto foi um puta alívio, mas, ao mesmo tempo, uma tremenda injustiça. O Figueirense mandou no jogo de ponta a ponta.

Sinceramente, estou pra lá de cético quanto a partida de quarta-feira, contra o Estudiantes. Acho que a vaca já tomou o caminho do brejo e só me restará torcer por melhor sorte no Campeonato Brasileiro. O Gerardo Lazzari já pode comprar os rojões.

Como time pequeno

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O Palmeiras venceu o Corinthians, que agora amarga a vice-lanterna do Brasileirão, empatado em pontos com o Santa Cruz. Como a zona do rebaixamento ainda é uma realidade de quatro pontos – diferença para o bolo dos quase-na-lama com 14 pontos –, acabo ficando mais contente com a queda do alvi-negro paulistano do que da vitória palestrina.

O novo-time de Tite é muito diferente do que saiu de férias antes da Copa. Menos em peças do que em estilo. Com o técnico gaúcho, o Verdão se convence de que, mesmo com grandes nomes do passado em seu elenco, precisa se portar como time pequeno. Acossado no começo do jogo, a aposta na vantagem oferecida pelo preparo físico e marcação dura permitiu ao Palmeiras vener com um gol no fim da primeira etapa em sua única chance real naquela etapa. Desestruturado, o Corinthians não conseguiu reagir.

Em competição em que time grande joga como pequeno para não cair, impera a saudade da Copa do Mundo.

sexta-feira, julho 14, 2006

Seleção: quem assumir agora sobrevive até 2010?

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A CBF queria Luiz Felipe Scolari no comando da seleção brasileira em substituição a Carlos Alberto Parreira. Porém, com a recusa do atual comandante de Portugal, os nomes de Vanderlei Luxemburgo, hoje no Santos, e Paulo Autuori, no futebol japonês, ganharam força. Leão, que está no São Caetano, continua proscrito enquanto Ricardo Teixeira estiver na CBF. Será que além desses quatro nomes existem outros que poderiam assumir a seleção?

O treinador do Santos já comandou o Brasil entre 1998 e 2000, quando conquistou a Copa América de 1999, mas perdeu os Jogos Olímpicos de Sydney no ano seguinte. Paulo Autuori também tem experiência em seleções, já que treinou o Peru durante alguns jogos nas últimas Eliminatórias. Mas só está cotado devido as conquistas da Libertadores da América e do Mundial de Clubes da Fifa no ano passado, pelo São Paulo.

Entre nós, manguaças, há um certo consenso de que o treinador que assumir a seleção agora não sobrevive no cargo até a Copa de 2010. Quando Felipão foi procurado pela primeira vez, em 2000, recusou. Esperou Leão assumir e ser fritado pra pegar a seleção na reta final para a Copa de 2002, quando parecia impossível perder o cargo. Estaria fazendo o mesmo agora?

O fato é que Parreira assumiu em janeiro de 2003 e permaneceu até a Copa da Alemanha. Talvez tenha tido a sorte de o Brasil nem ter se classificado para a disputa das Olimpíadas de Athenas, em 2004. Assim, não houve a tradicional pressão para que a seleção conquistasse, enfim, sua primeira medalha de ouro no futebol. Além do mais, o Brasil tinha faturado a Copa de 2002 e a torcida estava satisfeita.

Mas agora é diferente. O Brasil perdeu o mundial e a cobrança pelo ouro olímpico voltará forte, como uma espécie de redenção obrigatória. Foi assim em 2000, na Austrália. A derrota em 1998 e o novo insucesso diante de Camarões, nas Olimpíadas de Sydney, determinaram a queda de Vanderlei Luxemburgo.

Portanto, quem assumir agora terá que classificar a seleção para Pequim 2008 e, de preferência, trazer a medalha de outro. Senão, será difícil resistir até 2010. Quem se habilitará? Façam suas apostas.

quinta-feira, julho 13, 2006

"Tomei um vinho. Talvez tenha a ver com isso"

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"Eu não sou irresponsável (de beber antes de entrar no ar). Do contrário não teria 33 anos de profissão", afirmou Fernando Vanucci para a Folha de S.Paulo, ao comentar o episódio do último domingo. O jornalista afirmou que teve uma discussão por telefone com um de seus filhos. "Tenho pressão alta e fiz, em 2001, uma cirurgia no coração para corrigir um problema congênito. Tomo remédios fortes todos os dias. O telefonema foi muito estressante, minha pressão ficou alta", completou ele, dizendo que tomou "uma dose alta" de Lorax, uma hora e meia antes do início do programa.

"Isso me deu uma relaxada. Por azar, o pico do efeito ocorreu quando entrei no ar. Eu sentia que ia cair. Tinha visão dupla, por isso fechava um olho para tentar enxergar com o outro. Foi me dando um pânico, eu queria sair correndo", afirmou Vanucci. Depois do ocorrido, o apresentador recebeu uma advertência verbal da RedeTV! e voltou a trabalhar na terça-feira. "O pior é que não tomei (álcool). No domingo procuro não beber. No sábado eu tomei um vinhozinho. Talvez tenha a ver com isso", finalizou Vanucci.

Segundo o psiquiatra Dartiu Xavier, Universidade Federal de São Paulo, o que ocorreu com o jornalista não é comum a quem já toma calmantes - a não ser que se misture com álcool, porque o medicamento potencializa o efeito da bebida.


quarta-feira, julho 12, 2006

Ainda Zidane

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Deu no Le Monde a seguinte declaração de Zidane:

"Michel Denisot (o entrevistador) lhe perguntou se a realidade "confirmava" o que disseram os tablóides ingleses, que se apoiaram em especialistas de leitura labial, e acusaram o italiano de ter dito: "Todo mundo sabe que você é filho de uma puta terrorista". Zidane respondeu simplesmente: "Sim."


E agora, Fifa?

"-Vô chamá meu adevogado!!!"

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Um advogado francês anunciou nesta quarta-feira a intenção de recorrer à Justiça para que a final da Copa 2006, entre Itália e França, seja anulada, caso a expulsão do francês Zinedine Zidane tenha ocorrido depois da arbitragem ter recorrido à ajuda "ilegal" do vídeo. Méhana Mouhou pedirá diretamente a um tribunal de justiça comum de Paris o "interrogatório do quarto árbitro e de qualquer pessoa que teve direta ou indiretamente relação com a punição dada a Zidane". O advogado, que espera ter sua demanda concluída na semana que vem, quer esclarecer se a decisão foi tomada de forma ilegal, com o recurso ao vídeo. Nesse caso, "o objetivo da ação judicial é a anulação da partida", informou.

Zidane diz que não se arrepende da cabeçada

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O meia francês Zinedine Zidane pediu desculpas nesta quarta-feira pela sua agressão no zagueiro italiano Marco Materazzi na final da Copa do Mundo. Entretanto, o jogador declarou que não se arrepende da cabeçada. O jogador da seleção francesa deu uma entrevista para o Canal Plus para esclarecer o ocorrido.

"Não posso lamentar meu gesto porque isso mostraria que ele teve razão ao dizer tudo aquilo. Não posso, não posso, não posso dizer isso. Não basta punir somente a reação", justificou. De acordo com Zidane, Materazzi teria dito "duas ou três palavras muito duras" com insultos a sua mãe e a sua irmã. O meia ressaltou que o zagueiro italiano é o principal culpado pelo episódio.

"Se não há uma provocação, não pode haver uma reação. É necessário castigar o verdadeiro culpado e o culpado é ele, que provocou. Vocês acham que numa final de Copa do Mundo, quando faltam dez minutos para minha aposentadoria, eu faria um gesto desses porque me causa prazer?", enfatizou o meia.

Em entrevista ao jornal alemão Bild, Malika, a mãe de Zidane, defendeu a cabeçada do filho no italiano. "Eu defendo Zidane", afirmou Malika. "Quero que me sirvam os ovos de Materazzi em uma bandeja", disparou. Para a mãe do atacante, Zidane fez o que fez para "defender a honra da família. Algumas coisas são mais importantes do que o futebol", justificou.

Revista diz que tetra italiano pode ser anulado

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Edição publicada nesta terça-feira da revista alemã Der Spiegel traz reportagem intitulada "Por que a Fifa pode cancelar o título da Itália", elencando fatores que poderiam levar a uma eventual punição da equipe tetracampeã, por conta do episódio envolvendo o francês Zidane e o zagueiro italiano Materazzi, na final disputada domingo passado.

No episódio, Materazzi teria chamado o meia de "terrorista sujo", dentre outros xingamentos, referindo-se à origem muçulmana do agora ex-jogador francês, que é filho de imigrantes argelinos e nasceu em Marselha. O suposto insulto teria levado Zidane a dar uma cabeçada no italiano, sendo expulso no segundo tempo da prorrogação.

Para justificar o suposto risco de perda do título italiano, a Der Spiegel cita as recentes e pesadas punições contra o racismo estabelecidas em março deste ano pela Fifa. Segundo o artigo 55 da resolução 4 do Regulamento Disciplinar da Fifa, jogadores de federações oficiais ou de clubes que vierem a agir de alguma forma discriminatória terão suas equipes punidas automaticamente com a perda de três pontos ou a desqualificação em partidas eliminatórias.

Ontem, a Fifa anunciou que abrirá um processo disciplinar para averiguar as circunstâncias nas quais Zidane agrediu Materazzi - que já admitiu ter insultado o francês, negando porém tê-lo chamado de "terrorista". A Fifa não mencionou se o italiano também será investigado:

"Membros da Fifa começarão uma investigação disciplinar sobre a conduta de Zidane. Desejamos esclarecer, acima de tudo, as circunstâncias que rodearam aquele incidente. Também queremos enfatizar que a expulsão de Zidane foi correta, já que o quarto árbitro da partida, Luis Medina, observou o lance sem o auxílio da televisão e informou o ocorrido ao juiz principal, Horacio Elizondo", disse o comunicado da Fifa.

As conseqüências do título da Itália

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Passados três dias do fim da Copa e o mundo começa a vislumbrar os efeitos da vitória da Itália. Além do possível surto de times defensivos (comos e tivéssemos poucos) em virtude do esquema da equipe campeã, uma bela pizza começa a ser preparada no Calcio. O clima favorável depois do tetrafaz com que algumas figuras comecem a defender a não punição dos times envolvidos no escândalo da máfia da arbitragem e manipulção de resultados no país. Juventus, Milan, Fiorentina e Lazio correm risco de serem rebaixados para divisões inferiores do futebol italiano outras 26 pessoas também estão sendo acusadas de participarem do escândalo e podem até ser banidas do futebol.

Mas o oba-oba da Copa pode salvar a todos. O ex-presidente italiano Silvio Berlusconi foi o primeiro a defender penas leves para as equipes. “Não podemos punir os torcedores. As pessoas devem ser punidas, não os clubes”, disse o desinteressado político e empresário que também é dono do Milan. Já o ministro da Justiça (sic) da Itália, Clemente Mastella, fez questão de destacar a conquista e usar o título como justificativa para abafar o escândalo. “Vamos fazer o que faziam na Roma antiga: quem nos deu prestígio e dignidade deve ser tratado de maneira diferente, como alguém que fez algo exemplar”. Que argumento!

Enquanto isso, a Fifa investiga o caso Zidane, que pode perder a Bola de Ouro de melhor jogador por conta da sua cabeçada na final, segundo declarações do presidente da entidade Joseph Blatter. Por outro lado, a revista alemã Der Spiegel revela que a Itália poderia até perder o título se forem comprovadas as ofensas racistas de Materazzi ao francês, com base no artigo 55 da resolução 4 do Regulamento Disciplinar da Fifa. O regulamento diz que jogadores de federações oficiais ou de clubes que vierem a agir de alguma forma discriminatória terão suas equipes punidas automaticamente com a perda de três pontos ou a desqualificação em partidas eliminatórias.

terça-feira, julho 11, 2006

O país da retranca

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Olha o começo dessa matéria do Terra (o endereço mostrava só http://www.terra.com.br/istoe, dia 11 a noite): "O técnico Carlos Alberto Parreira tinha nas mãos o mais badalado e talentoso grupo do mundo. Mas a falta de pulso, a indecisão, a soberba, as concessões aos veteranos e um frouxo esquema de marcação levaram à eliminação prematura na Copa."

Viram porque a seleção naufragou? Porque faltou marcação. O bendito time tomou DOIS GOLS em cinco jogos. DOIS. Contra a França, se é verdade que Zidane jogou livre e bem pra caramba, també é verdade que nenhuma de suas jogadas com a bola rolando resultou em gol, que só saiu numa falta (extremamente bem batida).

Por outro lado, no mesmo e fatídico jogo, o Brasil chutou QUATRO bolas no gol francês e só UMA deu trabalho para Barthez. Naõ existia saída de bola da defesa para o meio campo, que por sua vez era absolutamente inoperante (muito pior do que quando o execrado Ronaldinho Gaúcho jogou por ali). E o ataque ficou lá, esperando. Catso, como é que o grande problema desse time era falta de marcação?

Teve gente que disse que a solução era ter colocado o Mineiro, para segurar o Zidane. E não só isso, antes da eliminação a grande resposta de outros tantos era colocar o Juninho Pernambucano no lugar de alguém do quadrado mágico, jogador de características muito mais defensivas, que sempre jogou na seleção de segundo volante. O coro pelo, com a licença do companheiro Glauco, emplatro Brás Cubas era maior do o pela entrada de Robinho, mesmo este tendo melhorado o time em todas as partidas que entrou. Não existe nenhuma solução que privilegie o ataque?

Ao mesmo tempo, vejo a exaltação da raça de Portugal e o endeusamento de Felipão. Portugal tinha um time bom, com jogadores como Figo, Deco, Cristiano Ronaldo e Maniche (eleito um dos melhores da Copa). e mesmoassim jogava sempre defensivamente, no contra-ataque.

O que eu vejo com isso é algo perigoso: o Brasil se tornou uma nação de retranqueiros. Entrou na cabeça das pessoas que futebol bonito é coisa do passado, que primeiro tem que pensar na defesa, que ganha jogo quem faz mais faltas, que o gol é apenas um detalhe no futebol. Enfim, essa troletada de baboseiras que a Era Dunga começou e que agora ressurgem modificadas no que talvez possa ser chamado Era Felipão.

Outro dia, comentei um post do O.S. (nem lembro o tema) dizendo que retranca era coisa de alemão. Injustiça. A seleção anfitriã foi a que mais atacou nessa Copa, jogando a maior parte do tempo no campo do adversário, sufocando, buscando o gol o tempo todo. Infelizmente, parece que retranca agora é coisa de brasileiro.

Sandices fascistas

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O político italiano Roberto Calderoli demonstrou sentir saudades dos tempos de Mussolini. Vice-presidente do Senado e dirigente da direitista Liga do Norte, ele afirmou que a França “sacrificou sua identidade” ao escalar “negros, islamitas e comunistas”.
Ele saudou o título italiano como "uma vitória da identidade italiana, de uma equipe que escalou lombardos, napolitanos, venezianos e calabreses e que ganhou de uma equipe da França que sacrificou sua própria identidade escalando negros, islamitas e comunistas para obter resultados".

O embaixador francês na Itália, Yves Aubin de Messuzière, considerou a declaração fascista de Calderoli "inaceitável e depreciável, destinada a fomentar o ódio", e enviou uma carta ao presidente do Senado, Franco Marini, exigindo desculpas formais.

Calderoli, não satisfeito, negou-se a pedir desculpas e afirmou que "quando digo que a equipe da França é formada por negros, islamitas e comunistas digo uma coisa objetiva e evidente".

"Quem se escandaliza e exige desculpas não tem a consciência tranqüila. A França é uma nação multi-étnica, devido a seu passado colonialista, do qual eu não estaria orgulhoso. Mas não é minha culpa se alguns ficaram perplexos com uma equipe que escalou sete negros, se Barthez canta a Internacional em vez da Marselhesa ou se alguns preferem Meca a Belém", acrescentou. "Não creio que deva me envergonhar pelo que disse, ainda que isso choque Paris, onde se trata Zidane de gênio, confundindo um golpe de gênio com uma cabeçada", concluiu Calderoli.

Não é a primeira vez que o digníssimo senhor, que foi ministro de Berlusconi, outro grande democrata de nosso tempo, brinda o mundo com sua sapiência e pensamento progressista. Depois da grave crise causada pelas controvertidas caricaturas do profeta Maomé, apareceu enrolado com uma dessas caricaturas na emissora pública de televisão RAI.

Fernando Vanucci totalmente bêbado!!!

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É inacreditável. Só vendo e revendo muitas vezes pra ter certeza do vexame que esse manguaça passou ao vivo, na RedeTV!, logo após a conquista da Itália no domingo. Não conseguia ler o teleprompter, não percebeu que as imagens eram da comemoração da Itália e ficou falando sobre o Brasil (sabe-se lá o que), com a língua enrolada e os olhos semi-cerrados. De tão bêbado, nem voltou para o segundo bloco do programa Bola na Rede. Chamaram o Augusto Xavier às pressas pra substituí-lo. Confiram:

Teria sido racismo?

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Pensei em escrever algo no mesmo sentido, mas o Luiz Weis já o fez, no seu blog Verbo Solto. Reproduzo abaixo:

Racismo é pior que xingar a mãe

Postado por Luiz Weis em 11/7/2006 às 8:29:54 AM

A Globo não foi a única a ir atrás do que motivou a fulminante cabeçada de Zinédine Zidane, na final com a Itália.

Segundo um italiano que conhece leitura labial, informa hoje o diário londrino Guardian, citando por sua vez a BBC, Materazzi teria dito ao craque afinal eleito o melhor da Copa:

”Quero que você e sua família tenham uma morte horrível.” E teria emendado: “Vá se f….”

O que correu por aqui é que o italiano disse que a irmã de Zidane era prostituta.

De seu lado, a ONG francesa SOS-Racisme informou que, de acordo com “várias fontes bem informadas”, Materazzi chamou Zidane de “terrorista sujo”.

Se foi isso que ele disse, com ou sem o resto – que faz parte do costumeiro repertório de insultos que jogadores trocam em campo – o caso muda de figura: torna-se a negação viva do badalado espírito anti-racista da Copa e não pode ficar por isso mesmo.

É bom lembrar que na Itália, bem como na Espanha, atletas norte-africanos e negros são frequentemente hostilizados pelas torcidas adversárias.

Um técnico espanhol foi multado em 3 mil euros por ter xingado Thiery Henry, que joga na Inglaterra, com palavras racistas.

É bom lembrar também que a seleção francesa provavelmente chegou à final porque tinha pouco de “bleues” e muito de “noires” – além do genial filho de argelinos. Os únicos “autênticos” franceses, diria o fascista Jean-Marie Le Pen, eram Barthez, Sagnol e Ribéry.

Em suma, Zidane perdeu a cabeça e mereceu a expulsão, Materazzi, se apelou para o racismo, merece pena mais grave e a mídia italiana está diante do desafio de pôr o patriotismo no banco dos reservas e ir para cima do assunto.

É Júlio Sérgio!

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Depois de trazer Doni, a Roma, o mesmo time que já teve Falcão, foi campeão italiano e vice europeu na década de 80, de tantas glórias e tradições, anunciou a contratação do goleiro Júlio Sérgio.

Pra quem não se lembra, Júlio Sérgio foi jogador do Santos. Chegou no clube como um desconhecido, na metade de 2002, para ser reserva de Fábio Costa. Mas uma contusão do baiano fez com que a camisa 1 ficasse mesmo com o jovem arqueiro chegado de Ribeirão Preto.

E ele fez um bom papel no Brasileirão. Se não foi uma muralha, cumpriu perfeitamente sua função naquele time composto atletas jovens como ele - Robinho, Alex, Diego, Elano e companhia. Tanto que caiu nas graças da torcida.

Mas se a sorte o colocou pra jogar, o azar o tirou da parte nobre do campeonato: na penúltima partida da primeira fase daquele Brasileirão, Júlio se machucou e Fábio Costa acelerou sua recuperação. Arrebentou na decisão contra o Corinthians e recuperou de vez a camisa 1. No ano seguinte, Júlio ficou bem na reserva e foi vice-campeão brasileiro e da Libertadores.

2004 seria o ano mais triste da carreira de Júlio. Fábio Costa deixara o Santos para ir para o Corinthians; nada mais natural que a camisa 1 ficasse com Júlio Sérgio. Mas em mais um arroubo estranho da diretoria do Santos, Doni e Mauro chegaram à Vila. Júlio, então, passou o ano todo na reserva, mesmo com a dispensa de Doni e a contratação do atabalhoado Tápia.

No ano seguinte, Júlio perambulou por clubes menores. Foi para o Juventude e na sequência para Coritiba e América de Rio Preto. Não tenho certeza da ordem, mas é mais ou menos por aí.

Agora ele chega à Roma... curioso. Méritos técnicos não tem, indiscutivelmente. É bom sujeito, todos gostavam dele na Vila, mas não convence embaixo das traves.

Por outro lado, essa negociação me deixa feliz. Mostra que jogos de empresários, jogadores medíocres em times grandes e negociatas não existem só por aqui.

segunda-feira, julho 10, 2006

Materazzi se defende

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Um dos mais habilidosos e dóceis jogadores da Copa, símbolo da graça e leveza dos italianos, Materazzi se defendeu de forma sensacional da acusação de que teria xingado Zidane de terrorista:

"Não é verdade, não o chamei de terrorista. Sou ignorante e não sei nem o que as palavras terrorista ou islâmico querem dizer", disse o craque logo após a chegada do avião que trouxe a delegação italiana da Alemanha.

Quem quiser conferir mais dos lances que marcaram a sua carreira, Thalita recomenda:

http://www.youtube.com/watch?v=rKGcUr0S-FU&search=materazzi

Duas versões para as provocações de Materazzi

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O zagueiro italiano Materazzi teria chamado o atacante francês Zinedine Zidane de terrorista, segundo o colunista do jornal inglês The Guardian, Kevin McCarra. Esse xingamento teria feito Zidane perder a cabeça e agredir fisicamente o jogador italiano na final da Copa, sendo expulso na prorrogação. Já a leitura labial apresentada no programa Fantástico, da Rede Globo, mostra que Materazzi teria chamado de puta, por duas vezes, a irmã de Zidane. O camisa 10 da seleção francesa sempre foi muito ligado a sua família. Lila, 36 anos, é a única mulher entre os quatro irmãos de Zidane. O jogador deixou o campo em lágrimas, passando ao lado do troféu ao descer as escadas para o vestiário, e não esteve em campo para receber a medalha de prata, após derrota da seleção de seu país para os italianos nos pênaltis.

Em telefonema ao seu pai logo após a partida, o árbitro Horacio Elizondo descreveu da seguinte forma a reação de Zidane: "Estava louco e não podia acreditar que havia feito aquilo". Na França, a secretária nacional do Partido Comunista, Marie-Georges Buffet recriminou a agressão: "O gesto de Zidane foi inexplicável e imperdoável. Não é preciso explicar que não se pode usar a violência em resposta às injustiças". Porén, durante um discurso feito aos jogadores nesta segunda-feira, em Paris, o presidente da França, Jacques Chirac, consolou o craque: "Sei que você viveu o momento mais intenso e mais duro da sua carreira. Mas quero dizer que, apesar disso, você tem a admiração e a afeição de toda a nação, assim como o meu respeito também".

domingo, julho 09, 2006

Tutti quanti

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Acontece que a Itália é tetra. Não adianta falar de arbitragem, que nesta Copa foi melhor do que na anterior. A Austrália perdeu da Itália com um pênalti duvidoso, mas Japão e Austrália estava 1 a 0 pros japoneses quando estes tiveram um pênalti escandaloso a seu favor, não marcado. Se os comandados de Zico fizessem 2 a 0 ali, a Austrália teria ficado na primeira fase.
Falando de futebol, a Itália tinha Buffon (que fez uma defesa decisiva na cabeçada de Zidane), enquanto a França tinha Barthez (que tomou um gol defensável na cabeçada de Materazzi). Se Barthez tivesse defendido a cabeçada de Materazzi, talvez tivesse dado, pra França. Se Zidane tivesse vencido Buffon, também. A Itália teve uma dupla felicidade na zaga: ter a melhor defesa do mundo e ainda conseguir a façanha de melhorá-la durante a competição, pelas circunstâncias, com a saída de Nesta, contundido, para a entrada de Materazzi, que foi decisivo sempre, enquanto jogou. Eu sou daqueles que admiram uma defesa como essa, liderada pelo capitão Cannavaro.
De fato, a França merecia ganhar o jogo, considerando a bola rolando nos 120 minutos. Mas não ganhou. A Holanda também merecia ganhar em 1974 e em 1978, e não tem nenhum título. Acho até que o golaço de Zidane de pênalti (esse argelino conseguia fazer golaço de pênalti) se originou de um erro do juiz, porque foi cavado; não foi pênalti.
Materazzi mandou uma no travessão. Ribéry teve azar no fim do jogo, quando chutou rente uma bola que nenhum goleiro pegaria. Mas não entrou.
E infelizmente Zidane surtou. Não é porque o cara nos fez amar o futebol um pouco mais que não vamos reconhecer isso.
Foi emblemático Trezeguet perder o pênalti. Digo isso porque fala-se do conservadorismo de Parreira, dos italianos, do Felipão, mas não entendo por que Trezeguet não jogou a não ser por alguns minutos, nesta Copa. Se não estava com problemas físicos, é injustificável. Ele faria uma dupla muito difícil de marcar, ao lado de Henry. Deve ter sido uma decisão cartesiana de monsieur Domenech.
De qualquer maneira, comi uma macarronada hoje. Com pomarolla, porque não dava pra fazer molho muito caprichado.

A França é grande

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Mais do que tática, técnica e raça, em Copa do Mundo duas coisas são fundamentais: camisa e ser o time da casa. É só pensarmos a história da competição, com pouquíssimos campeões dentro do grupo total de participantes. A tese comprova-se através da lista dos campeões do mundo - só em 1954 (Alemanha) e 1958 (Suécia) que o campeão do mundo foi uma seleção que conquistava o título pela primeira vez e não era o dono da casa. Em todos, todos os outros casos a taça foi pro mandante ou pra um já campeão.

Expandindo-se, a relação chega até os vice-campeões. Desde o "bi-vice" da Holanda em 74/78 nenhum time não campeão e não sede chega a uma final de Copa do Mundo.

Tudo isso foi pra dizer que a entrada da França no clube dos campeões, em 1998, não foi tão gloriosa quanto a de outros membros. Deixando as teorias conspiratórias de lado, ganhar em casa não é a mesma coisa. Pelo menos pra mim, é uma opinião particular, vocês não precisam concordar.

Veio a Copa de 2002 e a França fez aquele papel ridículo. Papo cheio para detonar os azuis, para contestar o título de 1998, para dizer que a França não era nada, só ganhou em casa, comprou a Copa, fez parte de um esquema CBF-Nike-FIFA-CUT-MST e por aí vai...

Mas agora, em 2006, a França mostrou decididamente que é uma seleção grande. Nós, que gostamos de futebol, sabemos que o time grande não necessariamente é o que joga melhor. Pelo contrário! Nada mais pequeno do que joar melhor, dominar a partida mas perder com um gol na sorte ou na ajuda da arbitragem.

A trajetória da França no Mundial verifica isso. Uma primewira fase pífia - chatíssimo jogo contra a Suíça, empate com a Coréia do Sul e uma vitória suada contra Togo. O suficiente para a classificação. Daí pra frente os mata-matas e boas vitórias contra Espanha e Brasil.

Veio então a semifinal contra Portugal. De um lado, os "velhinhos" franceses. Do outro, lusos treinados pelo campeão do mundo, embalados por boas partidas nas oitavas e quartas e com apoio quase integral da torcida. E o que deu? França.

Por essas e outras que, ao meu ver, a Copa de 2006 confirmou em definitivo a presença da França como um dos países grandes do futebol. Hoje a festa é da Itália, mas a França, de forma alguma, deixa essa Cioa como derrotada.

A Copa de Zidane

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A Copa foi mesmo de Zizou. Não houve jogador mais decisivo. Depois de derrotar Espanha, Brasil e Portugal, estava escrito que, mesmo que perdesse a final, seria o craque do torneio.
A decisão foi muito mais francesa do que italiana. Zidane inaugurou o placar com um gol de pênalti (duvidoso). Apesar do empate, a taça parecia ter como destino o país gaulês.
Mas aí Zidane decidiu. Deu uma cabeçada no peito de Materazzi, e terminou a carreira no vestiário. A Itália adbdicou do ataque mesmo com um a mais, mas tinha a confiança de quem não tinha mais como adversário um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos. E levou a taça.