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A conquista é justíssima. Não há comentarista esportivo, profissional ou amador, que discorde do fato de que o São Paulo é o melhor time do campeonato. Sobram elogios para o trabalho do Muricy, para a constância do time, para a polivalência dos jogadores, para o espírito de equipe.
Como torcedora do São Paulo, fico extremamente orgulhosa de ler tantas colunas favoráveis ao meu time. Até os torcedores adversários soltam umas palavras positivas de vez em quando. Vou ao Morumbi comemorar o título com felicidade genuína.
A gente quer é qualidade, quer CRAQUE, mas no futebol brasileiro isso está tão raro que precisamos nos convencer que o que temos é bom (assunto já abordado alguns posts abaixo pelo companheiro Anselmo, sobre a terceira idade palmeirense). Não é. Ouvimos o elogio da mediocridade. O nivelamento por baixo é absurdo e entristecedor. Não existe uma equipe que empolgue de verdade. O último grande time do Brasileiro, salvo engano, foi o Santos de 2002. Depois disso - e antes também - nada foi lá muito interessante.
Vejamos o São Paulo de hoje. Quem lá é bom de verdade? Rogério Ceni e Mineiro. Josué também pode entrar na lista. Miranda pode um dia chegar a ser bom. Mas o resto do time é mediano. Aloísio, Souza e Lenílson beiram a mediocridade. Não tem craque. Aliás, nenhum time brasileiro hoje tem um craque. Nenhumzinho.
Se formos nessa toada, o Brasil vai virar verdadeiramente o país do vôlei. Temos os maiores talentos, tanto no feminino como no masculino. Mesmo que eles não joguem no país, a seleção se reúne tantas vezes ao ano que estão sempre na TV. Ganhando os jogos. Praticamente todos os jogos. Somos a maior potência mundial do esporte.
Será que meus filhos vão querer virar jogadores de vôlei? Tomara que não, porque eles me xingarão eternamente pela péssima herança genética em termos de altura.