Destaques

terça-feira, janeiro 02, 2007

Advogado quer que ONU investigue enforcamento de Saddam Hussein

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Um advogado de Saddam Hussein, o francês Emmanuel Ludot, pediu às Nações Unidas a criação de uma comissão de investigação sobre as condições de execução do ex-ditador iraquiano, segundo uma cópia de uma carta enviada ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Ludot solicita "que seja estabelecida uma comissão de investigação sob a égide das Nações Unidas", estimando que as "condições de execução" de Saddam Hussein foram, "em termos de princípios, intoleráveis". O advogado afirma que o ex-ditador "permaneceu até sua morte submetido ao estatuto de prisioneiro de guerra e, como tal, deveria se beneficiar da Convenção de Genebra de 1949". Como prisioneiro de guerra, julga o advogado, ele não deveria ser enforcado, mas "fuzilado". Ludot denuncia igualmente as filmagens realizadas durante o enforcamento. "A fotografia com o rosto do condenado viola de maneira clara a Convenção de Genebra", assegura ele, pedindo: "Por que a ONU não tomou precauções indispensáveis para se assegurar de que haveria um mínimo de dignidade para o prisioneiro de guerra?". O advogado pede "uma investigação aprofundada para conhecer as verdadeiras funções ocupadas na vida civil pelos carrascos" de Saddam Hussein, que foram "autorizados a proferir insultos" durante a execução. "Não se pode descartar a possibilidade de que altas autoridades opostas ao regime de Saddam Hussein tenham conseguido obter, numa negociata com a potência ocupante, o privilégio de participar pessoalmente da execução do condenado", escreveu ele. (da AFP)

Lutador é morto em briga de bar

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O boxeador Kemal Kolenovic foi morto durante uma briga de bar no Bronx, Nova York. Natural de Montenegro, o lutador de 28 anos foi assassinado depois que um grupo de homens começou a discutir sobre o Leste Europeu. Segundo o tio de Kolenovic, ele acompanhou os homens para o lado de fora e tentava acalmá-los quando um deles pegou um carro e atingiu o lutador na calçada. Socorrido, o montenegrino foi declarado morto no Hospital St. Barnabas. Kolenovic disputava na categoria médio e tinha um cartel com dez vitórias, seis derrotas, cinco nocautes e dois empates. (do site Gazeta Esportiva)

Santos pode bordar 3ª estrela no escudo

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Começo meu primeiro post de 2007 desejando um feliz Ano Novo para toda a companheirada e, especialmente, para os santistas (maioria entre os blogueiros que aqui escrevem). Isso porque, mesmo com o presidente Marcelo Teixeira relutando em aceitar, a diretoria do Santos pode somar mais uma estrela de campeão mundial às duas já existentes sobre o distintivo do clube. Está no diário Lance! de hoje: o alvinegro praiano é tricampeão mundial de futebol! O título da primeira Supercopa de Campeões Intercontinentais, ganha pelo Santos em 1969, foi reconhecido pela Conmebol em 2005 como "O esquecido terceiro título intercontinental do Santos de Pelé" (ver link http://www.conmebol.com/articulos_ver.jsp?id=58211&slangab=S). O asterisco no final da página é categórico: "La Supercopa de Campeones Intercontinentales será reconocida en el Ranking de Clubes de la CONMEBOL". A Fifa, por sua vez, ainda não se pronunciou.
O assunto também gera divergências no próprio clube. Segundo o Lance!, durante a última reunião do Conselho Deliberativo do Santos, o presidente Marcelo Teixeira afirmou que prefere ganhar a terceira estrela de campeão mundial dentro de campo. Mas o conselheiro Celso Leite defende a mudança na camisa: "O Santos ganhou em campo, falta a diretoria reconhecer". A Supercopa de Campeões Intercontinentais foi concebida em finais de 1967 pelas diretorias do Peñarol (Uruguai), Racing (Argentina) e Santos, os três únicos clubes sul-americanos campeões mundiais até o momento. Os europeus concordaram e ficou combinado que Real Madrid e Internazionale de Milão se enfrentariam para classificar um deles para a final da primeira edição da competição, de 1968, contra um sul-americano.
Entre novembro daquele ano e abril de 1969, o Santos eliminou o Racing e o Peñarol e, em 24 de junho de 1969, foi à Milão decidir o torneio em partida única (a Inter se classificou para a decisão sem precisar jogar, depois da desistência do Real Madrid). A equipe italiana passava por uma má fase, tinha perdido seu técnico dois dias antes e não pôde contar, na final, com craques como Fachetti, Suárez, Landini e Bertini. Mesmo assim, esse jogo foi uma espécie de prévia da final entre Itália e Brasil que seria disputada um ano depois, na Copa do México. Em campo estavam Carlos Alberto, Clodoaldo, Rildo, Pelé e Edu, pelo Santos, e Burgnichi e Domenghini, pela Inter. A equipe brasileira tinha garantido o tricampeonato paulista três dias antes, num empate sem gols contra o São Paulo, e jogou completa no estádio San Siro. O gol do título saiu aos 12 do segundo tempo: Pelé cobrou falta com violência, o goleiro Bordon rebateu e Toninho Guerreiro completou (como mostra a foto acima). "Obviamente, as pessoas foram para ver o Santos jogar, mais do que a Supercopa", disse, recentemente, o ex-zagueiro santista Ramos Delgado.
A última edição da Supercopa foi disputada ainda em 1969, tendo o Peñarol como campeão. Só que os europeus nem participaram e, assim, a competição perdeu força e a terceira edição nem chegaria a ser disputada.

Ficha técnica
INTERNAZIONALE 0 X 1 SANTOS
Local: Estádio San Siro, Milão (Itália)
Data: 24 de junho de 1969
Público: 44.774
Juiz: José Mario Ortiz de Mendibil (Espanha)
Inter: Bordon; Burgnichi e Poli; Bedin, Guarnieri e Cella; Jair da Costa, Mazzola, Domenghini, Corso e Vastola; Técnico: Maino Neri.
Santos: Cláudio (Laércio); Carlos Alberto, Ramos Delgado, Djalma Dias e Rildo; Clodoaldo e Negreiros; Pelé, Edu, Toninho Guerreiro e Abel; Técnico: Antoninho.
Gol: Toninho Guerreiro (57)

segunda-feira, janeiro 01, 2007

O discurso de posse de Lula

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O discurso de posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no parlatório foi mais emotivo e improvisado, mas o oficial, do Congresso, foi mais impactante politicamente. Leia-o abaixo:

"Quatro anos atrás, nesta Casa, em um primeiro de janeiro, vivi a experiência mais importante de minha vida - a de assumir a presidência do meu País.Não era apenas a realização de um sonho individual.O que então ocorreu foi o resultado de um poderoso movimento histórico do qual eu me sentia - e ainda hoje me sinto - parte e humilde instrumento.Pela primeira vez, um homem nascido na pobreza, que teve que derrotar o risco crônico da morte na infância e vencer, depois, a desesperança na idade adulta, chegava, pela disputa democrática, ao mais alto posto da República. Pela primeira vez, a longa jornada de um retirante, que começara, como a de milhões de nordestinos, em cima de um pau-de-arara, terminava, como expressão de um projeto coletivo, na rampa do Planalto. Hoje estou de volta a esta Casa, no mesmo primeiro de janeiro e quase na mesma hora. Tenho a meu lado, como em 2003, o amigo e companheiro José Alencar, cuja colaboração inteligente e leal tornou menos árduas as tarefas destes quatro anos. E assim o será no Governo que se inicia.Tudo é muito parecido, mas tudo é profundamente diferente.É igual e diferente o Brasil; é igual e diferente o mundo; e, eu, sou também igual e diferente. Sou igual naquilo que mais prezo: no profundo compromisso com o povo e com meu país. Sou diferente na consciência madura do que posso e do que não posso, no pleno conhecimento dos limites. Sou igual no ímpeto e na coragem de fazer. Sou diferente na experiência acumulada na difícil arte de governar.

Sou igual quando volto a conjugar, nas suas formas mais afirmativas, o verbo mudar, como fiz aqui quatro anos atrás. Mas sou diferente, pois, sem renegar a paciência e a persistência que aqui também preguei, quero hoje pedir, com toda ênfase, pressa, ousadia, coragem e criatividade para abrir novos caminhos.

Minhas Senhoras e meus Senhores, Quatro anos depois, o Brasil é igual na sua energia produtiva e criadora.Mas é diferente - para melhor - na força da sua economia, na consistência de suas instituições e no seu equilíbrio social.Em que momento de nossa história tivemos uma conjugação tão favorável e auspiciosa: de inflação baixa; crescimento das exportações; expansão do mercado interno, com aumento do consumo popular e do crédito; e ampliação do emprego e da renda dos trabalhadores?O Brasil ainda é igual, infelizmente, na permanência de injustiças contra as camadas mais pobres. Porém é diferente, para melhor, na erradicação da fome, na diminuição da desigualdade e do desemprego. É melhor na distribuição de renda, no acesso à educação, à saúde e à moradia. Muito já fizemos nessas áreas, mas precisamos fazer muito mais.O Brasil ainda possui sérias travas ao seu crescimento e fragilidades nos seus instrumentos de gestão. Mas nosso país é diferente - para melhor: na estabilidade monetária; na robustez fiscal; na qualidade da sua dívida; no acesso a novos mercados e a novas tecnologias; e na redução da vulnerabilidade externa. O trabalhador brasileiro ainda não ganha o que realmente merece, mas temos hoje um dos mais altos salários mínimos das últimas décadas, e os trabalhadores obtiveram ganhos reais em 90% das negociações salariais nestes últimos quatro anos. Criamos mais de 100 mil empregos por mês com carteira assinada, sem falar das ocupações informais e daquelas geradas pela agricultura familiar, totalizando mais de 7 milhões de novos postos de trabalho. O Brasil ainda precisa avançar em padrões éticos e em práticas políticas. Mas hoje é muito melhor na eficiência dos seus mecanismos de controle e na fiscalização sobre seus governantes. Nunca se combateu tanto a corrupção e o crime organizado. Muita coisa melhorou na garantia dos direitos humanos, na defesa do meio-ambiente, na ampliação da cidadania e na valorização das minorias. O Brasil é uma nação mais respeitada, com inserção criativa e soberana no mundo.E o mundo, vasto mundo, como está quatro anos depois? Melhor em certos aspectos, mas pior, infelizmente, em tantos outros.Foram quatro anos sem graves crises econômicas, mas com graves conflitos políticos e militares internacionais. Ao mesmo tempo em que o crescimento da economia mundial permitiu um certo desafogo aos países emergentes, a relação entre nações ricas e pobres não melhorou. A solução dos grandes problemas mundiais, como: as persistentes desigualdades econômicas e financeiras entre as nações; o protecionismo comercial dos grandes; a fome e a inclusão dos deserdados; a preservação do meio-ambiente; o desarmamento; e o combate adequado ao terrorismo e à criminalidade internacional; não evoluiu. Os organismos internacionais - especialmente a ONU - não se atualizaram em relação aos novos tempos que vive a humanidade.

Meus Senhores e minhas Senhoras,Um dos compromissos mais profundos que tenho comigo mesmo é o de jamais esquecer de onde vim. Ele me permite saber para onde seguir. Hoje, posso olhar nos olhos de cada um dos brasileiros e brasileiras e dizer que mantive, mantenho e manterei meu compromisso de cuidar, primeiro, dos que mais precisam.Governar para todos é meu caminho, mas defender os interesses dos mais pobres é o que nos guia nesta caminhada.Se alguns quiseram ver na minha primeira eleição apenas um parêntesis histórico, a reeleição mostrou que um governo que cumpre os seus compromissos obtém a confiança do povo. Em outubro, nossa população afirmou de modo inequívoco que não precisa nem admite tutela de nenhuma espécie para fazer a sua escolha. Ela foi livre e soberana, como deve ser a força do povo. É uma responsabilidade enorme tornar-se o presidente com o índice de aprovação mais elevado ao final de seu mandato.Tenho plena consciência do que isso significa. Sei que, a partir de hoje, cabe-me corrigir o que deve ser corrigido e avançar com maior determinação no que está dando certo, para consolidar as conquistas populares. O desafio é grande, porém maior é a minha disposição de vencê-lo. Ouço as vozes das cidades, das ruas e dos campos e escuto, muito perto, a voz da minha consciência. Ela me diz que não fui reeleito para ouvir a velha e conformista ladainha segundo a qual tudo é muito difícil, quase impossível, que só pode ser conquistado numa lentidão secular.Quatro anos atrás eu disse que o verbo mudar iria reger o nosso governo. E o Brasil mudou. Hoje, digo que os verbos acelerar, crescer e incluir vão reger o Brasil nestes próximos quatro anos. Os efeitos das mudanças têm que ser sentidos rápida e amplamente. Vamos destravar o Brasil para crescer e incluir de forma mais acelerada.
Minhas Senhoras e meus Senhores,O Brasil não pode continuar como uma fera presa numa rede de aço invisível - debatendo-se, exaurindo-se, sem enxergar a teia que o aprisiona. É preciso desatar alguns nós decisivos para que o País possa usar a força que tem e avançar com toda velocidade. Muito tentamos nos últimos quatro anos, mas fatores históricos, dificuldades políticas e prioridades inadiáveis fizeram com que nosso esforço não fosse inteiramente premiado.Hoje a situação é bem melhor, pois construímos os alicerces e temos um projeto claro de país a ser realizado. Precisamos de firmeza e ousadia para mudar as regras necessárias e avançar. Não podemos desperdiçar energias, talentos, esperanças.Sei que o crescimento, para ser rápido, sustentável e duradouro, tem de ser com responsabilidade fiscal. Disso não abriremos mão, em hipótese alguma.Mas é preciso combinar essa responsabilidade com mudanças de postura e ousadia na criação de novas oportunidades para o país. É necessário, igualmente, que este crescimento esteja inserido em uma visão estratégica de desenvolvimento que nosso país havia perdido. É preciso uma combinação ampla e equilibrada do investimento público e do investimento privado. Para lograr este equilíbrio, temos de desobstruir os gargalos e de romper as amarras que travam cada um destes setores.Isso significa ampliar e agilizar o investimento público, desonerar e incentivar o investimento privado. Sei que o investimento público não pode, sozinho, garantir o crescimento. Porém, ele é decisivo para estimular e mesmo ordenar o investimento privado. Estas duas colunas, articuladas, são capazes de dar grande impulso a qualquer projeto de crescimento.Para atingir estes objetivos, estaremos lançando, já neste primeiro mês de governo, um conjunto de medidas, englobadas no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC. Nosso esforço não se esgota nas medidas que anunciaremos em janeiro. Ao contrário, elas serão apenas o começo. Serão desdobradas e complementadas ao longo de todo o mandato, incorporando, inclusive, reformas mais amplas que seguramente estarão na pauta desta Casa.Vamos: realinhar prioridades; otimizar recursos; aumentar fontes de financiamento; expandir projetos de infra-estrutura; aperfeiçoar o marco jurídico; e ampliar o diálogo sistemático com as instituições de controle e fiscalização para garantir a transparência dos projetos e agilizar sua execução.O fornecimento de energia nos próximos dez anos está garantido pelos projetos em andamento e pelos novos e ambiciosos projetos que serão licitados em 2007.


Continuaremos dando prioridade ao setor de Bio-energia, no qual o Brasil ocupa a vanguarda mundial, como decorrência dos esforços de meu Governo.O Programa Luz Para Todos, que já propiciou energia elétrica para cinco milhões de pessoas, tem como objetivo chegar até o fim de 2008 a todos os brasileiros ainda sem acesso à eletricidade.Vamos estabelecer, com o BNDES, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, a EMBRAPA, o Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio e o Ministério da Ciência e Tecnologia, um amplo programa de incentivo à produtividade das empresas brasileiras, facilitando a importação de equipamentos; melhorando a qualidade dos tributos; favorecendo o acesso à tecnologia da informação, apoiando a inovação; e estimulando a integração empresa-universidade.E vamos consolidar, em harmonia com esta Casa e com os Estados, a legislação unificada do ICMS, simplificando as normas, reduzindo alíquotas, com previsão de implantar um único imposto de valor agregado a ser distribuído automaticamente para união, estados e municípios.Este conjunto de iniciativas significa o reforço das linhas mestras da política macro-econômica, com a redução da taxa real de juros.Tenho claro que nenhum país consegue firmar uma política sólida de crescimento se o custo do capital - ou seja, o juro - for mais alto do que a taxa média de retorno dos negócios. Da mesma forma que é necessária uma expansão planejada do crédito. Nossa meta é criar condições para que sua expansão, até 2010, chegue a 50% do PIB, especialmente para o investimento, a infra-estrutura, a agricultura, a habitação e o consumo.Outro ponto vital é a implantação de vigorosas medidas de desburocratização, sobretudo as que facilitem o comércio exterior, a abertura e fechamento de empresas, além de levar adiante o aperfeiçoamento das legislações sanitária e ambiental.
Meus Senhores e minhas Senhoras,Durante a campanha afirmei que meu segundo governo será o governo do desenvolvimento, com distribuição de renda e educação de qualidade. Disse que, para termos um crescimento acelerado, duradouro e justo, devemos articular cada vez melhor a política macro-econômica com uma política social capaz de distribuir renda, gerar emprego e inclusão. Dessa forma, nossa política social, que nunca foi compensatória, e sim criadora de direitos, será cada vez mais estrutural. Será peça-chave do próprio desenvolvimento estratégico do país.O Bolsa Família, principal instrumento do Fome Zero - saudado pelas comunidades pobres e criticado por alguns setores privilegiados - teve duplo efeito. Por um lado, retirou da miséria milhões de homens e mulheres. Por outro, contribuiu para dinamizar a economia de forma mais equânime. Por isso, obteve reconhecimento internacional, e já inspira programas semelhantes em vários países.Nosso governo nunca foi, nem é "populista". Este governo foi, é e será popular.Temos de criar alternativas de trabalho e produção para os beneficiários dos nossos programas de transferência de renda. E aí, ocuparão lugar importante: a educação, a formação de mão-de-obra, a expansão do micro-crédito e do crédito consignado, o fortalecimento da agricultura familiar, o avanço da reforma agrária pacífica e produtiva, a economia solidária, o cooperativismo, o desenvolvimento de tecnologias simples e a expansão da arte e da cultura popular. Para isso, as políticas setoriais de governo devem ser fortemente integradas. É preciso: continuar expandindo o consumo de bens essenciais da população de baixa renda; fomentar o empreendedorismo das classes médias; dar continuidade à recuperação do salário mínimo; ampliar o crescimento de empregos formais e da massa salarial; e aprofundar a política nacional para micro, pequena e média empresas, nos moldes da Lei Geral aprovada por este Congresso, que estabelece tratamento diferenciado em matéria de crédito, acesso à tecnologia e às exportações.É preciso garantir o crescimento de todos, diminuindo desigualdades entre as pessoas e as regiões. Para diminuir a desigualdade entre as pessoas a alavanca básica é a educação; para diminuir a desigualdade entre as regiões o principal instrumento são os grandes programas de desenvolvimento, especialmente os de infra-estrutura. Estes grandes programas e projetos de desenvolvimento regional já estão definidos e envolvem setores estratégicos como energia, transporte, inovação tecnológica, insumos básicos e construção civil.Na área de energia, eles privilegiam o petróleo, gás, etanol, biocombustíveis e eletricidade. Na área de inovação tecnológica: os softwares, fármacos, bens de capital, semi-condutores e TV Digital. Na área dos transportes, englobam indistintamente os setores automotivo, ferroviário, naval e aéreo. Na construção civil, os setores de infra-estrutura, habitação e saneamento básico. Na área dos insumos, a siderurgia, papel e celulose, petroquímica e mineração.

Minhas Senhoras e meus Senhores,Reitero que a educação de qualidade será prioridade de meu Governo. Mais do que a qualificação para o mundo do trabalho, a educação é um instrumento de libertação, que o acesso à cultura propicia. Ela dá conteúdo à cidadania formal de homens e mulheres.Um país cresce quando é capaz de absorver conhecimentos. Mas se torna forte, de verdade, quando é capaz de produzir conhecimento.Para isso é fundamental valorizar todos os níveis de nosso sistema educacional - sem exceção, fortalecer a pesquisa pura e aplicada, consolidar a incorporação e o desenvolvimento de novas tecnologias.Temos aqui um gigantesco desafio. O que outros países fizeram ainda nos séculos dezenove ou vinte, nós teremos de realizar nos próximos anos. Trata-se de superar os grandes déficits educacionais que nos afligem e, ao mesmo tempo, dar passos acelerados para transformar nosso país em uma sociedade de conhecimento, que nos permita uma inserção competitiva e soberana no mundo. O Brasil quer, num só movimento, resolver as pendências do passado e ser contemporâneo do futuro. Graças ao esforço de todos nós, com a decisiva participação do Congresso Nacional, o Brasil conta com um instrumento fundamental para melhorar a educação básica, que é o FUNDEB.Com ele, poderemos aumentar dez vezes o investimento nas áreas mais carentes do ensino, e 60% destes recursos serão aplicados na melhoria de salários e na formação do professor. Para que o Brasil tenha uma educação verdadeiramente de qualidade, serão necessários professores bem remunerados, com sólida formação profissional, condições adequadas de trabalho e permanente atualização. Os educadores poderão, dessa forma, melhorar o seu desempenho e os resultados da sua atividade pedagógica. A Universidade Aberta é decisiva no aperfeiçoamento dos docentes, pois permite que os professores se reciclem sem sair de suas cidades. Nesta luta pela qualidade, vamos também ampliar a renovação tecnológica do ensino, informatizando todas as escolas públicas. Quero reafirmar, neste dia tão importante, que o meu sonho é ajudar a transformar o Brasil no país mais democrático do mundo no acesso à universidade. Para isso contribuirão as novas universidades e extensões universitárias e as escolas técnicas em todas as cidades pólo do país. Para isso contribuirá também a expansão das bolsas do ProUNI. O Brasil assistirá dentro de dez ou quinze anos o surgimento de uma nova geração de intelectuais, cientistas, técnicos e artistas originários das camadas pobres da população.Este foi sempre o nosso propósito: democratizar não só a renda, mas também o conhecimento e o poder.Outras áreas vitais para a população - e objeto de permanente demanda - são as da saúde e da segurança pública. Como fizemos no nosso primeiro mandato, vamos continuar modernizando os dois setores para que a população brasileira, em especial a mais pobre, tenha uma melhor qualidade de vida.Sinto que em matéria de segurança pública - um verdadeiro flagelo nacional - crescem as condições para uma efetiva cooperação entre a União e os estados da Federação, sem a qual será muito difícil resolver este crucial problema.

Meus Senhores e minhas Senhoras, Apesar dos avanços científicos e tecnológicos de nosso mundo, ainda não foi inventada nenhuma ferramenta mais importante do que a política para a solução dos problemas dos povos. Nunca o mundo viveu - como vive hoje - um período de tão grande descrédito na política. Mas, paradoxalmente, nunca a política foi tão imprescindível. Temos no Brasil um desafio pela frente. Desafio para as forças que se identificam com este Governo e para aquelas que se situam na oposição.Temos de refletir sobre nossas instituições e nossas práticas políticas. Temos de construir consensos que não eliminem nossas diferenças, nem apaguem os conflitos próprios das sociedades democráticas.Precisamos de um sistema político capaz de dar conta da rica diversidade de nossa vida social. Nossas instituições têm de ser mais permeáveis à voz das ruas. Precisamos fortalecer um espaço público capaz de gerar novos direitos e produzir uma cidadania ativa.As formas de democracia participativa não são opostas às da democracia representativa. Elas se complementam.Meu Governo, atento às manifestações das ruas e, em especial, aos movimentos sociais, construiu grande parte de suas políticas públicas e importantes decisões governamentais, consultando a opinião da sociedade organizada em Conferências Nacionais, Conselhos e Foros. Continuaremos nesse rumo. Reafirmamos, finalmente, nossos compromissos éticos em uma perspectiva republicana. Nada mais ético do que a promoção do bem comum e da justiça. A reforma política deve ser prioritária no Brasil. Convido todos os senhores para nos sentarmos à mesa e iniciarmos o seu debate e urgente encaminhamento, ao lado de outras reformas importantes, como a tributária, que precisamos concluir. O fortalecimento de nosso sistema democrático dará nova qualidade à presença do Brasil na cena mundial.Nossa política externa - motivo de orgulho pelos excelentes resultados que trouxe para a nação - foi marcada por uma clara opção pelo multilateralismo, necessário para lograr um mundo de paz e de solidariedade.Essa opção nos permitiu manter excelentes relações políticas, econômicas e comerciais com as grandes potências mundiais e, ao mesmo tempo, priorizar os laços com o Sul do mundo.Estamos mais próximos da África - um dos berços da civilização brasileira. Fizemos do entorno sul-americano o centro de nossa política externa. O Brasil associa seu destino econômico, político e social ao do continente, ao MERCOSUL e à Comunidade Sul-americana de Nações.

Senhoras e Senhores,É tempo do nascimento de um novo humanismo, fundado nos valores universais da democracia, da tolerância e da solidariedade.O Brasil tem muito o que contribuir neste debate.Colocamos o respeito aos Direitos Humanos no centro de nossas preocupações.Ampliamos políticas públicas nesta direção e criamos instituições de Estado fortes e capazes de garantir que este país combaterá de maneira decidida e permanente todas as formas de discriminação de gênero, raça, orientação sexual e faixa etária.Por isso cresce a participação das mulheres na vida econômica, social e política do país. Cada vez mais, os negros ocupam o lugar que lhes é devido em um Brasil democrático. Assim como os povos indígenas, que reconquistam e consolidam a sua dignidade histórica.A despeito dos avanços que nossas políticas públicas propiciaram, especialmente na esfera educacional, ainda há muito que fazer pelos jovens, importante segmento de nossa sociedade, a quem caberá conduzir este país nas próximas décadas.Em um mundo que busca caminhos para o convívio, espaços para o diálogo, para a coabitação do múltiplo e do diverso, o Brasil tem o que oferecer.Nosso País pode ser uma voz e um exemplo autêntico e poderoso para o mundo na questão da diversidade. Pode ajudar a mostrar que neste planeta desigual, é possível avançar no sentido do entendimento, quando os interesses dos diferentes e, sobretudo, dos excluídos passam a integrar efetivamente a agenda nacional.

Senhoras e Senhores,Fui reconduzido à Presidência da República pela vontade majoritária do povo brasileiro.A realização do segundo turno deu mais nitidez à escolha, contrapondo projetos de país com contornos bem definidos e diferenciados.O povo fez uma escolha consciente. Mais do que um homem, escolheu uma proposta, optou por um lado.Não faltaram os que, do alto de seus preconceitos elitistas, tentaram desqualificar a opção popular como fruto da sedução que poderia exercer sobre ela o que chamavam de "distribuição de migalhas". Os que assim pensam não conhecem e não entendem este País. Desconhecem o que é um povo sem feitores, capaz de expressar-se livremente. O que distribuímos - e mais do que isso: socializamos - foi cidadania.Este povo constitui a verdadeira opinião pública do país que alguns pretenderam monopolizar. Finalmente, quem tentou desqualificar a opção popular não foi capaz de valorar algo fundamental. A vontade de mudança - que esteve reprimida por décadas, séculos - expressou-se pacificamente, democraticamente e esta manifestação contribuiu de modo notável para o fortalecimento das instituições.O caminho da política exige paciência, concessões mútuas, compreensão do outro. Exige que sejamos capazes de levar ao extremo a prática da escuta. Pois só assim é possível sintonizar e harmonizar interesses.Mas exige opções, alinhamentos. Neste dia inaugural de meu novo mandato, não peço a ninguém que abandone suas convicções. Não desejo que a oposição deixe de cumprir o papel que dela esperam os que por ela livremente optaram.Quero pedir-lhes, apenas, que olhemos mais para o que nos une do que para o que nos separa. Que concentremos o debate nos grandes desafios colocados para o nosso país e para o mundo. Que estejamos à altura do que necessita e deseja o nosso povo. Só assim poderemos estar todos a serviço deste país que tanto amamos.Eu, de minha parte, governarei para todos, sem olhar para cor, credo, opção ideológica ou partidária.Mais que nunca, sou um homem de uma só causa. E esta causa se chama Brasil.

Minhas Senhoras, meus Senhores,Reconheço que Deus tem sido generoso comigo. Mais do que mereço. Eu pedi forças... e Deus me deu dificuldades para fazer-me forte.Eu pedi sabedoria... e Deus me deu problemas para resolver.Eu pedi prosperidade... e Deus me deu cérebro e músculos para trabalhar.Eu pedi coragem... e Deus me deu perigos para superar.Eu pedi amor... e Deus me deu pessoas com dificuldades para ajudar.Eu pedi dádivas... e Deus me deu oportunidades.Eu não recebi nada do que pedi, mas eu recebi tudo que precisava.Muito obrigado."

sexta-feira, dezembro 29, 2006

O caso Luiz Alberto

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Depois de passar alguns dias na gloriosa São Vicente (e pronto pra voltar para lá) vi que foi escrito aqui sobre o caso Luiz Alberto, zagueiro que saiu do Santos e foi para o Fluminense. Eleito um dos dois melhores defensores do Brasileirão deste ano, a diretoria da Vila Belmiro não fez muito esforço para manter o atleta.

O primeiro impasse era o salário. Quando as partes chegaram a um valor comum, veio o tempo de contrato. O Santos oferecia apenas seis meses e o jogador queria pelo menso um ano. Vários dias se passaram sem qualquer contraproposta do time da Vila Belmiro, até que o atleta cansou e negociou com o Fluminense. No mesmo dia, foi procurado por um diretor do Santos que ofereceu dois anos de contrato. Mas o zagueiro já tinha fechado um acordo e manteve a palavra.

Existe uma certa recorrência em renovações de contrato na era Marcelo Teixeira. Muitas vezes, utiliza-se a tática da "canseira". Ou seja, o jogador é tratado como um idiota, não é procurado pela diretoria que tenta pressioná-lo a aceitar qualquer coisa depois. Desta forma, o Santos perdeu Ricardinho - que recebeu somente uma proposta por parte do Peixe - e outros atletas como Deivid, que confessou a uma emissora da Baixada que o time não lhe fez qualquer proposta de renovação, sendo que ele desejava permanecer na Vila (tanto que agora até abriu uma rede de locadoras na cidade).

O episódio mais patético dos trapalhões do Santos foi a saída de Fábio Costa. Com salário de 80 mil reais, ele não recebeu qualquer contato dos santistas e, indignado, acabou indo para o Corinthians ganhar... a mesma remuneração. Dois anos depois, foi recontratado ganhando o dobro do que recebia no Parque São Jorge, mesmo tendo passado boa parte do Brasileirão na reserva da equipe.

Mas, no episódio Luiz Alberto, há um elemento a mais para justificar a patetice da diretoria. Vanderlei Luxemburgo, como se sabe, não gosta de jogadores que façam sombra a seu comando. Ao contrário, gosta daqueles típicos pelegos que são sua voz, alma e sombra nos gramados. Luiz Alberto era respeitado no elenco e os demais o chamavam de "presidente", por conta de seu comando. ao que parece, isso não agradou o treinador ególatra que preferiu trazer seu amigo Antônio Carlos - contrariando parte da diretoria - a ficar com Luiz Alberto. O zagueiro oriundo do Juventude pode até ser útil de acordo com o esquema tático, mas o médico do Santos já disse que ele não tem condições de jogar duas partidas por semana. Valeu a troca? Depois ainda põem a culpa na Lei Pelé...

Tyson é preso bêbado e com cocaína

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Não tem jeito: o ex-boxeador Mike Tyson foi detido na madrugada de hoje dirigindo alcoolizado e portando cocaína. Eram duas da matina e o manguaça tinha acabado de sair de uma casa noturna na cidade de Scottsdale (Arizona). Tyson foi detido quando seu carro estava quase batendo em uma viatura policial. O pé-de-cana recebeu voz de prisão assim que o policial confirmou o grau alcoólico acima do permitido. Para piorar a situação, os agentes ainda descobriram que Tyson portava cocaína em seus bolsos e no carro. (com informações do site Terra)

'Maldição' tricolor: Richarlyson sofre acidente

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Quem joga pelo São Paulo realmente deve ter medo de andar de automóvel: na madrugada de hoje, o meia Richarlyson (foto), 24 anos, sofreu um acidente de caminhonete na rodovia Castello Branco, na região de Osasco, Grande São Paulo. O jogador quebrou o braço direito e teve escoriações nas pernas. Dois amigos o acompanhavam: um feriu o abdomen e o outro está em observação. A caminhonete bateu em uma proteção lateral e foi parar dentro de um posto de gasolina. Ainda não foi confirmado se era Richarlyson quem estava dirigindo. A "maldição" de acidentes de trânsito com atletas do São Paulo impressiona: em agosto desse ano, um desastre na rodovia Régis Bittencourt, perto de Juquitiba (SP), matou o goleiro Weverson, de 19 anos (a jogadora de vôlei Natália Lane, do Finasa/Osasco, também morreu na ocasião). O motorista era outro jogador do São Paulo, o goleiro Bruno, 20 anos, que ficou tetraplégico. Em julho de 1992, o goleiro Alexandre, também com 20 anos, reserva imediato de Zetti na Libertadores da América, faleceu em acidente de carro na capital paulista. Dois anos antes, em junho de 1990, o zagueiro Mazinho, jovem promessa de 18 anos que assinaria seu primeiro contrato profissional junto com Cafu dali a uma semana, ficou tetraplégico depois de uma batida de automóvel em São Carlos (SP). O motorista era o atacante Anílton, que ficou hospitalizado por meses mas sobreviveu sem seqüelas graves. O meia/ lateral-direito Belletti foi outro que escapou: em setembro de 1999, quando ainda pertencia ao São Paulo e estava emprestado ao Atlético-MG, bateu o carro que dirigia em Belo Horizonte. Sua noiva teve fratura exposta em uma das pernas. O jogador, então com 23 anos, não teve muitos ferimentos e recuperou-se a tempo de disputar a final do Brasileirão pelo Galo, em dezembro daquele ano. Mas alguns anos antes, em janeiro de 1993, outro ex-são-paulino e ex-atleticano morreu em acidente de automóvel em Boituva (SP): o ponta-esquerda Edivaldo, 30 anos.

Bebum dá tapa em policial dentro de avião

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Muitas pessoas viajam no final do ano e ainda existem companhias aéreas que continuam servindo bebida alcoólica. E como geralmente, nessa época, todo mundo quer mais é encher a cara até cair, o perigo de vexame público é consideravelmente maior. Durante um vôo que ia de Washington até a Flórida, nos Estados Unidos, um manguaça que estava bebendo licor começou a ficar descontrolado depois que uma comissária de bordo se recusou a servi-lo mais álcool. Nervoso, o bebum deu um tapa no passageiro ao seu lado que, por acaso, era um policial encarregado de cuidar do vôo. O agente federal deteve o homem e o prendeu assim que o avião pousou. "Ele teve uma péssima noite", disse outro policial, que preferiu se manter anônimo. (com informações da CNN)

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Chamado de gay, jogador processa jornalistas

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O meio-campista paraguaio Roberto Acuña (foto), do Rosario Central, processou por calúnia e difamação dois jornalistas que afirmaram que ele é homossexual. De acordo com a agência Ansa, os jornalistas são Richard Ferreira, das rádios RGS e Assunção, e Pablo Fontirroig, do Canal 4 Telefuturo. Eles afirmaram que o recente seqüestro da filha do jogador seria uma vingança de um amante dele.
A menina, nascida há 45 dias, foi seqüestrada da casa de Acuña sem que as fechaduras das portas fossem forçadas. Enquanto o jogador dormia, sua esposa era rendida e amarrada. O bebê foi abandonado horas depois em frente a outra casa, a 20 quadras da residência do atleta.
No programa de televisão Tale Show, apresentado por Fontirroig, Ferreira afirmou que, segundo investigações da polícia, o seqüestro tinha sido cometido "por um amante de Acuña quando ele jogava na Espanha". Posteriormente, esteve no mesmo programa o conhecido stripper Derlis Duarte, que disse ter ganhado um carro de um amigo jogador de futebol, sem revelar o nome do benfeitor.
Rafael Fernández, advogado de Acuña, disse que as afirmações feitas no programa Tale Show atingiram a reputação do jogador paraguaio. Acuña, que fez parte da seleção paraguaia nas últimas três Copas, jogava no Deportivo La Coruña antes de ser vendido ao Rosario Central.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

"Jogadores de seleção"

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A desculpa do diretor de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, pelo clube não demonstrar interesse em contratar o ex-zagueiro santista Luiz Alberto foi, no mínimo, "otimista": "É um grande jogador, mas não faz parte dos nosso planos. Temos uma defesa boa, com jogadores de seleção brasileira", afirmou, à rádio Jovem Pan. Será que Miranda, André Dias, Alex, Edcarlos, Alex Silva ou Carlinhos já foram convocados pelo Dunga e eu não fiquei sabendo?

Em Rio Branco, um dos melhores estádios do Brasil

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Acabou de ser inaugurada na capital do Acre a "Arena da Floresta", um dos mais modernos e belos estádios do Brasil, e que pleiteia a condição de sede caso o Brasil receba a Copa de 2014. E é sério! Não se trata de boato, brincadeira ou ironia.

A Arena foi inaugurada num amistoso entre o Rio Branco FC e a seleção brasileira sub-20. A capacidade, inicialmente, é pra 25 mil pessoas; concluído, o local poderá receber 40 mil. Pode se dizer que é um exagero - e uma certa megalomania - inaugurar um estádio desse porte em uma cidade com pouco mais de 300 mil habitantes e zero de tradição no futebol nacional, mas quem sabe? Vai que a Arena serve de incentivo para dinamizar o futebol local?

Outras fotos do estádio em seu jogo de inauguração estão aqui.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Zico esculacha Ricardo Teixeira

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Sem dar pelota para os resmungos do presidente da Federação Japonesa sobre o trabalho que desenvolveu na seleção daquele país, Zico, atual técnico do Fenerbahçe, concentrou seu poder de fogo sobre o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O ex-craque do Flamengo confessou que guarda mágoas de Teixeira há anos. Para Zico, o dirigente não foi honesto com ele e outros jogadores que participavam da campanha do Brasil para ser sede da Copa do Mundo de 2006: "O senhor Ricardo Teixeira não teve dignidade ao não comunicar às pessoas envolvidas que tinham desistido da candidatura um dia antes do prazo final.".

Japonês esculacha trabalho de Zico

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Tudo bem que dinheiro não é problema para os japoneses, mas parece que o custo-benefício da curta passagem de Zico pelo comando da seleção deles não compensou. Sem motivo aparente, o presidente da Associação Japonesa de Futebol, Saburo Kawabushi (foto), desandou a esculachar o trabalho feito pelo brasileiro. "Quando ele estava no Kashima Antlers, cobrava tudo dos jogadores, desde o controle de bola até a dieta. Achei que ele fosse fazer o mesmo como técnico do Japão. Mas, desde o início, o Zico não fez isso", reclamou o dirigente. "Fiquei um pouco surpreso. Achei que pelo menos ele fosse dar algumas dicas aos jogadores, mas ele não fez isso. Não sei por que", emendou. Kawabushi revelou que quase demitiu Zico antes mesmo da Copa da Alemanha. "Durante as Eliminatórias, eu pensei em substituí-lo. Mas, depois que nos classificamos, achei que não tinha mais motivo." É, parece que o bom desempenho da Coréia na Copa de 2002 ainda está entalado na garganta dos vizinhos japoneses...

"O juiz foi consciente. Acho que ele não viu"

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Vi ontem na SporTV duas edições da série Jogos Para Sempre, já comentada aqui neste blog pelo companheiro Frédi, que assistiu a reprise da final do Brasileirão de 1980 entre Flamengo e Atlético-MG. Eu vi São Paulo x Botafogo-RJ, pela semifinal do Brasileiro de 1981, e Botafogo-RJ x Flamengo, decisão do Carioca de 1989. A primeira partida foi uma virada histórica: com 15 minutos de jogo, os cariocas venciam os paulistas por 2 a 0 no Morumbi lotado. Serginho Chulapa diminuiu de pênalti ainda no primeiro tempo e, no segundo, o meia Éverton fez mais dois (um deles antológico) e garantiu a vitória - e a vaga na final - do tricolor. No terceiro gol, Éverton tirou a bola dos pés de Serginho, já na pequena área. O meia lembrou na SporTV que, após o jogo, o Chulapa chegou pra ele e falou: "-Se você não tivesse marcado, eu te matava!". O goleiro Paulo Sérgio, do Botafogo, confessou que, após o empate (um sem-pulo fantástico de Éverton, de fora da área, no ângulo), o time carioca desmontou. "-Ali acabou. O time morreu psicologicamente." Já no programa sobre a decisão do Carioca de 89, que marcou o fim de 21 anos de jejum do Botafogo, o goleiro flamenguista Zé Carlos acusou Maurício de ter empurrado o rubro-negro Leonardo no lance do gol do título (foto). "-Ele vai falar que não, mas foi falta." Engraçada foi a justificativa do atacante: "-O Leonardo ia cair em cima de mim, então eu pus a mão. O juiz foi consciente no lance. Acho que ele não viu nada", confundiu-se Maurício. Em seguida, lascou mais essa: "-Nosso mérito foi manter as posições, todos bem fixos. Mas a gente se movimentava bastante".

S.Paulo proíbe 3-5-2 nas categorias de base

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Vendo que só falar não adiantava, o técnico Muricy Ramalho decidiu radicalizar: instruiu pessoalmente os treinadores das categorias inferiores do São Paulo a adotarem o 4-4-2 como esquema tático, abolindo o 3-5-2 nos times infantil, juvenil e júnior. Muricy quer recuperar a cultura de formação de meias armadores e laterais, que considera em perigo de extinção. Para isso, foi ao Centro de Treinamento de Cotia conversar com os técnicos das divisões de base. "Depois da Copa de 2002, com a vitória da seleção, o 3-5-2 virou a tendência. Agora, deve mudar para o 4-4-2, também por causa da Copa (a Itália foi campeã nesse sistema)", afirmou Muricy. Na base, só o time júnior recebe instruções táticas. As categorias juvenil e júnior priorizam os fundamentos técnicos. "Começamos a jogar com três jogadores pelo profissional, que atua assim há três ou quatro anos", disse o técnico dos juniores, Vizzolli. "O Muricy não impôs, mas mostrou uma dificuldade no Brasil, que é a falta de lateral e meia", acrescentou. (com informações da FolhaOnline)

Zagueiro é preso ao dirigir embriagado

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Ex-zagueiro do Zaragoza, o peruano Miguel Rebosio (foto), que joga agora no PAOK, da Grécia, foi preso ontem ao dirigir embriagado em Lima. O atleta foi acusado de atropelar uma ciclista e de agredir policiais, versão que foi confirmada pela rádio CPN. Apesar de assumir que estava alcoolizado ao volante, o jogador negou que tenha atropelado Sofia Lorena Tuesta, 24 anos. Ela confirmou que não foi atropelada por ele.
Após o incidente, Rebosio foi levado a uma delegacia de Costa Verde, que fica no distrito de Miraflores. O manguaça afirmou que seu pescoço e seu peito estavam com marcas causadas por agressões das autoridades locais. (do site Terra)

"O Corinthians está uma bagunça"

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Como se alguém estivesse interessado desesperadamente em seu futebol, o atacante Gil (foto), revelado pelo Corinthians, afirmou que a "bagunça" no time do Parque São Jorge impede um eventual retorno. Depois de fazer neste ano 14 jogos e apenas 3 gols pelo Cruzeiro, Gil amarga a última colocação no Campeonato Espanhol jogando pelo Gimnástic de Terragona (seja lá o que for isso). Mas não perde a oportunidade de se fazer "lembrado" pelo ex-clube: "Infelizmente, não dá (pra voltar). O Corinthians está uma bagunça. Ninguém sabe quem manda, quais são os parceiros de verdade...Por isso, nem penso em voltar. Ainda mais que estou bem na Espanha, apesar de o time ocupar a lanterna, e sei que alguns clubes mais fortes já estão de olho no meu futebol", disse o atacante, ao jornal O Estado de S.Paulo. Está "bem" na Espanha? Imagine se não estivesse...

sexta-feira, dezembro 22, 2006

O destino de cada um

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Vira e mexe algum time "pequeno" forma uma boa equipe e sofre um desmanche logo em seguida. Não raro, um clube "grande" chega e leva dois ou três de uma vez. Um caso clássico foi o Mogi Mirim de 1993, batizado de "Carrossel Caipira", que revelou Válber, Rivaldo e Leto. Os três foram parar no Corinthians naquele mesmo ano. Na época, diziam que o craque era o Válber. Mas, como sabemos, o único que virou alguma coisa ali foi Rivaldo.

O São Paulo tem uma história parecida. No Paulistão de 2003, a gloriosa Portuguesa Santista fez uma boa campanha: na primeira fase, terminou em primeiro lugar no Grupo 2, à frente de São Paulo e Santo André. Nas quartas-de-final, despachou o Guarani. Porém, na fase seguinte, foi eliminada com duas derrotas para o São Paulo, que seria vice-campeão (perdeu a decisão para o Corinthians). Encerrado o campeonato, o tricolor do Morumbi trouxe como reforços três dos destaques da Briosa: o volante Adriano (foto), o meia Souza e o atacante Rico.

Na apresentação dos atletas, o então diretor de futebol são-paulino, Carlos Alberto Barros e Silva, garantiu que "eles devem ficar por pelo menos três anos aqui". Não foi o que aconteceu, pelo menos, para dois deles. Rico quase não aproveitou as chances que teve e em 2004 foi cedido ao Grêmio, onde participou da vexaminosa campanha do time gaúcho no Brasileirão daquele ano, tornando-se um dos vilões da queda para a série B. Pelo o que consta, está jogando atualmente no Bahrein.

O volante Adriano chegou a ser titular em 2003, mas queimou seu filme na fracassada campanha do tricolor na Libertadores do ano seguinte. Com a queda de Cuca e a chegada de Emerson Leão, Adriano foi preterido pelas revelações Renan e Alê, fez um acordo e foi dispensado em dezembro de 2004. Ultimamente, estava no Juventus, onde disputou a série C do Brasileiro e a Copa FPF. Agora, acertou com o Bragantino para a disputa do próximo Paulistão.

Dos três, portanto, o único que "vingou" no São Paulo foi Souza. Reserva consumado desde os primeiros tempos, conseguiu sobreviver a Rojas, Cuca e Leão. A chance veio nas semifinais da Libertadores de 2005, contra o River Plate, com o técnico Paulo Autuori. Souza jogou muito na primeira partida e entrou bem como titular na segunda. Porém, após o título, não conseguiu dar seqüência e voltou pro banco. A nova oportunidade veio com a venda de Cicinho: Muricy Ramalho efetivou Souza na lateral-direita e, nesta função, o jogador ganhou até prêmio.

Na reta final do Brasileirão deste ano, Souza voltou a ser titular como meia no esquema 4-4-2. Óbvio que nunca foi e nem será um Rivaldo - muito longe disso. Mas teve um destino melhor que Rico e Adriano e segue firme para completar, em março, quatro anos seguidos no São Paulo. É o mais "antigo" no tricolor, depois de Rogério Ceni. Temos que admitir que atualmente, em qualquer time "grande", isso é coisa muito rara.

Santistas dizem 'ufa!' – Elano garante que fica na Europa

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Se a torcida do Santos esperava terminar o ano com novos reforços para a Libertadores e se, pelo menos, contava com a confirmação oficial das renovações de atletas importantes do atual elenco (principalmente Cléber Santana e Luiz Alberto), ela termina o ano frustrada.
Até agora, nenhuma contratação e ainda a ameaça da perda de figuras valiosas ao atual elenco, como Maldonado, que, dizem, é sondado pela Inter de Milão. E, para a coisa ficar ainda mais estranha, surge a informação de que o brutamontes Antonio Carlos (um dos mais desleais e violentos que já vi jogar) quer voltar à Vila Belmiro.
Mas, pelo menos, uma coisa os santistas podem comemorar: a declaração do meia Elano, campeão brasileiro em 2002 e 2004, hoje no Shaktar Donetsk, da Ucrânia, que negou o interesse em jogar no Corinthians. "Eu agradeço muito o Leão, pelo trabalho no Santos. Espero ainda trabalhar com ele novamente. Mas pela situação que estou, valorizado pelo bom trabalho, ficará difícil de voltar ao Brasil", disse ele, segundo li no site do Terra.

Chilavert quer ser presidente do Paraguai

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O ex-goleiro e capitão da seleção paraguaia de futebol, José Luis Chilavert, admitiu nesta sexta-feira que pensa em se candidatar à eleição presidencial de 2008, em declarações à rede local Canal 13. Quando ele estava em Ciudad del Este para o lançamento de sua sidra Chila, "cerca de 6 mil pessoas me pediram para ser candidato", afirmou Chilavert, que não descartou a hipótese. O goleiro marcou 62 gols durante a carreira, sendo 46 de pênalti. (do site Terra)

O grande ditador

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Sem grande destaque na mídia, morreu ontem em decorrência de uma parada cardíaca Saparmurat Atayevich Niyazov, o primeiro presidente da República do Turcomenistão. Membro do Partido Comunista da União Soviética desde 1962, ele ocupou vários cargos nos governos de Brejnev, Andropov e Chernenko. Em 1991, se envolveu no frustrado golpe contra o então líder soviético Mikhail Gorbatchev. Em 27 de outubro do mesmo ano, o país se tornou independente da União Soviética e deu ao mundo um dos mandatários mais excêntricos do planeta.

Dentre as obras de Niyazov, que se utilizou dos recursos advindos das grandes reservas de gás natural do país, estão um lago artificial no deserto de Kara Kum e um palácio de gelo e uma estância de esqui. O detalhe é que no deserto as temperaturas chegam a 50 graus Celsius. Além disso, ordenou a construção de uma pirâmide com cerca de 40 metros de altura. Mas sua obra-prima é uma estátua em ouro erguida em homenagem a si próprio, auto-intitulado do "turkmenbashi", ou "o pai de todos os turcomanos", ao gosto dos ditadores que gostavam de ser chamados pela alcunha paterna. O monumento tem uma base rotativa que permite que a “obra” esteja sempre virado para o sol.

Niyazov também tinha muito, muito apreço à democracia. Tanto que era adorado pela população. Tamanha popularidade fez com que fosse reeleito em 1994 com 90% dos votos, sendo que 98% da população habilitada participou do pleito. Isso, claro, por conta do tribunal eleitoral ter imprimido duas vezes o número de cédulas, sob a alegação de que, no país falam-se três línguas. A contagem só ocorreu dois dias mais tarde, depois de as urnas passarem a noite inteira no palácio presidencial, sob a feroz vigilância da guarda pessoal do dileto presidente.

Os meses do ano foram “rebatizados” com nomes de parentes do ditador. Mas sua megalomania atingiu o auge quando escreveu o livro “Roukhnama”, traduzido para 32 línguas e enviado para 1.222 bibliotecas de 160 países para “iniciar a comunidade mundial nos valores pregados pela obra de “turkmenbachi”.

Além disso, Niyazov prometeu que todo aquele que ler três vezes sua gloriosa obra “irá diretamente ao paraíso”. O livro é estudado nas escolas e os funcionários públicos têm que fazer testes anuais para medir o conhecimento sobre a obra. Obviamente que, para conseguir um emprego, é preciso saber seu conteúdo.

Antes de mais nada, é bom lembrar que Niyazov não faz parte do “eixo do mal” e costumava ser muito bem tratado por George W. Bush. Questão de coerência...

"Ele voltou, o boêmio voltou novamente..."

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Depois de acenar com uma transferência para o Cruzeiro, o atacante Dodô (foto), que estava no Al-Ain, dos Emirados Árabes, acertou seu retorno ao Botafogo carioca. Será sua terceira passagem pelo alvinegro. Dodô foi o herói da conquista do Campeonato Carioca deste ano ao marcar duas vezes na partida final contra o Madureira. E terminou a competição como artilheiro, com 9 gols - o mesmo tanto que marcaria pelo clube no Brasileirão, até ir para o Al-Ain, em julho (era o artilheiro isolado do campeonato na ocasião - e continuou sendo por um tempo). Revelado pelo Nacional e com passagens marcantes por São Paulo e Santos, Dodô jogou ainda no Palmeiras, Fluminense, Paraná, Ulsan Hyundai (Coréia), Oita Trinita (Japão) e Goiás. Aos 32 anos, pretende conquistar mais algum título antes de encerrar a carreira: até hoje, só venceu o referido Carioca de 2006, pelo Botafogo, e o Paulista de 98, pelo São Paulo - quando perdeu a vaga de titular para Raí, na segunda partida decisiva.

À meia-noite encarnarei na tua urna

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José Mojica Marins, o Zé do Caixão, já tentou se eleger duas vezes para cargos públicos representativos. Sua primeira tentativa foi em 1982, quando saiu candidato à deputado federal pelo PTB de Jânio Quadros e Faria Lima (veja santinho da campanha ao lado). Derrotado, reclamou que muitos votos seus haviam sido anulados porque os ficais liam "Zé do Caixão" escrito nas cédulas (não havia votação eletrônica) e anulavam, pensando que era brincadeira dos eleitores. Em 2004, Mojica tentou encarnar na Câmara de Vereadores de São Paulo. Foi o candidato mais votado do PTC (isso mesmo: Partido Trabalhista Cristão), com 6.500 votos, mas não se elegeu.

Os heróis da Bolívia

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Muitos torcedores desavisados e/ou preconceituosos não reconhecem (ou conhecem) o valor de times grandiosos da América do Sul. Um deles é o Blooming, da Bolívia, que vai jogar com o Santos na fase classificatória da Libertadores.

O clube, sediado em Santa Cruz de la Sierra - não conta com a ajuda da altitude -, completou 60 anos em 2006 e já foi quatro vezes campeão nacional. Também é autor de uma das maiores façanhas do futebol local: ter chegado a uma semifinal de Libertadores em 1985, feito ainda não alcançado por qualquer outro escrete local. Está certo que, esse campeontao em especial, merece algumas considerações.

Eram seis grupos com quatro times cada um e só o primeiro se classificaria para a fase semifinal. Ali, eram formados dois grupos de três times cada. O vencedor do grupo ia para a final.

O detalhe é que o grupo do Blooming deve ter sido um dos mais fracos da história do torneio., com Oriente Petrolero (BOL), Union Tachira (VEN) e Deportivo Italia (VEN). O Blooming ficou em primeiro com resultados expressivos, como um 8 a 0 no Deportivo Italia e um 6 a 3 no Tachira.

Na hora de diferenciar os homens dos meninos, o Blooming enfrentou Argentino Juniors (que seria campeão) e Independente, outra equipe argentina. empatou com os dois em casa e perdeu fora. Acabava assim a mais gloriosa campanha de uma equipe boliviana na Libertadores.

Curioso é saber qual era o critério de formação de grupos. O do Argentino Juniors, por exemplo, tinha o argentino Ferro Carril (que terminou em segundo no grupo após partida de desempate com o Argentino), Fluminense e Vasco. Um grupinho um pouco mais forte do que o do Blooming...

Jogador romeno pode ser trocado por gasoduto

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Essa notícia bizarra foi dada no portal Terra. O Minerul, time da segunda divisão da Romênia, pretende negociar uma das estrelas da equipe, o goleiro Cristian Belgradean, em troca de um gasoduto para a cidade-sede do clube, Lupeni, a oeste do país.

A troca é compreensível, já que o prefeito Cornel Rasmerita também é dirigente do Minerul. O atleta iria para o Jiul, da primeira divisão, de propriedade de um rico homem de negócios e, pela transferência, o proprietário pagaria a construção do gasoduto.

O bizarro é que o futebol romeno tem por hábito fazer permutas por jogadores. Não é a primeira vez que jogadores do país são trocados por algum tipo de produto. Negociações anteriores registram acordos envolvendo um par de traves, um engradado de vinho e meio porco.

Dá pra imaginar o cara que foi trocado por meio porco? O pessoal subiu pra segunda divisão, queria comemorar, mas não tinha comida. Aí algum manguaça falou: "Por que a gente não troca algum dos campeões por um porco?". Claro que algum açougueiro sensato só aceitou o negócio por meio animal... E lá foi o pobre atleta jogar no time dos funcionários do açougue Pantanal...

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Nova lei proíbe jogos após as 21h em S.Paulo

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A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na noite de quarta-feira um projeto de lei, de autoria do vereador Tião Farias (foto), do PSDB, que proíbe o início da realização de jogos de futebol profissional na capital paulista após as 21 horas. Para entrar em vigor, a medida ainda depende da sanção do prefeito Gilberto Kassab - ele tem prazo de 60 dias para fazer isso.

O projeto prevê que o descumprimento da lei implicará na cassação do alvará de autorização e na interrupção imediata do evento pelo órgão público competente. Mas, caso o prefeito Gilberto Kassab sancione a lei após o início dos campeonatos de 2007, essas competições poderão manter o horário previamente estabelecido - a primeira rodada do Paulistão será no dia 17 de janeiro.

Ainda segundo o projeto, as partidas poderão ter seu início autorizado para depois das 21 horas caso o "interesse público, devidamente justificado, assim o exigir" e desde que solicitado ao órgão responsável com a devida antecedência.

Normalmente, jogos disputados nas quartas-feiras em São Paulo começam depois das 21 horas, por causa dos contratos de transmissão na televisão. Isso acontece no Campeonato Paulista, no Brasileirão, na Copa do Brasil e até na Copa Libertadores da América. (do site Estadão)

Então é Natal

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Neste momento do ano, em que a paz e a alegria invadem os corações dos brasileiros, fico imaginando como a Radiobras disponibilizou essa foto. E ainda dizem que eles não são independentes...

Sobre um "aliado" do PSB

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Nas conversações sobre a coalizão política que sustentará o segundo mandato de Lula, o PSB sempre aparece como um forte aliado do Planalto. São destacadas figuras como Ciro Gomes, Eduardo Campos e outros que fortalecem a aliança desse partido, de médio-grande porte, com o governo federal.

Tratar o PSB como aliado é algo que sempre causou estranheza a mim e a outros humildes cidadãos de São Bernardo do Campo. Afinal, na minha terra, a legenda praticamente se consolidou como o centro máximo de oposição ao PT. Na última eleição municipal, o atual mandatário, William Dib, do PSB, foi reconduzido ao cargo com a maior votação proporcional do país nas cidades em que poderia haver segundo turno. Apoiado em uma coligação que reunia praticamente todos os partidos, isolando PT e parcos co-irmãos do outro lado. E um dos deputados federais do município é ninguém menos que o famigerado Edinho Montemor (foto), pessebista (existe isso?) já há um bom tempo e que, também há um bom tempo, é histórico opositor de tudo que seja relacionado ao PT.

Edinho disputou as eleições de 2006 fazendo dobradinha com Orlando Morando, do PSDB. Morando é nome fortíssimo para disputar a prefeitura de São Bernardo em 2008. No material de campanha da dupla, havia a menção dos nomes dos dois e sempre uma referência às candidaturas de José Serra e Geraldo Alckmin. Edinho até era citado no horário político do PSB como apoiador de Mário Luiz Guide (candidato ao governo) e Marcelo Lobo (senado), mas todo mundo sabe que seu desejo mesmo era ver uma vitória tucana nos cargos majoritários.

E uma simples visita ao site de Edinho mostra que ele pode ser tudo, menos aliado de Lula na Câmara dos Deputados. A chamada principal da página mostra um artigo de Edinho "indignado" com as ações do líder do MST, João Pedro Stédile. Diz o texto do deputado: "(Stédile) defende e incita TOTAL SUBVERSÃO DA ORDEM INSTITUCIONAL, NOS PLANOS POLÍTICO, ECONÔMICO E SOCIAL". (inclusive com essas letras maiúsculas que aí estão) Seguem-se no mesmo artigo outros ataques já conhecidos, acusações de que o Brasil caminha para ser um país "que faça inveja a Cuba, Venezuela, Bolívia e até mesmo Coréia do Norte" e por aí vai.

Em outro campo do site, há a reprodução de uma notícia do Diário do Grande ABC relativa ao deputado que diz: "Edinho torce pela eleição de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência".

Defendo a fidelidade partidária, mas cá entre nós, o que esse parlamentar (e outros, claro) está fazendo em uma legenda que, já há tempos, sinaliza o apoio a um governo ao qual Edinho rejeita? Será que ele ia morrer se deixar o PSB? Ou sua ligação ideológica com o partido é tão grande que supera essa diferença? Difícil de entender.

E pra concluir: esse não será meu primeiro post em que falarei integralmente só do "po", da sigla que dá nome ao site. Tem que ter "fute" também, claro. Edinho é presidente - ou melhor, dono - do São Bernardo Futebol Clube, time fundado em 2004 e que hoje disputa a Série A3 do Campeonato Paulista.

Jogador brasileiro morre na Macedônia

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O jogador Rogério Oliveira da Costa, nascido no Brasil e que atuava pela seleção da Macedônia, morreu de infarto aos 30 anos de idade, informaram hoje à Efe fontes da Federação Macedônia de Futebol. Oliveira morreu na terça-feira em seu apartamento em Skopje e hoje, após ser concluída a autópsia, o centro clínico da capital macedônia informou oficialmente que a causa da morte foi um infarto. O jogador, que atualmente defendia o Shkendija, da cidade de Tetovo, chegou a ser artilheiro da primeira divisão macedônia na temporada 1998/99. O brasileiro atuou em várias equipes da primeira divisão da Macedônia desde que chegou ao país, em 1997, e também recebeu a cidadania macedônia, podendo assim ser convocado para a seleção nacional. (do site IG)

Obama rima com Osama

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O senador de Illinois Barack Hussein Obama é um dos presidenciáveis da oposição com mais força no momento. Um em cada sete correligionários querem o negro, católico e democrata como o anti-Bush em 2008, na disputa para sucessão da Casa Branca.

O comentarista Jeff Greenfield, no The Situation Show, programa da rede CNN, no dia 12 de dezembro, disse que acha complicado o fato de que o sobrenome Obama rima com o primeiro nome do líder da rede terrorista Al Qaeda, Osama Bin Laden. Em sua visão, isso pode ser ruim para a disputa eleitoral. Sem falar no nome do meio, Hussein, que ele nem quis discutir.

O cretinismo foi além. Disse que o modo casual de se vestir também pode ser complicado, porque pode ser comparado ao estilo do presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, que questiona a existência do Holocausto, desafia as Nações Unidas e, principalmente, os Estados Unidos com o desenvolvimento de tecnologia nuclear – que ele jura ser para fins pacíficos. É que eles são, pelo que parece acreditar o postulante à vaga do Arnaldo Jabor, os únicos do mundo a usar paletó sem gravata para cobrir a camisa social branca. O vídeo da reportagem está na página da Foreign Policy.

Greensfield escreveu no Cnn.com que tudo não passou de uma brincadeira. Citando uma máxima da análise política norte-americana, "o humor é a nitroglicerina da política", disse lamentar não ter explicitado a piada, já que queria era criticar a histeria em torno da agenda de pré-campanha de Obama.

Apesar de não conseguir levar a sério o que ele diz no vídeo do link anterior, achei que a ironia ficou, no mínimo, obscura.

Alguém aí ficou com saudades do Paulo Francis?

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Libertadores: Santos pega um tal de Blooming

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Depois de certa apreensão, o torcedor do Santos respirou aliviado com a definição do adversário do time na preliminar da Libertadores 2007.
Trata-se do Blooming (escudo ao lado), da Bolívia, um time tão importante que a única coisa que posso dizer é que, em inglês, diz o Michaelis, blooming quer dizer “florido, florescente, cheio de flores. 2 viçoso, exuberante. 3 sl maldito, irritante”. O primeiro jogo será na Bolívia.
Supõe-se que será melhor para o time da Baixada se o tal Blooming tiver mais a ver com a primeira e segunda acepções. Quem quiser saber mais (eu não tenho paciência), o site do fabuloso clube é http://www.clubblooming.com.bo/.

Passando por essa potência do futebol mundial, o Peixe entraria no grupo 8, na companhia de Gimnasia y Esgrima de La Plata (Arg), Defensor Sporting (Uru), Dep.Pasto-COL. Já o Paraná, outro que disputa a pré-Libertadores, vai pegar o Cobreloa, do Chile, time que, pelo menos, é conhecido. Não tanto pelo futebol, e sim pela pancadaria no jogo da final com o Flamengo, no Uruguai (se eu estiver errado me corrijam), em 1981, quando o rubro-negro foi campeão. A fase preliminar começa no dia 24 de janeiro. A fase de grupos, em 14 de fevereiro.
De resto, curiosamente, o Internacional, campeão do mundo, é o time brasileiro que pegou o grupo aparentemente mais difícil, ou menos fácil, com Nacional (URU), Emelec (EQU), Vélez Sarsfield (ARG) ou Danubio (URU).

DUELOS DA FASE PRELIMINAR:

1 - Blooming-BOL x Santos
2 - Vélez Sarsfield x Danubio-URU
3 - Dep. Táchira-VEN x Colômbia 3
4 - Tacuary-PAR x LDU-EQU
5 - Cobreloa-CHI x Paraná
6 - México 3 x Sporting Cristal-PER

Grupos

Grupo 1
Banfield (ARG)
Libertad (PAR)
El Nacional (EQU)
México 3 ou Sporting Cristal (PER)

Grupo 2
São Paulo
Audax Italiano (CHI)
Alianza Lima (PER)
México 2

Grupo 3
Grêmio
Cerro Porteño (URU)
Colômbia 2
Deportivo Táchira (VEN) ou Colômbia 3

Grupo 4
Inter
Nacional (URU)
Emelec (EQU)
Vélez Sarsfield (ARG) ou Danubio (URU)

Grupo 5
Flamengo
Real Potosi (BOL)
Maracaibo (VEN)
Cobreloa (CHI) ou Paraná

Grupo 6
River Plate (ARG)
Colo-Colo (CHI)
Caracas (VEN)
Tacuary (PAR) x LDU (EQU)

Grupo 7
Boca Juniors (ARG)
Bolivar (BOL)
Peru 2
Toluca (MEX)

Grupo 8
Gimnasia y Esgrima de La Plata (ARG)
Defensor Sporting (URU)
Deportivo Pasto (COL)
Santos ou Blooming (BOL)

Como deixamos de ser bicampeões

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Todos que já leram uma linha deste escrivinhador sabe da paixão do blogueiro aqui pelo Atlético Mineiro, portanto não há isenção nenhuma aqui. Mas dois fatos reavivam a memória do glorioso campeão da segundona neste ano (título que, espero, nunca se repita).

Completados no dia 19 de dezembo, faz 35 anos que o CAM tornou-se o primeiro campeão brasileiro. Mas isso é história, que, infelizmente, não vi.

Mas, por coincidência, no mesmo dia o SporTV passou a final do campeonato de 1980, em que o Galo precisava de um empate no Maracanã para se tornar bi. Como todos sabem, perdeu por 3 a 2. Mas o importante foi relembrar alguns lances em que a memória já falhava.

Ficou claro que se hoje reclama-se de arbitragem, antes era bem pior. O árbitro (?) José de Assis Aragão e seus bandeirinhas falharam em pelo menos dois lances capitais. Machucado (estava jogando com estiramento no segundo tempo), Reinaldo cometeu a ousadia de emapatar o jogo. Pouco depois foi expulso por atrasar a cobrança de uma falta no campo de defesa do adversário. Lembre-se que não tinha amarelo e, nessa época, não existia a regra em que por dois amarelos seguidos aplica-se o vermelho.

Vale o comentário do goleiro Raul, que estava comentando os lances, citado de memória. "Quando o Reinaldo se machucou no começo do segundo tempo pensei 'que bom, um jogador a menos', depois lembrei que era o Reinaldo e mesmo com só uma perna fazia a diferença. Quuando ele foi expulso, aí ficamos aliviados. ' "

Entre outros lances, outro capital: Palhinha foi lançado sozinho na frente do goleiro e o bandeirinha marcou um impedimento absurdo (erro recoonhecido pelo repórter do SporTV) quando o jogo estava empatado (lembre-se, mais uma vez, que com o empate o Galo seria campeão).

Sei que choro depois de derrota não adianta, ainda mais depois de tanto tempo. Mas é bom lembrar também a final de 1977, em que Chicão do São Paulo pisa no joelho de Ângelo caído e não recebe nem cartão amarelo do hoje comentarista Arnaldo César Coelho (pelo jeito, a regra não era clara).

Fica a constatação que se hoje os juízes não melhoraram tanto, a existência de câmaras por todo o campo inibe roubos tão descarados.

O repórter que disse o óbvio

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O jornalista Rodrigo Vianna foi funcionário por doze anos dentro da Rede Globo de Televisão e agora está de saída. Aproveitou a ocsião para encaminhar uma carta de desabafo para colegas de trabalho acusando a emisssora de realizar uma cobertura tendenciosa das últimas eleições, colcoando vários "pingos nos is" e detalhando práticas tristemente corriqueiras na emissora.

Ele estava "na geladeira" desde a eleição e, segundo o site Conversa Afiada, não apresentou a carta antes porque tem um contrato em vigência com a Rede Globo até janeiro de 2007 e teria que pagar uma multa de mais de R$ 800 mil. Só depois de avisado, tornou pública a carta que já estava pronta. Segue abaixo alguns trechos do texto de Vianna, agora, ex-repórter da Globo e que dize respeito a um valor muito decantado e pouco considerado no Brasil: a democracia.


"Aquele episódio lamentável do abaixo-assinado, depois das matérias da "CartaCapital". Respeito os colegas que assinaram. Alguns assinaram por medo, outros por convicção. Mas, o fato é que foi um abaixo-assinado em defesa da Globo, apresentado por chefes!

Pensem bem. Imaginem a seguinte hipótese: a revista "Quatro Rodas" dá matéria falando mal da suspensão de um carro da Volkswagen, acusando a empresa de deliberadamente não tomar conhecimento dos problemas. Aí, como resposta, os diretores da Volks têm a brilhante idéia de pedir aos metalúrgicos pra assinar um manifesto em defesa da empresa! O que vocês acham? Os metalúrgicos mandariam a direção da fábrica catar coquinho em Berlim!

Aqui, na Globo, muitos preferiram assinar. Por isso, talvez, tenhamos um metalúrgico na Presidência da República, enquanto os jornalistas ficaram falando sozinhos nessa eleição...

De resto, está difícil continuar fazendo jornalismo numa emissora que obriga repórteres a chamarem negros de "pretos e pardos". Vocês já viram isso no ar? Sinto vergonha...

A justificativa: IBGE (e, portanto, o Estado brasileiro) usa essa nomenclatura. Problema do IBGE. Eu me recuso a entrar nessa. Delegados de policia (representantes do Estado) costumavam (até bem pouco tempo) tratar companheiras (mesmo em relações estáveis) como "concubinas" ou "amásias". Nunca usamos esses termos!

Árabes que chegaram ao Brasil no início do século passado eram chamados de "turcos" pelas autoridades (o passaporte era do Império Turco Otomano, por isso a nomenclatura). Por causa disso, jornalistas deviam chamar libaneses de turcos?

Daqui a pouco, a Globo vai pedir para que chamemos a Parada Gay de "Parada dos Pederastas". Francamente, não tenho mais estômago.

Mas, também, o que esperar de uma Redação que é dirigida por alguém que defende a cobertura feita pela Globo na época das Diretas?

Respeito a imensa maioria dos colegas que ficam aqui. Tenho certeza que vão continuar se esforçando pra fazer bom Jornalismo. Não será fácil a tarefa de vocês.

Olhem no ar. Ouçam os comentaristas. As poucas vozes dissonantes sumiram. Franklin Martins foi afastado. Do Bom dia Brasil ao JG, temos um desfile de gente que está do mesmo lado.

Mas sabem o que me deixou preocupado mesmo? O texto do João Roberto Marinho depois das eleições.

Ele comemorou a reação (dando a entender que foi absolutamente espontânea; será que disseram isso pra ele? Será que não contaram a ele do mal-estar na Redação de São Paulo?) de jornalistas em defesa da cobertura da Globo:

"(...)diante de calúnias e infâmias, reagem, não com dúvidas ou incertezas, mas com repúdio e indignação. Chamo isso de lealdade e confiança".

Entendi. Ele comemora que não haja dúvidas e incertezas... Faz sentido. Incerteza atrapalha fechamento de jornal. Incerteza e dúvida são palavras terríveis. Devem ser banidas. Como qualquer um que diga que há racismo - sim - no Brasil.

E vejam o vocabulário: "lealdade e confiança". Organizações ainda hoje bem populares na Itália costumam usar esse jargão da "lealdade".

Caro João, você talvez nem saiba direito quem eu sou.

Mas, gostaria de dizer a você que lealdade devemos ter com princípios, e com a sociedade. A Globo, infelizmente, não foi "leal" com o público. Nem com os jornalistas.Vai pagar o preço por isso. É saudável que pague. Em nome da democracia!

João, da família Marinho, disse mais no brilhante comunicado interno:

"Pude ter certeza absoluta de que os colaboradores da Rede Globo sabem que podem e devem discordar das decisões editoriais no trabalho cotidiano que levam à feitura de nossos telejornais, porque o bom jornalismo é sempre resultado de muitas cabeças pensando".

Caro João, em que planeta você vive? Várias cabeças? Nunca, nem na ditadura (dizem-me os companheiros mais antigos) tivemos na Globo um jornalismo tão centralizado, a tal ponto que os repórteres trabalham mais como bonecos de ventríloquos, especialmente na cobertura política!

Cumpro agora um dever de lealdade: informo-lhe que, passadas as eleições, quem discordou da linha editorial da casa foi posto na "geladeira". Foi lamentável, caro João. Você devia saber como anda o ânimo da Redação - especialmente em São Paulo.

Boa parte dos seus "colaboradores" (você, João, aprendeu direitinho o vocabulário ideológico dos consultores e tecnocratas - "colaboradores", essa é boa... Eu não sou colaborador, coisa nenhuma! Sou jornalista!) está triste e ressabiada com o que se passou.

Mas, isso tudo tem pouca importância.
Grave mesmo é a tela da Globo - no Jornalismo, especialmente - não refletir a diversidade social e política brasileira. Nos anos 90, houve um ensaio, um movimento em direção à pluralidade. Já abortado. Será que a opção é consciente?"

A íntegra está no link.

Teste do campeão do mundo

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Me declarei mais de uma vez contra o CTRL + V aqui no blog, mas abro uma exceção para repassar uma sacanagem que os colorados estão fazendo com os rivais gremistas. Guardadas as proporções, me lembra coisas que eu ouvia quando o São Paulo foi bi-mundial na década de 90. O teste foi retirado do site colorado www.nosegunda.com:

1- Como você soube que seu time foi campeão do mundo?
a)vi na TV, li na internet em real time e escutei no rádio, tudo aomesmo tempo.
b)meu pai me contou.
c)vi no programa "grandes momentos do esporte", especial do século passado.
d)vi uma fita de video beta-max, com imagens colorizadas por computador.

2- Contra que time o seu time foi campeão do mundo?
a) contra o Sanduíche Natural Futebol Clube;
b) contra o Sociedade Esportiva e Recreativa Torrada;
c) contra o Clube de Regatas Cachorro Quente;
d) contra o MSI/Hamburguer;
e) contra o Fútbol Club Barcelona.

3- Cite o nome de um jogador do time adversário.
a) essa você me pegou!!
b) peço ajuda aos universitários.
c) vou perguntar pro meu pai.
d) se tu quiser, te dou a escalação completa.

4- Como você comemorou o título?
a) não lembro. tomei um trago absurdo.
b) não lembro. era criança de fralda.
c) lembro. tomei um trago absurdo, estourei foguetes e comemorei muito.
d) lembro. dormi com minha mãe porque estava com medo dos foguetes.

5- Que músicas você vai cantar no estádio ano que vem?
a) As mesmas do ano passado, em português;
b) We are the Champions;
c) Teremos reunião de torcida, porque todas as músicas se tornaramdesatualizadas e em espanhol não dá mais pra cantar, pois vão soar derrotadas demais;
d) Eu não canto. Fico me divertindo na analvalanche.
e) Alguma coisa que demonstre que não nos abatemos com a conquista triunfal do co-irmão. Estou decorando as letras de "Macho-Man" e "I will survive".

terça-feira, dezembro 19, 2006

Adriano exagera na balada e não vai a treino

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O atacante Adriano continua dando motivos para receber duras críticas na Itália. Segundo o jornal Gazzetta Dello Sport, o brasileiro não compareceu ao treino da Internazionale, realizado na manhã de segunda-feira, por ter exagerado em uma "balada" na cidade de Milão. O episódio teria deixado o técnico Roberto Mancini irritado, principalmente porque o jogador não avisou que faltaria ao treinamento. Segundo o jornal, o treinador pretende deixar Adriano de fora da partida desta quarta-feira, contra a Lazio, pelo Campeonato Italiano.
Essa não é a primeira vez que Adriano é flagrado pela imprensa italiana numa "balada noturna", tanto que o atacante chegou a ser liberado pela Inter, no final de outubro, para retornar ao Brasil e "descansar" durante alguns dias. O jornal ainda revelou que a reincidência de Adriano irritou a diretoria, que estuda realizar um empréstimo para "se livrar" do jogador - o destino pode ser o Barcelona. A fase de Adriano na Itália é tão complicada que ele não consegue marcar um gol desde o mês de março - o brasileiro ainda foi eleito pela torcida italiana como o "Perna-de-Pau de Ouro" do ano, prêmio destinado ao pior jogador em atividade no país. (do site Estadão)

Cruijff: "viagem ao Japão atrapalha europeus"

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Desculpa esfarrapada tem limite: ontem, o ex-craque Johan Cruijff (foto) afirmou ao jornal espanhol La Vanguardia que o Mundial de Clubes da Fifa é um torneio feito "para que os times sul-americanos sejam campeões" porque é disputado no longínquo Japão. "A viagem, a aclimatação e o fuso horário são obstáculos tremendos aos europeus", disse Cruijff, na cara larga, ignorando solenemente a maior proximidade da Europa com o Japão, em comparação aos países latino-americanos.
Estranho - e constrangedor - esse raciocínio: por que motivos, então, Porto, Bayern de Munique, Real Madrid, Manchester United, Borussia Dortmund, Juventus e Ajax sagraram-se campeões mundiais no Japão, de dez anos pra cá? Eles deram sorte ou simplesmente foram mais competentes que o Barcelona? Resta alguma dúvida?
Para Cruijff, "a competição só estaria igualada se fosse jogada no velho sistema, de ida e volta na casa de cada um dos times". Defender jogos de ida e volta é muito válido (seria o mais justo), mas dizer que só assim a disputa estaria "igualada" para o lado dos europeus é fugir da responsabilidade. Afinal, com o dinheiro e o poderio que dispõem, os times de lá sempre estão pressionados a vencer os sul-americanos, onde quer que seja.
Para completar, Cruijff tentou amenizar o sofrimento dos catalães argumentando que "surpresa teria sido se o Barcelona vencesse". Eu concordo, mas não porque a competição é no Japão e porque isso "atrapalha" os coitadinhos dos europeus, com "obstáculos tremendos" (que só eles enfrentam, nós não - até parece...). Surpresa teria sido o Barcelona vencer por um simples motivo: o Internacional foi melhor. Difícil admitir isso, né, Cruijff?
Detalhe: o holandês era o técnico do Barcelona na decisão do mundial de clubes de 92, perdida para o São Paulo. Ou seja: essa dor de cotovelo é antiga...

Vamos louvar quem merece

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Chega de falar de Cannavaro, Ronaldinho ou qualquer desses marmanjos que já encheram o rabo de dinheiro e que estão pouco se lixando com os torcedores. Vamos louvar quem merece: a brasileira Marta (foto), eleita a melhor jogadora do Mundo pela Fifa, em festa realizada ontem, na Suíça. A meio-campista tinha perdido o prêmio por duas vezes - terceiro lugar, em 2004, e segundo lugar, em 2005. Agora, superou a norte-americana Kristine Lilly, que ficou com o segundo lugar, e a alemã Renate Lingor, que terminou em terceiro.
Com apenas 20 anos, a brasileira se torna a primeira jogadora do país a conquistar o prêmio. Bastante emocionada, ela recebeu o troféu da mão do presidente da Fifa, Joseph Blatter. Nesta temporada, Marta liderou o clube sueco Umea IK na campanha rumo à quarta final da Copa da Uefa, que será decidida contra o Arsenal, tendo marcado sete gols em sete partidas na competição. "Primeiro, queria agradecer a Deus por tudo que consegui até agora. Aos meus familiares, ao meu clube na Suécia", disse Marta, após a conquista.
"Estar aqui já é uma vitória para mim. No Brasil, falta interesse em apoiar o futebol feminino, não há empresários que queiram criar um campeonato profissional. Talvez a CBF pudesse conversar com os clubes para pedir-lhes que criem uma liga feminina, pois isso seria muito útil para a Seleção", completou. Esperamos que, agora, o público brasileiro passe a valorizar mais nosso competente futebol feminino. E que haja mais verba, mais estrutura, mais organização e pelo menos uma grande competição nacional da modalidade. Valeu, Marta!

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Paradoxo ou avaliação errada?

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Fato: os times brasileiros, hoje, são inferiores aos do passado. Não se trata de romantismo, rabugice ou qualquer coisa por aí; é que com a tal globalização e a influência do poderio econômico crescendo no futebol, os craques, os semi-craques e as boas promessas estão jogando fora do Brasil. Ficamos aqui com veteranos, garotos sonhando em ir pra fora e medianos que não chamaram a atenção de outros mercados - além, é claro, de algumas exceções a essa regra (Zé Roberto, Rogério Ceni, Fernandão, etc.).

Outro fato: pela segunda vez seguida um time brasileiro vence a Libertadores e o Mundial de Clubes. O fato é ainda mais relevante se considerarmos que são dois clubes diferentes - e, nesses dois anos, as finais de Libertadores foram disputadas entre brasileiros. É a primeira vez que o Brasil ganha dois mundiais interclubes seguidos com dois times distintos.

Raciocínio: aí complica. Um fato contradiz o outro. Como podem os times brasileiros, cada vez mais enfraquecidos, conquistarem o mundo dois anos seguidos? Será que os times estão mesmo piorando, será que é romantismo demais achar que os do passado é que eram bons? Mas se os times daqui estão melhores, porque ninguém que atua no Brasil vai pra Copa? Como explicar que desses dois campeões mundiais só tivemos um atleta jogando no Mundial da Alemanha - e ainda assim um goleiro reserva?

Tentativa de explicação: aí que entra a polêmica. Eu explico (ou melhor, tento explicar) esse fenômeno em duas frentes. A primeira diz o seguinte: esse Mundial de Clubes não necessariamente é parâmetro pra dizer que os times brasileiros "são os melhores do mundo". Sabemos que os europeus não dão tanta trela assim a esse Mundial (não quero entrar em polêmica aqui, mas isso é fato); e mesmo que dessem, não é um jogo que define quem é melhor, quem é mais estruturado, etc.. Acho que ninguém aqui define a seleção francesa como melhor que a brasileira. Mas no mata-mata eles passaram. Acontece a mesma coisa com o Mundial de Clubes. Palmas pro Inter e pro São Paulo que o conquistaram, mas também não é o caso de deitar nos louros da vitória e achar que tudo é uma maravilha.

Já na segunda tentativa, sugiro o seguinte raciocínio: futebol é competição, e o Brasil não é o único país da América do Sul que perde talentos para fora. Acontece a mesma coisa com Argentina, Uruguai, Paraguai e etc.. Então, como o Internacional do Fernandão não compete com o Internacional do Falcão, e sim com o São Paulo do Mineiro, o Libertad do Bobadilla e por aí vai, fica mais fácil ser campeão da Libertadores. Até porque o futebol brasileiro revela mais talentos que os supracitados. Daí pra ser campeão do mundo, não é tão complicado assim.

Falei besteira ou vocês acham que faz sentido?

Obras do Museu do Futebol começam em 2007

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O projeto do Museu do Futebol, uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo e com realização da Fundação Roberto Marinho, será apresentado na próxima quarta-feira, às 11h, no salão nobre do estádio do Pacaembu, em São Paulo. O projeto está orçado em R$ 25 milhões. As obras de restauração do prédio e da instalação do museu no próprio Pacaembu devem começar no mês que vem. A inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2008. Uma equipe trabalha há cerca de um ano no projeto. Ficou definido que o Museu do Futebol ocupará área de 5.600m2, em três andares, espaço que em boa parte era utilizado pelo setor administrativo. (da FolhaOnline)

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A bizarra narração da Radio Gaucha AM

Ontem, o locutor Pedro Ernesto, da Rádio Gaúcha AM, comemorou até cansar a vitória colorada sobre o Barcelona. Mas sua narração mais polêmica, sem dúvida, é a do segundo gol de Rafael Sobis na primeira partida da equipe gaúcha contra o Tricolor do Morumbi. Um clássico do nonsense em que ele berra que o "Inter rasgou a camisa do São Paulo e pisou em cima dela", entre outras coisas. Vale a pena escutar.

Casagrande é ídolo no...Palmeiras!

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O Corinthians anda mesmo desprestigiado. Dois descendentes da dupla símbolo da Democracia Corintiana de 82/83 preferiram jogar nos maiores rivais. Depois de Sócrates Júnior, filho do Doutor, ter ingressado nas categorias de base do São Paulo, Ugo, filho de Casagrande (foto), é hoje uma das principais promessas da equipe Sub-20 do Palmeiras. "Eu era são-paulino, mas hoje eu não torço para ninguém. Só o Palmeiras. Mas gosto é de ver gol", despista a jovem promessa. Assim como o pai, Ugo Casagrande é centroavante. E as semelhanças entre ambos não são só físicas. "Sou um centroavante alto, aquele para fazer gol mesmo. Chuto bem com a esquerda e com a direita. Além disso, bato forte na bola e tenho um bom cabeceio. Isso é o mais parecido com meu pai. Já vi em alguns vídeos que ele cabeceava bem", adianta o atleta. (com informações do site Gazeta Esportiva)

Túlio marca e dá título ao Itauçuense-GO

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Em noite inspirada do veterano atacante Túlio (foto), que marcou duas vezes, o Itauçuense conquistou o título da Terceira Divisão do Campeonato Goiano. Na final disputada na noite deste domingo diante do Tupy, de Jussara, a equipe venceu por 3 a 0. Rafael abriu o placar e Túlio marcou mais dois para a equipe de Itauçu. A partida marcou a despedida de Túlio da temporada 2006. Após o jogo, o atleta comemorou a boa fase. O atacante atuou 11 vezes, somando os jogos pela Canedense na Divisão de Acesso e pela 3ª Divisão. Nessas partidas ele marcou 16 gols. De acordo com as contas do atacante, falta balançar as redes apenas mais duas vezes para alcançar a marca do tão sonhado gol 700. “Quem sabe não chego logo aos 700 gols na rodada de estréia do Campeonato Goiano 2007? Vontade não vai faltar”, disse Túlio ao site Diário da Manhã, de Goiânia. (do site Gazeta Esportiva)

Lula termina 1º mandato com melhor avaliação

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega ao final de seu primeiro mandato com a melhor avaliação de todo o período, mostrou nesta segunda-feira pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A avaliação ótima ou boa subiu de 49%, em setembro, para 57% neste mês, enquanto a ruim ou péssima caiu de 16% para 13%. A avaliação regular também caiu, de 33% para 28%. A nota média atribuída ao governo também foi a mais alta de todo o primeiro mandato de Lula: 7,0. O Ibope entrevistou 2.002 pessoas, entre os dias 7 e 10 deste mês, em 140 municípios do País. (do site Estadão)

Da série "Trocadalhos"

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O diário esportivo espanhol As deu em manchete um trocadilho com o nome da cidade de origem do Internacional, para noticiar o resultado do Mundial de Clubes: "Porto Alegre, Barça Triste".

Corinthians reedita ataque são-paulino

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Com a dupla Amoroso e Christian (foto), o Corinthians reeditará em 2007 o ataque titular utilizado pelo São Paulo no segundo semestre de 2005. Aos 31 anos, Christian foi confirmado como novo reforço do Parque São Jorge na manhã de hoje pelo seu procurador, Tadeu de Oliveira. “Foi tudo acertado no sábado. Ele assina contrato até 30 de junho, com possibilidade de prorrogação até 31 de dezembro”, afirmou o empresário à Gazeta Esportiva.Net. “Nós viajamos hoje (segunda-feira) à noite para São Paulo, ele realiza exames médicos amanhã e assina o contrato em seguida”, adiantou Oliveira. Depois de passagens discretas por São Paulo, Palmeiras, Grêmio e Botafogo, Christian voltou a atuar bem no Campeonato Brasileiro deste ano, quando marcou 11 gols e foi o artilheiro do Juventude. No São Paulo, o atacante fez 7 gols em quatro meses - menos da metade dos 16 gols feitos naquele semestre por Amoroso (que foi poupado em muitas partidas). A dupla entrou como titular na polêmica partida em que o São Paulo venceu o Corinthians por 3 a 2, em 7 de setembro daquele ano. Apitado pelo corrupto confesso Edílson Pereira de Carvalho, o jogo foi anulado e remarcado (a partida substituta terminou empatada em 1 a 1). Nesses dois jogos - o anulado e o que valeu, Amoroso marcou três vezes. Christian passou em branco. Não por acaso, Aloísio foi contratado às pressas e pegou seu lugar no Mundial de 2005. (com informações do site Gazeta Esportiva)

domingo, dezembro 17, 2006

O Mundial em boas mãos

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Nos últimos dias parecia que o "complexo de vira-latas" tinha assaltado de novo o espírito do torcedor brasileiro. O motivo era o deslumbramento frente ao Barcelona, time que fez mágicas contra o América do México, na semifinal do Mundial de Clubes. Curioso é que o tal complexo ressurgiu em parte por conta de dois brasileiros do Barça, Ronaldinho Gaúcho e Deco.

Mas quem decretou a morte antecipada do Inter, alguns até por goleada ou com baile, esqueceu de duas coisas óbvias. Desde que o Mundial passou a ser disputado em uma partida só, as forças em 90 minutos podem se equilibrar, mesmo quando há diferença técnica entre os dois times. E, a bem da verdade, se o Barcelona tem jogadores excepcionais, não é tão melhor assim que o time gaúcho. Arrisco a dizer até que, por essa partida, se o goleiro Valdés e os defensores Puyol e Rafa Márquez fossem trocados por Clemer, Fabiano Eller e Índio, o resultado seria outro.

Outro detalhe bastante simples: o Inter não é o América, que sequer conseguiu o terceiro lugar, sendo derrotado pelo Al-Ahly. O Internacional, além de superior tecnicamente a um time cujas principais estrelas são dois veteranos, tem um esquema sólido, voltado para dificultar a partida do adversário.

No jogo, embora o Barcelona tenha conseguido chegar de forma mais objetiva ao gol em algumas ocasiões, não foi claramente superior ao Inter em nenhum momento do jogo, e não conseguiu dar a blitz que o Liverpool deu no São Paulo no ano passado. Seus momentos de maior perigo vieram justamente após o gol colorado, com um chute de Deco de fora da área e outra chegada perigosa, ambas as oportunidades barradas pelo experiente Clemer.

E se o foco estava em Pato e Fernandão, quem brilhou foi o incansável cearense de Quixeramobim Iarley. Criado no Ferroviário, brilhou na única campanha do Paysandu na Libertadores na histórica vitória contra o Boca em plena La Bombonera. Impressionou tanto que foi para lá mais tarde. Vítima de contusões seguidas, voltou ao Brasil e conquistou seu espaço no Inter. Hoje, brigou o tempo todo, fazendo tanto a função de meia como de atacante, e foi o responsável pela assistência para o gol decisivo.

Vale ressalatar também a estrela de Abel Braga. Ele, que colocou o menino Luis Adriano no primeiro jogo, atleta que acabou decretando a vitória gaúcha, agora colocou Adriano Gabiru no lugar de Fernandão, e o gol da vitória acabou sendo dele. Mas a vitória do Inter também é importante para os mais novos, que, em função do êxodo de craques do Brasil, vem se acostumando a torcer para times estrangeiros, sendo o Barcelona um dos preferidos. O Mundial ficou em boas mãos.