Destaques

quarta-feira, maio 30, 2007

De olho na arbitragem

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A omissão do Futepoca sobre as partidas decisivas na Copa do Brasil (final) e Libertadores (semi-final) é lamentável. O retrospecto recente recomenda observar o trio de arbitragem. Sérgio Pezotta, o argentino que terá o apito em mãos no estádio Olímpico, já esteve com o Grêmio na Libertadores, na partida contra o Cerro Porteño, e errou contra o time gaúcho. Há um ano, em maio de 2006, o cara estava em uma berlinda digna de Ana Paula de Oliveira. O Clarín deu graças aos céus quando a federação argentina o suspendeu. No jogo polêmico, entre Boca Juniors e Vélez que acabou aos 44 do primeiro tempo por falta de segurança, o assitente era Juan Carlos Rebollo, o assistente escalado para a semi-final brazuca da Libertadores, tomou pedrada.


Foto: Divulgação, Ana Paula Oliveira


Ana Paula Oliveira, na geladeira, sempre traz a arbitragem para a pauta.
Ele foi o dono da bandeirinha na partida do Santos contra o Defensor Sporting, em 1º de março, quando o time da Baixada venceu por 1 a 0, ao que consta sem grandes crises no apito (corrijam-me, ó santistas chorões).

Enquanto isso, no Maracanã, o paulista Wilson Luiz Seneme é o homem de preto. O quarto árbitro é o carioca Antônio Frederico de Carvalho, o que é grave. Do quadro da Fifa, Seneme é da nova geração de São Paulo, e apitou a decisão dos paulistas de 2005, 2006 e 2007. Ele foi o juizão da primeira partida entre Figueirense e Botafogo na semi-final. Os assistentes Edmilson Corona e Walter José dos Reis também são paulistas e estão no planteo da Fifa. Garantia de nada.

Olho neles.

"Não se caga não, garoto!"

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Venho de uma entrevista, há pouco, com o volante de origem/ lateral improvisado Dionísio, revelação do Santos FC. Ele é de Santo André, mas nasceu em São Bernardo. Vamos publicar uma matéria no ABCD Maior, mas seleciono aqui, de antemão, um trechinho da conversa para o Futepoca. Perguntei a ele como foi estrear como profissional, aos 19 anos, em um Santos x Corinthians na Vila Belmiro - em 29 de março deste ano, pelo Campeonato Paulista, 2 a 1 para o Peixe (na foto, Dionísio em lance desse jogo). Só para a gente imaginar como deve ter sido essa estréia para ele, cometo uma inconfidência: o atleta não admite, mas me entregaram que é santista de infância. Segue o papo:

Dionísio - Quando eu fui relacionado pro banco, já tava alegre (risos). Já tava feliz pra caramba. Até quando eu vi que o Tonhão (Antônio Carlos) machucou, só tinha eu de volante no banco, o resto era tudo meia-atacante. O professor (Vanderlei Luxemburgo) me chamou e só falou pra eu jogar tranqüilo, do jeito que eu vinha treinando. O professor Vanderlei falou pra mim não se cagá (sic): "-Não se caga não, garoto!" (risos). Eu entrei, joguei, fui bem graças a Deus. A Vila tava toda lotada. No começo, quando entra, dá um frio na barriga, mas depois passa. No futebol, você esquece tudo que tá de fora.

E foi assim, no susto. Dionísio entrou depois dos 30 do segundo tempo e ainda teve tempo de levar uma entrada do zagueiro corintiano Gustavo, que foi expulso no lance. Depois desse batismo de fogo, a maior sinuca de bico para o garoto foi a atuação improvisada como lateral-direito contra o Caracas, na Venezuela, pela Libertadores. Num choque casual, o adversário caiu gritando e o juiz puxou o amarelo. Como já tinha levado um no jogo, foi pro chuveiro mais cedo. "O Luxemburgo viu que não foi falta e não me deu bronca. Ele até brincou, mais tarde, que fui eu quem dei moral pro time ser campeão paulista alguns dias depois, porque, jogando com um a menos numa oitava-de-final da Libertadores, fora da Vila, e o time quase conseguiu ganhar, isso deu muita força", diverte-se o "motivador" Dionísio.

Os futepoquenses, Vavá e Mauro Beting numa noite fria

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Na foto abaixo, Vavá (o anfitrião de todas as vavazadas) e o personagem da noite de 25 de maio, o Mauro Beting, no encontro noturno. Olavo, com olhar perdido, degusta a cerveja (fotos de Carmem Machado).


Marcão, Vavá, Mauro e Olavo (sentido horário), em momento de descontração, como aliás foi a tônica do encontro.


Nicolau e senhora, que chegaram um pouco mais tarde, segundo as informações, porque haviam ido ao "fora Dualib", o que Nicolau não confirmou (foto de Olavo Soares)


Anselmo, a quem Mauro Beting, por motivos óbvios, caracterizou como "o braço armado palestrino", medita.


Glauco (esquerda) e Frédi. No primeiro plano, uma garrafa de vinho apresentada pelo própprio Frédi, dando um toque um pouco mais sofisticado à vavazada


A futepoquense Thalita (esquerda) e Mauro Beting se divertem (no detalhe -- foto de Olavo -- o Alemão)


Eu (de perfil), Olavo e Mauro


Os presentes ao evento vavaziano (menos a eminência parda Carmem, autora das fotos)

A explicação

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Saiu hoje na coluna Em off, assinada por Luiz Antônio Prósperi e Cosme Rímoli, no Jornal da Tarde:

"Só crescem os comentários no futebol brasileiro que um zagueiro saiu com a mulher de um atacante do mesmo time. Desde então, acabou a união entre os jogadores desse clube que perdeu o rumo e passou a jogar muito mal"
Se eles não estão falando do São Paulo, não sei mais de que clube é. Não gosto dessa procura por bode expiatório, mas a nota é interessante. Primeiro que é fofoca da boa! Quem serão os protagonistas do imbróglio?
Depois que as declaração do Aloísio pregando que a união do elenco do São Paulo é maior que tudo levam a crer que na verdade não é nada disso, corroborando a tese da nota.

Momento do mé: Feitiço Mineiro

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Desde março que eu não provava uma caninha diferente para registrar, o que explica a completa ausência do assunto aqui. Quem me presenteou com uma garrafa de Feitiço Mineiro, na versão ouro, amarelada, foi o Maretti, em setembro. Como o pessoal é criativo (presente de manguaça é cachaça, difícil ou fácil?), foram umas três marcas diferentes (1 e 2).

A Feitiço Mineiro, da Engarrafadora Sul Mineira, de Arceburgo, é estandardizada, quer dizer, é alambicada por vários produtores diferentes, mas quem dá o padrão, engarrafa, rotula e vende é uma empresa só. Isso não é demérito, só barateia a que passarinho não bebe na prateleira.

É relativamente leve (43º G.L) e desce bem. Na página, eles falam que o goró é envelhecido em tonéis de carvalho ou amendoim. Eu, que não sou nenhum especilista, embora não possa negar ser um cachaceiro – o que bebe, não o que produz – só percebi o gosto característico das que dormem em recipientes de carvalho. Segundo consta, os tonéis de amendoim interferem pouco no sabor, mas eu precisaria investigar mais, no bar. Consta na embalagem, razoavelmente sem graça para os padrões das januárias artesanais, a bidestilação e a tripla filtragem.

O mais curioso foi descobrir na página da fazenda uma enquete sobre o melhor da chambira deles. Entre as opções, além de paladar suave, embalagem, envelhecimento, bidestilação, está lá: o dia seguinte.

Fico com a última.

terça-feira, maio 29, 2007

Em busca de grandes vilões

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O blog do Rovai citou, no dia 26, um texto da Zero Hora denominado "Para o seu filho ler". A obra em questão tenta explicar de maneira didática aos fedelhos a situação dos impostos no Brasil. Sugere que "o papai poderia comprar mais roupas, comida e dinheiro" se não precisasse destinar grande parte do seu tutu ao vilão chamado governo.

O Rovai critica a apologia ao estado mínimo que o texto sugere. Mas eu vou além e vejo outro demérito dos mais sérios no publicado. Acho bem, bem perigosa essa tendência que os brasileiros cada vez mais gostam de mostrar nos últimos anos - a escolha por vilões grandes e impessoais como os causadores dos males da sociedade.

E lá vai a criança influenciada pelo texto passar a criticar os anônimos "impostos" - da mesma forma como ela já vomita chavões contra os também inomináveis "políticos", "marginais" e se proclama um também sem-rosto "cidadão de bem". Segue assim a situação.

Mauro Beting cai na área do Futepoca

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Depois de ser citado de maneira não muito elogiosa, para dizer o mínimo, em postdo Futepoca que analisava narradores e comentaristas da TV, Mauro Beting ficou sabendo e não só veio para o pau nos comentários como entrou em contato marcando dia e horário para o duelo final, uma bebedeira no bar do Vavá, sede mundial do movimento Futepoquense.

Para céticos como eu que não acreditavam que apareceria, a surpresa aconteceu na última sexta-feira, em assembléia alcoólica dos membros do blogue. De cara, foi dizendo: “chegou o pernóstico” e avisando que não bebe álcool, mas acabou entornando algumas taças de vinho português que apareceu por milagre na mesa.

Simpático e rindo muito, Beting foi logo lembrando os adjetivos usados contra ele no post, em que um dos mais leves era de nepotismo. Sua carreira se deveria ao pai famoso. É bom lembrar que Marcão e Edu Maretti, os dois principais detratores, “amenizaram” as críticas.

A explicação de como chegou ao Futepoca e participou do debate foi boa. Há um fã que pesquisa tudo que sai com o nome dele na internet e envia para seu e-mail. Mauro diz que adora entrar nessas discussões quando há conteúdo, principalmente quando mexem com o nome do pai. Daí, “vai para o pau”.

Nas histórias sobre futebol, assunto sobre o qual fala o tempo todo, entregou todo mundo. Sobrou para Milton Neves, um de seus amigos indefensáveis, um verdadeiro “monstro” da comunicação, mas que dorme no estúdio, acorda e começa a falar como se tivesse visto o jogo todo.

Da preferência da mídia que adora falar bem do São Paulo. E sobre o Corinthians, que tem emissora que por ela colocaria o escudo lá parado, porque acha que só o alvinegro dá audiência.

Sobre seu parmera, diz que não aceita título ganho por “fax”, complementando que lá no Parque Antártica as coisas são tão modernas que nem chegam por e-mail. “Se bem que na época do Mustafá nem fax tinha”.

Outra boa foi seu asco a jornalistas (ou a um em específico) que são são-paulinos e ficam inventando que torcem para outros times.

É isso que me lembro. Os outros futepoquenses presentes ao encontro que complementem...


Ficha técnica
FUTEPOCA x MAURO BETING
Competição: Amistoso
Data: 25/ maio/ 2007
Local: Bar do Vavá (São Paulo-SP)
Árbitro: Washington Cardoso Salvador, “Vavá”
Público: 14 (contando o Vavá e o João)
Renda (para o Bar): R$ 165,00 (total de cerveja e conhaque - a batata frita foi cortesia da casa e o vinho foi pago com uma dose pro Vavá)
Escalação da foto acima: Em pé – Thalita, Glauco, Mauro Beting e Olavo; Agachados: Anselmo, Marcão, Fredi e Edu (no detalhe, Nicolau). Técnica: Carminha. Banco: Alemão e Débora.

Na contramão do Manguaça Cidadão

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Não contente em desprezar olimpicamente o clamor social pelo Manguaça Cidadão (bandeira erguida pelo Futepoca em favor de um programa de segurança etílica nos moldes do Fome Zero), o governo federal ainda tem a pachorra de nos afrontar lançando a tal "Política nacional sobre o álcool". É uma iniciativa conjunta dos ministérios da Saúde, Cidades, Educação e Justiça, mais o Conselho Nacional Antidrogas. O foco é a diminuição do consumo de álcool entre os jovens. Ou seja: estão querendo atacar nossa base militante! Tudo bem que, entre as medidas, esteja a regulamentação das propagandas - afinal, não existe tortura maior para um assalariado do que assistir diariamente o Zeca Pagodinho cercado de loirudas seminuas (inacessíveis para a maioria dos pobre mortais), enchendo a lata à vontade e nem um pouco preocupado com trabalho, patrão ou carteira vazia. Mas a tal política nacional querer diminuir os postos de venda de bebidas, aí já é demais! O companheiro Lula, fiel seguidor de nossa causa (como comprova a foto), demonstra com essa medida uma preocupante similaridade à atitude repressiva de Hugo Chávez contra os manguaças venezuelanos. E aí, a gente não vai protestar? Eu vou: garçom, traz mais uma! E manda a conta pra ex-mulher do Renan Calheiros!

Evo Morales contra a Fifa

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Quem achou que países como Bolívia e Equador fossem assistir de camarote à proibição da Fifa em realizar partidas internacionais em altitudes acima de 2500 metros, como relatado em post do Futepoca, se enganou e muito. As reações começaram e não é impossível que a entidade máxima do futebol reveja sua decisão.

O presidente boliviano Evo Morales (foto) já invocou a união dos países prejudicados pela medida (Colômbia, Equador e Peru). “Vamos consultar os países e cidades afetadas pela resolução da Fifa para assumir uma posição, possivelmente convocando uma reunião aqui, em La Paz”, revelou Morales, segundo relato da Gazeta Esportiva, após reunião de emergência com autoridades esportivas de seu país.

O diário La Razón não hesita em apontar o culpado pela decisão da Fifa: o Brasil. Segundo o jornal, "o grande pecado" da Bolívia foi ter vencido o Brasil em 1993 nas eliminatórias para a Copa do Mundo, primeira derrota verde-amarela no torneio. Isso teria motivado uma decisão similar à de agora em 1997, revertida por conta, segundo o veículo, de um lobby comandado pelo presidente francês Jacques Chirac. Já na decisão atual, as queixas do Flamengo foram citadas como determinantes para a resolução.

Já o jornal equatoriano Hoy destaca que, de acordo com o presidente da Federação Colombiana de Futebol, Luís Bedoya, caso a Confederação Sulamericana de Futebol (Conmebol) queira solicitar uma revisão à Fifa, a entidade pode voltar atrás. A decisão da confederação só seria tomada em 15 de junho, em uma reunião com os presidentes de todas as federações do continente.

Além dos países atingidos pela decisão, Carlos Chávez, presidente da Federação Boliviana de Futebol, assegura que Chile e Uruguai também são contra a decisão da Fifa que prejudicaria a "universalidade" almejada pelos senhores de Zurique. Embora haja clara diferença entre jogar a nível do mar e na altitude, os dirigentes afirmam que outros fatores, como calor excessivo em determinados locais, seriam mais determinantes. Além disso, a falta de transparência da Fifa em explicar o que dizem os tais "relatos médicos" também colocam em xeque a proibição.

segunda-feira, maio 28, 2007

Dunga só irrita

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Foi-se o tempo em que o torcedor de clube ficava orgulhoso por ter um atleta do seu time convocado pra seleção brasileira. Hoje, quando o técnico canarinho escala um jogador, a grita é geral. Se é time europeu, pede liberação, alegando que gasta muito pra manter o jogador e exige sua presença até em amistosos (que lhe dão retorno financeiro). Já no infindável calendário do futebol brasileiro, qualquer convocação atrapalha uma equipe que, qualquer que seja, em boa parte do ano, deve estar disputando dois campeonatos diferentes.

Como torcedor, não gostei quando vi Zé Roberto e Kléber na tal lista - ou melhor, pré-lista - para a Copa América. Acho também que a maioria dos sãopaulinos não gostou de ver o Pirulito (opa) e o Josué na relação. Talvez a convocação do goleiro Diego, do Atlético-MG (convocado bem no momento em que estaria sendo negociado com a Lazio... oportuno, não?); o zagueiro Thiago Silva, do Fluminense e o meia-atacante Carlos Eduardo, revelação do Grêmio, tenham servido para fazer troça sobre os rivais locais, mas ainda assim não é nada que empolgue, já que amanhã todos podem estar fora de seus times.

Então, pra que seleção? Enquanto procuramos respostas, segue abaixo a lista do treinador:

Goleiros

Diego (Atlético-MG)
Doni (Roma-ITA)
Helton (Porto-POR)

Defensores

Alex Silva (São Paulo)
Alex (PSV-HOL)
Cicinho (Real Madrid-ESP)
Daniel Alves (Sevilla-ESP)
Edmílson (Barcelona-ESP)
Edu Dracena (Fenerbahce-TUR)
Gilberto (Hertha Berlin-ALE)
Juan (Bayer Leverkusen-ALE)
Kleber (Santos)
Maicon (Inter de Milão-ITA)
Marcelo (Real Madrid-ESP)
Naldo (Werder Bremen-ALE)
Tiago Silva (Fluminense)

Meio-campistas

Anderson (Porto-POR)
Diego (Werder Bremen-ALE)
Elano (Shakhtar Donetsk-UCR)
Fernando (Bordeaux-FRA)
Gilberto Silva (Arsenal-ING)
Josué (São Paulo)
Julio Baptista (Arsenal-ING)
Lincoln (Schalke 04-ALE)
Mineiro (Hertha Berlin-ALE)
Morais (Vasco da Gama)
Zé Roberto (Santos)

Atacantes

Afonso (Heerenveen-HOL)
Carlos Eduardo (Grêmio)
Fred (Lyon-FRA)
Jô (CSKA Moscou-RUS)
Rafael Sobis (Real Betis-ESP)
Robinho (Real Madrid-ESP)
Vagner Love (CSKA Moscou-RUS)

Um sábio na política

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O comentarista (José Ferreria) Neto, ex-jogador do Corinthians, parece que vai se filiar ao PTB, o “partido do Roberto Jefferson, do Collor”.
A coluna da Mônica Bergamo de hoje publicou uma pequena entrevista com ele (não sei por que, mas não está na web, só na versão impressa). Na entrevista, o ex-jogador dá uma mostra de sua sabedoria política e de seu preparo para atuar na área. Dêem uma olhada nos dois trechos abaixo:

Folha – Vai se candidatar a vereador pelo PTB?
Neto – PTB? De quem que é isso aí? Do Aldo Rebelo? (sic).

..........................

Folha – Votou nos candidatos do PTB em 2006?
Neto -
Quais foram os candidatos, você sabe?

Folha – Para deputado lançaram o Frank Aguiar, o próprio Campos Machado...
Neto -
Votei no Campos Machado. E no Serra para governador. Não, para o Alckmin, né? Não, o Serra para governador e o Alckmin para presidente. E na Soninha (PT-SP) para deputada, só que ela não ganhou. Infelizmente.

domingo, maio 27, 2007

O pior jogo do campeonato

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Pior do que explicação de manguaça ressaqueado para ter chegado tarde no dia anterior: todos os jogadores reclamaram do estado do gramado do estádio do Morumbi. Toda a imprensa concordou que a arbitragem foi péssima. Ah, a bola também não ajudou. Estava frio e, o mais grave, o futebol não entrou em campo. O segundo zero a zero da rodada parece ter sido pior do que o primeiro.

O pior foi ouvir três jogadores do Palmeiras dizendo que "empate fora de casa" não é tão ruim. Por mais que o estádio seja do São Paulo, acho que o pessoal poderia se esforçar mais para jogar bola do que para arrumar desculpa.

Luxemburgo leu o Futepoca

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Independentemente de qualquer coisa, é lógico que Vanderlei Luxemburgo entende de futebol. Obviamente que, como bom entendedor, é assíduo leitor do Futepoca, um dos únicos espaços plurais da imprensa, pseudo-imprensa e proto-imprensa latino-americana na área esportiva. Assim, lendo post em que sua opção em usar o time B pra C era algo equivocado, resolveu dar o braço a torcer.

Claro que ele não vai admitir isso e nem nós ficaremos chateados. Mas Luxemburgo, ao contrário dos outros dois primeiros jogos do Santos em que usou jogadores que nem no banco sentam, entrou com alguns titulares. E, como falado, aqui, usou a espinha dorsal do time. No primeiro tempo contra o Furacão na Arena, anulou o ataque paranaense, surpreendendo a equipe de Vadão e fazendo a marcação no campo adversário. Eram praticamente três atacantes, Marcos Aurélio e Jonas pelas pontas, com Rodrigo Tabata vindo de trás, fazendo a dupla função de marcação no meio quando o time era acuado e de ponta de lança quando o Peixe ia para o ataque.

Assim, o Santos meteu duas bolas na trave e fez seu gol. O Atlético pouco chegava e, apesar do relativo domínio na posse de bola, não criava oportunidades reais. Na segunda etapa, Luxemburgo optou pelo famoso "cozinhar o galo", recuando mais a equipe e esperando o contra-ataque. Tomou pressão, mas soube segurar o resultado. Três pontos importantes, ainda mais sabendo que serão poucos aqueles que vão tirar pontos do time paranaense na Arena.

*****

Marcos Aurélio foi sacado no intervalo da partida, perdeu dois gols feitos e estava claramente nervoso com a torcida o vaiando o tempo todo, por conta de sua saída conturbada do Atlético. Vaiar ex-jogadores é algo normal, embora alguns sejam reconhecidos mesmo quando atuam em outros times, como ocorreu com Edmundo, quando jogava no Figueirense, no Parque Antarctica, e com Marcelinho Carioca, do Brasiliense, no Pacaembu.

Mas é curioso ver que as vaias contra um atleta, como foi o caso de Marcos Aurélio, servem não para “apoiar” a equipe, mas acobertam trapalhadas – ou coisa pior - de uma diretoria que só pensa em sugar e ganhar em cima de alguém. No clube paranaense, por que a torcida não cobra a eminência parda Mário Celso Petraglia, aquele mesmo envolvido no escândalo Ivens Mendes (1997) - como Alberto, o capo, Dualib – que, se fosse em qualquer outro país do mundo (tá bom, tá bom, qualquer país razoavelmente sério), estariam não somente fora do esporte bretão como teriam levado suas equipes à segunda divisão. Não é por acaso que o furacão perdeu também Aloísio e Dagoberto. Culpa dos “mercenários” que entram em campo ou dos “beneméritos” que dirigem os clubes?

Adiós La Paz

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Eu não sabia nem que ia ter o 57º Congresso da Fifa. Quando vi, já tinha acabado. Também não pensava que de um evento desse sairia alguma decisão importante, mas aconteceu.

A FIFA decidiu que estão proibidos jogos internacionais em altitudes acima de 2,5 mil metros de altitude. O texto menciona um "no futuro", ou seja, não há precisão de quando isso começa a valer. Segue o texto original:


"Por razones médicas y para proteger la salud de los jugadores, el Ejecutivo resolvió que, en el futuro, no se deberá disputar partidos internacionales a una altura superior a los 2,500 m.s.n.m"

Time de La Paz e Quito vão ficar injuriados. Será que agora times da Bolívia e do Equador continuarão a ter chances na Libertadores? E as seleções, vão evitar vexames em Eliminatórias? E o Flamengo, vai parar de reclamar?

O documento cita ainda a confiança absoluta da FIFA em relação aos dirigentes da África do Sul no que toca à Copa de 2010. Então tá!

O link para o texto completo está aqui.

Barueri vence na primeira partida da Arena

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Site oficial do Grêmio Barueri

Na primeira partida do ultra-moderno e pretenso estádio candidato a ser uma das sedes da também pretensa Copa do Mundo de 2014 por aqui, o Barueri ganhou de virada do Criciúma por 2 a 1. O Tigre catarinense bem que tentou estragar a festa preparada pelo prefeito Rubens Furlan (PMDB) para as mais de 12 mil pessoas presentes na partida com Sílvio Criciúma (ex-Portuguesa e Portuguesa Santista) aos 13 do primeiro tempo, mas Pedrão (sempre ele) empatou aos 27. Na segunda etapa, a vitória veio aos 18 com Assis, de pênalti.

O Arena Barueri (que mania de chamar qualquer estádio novo de "arena") já foi motivo de post nesse blog. Hoje, o local tem capacidade para abrigar 20 mil pessoas, mas, quando estiver totalmente concluído em 2008, poderá receber 40 mil. A intenção dos beneméritos construtores do Arena é que até 2010 o estacionamento e o acesso também estejam finalizados. O custo total da obra, feita pela OAS, será de R$ 70 milhões bancados pela administração municipal.

Como várias outras cidades, o município da região oeste da grande São Paulo usa o ISS no valor mínimo para atrair empresas, algumas reais outras nem tanto, e com isso consegue uma boa arrecadação, ainda mais se comparada às vizinhas Carapicuíba e Itapevi, por exemplo. A oposição acusa o prefeito de querer fazer uso político do dito estádio e também do time, que está no futebol profissional há apenas seis anos. Difícil não acreditar que tenham sua dose de razão.

*****
Na ponta, dois paulistas. A Ponte venceu o Fortaleza em Campinas por 2 a 0 e o Marília fez a lição de casa ao superar o Avaí por 4 a 3. Os dois têm sete pontos e são os únicos invictos. Já na parte de baixo, três bandeirantes estão em situação complicada. O Ituano ainda não marcou pontos, o Paulista conseguiu somente um empate e o Santo André tem uma vitória e ocupa a antepenúltima colocação. De um jeito ou de outro, pode ser que haja menos times do estado na Série B de 2008.

A poeta Ana Paula pede respeito

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, A versão alternativa para o título do post seria: "Dia da caça: roubaram a Ana Paula", mas seria muito maldoso, comportamento não empregado no Futepoca em estado sóbrio.

Em tocante declaração oficial, a árbitra Ana Paula de Oliveira diz estar "muito triste pela repercussão deste acontecimento" e ainda saber que tomou "as decisões corretas!" (exclamação dela). Critica o preconceito e o machismo com que foi tratada, mas garante que vai cumprir a punição da melhor maneira possível, quem sabe até buscando aprender alguma coisa. Afirma -se cofiante quanto à própria competência. E segue, em tópicos:

Desculpa à imprensa:
Peço desculpa a toda imprensa por não poder atender de forma formal (sic), como sempre faço, devido um incidente ocorrido na Bahia (BA).

Incidente:
Sofri um assalto na madrugada do dia 25/05/2007 e fiquei sem comunicação alguma, tendo em vista que os assaltantes levaram todos meus pertences.
Para terminar, a musa da arbitragem que teria dito à Playboy (não vi nada, fui informado pelos veículos de imprensa) que uniforme de bandeirinha teria virado fantasia sexual e que pretende um dia apitar uma Copa do Mundo, publica A Mulher como centro de universalização poética, poema de Emanoel Ferreira da Silva, o "Manollo Ferreira", de Juazeiro da Bahia, um desses que circula por e-mail de autoria incerta.


Divulgação PlayboyCalma, ela é só entrevistada. Não
me perguntem a capa, porque
não sei. O que diria eu lá em casa?


Seria hora de desculpá-la antes que ela decida assumir sua verve literária?

E se só o Dualib sair?

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Num daqueles jogos em que o goleiro é o melhor em campo, Corinthians e Atlético Mineiro empataram sem gols no Morumbi, no sábado, 26. Dedicação e correria foi o que viram os mais de 21 mil torcedores presentes ao primeiro empate sem gols do Brasileiro de 2007. O time do Parque São Jorge assumiu a liderança isolada, conquista que vale por menos de 24h, já que cai por terra ao se completar o restante da rodada.

O empate ocorreu no dia seguinte à manifestação Fora Dualib que não foi coberta nem acompanhada pelo corintiano do Futepoca, um relapso. Segundo a página oficial do movimento, tinha torcedor pedindo a saída do presidente com camisetas durante o jogo da terceira rodada do Brasileirão (foto).

O que deixa a todos mais tranquilos é que Marlene Matheus, viúva do ex-presidente Vicente Matheus, foi a primeira entrevistada e principal fonte da matéria do Estado de S.Paulo (só para assinantes) sobre a campanha. Embora não seja mentora da iniciativa, conseguiu atrair holofotes. Agora vai?

China e Estados Unidos: disputa na bolsa, na OMC e na ração de animais

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No dia em que o Pentágono divulgou que o teste do polêmico escudo antimíssil a partir de projétil disparado do Alasca falhou, o mesmo órgão publicou relatório anual sobre o poderio bélico da China. Enquanto o orçamento de US$ 310 milhões requisitados pelo programa correm riscos no Congresso, o terceiro alvo dos aviões de 11 de setembro de 2001 diz que o país do presidente Hu Jintao teria mísseis intercontinentais capazes de atravessar o Oceano Pacífico e outros para abater sistemas de defesa antimísseis.

Toda essa movimentação da sede do poder bélico-militar dos Estados Unidos ocorre em uma semana em que fatos curiosos entre os dois países passaram desligados ainda a espera de uma teoria de conspiração de botequim (literalmente) que desse "sentido" ao conjunto.

Divulgação
Na quarta-feira, as bolsas do mundo, especialmente asiáticas, caíram por um motivo um pouco menos surreal do que o que vem pela frente no texto, uma fala do "mago" Alan Greenspan. Dono do apelido mesmo sem ser o Valdívia, o ex-presidente do Federal Reserve dos Estados Unidos, responsável pelas tarefas que, no Brasil, ficam à cargo do Banco Central, disse que os mercados de capitais na China estavam à beira de uma "correção acentuada".

Ele fez algumas contas (sempre usando o modelo das laranjas, para facilitar, segundo fontes) e disse que as ações de empresas chinesas estavam sobrevalorizadas. O companheiro mercado que não é bobo, também sabia disso, segundo se dizia à boca pequena, mas esperava alguém mais sério vaticinar com todas as letras. Tudo para não parecer um ataque especulativo gratuito de um bando de gente que só sabe ganhar dinheiro. Aproveitaram um fato qualquer – não tão qualquer, porque o Greenspan em breve será o guru inspirador de alguma seita religiosa – para realizar a profecia a marra e realizaram o lucro acumulado nos últimos meses.

Segundo os mercadólogos, esse tipo de coisa acontece ciclicamente depois de períodos de forte alta. Até aí, nenhum ataque especulativo para demolir mercados.

Dois dias antes, foram divulgadas novas acusações de que pelo menos quatro mil cães e gatos morreram nos Estados Unidos contaminados com ração que usava suplementos chineses. A questão estaria em substâncias adicionadas ao gluten de arroz usado na ração. Uma violência contra uma das bases do American Way of Life. As novas acusações investigadas por autoridades chinesas é de que "duas empresas de sua região litorânea exportaram pasta de dentes contaminada, incluindo versões do produto para crianças. Problemas teriam sido registrados em países da América Latina."

Enquanto isso, na Organização Mundial do Comércio (OMC), os Estados Unidos brigam para retaliar a China por conta das violações de patentes no país. O Brasil deve participar como terceira parte no painel (comitê de investigação) instalado a pedidos do governo de George W. Bush.

A ração seria, assim, uma vingança diante da pressão política e econômica instalada de uma disputa crescente que deve levar ou a um conflito militar generalizado ou a nada.

Claro que o citado palco boteco é mais do que suficiente para explicar que a coisa tem todo fundamento do mundo. E também para justificar o fato de incluir três coisas desconexas que, embriagado, não me lembrei de comentar nos dias em que aconteceu.

sábado, maio 26, 2007

Os heróis do Brasileiro de 1995

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Retirado do parceiro Blá blá Gol, recordar é viver... Ana Paula merece mesmo tanto achincalhe?

sexta-feira, maio 25, 2007

...só tomando uma!

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Seis da tarde, fim do expediente semanal. Alguém convida pra ir lá no Zelão tomar um querosene, mas declino do convite. Amanhã bem cedo tenho mudança pra fazer, o goró fica pro sabadão à tarde. Nisso, chega uma companheira de trabalho e intima: "-Sabe trocar pneu?". E lá vou eu, solidário. O carro tava numa ladeira, em frente a uma casa de artigos de umbanda. Começo os trabalhos e, de repente, uma mulher sai na janela do estabelecimento e berra: "-Vocês estacionaram na guia rebaixada! Vou furar o pneu docêis!". Eu e a companheira nos entreolhamos, calados. Começo a apressar o negócio e, do nada, surge um "branco velho", de chapéu e barbona. Fica parado, observando, sem dizer nada. Terminado o processo, entramos no carro e saímos de ré meio quarteirão, a toda velocidade. Deus é testemunha de que eu não ia beber hoje. Mas, depois dessa...

Fora Dualib!

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Estava com o texto pronto e vi abaixo post do Glauco. Vou publicar assim mesmo, pra tirar essa besteira do Torero do topo. Vaio convite oficial do movimento Fora Dualib, que achei no Blog do Juca. José Dirceu, reserva moral da nação, em seu blog, também manifestou-se a favor, o que sempre me preocupa. Torço para que o movimento comece a fazer barulho de verdade. Fora Dualib!


Sob a luz dos lampiões o Corinthians nasceu. E é sob a luz dos lampiões que o Corinthians renascerá!

Nesta sexta-feira, às 20h, na esquina das ruas José Paulino e Cônego Martins, no bairro do Bom Retiro, em São Paulo, acontecerá o lançamento do movimento "Fora Dualib!".
Exatamente no local onde o Corinthians foi fundado, em 1910.
Os organizadores convidam todos os corintianos vivos, e mortos, para a manifestação, que promete se absolutamente pacífica e não pertence a ninguém, senão aos que dela participarem.
Alberto Dualib, ao contrário, se faz de dono do clube, pois desde 1993 é seu presidente, à custa de mudanças de estatuto para permitir reeleições sem fim.
Pede-se que quem puder que leve lampiões para o evento, para relembrar que foi sob a luz deles que o Corinthians nasceu, 97 anos atrás.



Atualizado às 16h35

Fica, Dualib!

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Movimento lançado pelo Torero em seu blog. Subscrevo e convoco quem for brasileiro a me seguir!

Precisamos contra-atacar!

O Movimento "Fora Dualib" faz hoje, às 20h00, sua primeira manifestação, na esquina das ruas José Paulino e Cônego Martins, onde nasceu o Corinthians.
Pois façamos também nós, seguidores do movimento "Fica, Dualib", nossa primeira manifestação. Mas nada de lugar marcado. Sejamos anarquistas. Portanto, cada um, onde estiver, seja no aconchego do lar ou de um bar, às 20h00 erga o seu copo, tenha ele vinho nobre ou cerveja barata, e grite "Fica, Dualib!".
Vamos lá, amigos, não deixemos esta provocação sem resposta!
O sonho não pode acabar!

Os dois melhores quase na final

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Grêmio e Cúcuta tem todas as condições de impedirem uma final Santos e Boca, mas caso a lógica prevaleça o time da baixada e o portenho vão possibilitar o confronto entre os, atualmente, dois maiores jogadores das Américas: Zé Roberto X Riquelme.

Confesso que não sei se tem algum craque na América Central nem na do Norte, mas acho difícil que suplante o que vêem jogando os dois craques que voltaram da Europa.

Ontem, no jogo contra o Libertad, o time paraguaio tinha o placar favorável até cerca de 20 minutos do segundo tempo. O 0 a 0 daria a classificação para a semifinal, já que em Buenos Aires a igualdade fora por 1 a 1. O Boca não tivera até então chances claras de gol, até que Riquelme disputou uma bola próxima ao meio de campo, ganhou num giro de corpo, protegeu até chegar próximo da área contra uns 4 adversários e chutou seco no canto. Golaço...

Depois o Libertad saiu tentando empatar de qualquer jeito e sofreu o segundo gol numa bola boba, de escanteio, e não teve mais nenhuma chance. Mas o resultado foi justo. Fora a genialidade de Riquelme, o Libertad não conseguiu chutar sequer uma bola ao gol durante todo o jogo.

Santos ou Grêmio que se cuidem. Se passarem pelo Cúcuta, os argentinos vêm com um bom time, que além de uma boa defesa tem os talentos de Riquelme, Cardozo e Palacio. E, com alguma boa vontade, o Palermo.

Sobre Santos, Grêmio e Cúcuta, espero que alguém que conheça mais os times comente...

P.S. Votei no Boca como campeão da Libertadores, e nem foi para provocar a maioria Santista deste blogue.

Por que não calam a boca do Montenegro?

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Tem gente que deve achar bonito contribuir pro Festival de Besteiras que Assola o País, o famoso Febeapá. O choramingão Carlos Augusto Montenegro, diretor do Ibope e vice de futebol do Botafogo, é uma verdadeira fábrica de aspas para jornalistas sem pauta. Desde o fato que mídia convencionou chamar de "erros bárbaros" (sic) de Ana Paula de Oliveira, o douto vem falando uma pérola atrás da outra em uma seqüência que faria corar o saudoso (pra quem?) Vicente Matheus.

O dirigente atingiu o auge quando apelou ao machismo sem qualquer tipo de constrangimento. Disse o cidadão, segundo relato da Gazeta Esportiva: “A voz do povo é a voz de Deus (Ana Paula foi ofendida pela torcida do Botafogo, pela lógica, Deus torce sempre pro time da casa). Se ela tivesse errado uma vez acreditaria que é porque é ruim. Mas como foi duas vezes, digo que é mal-intencionada. Talvez estivesse naqueles dias (grifo meu pelo absurdo). O Figueirense não contou com o zagueiro Chicão (suspenso), mas teve a Ana Paula em seu lugar. Ela nos proporcionou um prejuízo de R$ 2,5 milhões com essa eliminação e não chegará mais perto do Botafogo. Nunca vi uma mulher trabalhar em jogos de Copa do Mundo e de Copa dos Campeões. Precisamos de uma operação navalha no futebol”, disse Montenegro.

O mesmo agora revoltado Montenegro era presidente do Botafogo em 1995, e fez troça das reclamações santistas dos "erros" de arbitragem de Márcio Rezende de Freitas. A campanha ridícula do time na Libertadores do ano seguinte mostrou o quanto fazia falta um ábitro chapa. Como o Simon, que meteu a mão no Galo. Só agora o cartola se mostra sensibilizado com uma má arbitragem. Há alguns dias, soltou essa, sobre o jogo que resultou na eliminação do Flamengo da Libertadores (dois pênaltis não marcados a favor do rubro-Negro): "Confesso que vi o jogo e fiquei muito satisfeito com o que aconteceu. Eles sentiram na pele o que é ser roubado. Dizem que ladrão que rouba ladrão acaba só fazendo dois gols quando precisa de três. Mas podem chorar à vontade, Flamengo e Atlético, hoje é o nosso dia de sorrir.".

Ontem, de volta à carga, ameaçou abandonar o futebol (que perda...). "É um dia triste e fúnebre, que eu fico pensando se devo continuar no futebol ou não. Há 18 meses estamos sendo prejudicado, e eu fico sem graça porque estou parecendo um bebê chorão que só reclama". Pelo menos algum bom senso ainda lhe resta...

Denúncia: Ana Paula, suspensa, participa de congresso sobre catarata

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A piada é pronta.

Na agenda da página oficial de internet da assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira, suspensa por três rodadas (que link), consta compromisso na Costa do Sauípe "participando do Evento da Alcon no Congresso de Catarata".

Reprodução



Trata-se do IV Congresso Brasileiro de Catarata e Cirurgia Refrativa, da Sociedade Brasileira de Catarata e Implantes Interoculares. A participação dela, segundo a programação atualizada, é a arbitragem de uma partida de futebol da tal Alcon pela manhã. À tarde, na Sala Bahia III, ela fará palestra especial, com previsão de duração de 15 minutos sobre "A Inovação da Mulher nos dias de hoje", para o qual é apresentada como "Juíza de Futebol da FIFA" (sic).

A denúncia é séria e a fonte, a própria acusada.

Vampeta por tomar cerveja

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Reprodução Espírito do Chopp
Depois de uma semana abstêmio, os médicos do Corinthians liberaram a cerveja na dieta de Vampeta, dois quilos mais magro.

Será que ele não paga uma rodada pros companheiros do Futepoca?

quinta-feira, maio 24, 2007

Ah, a danada...

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Um belo exemplo do dilema que atormenta o homem moderno, ou pós-moderno... Do companherio Xico Sá, retirado do seu blog O Carapuceiro.


A MULHER X A DANADA

- Ou ela ou eu – disse Germana, toda metida no seu vestidinho de palha, no seu Ronaldo Fraga de bananeira.
O pobre do cachaceiro ficou passado, perplexo no seu zarolhismo a 45º de graduação alcoólica.
Arrastá-lo dos bares era um serviço humanitário tão comum à patroa quanto lavar roupa suja ou discutir a relação envelhecida em barris de estrago.
Mas naquele dia tudo seria diferente. Deparou-se logo com a birra da empalhada, que reivindicava, no mínimo, mais gratidão do cachaceiro a quem tanto manguaçara.
- Ou ela ou eu - disse de novo, botando fogo pelas ventas.
Sem permitir a réplica feminina, incendiou mais ainda o ambiente, a Mercearia São Pedro, diga-se, ali no alto da vila Madalena:
- Cansei de te derrubar em colo de vagabunda...
Embora muito educada, uma fofa, a patroa não suportou a humilhação:
- Você está acabando com a vida desse infeliz... Repare só o farrapo humano que virou.
- Ah, minha santa, a graça desse bofe sou eu, Bovary ces´t moi. Dou-lhe verve, ânimo, o luxo da coragem, mato-lhe a timidez e os assombros...
- Desalmada, destruidora de lares, você acaba com o que sobra desse infeliz...
Marquinhos abaixa o portão de ferro.
E a peleja continua:
- O que acaba com essa criatura é a tua rabugice, a tua carranca, já te viste no espelho quando acordas? Que cabelo é aquele, dona?
- Pois saiba que esse desalmado acorda te maldizendo, numa ressaca miserável, sempre como aquele corvo, never more, never more, never more...
- Quando se recompõe volta aos meus caprichos... É um doente por mim, queres devoção maior?
- Eu sou a cura...
- Tu és mesmo um banho frio, sem alma, bálsamo chinfrim... És tão sólida na vida dele quanto um Sonrisal...
- És a ruína desse infeliz...
- Apenas não desejo que ele morra cheio de saúde... Já pensou que triste?
- Cínica.
- Gorda.
- Invejosa, enquanto dás a queda eu dou um colo macio e reconfortante...
- Se ele erra o prumo de casa é por conta da tua feiúra...
- Mas nunca errou o buraco da fechadura...
As duas se engalfinham. A mercearia vem abaixo. Marquinhos levanta o portão de ferro. O sol por testemunha de mais uma peleja entre a mulher e a cachaça. Ah, por isso que eu não quero que me faltem essas danadas. Tão passionais, tão iguais, tão donas das nossas quedas e baques.

Sobre o bairrismo

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A parcialidade da imprensa do Rio de Janeiro ao comentar o duelo entre Botafogo e Atlético-MG foi algo gritante, que rendeu muitas críticas nesse blog e em outros lugares. A tônica para isso foi o constrangimento dos comentaristas para admitir que a arbitragem errou ao não marcar um pênalti claríssimo que favoreceria o Galo no último instante do jogo. O constrangimento, de fato, foi nítido e extremamente condenável.

Mas agora é hora de pensar na outra mão. Nós, paulistas, adoramos atacar com força máxima tudo que vem do futebol do Rio. Uma acusação frequente é denegrir os atletas que lá se destacam como "jogador pra Campeonato Carioca". Qualquer lateral mal-marcado contra o adversário de um carioca já se torna "esquema pra favorecer carioca". Quando um jogador de lá vai pra seleção, é "esquema da CBF"; se não vai, a CBF tá agindo pra facilitar os interesses do time do Rio. E por aí vai.

Enfim, nada diferente do que os cariocas devem falar em relação a SP. Mas enfim:

Acho que é hora de nós, paulistas, revermos os nossos bairrismos - para que não nos sintamos "vítimas" quando os cariocas fizerem os deles.

O tal constrangimento dos cariocas ao admitir o erro do Simon está se repetindo, em igual proporção e jeitão, na hora dos paulistas confirmarem que, sim, a Ana Paula de Oliveira prejudicou ontem o Botafogo. Olha só, admitir que um clube do RJ foi prejudicado pela arbitragem, como assim? A voz corrente - entre imprensa e torcedores - foi alegar que Ana Paula errou, mas "o Botafogo só chegou lá por causa do Simon".

É bom pensar um pouco no que nós costumamos fazer.

Pintou o campeão

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Com a discussão sobre a Copa do Brasil restrita aos erros ou não da Ana Paula, que será punida com suspensão por três jogos, está-se esquecendo de falar dos dois classificados, Flu e Figueirense.

No sorteio, ficou definido que o segundo jogo será em Floripa, e é bom Renato Gaúcho e o Flu botarem as barbas de molho por esse e outros dois motivos.

Apesar de o triciolor carioca ser favorito, o Figueira está com sorte de campeão. Primeiro, errando ou não, ninguém anula gols de times cariocas dentro do Maracanã. Tem de ter peito (ops, não é nenhum comentário sexista). Depois, um chute despretensioso de fora da área, aos 40 do segundo tempo, acabou com as chances do Bota.

O segundo motivo para cautela é o histórico da Copa do Brasil, com Santo André e Paulista campeões.

Claro que também estou forçando a barra porque apostei, em nosso bolão, no Flu como vice. Esse comentário é apenas para esclarecer aos leitores do Futepoca (se os há) que não sou um comentarista neutro.

Ainda o Rei OU O que eu gosto deste fórum é que a gente aprende

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Sob a manchete "'Estarei curado em breve', diz Roberto Carlos", o Estado de S.Paulo repercute entrevista coletiva do Rei concedida em Miami, na Flórida, nos Estados Unidos.

A doença é o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) – 1, 2 e 3 links – que Roberto Carlos diz ter confundido a vida toda com superstição. Como ele andou muito amigado com Luciana Vendramini, ex-diva de adolescentes na década de 80, ex-Paulo Ricardo, ex-TOC, talvez haja influência na ajuda ao diagnóstico.

Mas o tema principal que domina o lead e interessa aqui é: o que fazer com os exemplares de Roberto Carlos em Detalhes, de Paulo César Araújo, recolhido das livrarias em abril. Diz a matéria

O cantor sabe que agora tem um desafio duplo pela frente: sair da pele de vilão em que se enfiou (grande parte da intelectualidade brasileira condenou publicametne seu gesto, gente como o escritor Paulo Coelho e o cantor Caetano Veloso) e, ao mesmo tempo, sar um fim ao lote de 11 mil livros que amealhou e guarda num galpão em São Bernardo do Campo (SP). (o negrito irônico é cortesia da casa)
E vão além:

Ele descartou completamente a possibilidade de autorizar uma nova edição de Roberto Carlos em Detalhes sem as partes que o incomodaram, que se recusa a apontar – diz que se trata apenas de "invasão de privacidade". Segundo Roberto, se ele apontasse os trechos do livro que contém incorreções de informação, aí, sim, estaria cometendo um ato de censura. "Se eu disser 'isso pode, isso não pode', aí é realmente censura. Já propuseram isso, e não aceitei", afirmou. "O livro não saiu de circulação por uma ação policial, mas por um acordo entre as partes. Nada foi imposto. Eu estava dentro dos meus direitos", afirmou.
Entendeu?

E mais, ele garantiu que não vai queimar livros por não ser do seu estilo "fazer coisas tão drásticas". As opções são: guardar para sempre ou reciclá-los. Mas queimar, nunca!

Podia ser mais fácil, Santos?

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Maurício de Souza (portal do Santos)

Logo depois do final do jogo que decretou a vitória do Santos sobre o América mexicano, a companheira Bia, do blog parceiro do Futepoca que estava na Vila Belmiro, desabafou: "Não aguento mais ser o time da virada". Já Carminha, também santista e eminência parda deste blog, comentou: "o Santos parece o Guga dos bons tempos. Faz a gente sofrer o tempo todo".

Detentor de superstições que ficam restritas - por enquanto - ao futebol, não quis praguejar contra a pecha de "time da virada". É melhor virar do que perder, já diria o filósofo, então agradeçamos que a tal virada aconteça. Mas o curioso é que isto tem sido uma constante na história recente do Santos, embora não seja propriamente algo inédito no currículo do time.

Além da reversão do resultado de ontem (1 a 0 no primeiro tempo para o 2 a 1 no final), o Santos também saiu perdendo em casa para o Caracas por 2 a 0 e virou para 3 a 2. Já no Paulistão, obteve um feito inédito de reverter uma vantagem de dois gols de diferença em uma final do estadual e assegurou o título. E tome sofrimento pro torcedor.

Em 2003, o time de Diego, Robinho e companhia, campeão no ano anterior e vice na Libertadores e Brasileiro daquele ano, também era afeito às viradas. no Brasileiro, se não me engano (não consegui confirmar o dado), foram 14 partidas vencidas por virada, um recorde. Lembro de assistir a um jogo na Vila contra o Fluminense (com o já veterano Romário) em que a equipe carioca saiu na frente. Nem eu nem a torcida esquentamos, já estávamos masoquisticamente acostumados a esse tipo de situação. Final, 2 a 1 pro Santos.

Na semifinal da Libertadores de 2003, contra o Independiente de Medelin, o time da casa na partida derradeira saiu na frente, 1 a 0. O Santos virou para 2 a 1 e venceu por 3 a 2. Na despedida de Robinho do time, no ano de 2004, contra o Paysandu, 2 a 0 pro time paraense e virada por 3 a 2 no final. E o menino poderia ir embora de outro jeito?

Mas a virada mais famosa da história do Peixe é mais cheia de significados. Na final do Mundial de 1963, o time de Pelé perdeu por 4 a 2 na Itália. Perdeu não somente a partida, mas o Rei para a volta, no Maracanã. Depois do prélio, a imprensa brasileira (ah, a imprensa...) exaltava os feitos de clube italiano e o esquema inovador com líbero (à época, Maldini, o pai). Era um time de brucutus nativos (que coincidência) como Giovanni Trapatoni, que quebrou Pelé, e o talento ficava a cargo de brasileiros (que coincidência de novo) como Altafini, o Mazola, e Amarildo, o possesso.

No maior público que o Maracanã já recebeu para uma equipe de fora do Rio (mais de 130 mil pessoas), o Milan parecia passear no segundo jogo. Terminou o primeiro tempo com 2 a 0 no placar. A mídia parecia esfregar as mãos e dizer "tá vendo, líbero (vulgo retranca) é o esquema do futuro, o 4-2-4 já era". Mas o time tinha o glorioso José Macia, o Pepe, e virou para 4 a 2, vencendo também a terceira partida por 1 a 0, também sem Pelé e com atuação de gala de Almir, o Pernambuquinho.

Fica a pergunta pro torcedor do Santos: podia ser mais fácil? Claro, podia. Mas acho que a história não deixa que seja assim. Pra falar a verdade, sofro, mas não tenho direito de achar ruim.

PS: o time reserva do Santos que disputa o Brasileiro também é adepto das viradas, mas de uma forma "alternativa", como gosta de definir Vanderlei Luxemburgo, o semiólogo. Nas duas partidas que perdeu, saiu ganhando.

Frango mata esperança da Estrela Solitária

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Enquanto o Fluminense se garantia na final com um empate diante do Brasiliense, em Taquatinga, o Botafogo foi derrubado por um frango de Júlio Cesar aos 44 minutos do segundo tempo. A partida estava 2 a 0, placar igual ao do jogo de ida, em Santa Catarina, o que levava a decisão para a disputa de pênaltis. O chute de Cleiton Xavier tomou efeito antes de quicar a um metro do arqueiro da Estrela Solitária, a partir de quanto não mudou de trajetória. O camisa 1 passou da linha da bola e engoliu o peru.

Nem o gol contra do zagueiro Vinicius aos 48 minutos que deu os números finais ao marcador tiraram a vaga do escrete de Mário Sérgio. Os 3 a 1, embora igualassem em saldo, davam vantagem a quem fez mais gols como visitante.

O resultado mostra que foi acertada a escolha de escalar um mistão no fim de semana contra o Palmeiras no Parque Antártica. Além de conseguir fazer os reservas mostrar em serviço a ponto de apertar a disputa diante de um apagão alvi-verde na segunda etapa, ele segurou a onda em pleno Maracanã.

Ex-parceiros
Os técnicos Renato Gaúcho e Mário Sérgio foram parceiros na conquista do título mundial pelo Grêmio em 1983. O atacante era uma promessa, e fez os dois gols da vitória por 2 a 1 contra o Hamburgo. O meia era um veterano que ainda olhava para um lado e passava para o outro como só o Djalminha foi capaz de reproduzir com a mesma frequência irritante para os defensores adversários.

quarta-feira, maio 23, 2007

Deu Kaká, quer dizer, Milan

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Pois é, o mais importante troféu da Europa ficou com o Milan de Kaká, que mais uma vez decidiu.
Quando ainda estava 1 a 0 para o Milan, jogo indefinido, o craque (quem vai dizer que não?) roubou a bola no meio de campo, conduziu, vislumbrou o espaço, deu um passe primoroso para Inzaghi, que driblou o goleiro e fez um golaço aos 37 do segundo tempo.

O Liverpool até fez o gol que deve ter feito passar o filminho de 2005 na mente rossonera, mas não deu. Desta vez, deu Milan.

MILAN 2 x 1 LIVERPOOL

23/05/2007

Milan
Dida; Massimo Oddo, Alessandro Nesta, Paolo Maldini, Marek Jankulovski (Kaladze); Gennaro Gattuso, Andrea Pirlo, Massimo Ambrosini, Clarence Seedorf (Favalli), Kaká; Filippo Inzaghi (Gilardino) - Técnico: Carlo Ancelotti

Liverpool
Pepe Reina; Steve Finnan (Arbeloa), Daniel Agger, Jamie Carragher, John-Arne Riise; Jermaine Pennant, Javier Mascherano (Crouch), Xabi Alonso, Steven Gerrard, Boudewijn Zenden (Kewell); Dirk Kuyt - Técnico: Rafa Benítez

Estádio Olímpico de Atenas (Grécia)
Árbitro: Herbert Fandel (ALE)
Gols: Inzaghi, aos 44min do primeiro tempo e 37min do segundo tempo; Kuyt, aos 43min do segundo tempo

Futebol inglês renasce com dinheiro estrangeiro

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Enquanto o Milan encara o Liverpool na final da da Copa dos Campeões, o Le Monde soltou uma reportagem em que apontam que a chave para a atual fase do futebol britânico foram tragédias. Liverpool, Manchester United e os londrinos Chelsea e Arsenal estão na elite européia. Em 2005 a final foi a mesma de hoje. No ano seguinte, o Arsenal perdeu para o Barcelona. Em 2007, três semifinalistas da Copa dos Campeões poderiam bradar "God save the queen".

O futebol britânico reinou em competições de clubes do futebol europeu nas décadas de 1970 e início da de 1980, mas foi ao fundo do poço a partir da tragédia de maio de 1985 (39 mortos em Bruxelas em partida do Liverpool) que acarretou em cinco anos de suspensão de competições continentais. Depois, em abril de 1989, no Hillsborough, em Sheffield, 96 pessoas foram mortas esmagadas.

A partir daí, a matéria do Le Monde aponta que os estádios foram reformados e a legislação alterada com controle de acesso e câmeras de vigilância nos estádios. Faixas e qualquer demonstração de organização de torcidas foi proibida, o que não acabou com os grupos de hooligans, que causam hoje mais problemas em outros países do que na terra natal, como lembra o Vermelho.

Mas ainda assim, a ocupação em 1990 caiu de 85% para 30% da capacidade das arquibancadas. O medo de ir ao estádio não havia acabado com a paixão pelo esporte inventado na ilha, e o australiano radicado nos Estados Unidos Rupert Murdoch pôs dinheiro para transmitir a Premier League.

Mas o dinheiro dos direitos de transmissão pagos pelo dono da rede de TV por assinatura Sky e DirecTV (que tentou comprar o Wall Street Journal), Murdoch foi salvador no início e deu tempo para outras transformações. O jornal francês afirma que 43% da receita dos times britânicos vêm da venda da transmissão para a TV, contra 60% dos franceses, que recebem do Canal +.

A grana para contratar jogadores do mundo todo veio de milionários que investem diretamente em ações dos clubes. O sinistro Roman Abramovich, esse ícone do bom-mocismo mafioso da Rússia, investiu no Chelsea por diversão e lavagem de dinheiro. O norte-americano Malcolm Glazer, dono do Manchester, o faz por especulação. Segundo as más línguas, o enganaram originalmente, confundindo futebol com a versão americana do esporte, já que o Glazer é dono do Tampa Bay Buccaneers. E ainda tem os também amigos de George W. Bush, George Gillett e Tom Hicks, da Hicks & Muse, que tanta saudade despertam nos corintianos.

Por um lado, a matéria mostra que a paisagem da cartolagem brasileira, onde só se vê gente de bem, não é privilégio tupiniquim. Por outro lado, todos fazem tudo para lucrar. Os ingleses parecem que andaram conseguindo. O Palmeiras, por exemplo, teve um déficit de R$ 37 milhões em 2006.

Liverpool campeãoooops!

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Por algum motivo ainda não descobrerto, o site do Liverpool soltou antes a hora a matéria preparada para o caso do time vencer o Milan daqui a pouco, na final da Copa dos Campeões. Leia aqui a matéria do Globo Esporte.
Ficou feio.

O que fazer com Júnior

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O veterano lateral-esquerdo Júnior virou um problema para o São Paulo. Encostado depois da escolha de Muricy por Jadílson, o jogador chegou a declarar que preferia mudar de clube. Corinthias, Internacional e Cruzeiro teriam se interessado pela contratação, mas não teriam bala para bancar o alto salário pedido pelo atleta (R$ 150 mil).
Do lado do São Paulo, Muricy Ramalho defende a renovação do contrato, que vence em agosto, principalmente depois de uma suposta retratação de Júnior, dizendo que até aceita a reserva. A diretoria, no entanto, acha que o investimento não vale a pena. O salário de R$ 120 mil é considerado alto para quem fica no banco.
Seguindo a linha do post abaixo: quem quer ficar com Júnior?

Baciada no Brasileirão

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Seu time não vai muito bem das pernas. Investimentos pesados não deram certo, os moleques de baixo precisam de tempo e a torcida está pra lá de impaciente. O que fazer, ó, dirigente? Demitir o técnico. Sim, tudo bem, mas tem um problema. E se você já demitiu o técnico recentemente? Bom, pode-se sempre recorrer a trabalhos espirituais como alguns times grandes já fizeram e fazem até hoje. Mas é um método ortodoxo. Bom, então, sobrou... a boa e velha lista de dispensas, uma das formas mais respeitosas de dizer a uma pessoa que ela não serve mais, o pé no traseiro sem choro nem vela.

Seguindo a fórmula pouco original, Corinthians e Cruzeiro anunciaram ontem suas listas de "desnecessários". No total, dez atletas voltaram ao mercado ludopédico, obedecendo a critérios de cartolas que levam em conta o salário do dito cujo - quanto mais alto, mais dispensável - e seu aproveitamento. Quando o cidadão emplaca os dois requisitos, o diretor abre o sorriso e pensa "esse a torcida vai dar graças a Deus".

Saíram do Parque São Jorge Roger, ex-Galisteu, atual Secco; maior dor de cabeça pro Timão, já que seu salário é de aproximadamente R$ 250 mil e ninguém se atreve a querer levá-lo pagando isso. Foram junto com ele Marcos Tamandaré (aquele), Paulo Almeida e Daniel (coadjuvante e o outro nem isso do Santos de Diego e Robinho), Wendel (by Terrão) e Jean Carlos (quem?).

Já a Raposa mandou embora o lateral-direito Gabriel, também conhecido como filho do Wladimir; o grandalhão André Luiz, zagueiro campeão brasileiro pelo Santos em 2002 e 2004; e o lateral-esquerdo Fábio Santos, ex-um-monte-de-time-sem-se-firmar-em-quase-todos-eles.

A pergunta que fica ao leitor do Futepoca é: qual deles você queria no seu time?

terça-feira, maio 22, 2007

Istambul x Atenas

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Finalmente chegou a hora. Acontece amanhã, a partir das 15h30 do horário de Brasília, a final da Liga dos Campeões da Europa, o campeonato de clubes mais legal do mundo. Milan e Liverpool se enfrentam em Atenas para tirar a limpo a final de 2005, em Istambul, devidamente recordada aqui.

O principal duelo em campo será entre Kaká e Gerrard. São os líderes e a alma de seus times. Por esta temporada, a vantagem aqui é inteira de Kaká. Se o brasileiro continuar fazendo chover, não tem pra ninguém.

Mas há outros fatos interessantes. Maldini, com 39 anos, vai jogar sua oitava final da Liga. Será que, se vencer, ele se aposenta? (eu me aposentaria). Seedorf pode ganhar a quarta taça. Já pelo Liverpool, Reina chega com a moral de ser o herói da classificação para a final. Mascherano é quase uma surpresa. Se firmou no time no finalzinho da temporada e terá a missão de marcar Kaká. Se ele for bem, pode decidir o jogo. Crouch, vice-artilheiro do campeonato com 6 gols (contra 10 de Kaká) pode acabar com a fama de grandalhão desengonçado que ainda tem por aqui.

O principal, claro, é saber se o fantasma de Istambul vai assombrar o Milan. Ou se o benemérito espírito turco vai ajudar novamente o Liverpool com uma atuação memorável. Alguém aposta?

A Copa de 2014 está garantida

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Deu hoje na Agência Estado que a diretoria do Barueri inaugurou nesta terça-feira a Arena Barueri, o novo estádio do clube, que sonha com a possibilidade de receber jogos da Copa do Mundo de 2014.

Num primeiro momento, serão 20 mil lugares disponíveis, o que será ampliado para 40 mil em 2009.

Na empreitada foram gastos R$ 70 milhões, com previsão de gastos de mais R$ 80 milhões para concluir (por que tudo isso para concluir é uma boa pauta para o setorista do Futepoca do Visão Oeste, que já tomou esse furo da inauguração da Agência Estado).

O Barueri estreará no novo estádio no sábado contra o Criciúma, pela terceira rodada da Serie B do Brasileiro. A, E, I, Barueri, Barueri....

Agora Ricardo Teixeira pode ficar tranqüilo, a Copa está garantida.

Só uma pergunta, onde fica Barueri?

"Por que conservadores tiveram uma infância feliz, mas liberais fazem mais sexo"

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Foto: Reprodução
O blog do Pedro Dória destaca estudos citados pela The Economist sobre as diferenças de comportamento entre gente de direita e de esquerda. Aliás, o título deste post é tradução do olho da matéria da revista britânica de viés conservador.

O levantamento é do biólogo evolucionista e mexicano Randy Thornhill (o da foto). A conclusão do moço é que que "quem vem de famílias amorosas e estáveis, tenderá a ser conservador e tradicionalista; quem encontrou instabilidade na infância estará mais aberto a mudanças". Como bom evolucionista, a questão estaria em genes ativados perante uma infância conturbada que empurrariam a indefesa criancinha no espectro ideológico para o lado do pulso que carrega o relógio.

Embora nessa parte Dória admita controvérsias, ele garante que uma conclusão é praticamente irretorquível: "à
esquerda, aceita-se mais as diferenças", o que explica por que "homens de esquerda têm mais parceiras sexuais. (O inverso também vale para as mulheres)".

A interpretação do estudo é claramente conservadora e moralista. Do contrário, haveria mais cuidado no emprego do gênero para identificar parceiros ou parceiras, em respeito à diversidade sexual. Mas isso é notoriamente secundário na discussão.

O estudo tende a agradar parte dos conservadores, que adoram discursos moralistas – ainda que não o sigam necessariamente, segundo fontes – assim como parte dos esquerdinhas, que vão adorar se passar por liberais em termos de costumes e, por que não, comedores, embora muito machismo e sexismo haja nas hostes de esquerda.

Um dos outros lados: manguaça nega
Como não posso desmentir meu lado esquerdinha, resta-me negar, veementemente, as conclusões do estudo. Nego tanto a infância traumática quanto a lascividade nas relações. Ou sou uma exceção, ou o biólogo me persegue pelo que represento para a esquerda.

Terei coro entre os ébrios autores do Futepoca?

Reitoria da USP pode ser desocupada hoje

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Após 20 dias de ocupação do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), os estudantes e funcionários que ocupam o local (cerca de trezentos, segundo fontes estudantis), podem sair hoje. Assembléia maracada para as 18 horas, em frente ao edifício, pode resultar na desocupação. Caso ele não ocorra, não está descartada o uso da força policial, bem ao gosto da grande imprensa, para realizá-la.

Enquanto isso, se fortalece o movimento de greve nas universidades paulistas. Embora haja uma série de reivindicações distintas, o estopim do movimento foram decretos do governador paulista José Serra, que na prática transferem o poder de manejo das verbas das três universidades públicas do estado, USP, UNESP e Unicamp, para as mãos do tucano. Cerca de R$ 5,5 bilhões ficariam à disposição das vontades e desejos do Terminator Serra.

A professora titular de Direito Administrativo da USP, Odete Medauar, em documento publicado no Blog da Ocupação, é taxativa ao dizer não só que as resoluções serristas ferem a autonomia universitária como, seguindo esse princípio, são inconstitucionais. Diz ela que "o dispositivo constitucional é muito claro, ao garantir a autonomia das universidades. Portanto, qualquer ato ou medida que dificulte ou impeça o pleno exercício desta autonomia mostra-se inconstitucional. Assim, ao meu ver, os decretos recentemente editados pelo governo do Estado de São Paulo, relativos às Universidades estaduais, revelam-se inconstitucionais." E completa: "Deixem as Universidades em paz! Cuidem do ensino fundamental e médio!".

Já a Folha de S. Paulo de hoje revela que o secretário de Ensino Superior, José Aristodemo Pinotti, pediu à Suely Vilela, reitora da USP, uma bolsa em um curso de pós-graduação para um assessor de seu gabinete. Datada de 2 de fevereiro, um mês após a sua posse na secretaria criada por Serra e tanto a assessoria da USP como a de Pinotti dizem que o procedimento não é ilegal, pois as fundações ligadas à universidade reservam bolsas de estudos para funcionários públicos em seus cursos. Mas se não é ilegal e se fazem crer que não faz diferença, porque Pinotti enviou a carta?

Coração dividido no fim de semana

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Passada a segunda rodada do Brasileirão, os favoritos (a quê? primeiro item para debate entre os cada vez mais ausentes comentadores) Corinthians e Palmeiras voltam a campo respectivamente contra Atlético Mineiro, no Morumbi, no sábado, e São Paulo, no mesmo palco, domingo.

A maioria da comunidade do Futepoca estará mobilizada nos dois dias de confronto. Dada a natureza persecutória dos autores não-sãopaulinos contra os tricolores no blog, no domingo a tendência é um coro anti-time do Juvenal Juvêncio. A vitória importante na estréia sobre Flamengo (embora combalido) e o apertado 2 a 1 sobre o mistão do Figueirense significam nada diante de um eventual revés palestrino. Para o São Paulo, uma derrota representaria mais lenha na fogueira da crise que se avizinha. Uma vitória não garantiria seu fim, mas provavelmente significaria a retomada de contribuições tricolores para o conjunto de posts do blog.

Agora, no sábado, a divisão promete ser mais ampla. O Futepoca só tem um corintiano e um atleticano. A vitória do alvi-negro paulista sobre o Cruzeiro no Mineirão, por 3 a 0 não livraram o time da mácula de time em crise, fraco e com grandes chances de ser motivo de chacota, como ocorreu historicamente na publicação. Ainda que, por questão de caráter, alguns dos torcedores se sintam impedidos de querer bem ao time de Parque São Jorge, a possibilidade de achincalhe do campeão mineiro, recém-promovido da Série B, não é descartada pelos manguaças.

Há mais emoção prevista para o fim de semana do que provocações gratuita nesse post.



P.S.: Em tempo, o Santos, cujos torcedores dominam quatro cadeiras do blog, enfrenta o líder Atlético Paranaense, na ex-Arena da Baixada. Os 6 a 3 da estréia, e o 2 a 1 do segundo jogo, garantiram a liderança no critério de desempate de cols marcados. A disposição paranaense de se manter na ponta é um desafio para Luxemburgo tomar vergonha e parar de ignorar o Brasileiro. Uma terceira derrota, mesmo com mistão, seria imperdoável até para os mais comedidos afrontadores.



Corrigido às 15h30

segunda-feira, maio 21, 2007

Deus me livre dos narradores e comentaristas

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O tema da qualidade das narrações e dos comentários nas transmissões esportivas é recorrente aqui no Fupepoca, mas deixem eu acrescentar um pouco de regionalês na análise.

É impossível para quem não torce para time de São Paulo ou Rio assistir ou ouvir qualquer transmissão. Começa pela desinformação: não acertam o nome nem a posição de nenhum jogador. Por exemplo, ontem na transmissão do SporTV de Galo e Botafogo, toda hora o narrador trocava o Ricardinho (lateral) pelo Lima (zagueiro). Sem contar que Éder Luiz virava Danilinho, que virava Marcinho etc.

Mas fora os comentários que se repetem de que o Botafogo joga bonito, que é carrossel holandês, há a verdadeira torcida, que irrita. No jogo de ontem o tal de Lofredo (não sei o primeiro nome) foi extremamanente parcial. No pênalti contra o Atlético diz que foi "com certeza". Bem diferente da postura do jogo anterior em que o Paulo César Vasconcelos disse que se "o Simonsen não deu é porque não viu". Como se fosse possível entrar na cabeça de alguém para saber o que viu ou não.

Mas no jogo de ontem, dois outros lances: num, em que a bola bateu na mão de um jogador do Botafogo dentro da área claramente, disse que não bateu na mão e se batesse o jogador "não teve a intenção". Só gostaria de saber como ele soube disso. Depois, num lance na área do Galo, disse que uma bola havia batido na mão do zagueiro Lima do Galo e que era o mesmo caso do lance anterior: sem intenção. Vem o replay da imagem, que mostra que claramente a bola bateu nas costas do jogador. Aí todos ficam calados.

São bobagens, nada decisivo, mas que essa parcialidade o tempo todo irrita. Será que é o caso de pedir que, como acontece com os juízes, fossem escalados narradores e comentaristas de outros estados quando ocorrerem jogos times de SP-RJ contra qualquer outra parte do país? Se bem que, pelo baixo nível das arbitragens, acho que não adiantaria nada...

20 mil, francamente achei barato

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À Terra Magazine, Antonio Carlos Magalhães explicou, pedagogicamente, que a máfia das construções "é mais um escândalo praticado pelo PT", apesar de envolver outros partidos, incluindo o seu próprio. Aliás, não bastasse alcançar o ilibado Partido Democrata (DEM), chegou ao clã.

Sem deixar de falar grosso contra o governo, pediu punição ao sobrinho Paulo Magalhães (DEM-BA), caso o elo com a Gautema, empreiteira apontada pela operação Navalha como centro de um esquemão de propinas em obras públicas, se confirme. Mas R$ 20 mil, que é "um preço muito barato" para ACM.

Ao trecho:

Pelo relatório, ele (Pauo Magalhães)teria recebido R$ 20 mil de um funcionário do Zuleido (Veras, empresário, dono da Gautema) no próprio gabinete. O senhor não falou com ele sobre esse assunto?
Não. Não teve comigo. E se estiver implicado, tem que pagar o preço. Agora, acho um preço muito barato.

O quê? R$ 20 mil?
Sim (risos).

O senhor acha que deveria ser mais?
Eu não acho que deveria ser mais. Mas R$ 20 mil que recebe suja tanto quanto quem dá (o dinheiro).


FIFA registra "data histórica"

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O site da FIFA publicou hoje um texto saudando o milésimo gol de Romário. A entidade esclarece que, “como Pelé” (de cuja carreira são reconhecidos 1281 tentos), Romário incluiu na sua conta pessoal gols feitos em jogos não-oficiais para chegar à marca histórica. Muito se discute se a contagem do atacante é válida. Tem um texto legal do Paulo Vinícius Coelho ("Perguntas e respostas para quem contesta e quem defende os mil gols de Romário") em que PVC é taxativo: "Eu defendo", postado quando a conta ainda estava em 998 gols.

Bom, em todo caso, segundo a entidade máxima do futebol, a data de 20 de maio entrará para a história do futebol.

O texto fala da ironia de o gol mil do Baixinho ter sido feito justamente pelo Vasco da Gama, o time que levou o milésimo de Pelé, em 19 de novembro de 1969.
A FIFA encerra sua homenagem ao craque vascaíno com a seguinte frase : “"Romário de Souza Farias, o mundo do futebol te saúda".

Dia da cachaça. De Minas para o mundo

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Foto: Planalto/2005
Ex-presidente Itamar Franco (foto). Tradição de presidentes com apreço pela chambirra é estratégia comercial.



Em 2001, a assembléia legislativa votou e o então governador de Minas Gerais Itamar Franco assinou em baixo. Estabeleceu-se que o primeiro dia de colheita da cana-de-açúcar no estado seria instituído como Dia da Cachaça.

Em alguns alambiques, segundo apurações extra-oficiais, o dia 21 de maio, desde então passou a ser a antevéspera da colheita, porque vira motivo de bebedeira, seguido de uma jornada de ressaca.

O mesmo governador foi o responsável por estabelecer que a marvada seria a bebida oficial de eventos do Poder Público. Em 2003, com a conquista do registro de "Cachaça" para destilados de cana-de-açúcar produzidos no Brasil – não me venham com rum – junto à Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), o produto ganhou mais campo para ser exportado. O apreço pela que matou o padre nada mais é do que opção comercial.

Como o Futepoca só degusta, o que nos resta neste Dia da Cachaça é brindar.

domingo, maio 20, 2007

A respeito de Alvinegros

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Éverton Santos comemora o 1º gol do Timão (site oficial do Corinthians)


Depois de algum tempo, o Corinthians deu uma alegria legítima para o seu torcedor nesse domingo. Uma vitória por 3 a 0 fora de casa, contra um dos grandes do futebol brasileiro, não ocorre todo dia. Mas convém contextualizar a partida.

O ataque do Parque é veloz com Everton Santos e Willian (que dá rapidez ao time, mas tem dificuldade tanto na assistência quanto na finalização), entretanto encontrou facilidade extra não só porque o Cruzeiro deu muito espaço na marcação como também em função de duas falhas individuais estapafúrdias dos defensores azul celeste, que deram o segundo e o terceiro pênaltis para os alvinegros.

Léo Fortunato honrou o sobrenome e foi para a equipe mineira o que seu xará guarda-costas foi para Getúlio Vargas. Seu parceiro Gladstone só complementou a tragédia para os mineiros. Do lado corintiano, o goleiro Felipe fez excelentes defesas e só confirma o que já foi dito nesse blog: é um bom jogador e tende a se tornar ainda maior atuando agora em uma equipe grande.

Carpegiani inicia seu trabalho no Corinthians ajeitando a defesa e já colhe resultados. Até onde o time pode ir, é difícil saber. No papel, nenhum atleta excepcional, mas, no Brasileiro, não existe nenhum grande time. Se a diretoria deixar, vexame o Timão não vai passar. Já o Cruzeiro, com uma diretoria trapalhona e desgastada e a torcida jogando contra, tem um futuro menos promissor. Dá pena de ver alguns bons jogadores como Gabriel e Araújo se desdobrando em um time que parece um bando confuso jogando pelada. Dorival Júnior vai passar por uma verdadeira prova de fogo.

*****

Na partida contra o Sport, só Adaílton, suspenso na partida seguinte da Libertadores, de titular, em uma equipe com atletas que sequer sentam no banco em geral. No segundo jogo contra o América (RN), só Fábio Costa e mais um amontoado de reservas. Preservar os titulares é uma opção que muitos técnicos fazem quando tem um torneio mais importante a ser disputado.

O curioso, no caso da opção de Luxemburgo, é que nem no Paulistão ele usou times formados totalmente por reservas, e utilizava de vez em quando dois ou três titulares, até como forma de manter a espinha dorsal do Santos. Mas além de usar só suplentes a essa altura do Brasileiro, a clara impressão que fica é que, com essa ridícula mania de fazer mistério na escalação, o time reserva simplesmente não é treinado, o que resulta em um desentrosamento de dar dó ver em qualquer clube profissional.

Na partida contra o Sport, a defesa, com três zagueiros, bateu cabeça o tempo todo, o meio campo não protegia e deu no que deu. Já sábado, cada escanteio contra a meta santista era perigo de gol e a vitória aconteceu com três bolas alçadas na área (duas de bola parada) já que, incrivelmente, era claro que ninguém sabia quem pegava quem, liçãozinha óbvia de qualquer treinador de Série B do Paulista. Ou seja, não treinaram e não foram orientados. Priorizar a Libertadores é compreensível, desprezar totalmente o Brasileiro é inaceitável.

*****

A maior parte do país ficou sabendo do milésimo gol de Romário pelo Faustão. O apresentador gastou uma plêiade de adjetivos para incensar o Baixinho. Com certeza, uma homenagem à altura do feito do artilheiro.

Para Marco Aurélio Cunha, eliminação da Libertadores foi causada pela "soberba"

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Arquivo AE

O superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, concedeu entrevista ao portal G1. Ao contrário de outras ocasiões, Cunha falou de forma mais séria, embora não tenha perdido a oportunidade de cutucar seu alvo predileto, o Corinthians, e analisou as razões da eliminação do São Paulo no Paulistão e na Libertadores. Mais humilde, embora com os arroubos de "dirigente apaixonado" de sempre, ele também negou a interferência de Juvenal Juvêncio na escalação da equipe. Os principais trechos abaixo:

Qual a avaliação da diretoria sobre as fracas campanhas do São Paulo no Paulistão e na Libertadores?

Marco Aurélio Cunha: Pela estrutura, organização, elenco e comissão técnica que temos, as campanhas foram frustrantes. Porém, eu preciso analisar profissionalmente. O São Paulo estava acostumado a chegar em todas as finais no ano passado e isso gerou um desconforto nas eliminações precoces deste ano. Mas analisando o futebol mundial, principalmente na Europa, isso também aconteceu com grandes clubes como Barcelona, Real Madrid e Milan. É preciso ter paciência.

O que aconteceu na eliminação contra o São Caetano? É normal sofrer uma goleada por 4 a 1 nas semifinais do Paulistão, em pleno Morumbi?

Marco Aurélio Cunha: O jogo estava equilibrado, mas fomos muito mal no segundo tempo. Sofremos dois gols, um em cima do outro. A equipe não estava acostumada com essa situação, se desestabilizou e foi eliminada merecidamente. Os jogadores sentiram o golpe, ficaram psicologicamente abalados, e empataram com o Audax Italiano, na Libertadores, em casa, e o São Paulo acabou enfrentando o Grêmio, em uma chave forte nas oitavas-de-final.

Mas o elenco do São Paulo não conta com tantos jogadores experientes? Por que os jogadores ficaram tão abalados por sofrer dois gols rapidamente do São Caetano?

Marco Aurélio Cunha: Por ser uma situação nova. Nunca havia acontecido isso com a nossa defesa. Por exemplo, tem time que está acostumado com as dificuldades e pronto para fugir da zona do rebaixamento. Eles são se abalam com situações adversas. Vejam o caso do Paraná, Juventude e Figueirense. Todos reagem bem quando estão no sufoco. Já os grandes clubes, como Palmeiras e Grêmio, se desesperam nas dificuldades e acabam rebaixados. Foi isso que aconteceu com o São Paulo no Paulistão.

Qual a avaliação da diretoria a respeito da fraca campanha do São Paulo na Libertadores?

Marco Aurélio Cunha: Foram vários os fatores. Mas o principal deles foi a soberba de alguns jogadores, que passaram a achar que jogavam muito mais do que realmente eles jogam (Marco Aurélio prefere não citar nomes). O fator psicológico pela eliminação no Campeonato Paulista também pesou contra o Grêmio. Tudo isso fez a comissão técnica e a diretoria rever alguns conceitos em relação ao elenco. Não cairemos na vala comum de achar que está tudo certo. Por isso, o Muricy mexeu a equipe na primeira rodada do Brasileiro.


Depois da eliminação da Libertadores, o presidente Juvenal Juvêncio esteve no clube e conversou com o Muricy e os jogadores. A bronca foi geral e, curiosamente, o treinador mudou o time titular na estréia do Brasileirão. O presidente escalou o São Paulo?

Marco Aurélio Cunha: Isso é um absurdo. Vou revelar um segredo. Ninguém da diretoria conversou com o Muricy. Somente o presidente, em uma conversa reservada com o treinador. Nem eu estava presente. O presidente não interferiu. Ele interveio, o que é muito diferente. Perguntou o que estava acontecendo com o time. Deu apoio para o treinador mudar o que estava errado. Fez um balanço das derrotas, mostrando sua opinião sobre quais titulares poderiam ter dado algo a mais, qual os reservas que estão jogando mais. Uma conversa em alto nível.

O Muricy está consciente que com o elenco que tem em mãos ele tem a obrigação de, ao menos, classificar o São Paulo para a Libertadores em 2008?

Marco Aurélio Cunha: Eu detesto a palavra obrigação no futebol. Eu diria que o Muricy tem o dever de conseguir a vaga na Libertadores. Pelo elenco que temos, a nossa meta não poderia ser diferente.

O São Paulo vai negociar alguns dos seus jogadores na abertura do mercado europeu?

Marco Aurélio Cunha: Eu diria que sim. Sempre alguém deixa o clube. Não dá para falar que não receberemos propostas da Europa. O Ilsinho, Alex Silva, Miranda e Souza sempre têm proposta. Um deles deve sair.

O São Paulo é o favorito para a conquista do título brasileiro?

Marco Aurélio Cunha: É um dos favoritos, mas não o melhor time. Santos, Grêmio, Cruzeiro, Internacional, e até o Palmeiras vão brigar pelo título. Também pode ser que apareça alguma surpresa.

E o Corinthians? Você não aponta o rival como um dos candidatos ao título?

Marco Aurélio Cunha: O Corinthians está investindo na seleção do Interior de São Paulo (risos). Eu acredito que seja o caminho certo, pois não tem mais uma parceria forte para fazer contratações. Não acho que corra o risco de rebaixamento, mas não tem condições de brigar pelo título. Tecnicamente, o Corinthians tem camisa, mas não tem um grande time. É uma incógnita.