Destaques

quarta-feira, junho 27, 2007

Beting sobre o Vavá: foi muito legal

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Momento umbigo-babão.

Em entrevista ao podcast parmerista do Mondo Palmeiras, o comentarista Mauro Beting citou o encontro com os manguaças do Futepoca no bar do Vavá. Usou isso como exemplo do quanto ele gosta de brigar com quem o xinga, especialmente os que o fazem com nível.

Ele citou o frio de 14ºC na noite de Pinheiros, mas disse que a conversa foi muito legal. Segundo o comentarista ele "já tinha um amigo" entre os autores do blog antes da conversa. Foi a primeira manifestação pública sobre o evento detectada pelo serviço de clipping embriagado. Ele não mencionou a arregada generalizada, negada pelos membros do Futepoca, nem a lista de ofensas que incluía adjetivos como "pernóstico", "intolerável", "enganador", "bem-humorado como o pai", "mero compilador de dados de internet". Em outras palavras, muito carinho.

Outra revelação de Beting na entrevista – sem nenhuma relevância – é que ele não usa peruca, mas fez uma prótese capilar. Além disso, teve que responder porque não defende o Palmeiras na TV, porque não considera a Copa Rio de 1951 como mundial, e sobre a diretoria alvi-verde.

Fazendo uma demagogia básica, ele disse que gosta muito de acompanhar os blogs, porque acha que eles são o futuro, ou melhor, o presente das comunicações. "Por que eu sou melhor do que vocês aqui do Mondo Palmeiras ou do que o Observatório Verde?" (citação de memória).

A pergunta correta (ou invejosa?) é: por que alguns recebem salário para falar e assistir futebol e outros fazem isso de graça, incluindo política e cachaça?

O melhor programa de rádio palmeirense
O podcast do MondoPalmeiras (em MP3 de 29Mb, fica aos 45 minutos, mais ou menos) é gravado semanalmente e tem, como trilha sonora de fundo o hino do alvi-verde imponente em loop infinito. In-fi-ni-to. Nem no Palestra Itália se vê uma coisa assim. Bravo!

O horror

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ficamos sabendo, como se fosse algo normal, natural e necessário, que uma "megaoperação" policial no Morro do Alemão, do Rio de Janeiro, nesta quarta, deixou cerca de 20 mortos até o momento.
O que é isso? Limpeza étnica? Todos os mortos são "traficantes", como costuma enfatizar a imprensa (sempre divulgando os termos e verdades oficiais?) quando qualquer pobre, de preferência negro, suspeito ou não, é morto na Cidade "Maravilhosa"?
Todo esse morticíno insano serve para deixar o Rio "limpo" e preparado para que os turistas cheguem para o Pan e encontrem uma cidade segura?
Volto a Pasolini, que, ainda nos anos 70 do século XX, defendia que a importância das notícias sobre crimes era subestimada pela imprensa e que, na verdade, os crimes deveriam ser pauta de política, por revelarem algo muito mais sério e profundo do querem fazer supor os donos do poder. Nesse caso, crime oficializado e praticado pelo Estado.
Enfim, é o horror.

Mentiras

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Reproduzo do Blog do Juca. Claro que, sem desconfiar do blogueiro, se sua fonte é assessor próximo de Kia, pode haver algum ruído nas informações, favorável ao iraniano. Mas aí vai.

Aos corintianos
Acabo de conversar com Fernando Mello, assessor de imprensa da MSI, e jornalista em quem confio. Ele assegura que não é verdade que Alberto Dualib e Kia Joorabchian chegaram a um acordo.Que não é verdade que Renato Duprat assumirá a MSI no Brasil.Que não é verdade que o empresário Pini Zahavi assumirá qualquer papel na MSI, embora possa ter feito, como outro empresário de atletas qualquer, um acerto com o presidente corintiano. Mello nega qualquer possibilidade de Tevez voltar ao Corinthians. Tudo que o jornalista, que fala diariamente com Joorabchian, desmente, tem sido plantado na imprensa nos últimos dias por cartolas da situação, alguns até com posto de delegado de polícia, o que, definitivamente, não colabora para a fé pública que deveriam ter.

E agora, Congresso?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

É impressionante como o Legislativo brasileiro só se mexe por conta de escândalos. Quando não é na produção destes, é na tentativa de apagar o incêndio por estes proporcionados. Atualmente o assunto é a cassação (ou não) de Renan Calheiros; o tema será sucedido pela discussão das irregularidades de Joaquim Roriz; e antes desses vieram tantas outras confusões que nem vem ao caso ficar citando.

O mais complicado é detectar que o trabalho do Legislativo praticamente pára por conta disso tudo. Convenhamos, os deputados e senadores brasileiros já não são os maiores adeptos da labuta, haja vista suas férias prolongadas e a semana de três dias; mas quando uma confusão se configura, aí que isso fica mais perceptível que nunca.

Tomemos como exemplo o caso da emenda 3. O assunto estourou no início do ano, vindo na esteira da criação da Super Receita. O projeto era polêmico e retirava dos fiscais do trabalho o poder de apontar se uma relação entre duas pessoas jurídicas era fraudulenta. Lula vetou a emenda, o Congresso estudava derrubar o veto presidencial, o ministro Guido Mantega ficou de apresentar uma contra-proposta consensual... e até agora nada!

Ficamos tão preocupados em ver se Calheiros pagou ou não sua pensão à Mônica Veloso que deixamos passar esse debate, dos mais importantes para todo o universo trabalhista. Sabe aquela história de "urgente/importante", que diz que se ficarmos unicamente focados no "urgente" não cuidamos do "importante", que é o que realmente deve ser levado em conta? Então.

Estrelato de Ana Paula não atrai mulheres à arbitragem

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A celebrização alcançada pela bandeirinha Ana Paula Oliveira, a mais falada no Futepoca e no jornalismo esportivo, não deve representar mais interesse de mulheres pela carreira de árbitra. A avaliação é de Roberto Perassi, diretor da Escola de Árbitros da Federação Paulista de Futebol (FPF), no GloboEsporte.

"Não creio que mais meninas se interessem pelo curso pela Ana Paula sair nua", calcula Perassi. "Mas tudo é possível", filosofa. Ele avalia que as meninas podem acreditar que seja fácil encontrar o atalho para o "estrelato" pelo apito (ou pela bandeira), mas se gente com esse tipo de pensamento aparecer, e, "se passarem pelo teste, vão ficar nas primeiras aulas".

Aliás, o teste a que ele se refere foi o motivo de uma bela forçada de barra da matéria citada. O título diz que a FPF quer "detectar", por meio de um teste psicológico e físico do Instituto do Coração, o perfil dos árbitros e se há condições de saúde para a função. Pautado, o repórter foi com a tese de que a entidade queria perceber se alguma moça candidata a ter a mãe efusivamente xingada quereria posar nua na Playboy.

Hein?

"Lógico que o exame não vai detectar se a pessoa pensa em sair nua na Playboy, mas esse teste nos ajuda a mostrar muita coisa, como algum distúrbio ou problema físico", disse o Perassi. O teste foi realizado já no ano passado, depois de a Ana Paula Oliveira posar para a Trip com fotos já baixamente publicadas aqui. Mas na ocasião, ninguém teve essa idéia brilhante de pauta desmentida na fala do diretor da Federação.

Foto: Divulgação

Depois de reprimendas, a opção foi por uma foto discreta da moça.

P.S.: De tanto escrever sobre a Ana Paula Oliveira, comecei a achar que estava forçando a barra, exagerando. Mas essa matéria do Globo Esporte e outra, manchete do TerraMagazine, tirada do Blog do Boleiro, chamava para uma nota de "bastidores" sobre o ensaio da moça na Playboy. Eram três informações que nada revelavam, incluindo o fato de ela estaria "bem desenvolta" e, segundo quem viu, não teria celulite.

Palmeirense compromete Richarlyson na TV

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Deu na coluna Zapping, do Uol:

De Milton Neves, ontem ao vivo no "Debate Bola", da Record, para José Ciryllo Junior, vice- presidente do Palmeiras: "É do Palmeiras o jogador que vai assumir na televisão que é homossexual?" Cyrillo respondeu: "Não, o Richarlyson quase foi do Palmeiras. O procurador dele assinou um pré-contrato com o Palmeiras, mas no dia seguinte ele foi para o São Paulo". "Você chutou o balde", disse Milton Neves.

terça-feira, junho 26, 2007

Ana Paula de Oliveira e Simone de Beauvoir

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O título da publicação pode ser estranho, mas estou devendo um post sobre o tema (aliás recorrente) que se segue, aos companheiros e, principalmente, a todas as mulheres do blog, ou seja, Thalita. E, claro, a nossas colaboradoras nos comentários, entre as quais a “eminência parda” Carmem.

Começando pela Ana Paula de Oliveira. Para mim, descontando os dotes físicos admirados por muitos (ou não, dependendo do caso), a moça tem outras qualidades. A discussão sobre se ela pode ou não, deve ou não ser promovida a árbitra é um debate desfocado. Por quê? Porque é lógico que deve e pode. Afinal é, tecnicamente, uma das melhores banderinhas (hoje se diz auxiliares) do estado de SP.
Sendo assim, se ela tem ambição de ser juíza, nada mais justo que seja. Já que falamos do deplorável Heber Roberto Lopes abaixo, por que esse infeliz pode apitar e ela não?

Preparo físico
Quanto ao preparo físico, é ou seria absurdo exigir de uma mulher o mesmo desempenho físico de um homem. Se fosse assim, homens e mulheres poderiam competir na mesma maratona, por exemplo, e não haveria modalidades femininas e masculinas no atletismo ou outros esportes.
O problema da Ana Paula não tem nada a ver com ela ser mulher. É o mesmo problema de Márcio Rezende de Freitas e Carlos Eugênio Simon: árbitros tecnicamente bons, mas cujas intenções me parecem muitas vezes obscuras em jogos-chave. Não precisa lembrar de exemplos de arbitragens desses dois senhores, né.

Gosto da Ana Paula tecnicamente, mas ela protagonizou alguns episódios estranhos. Por exemplo, o gol do Tevez absurdamente anulado em 2006 (Palmeiras x Corinthians, pelo Paulista) e o do Jonas contra o São Paulo na Vila, este ano. A intenção das duas decisões (provavelmente não da Ana Paula, mas de superiores dela) parecia ser evitar, nos dois casos, que o Santos disparasse na liderança (o Palmeiras precisava vencer em 2006 e o São Paulo no mínimo empatar em 2007), pro campeonato continuar emocionante. Ela parece aquele tipo de profissional da arbitragem escolhido a dedo para determinadas situações. Caras de esquema, embora (ou talvez por isso mesmo) reconhecidamente competentes.

Futebol feminino
Com o perdão da prolixidade, falta falar de futebol feminino. O que eu disse em comentários anteriores (e faz tempo queria escrever sobre isso) está a anos-luz de distância de ser contra, ou de ser uma postura machista. Pelo contrário, apóio, acho que deve ter patrocínio, espaço na mídia e ser viabilizado pela CBF, que não está nem aí.
Mas, particularmente, eu não gosto de assistir, e só isso. Assim como não gosto de vôlei masculino, que acho chato (só tem força bruta); como gosto de tênis, seja feminino ou masculino; como não gosto de boxe feminino; como não gosto (a não ser grandes e/ou decisivos jogos) de basquete, tanto masculino como feminino.
“Pão ou pães, é questão de opiniães” (Guimarães Rosa).

Simone de Beauvoir
Se tem uma escritora que eu li muito e adoro (e já escrevi sobre) é Simone de Beauvoir, autora de O segundo sexo, Memórias de uma moça bem comportada, Balanço final, A cerimônia do adeus, A convidada e muitos outros, só para ficar em alguns grandes livros dessa romancista e ensaísta que dispensa comentários e que alguns jornalistas, inclusive franceses, toscamente diziam ser “a mulher de Sartre”.
Por isso tudo é que fiquei bastante contrariado ao ser chamado de machista, semanas atrás.
Pronto, esclareci (espero).

Dualib tem um amiguinho novo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Meu time tem novidades. Melhor dizendo, o presidente do meu time. Segundo informou o vice-presidente Jurídico do Corinthians, o delegado de polícia Ivaney Caires, ligado a Dualib, no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta (excelente fonte), o octagenário ditador corintiano volta de sua estada no valho continente com um monte de dinheiro e novos amiguinhos para brincar.

A primeira e mais bombástica é a ressurreição da MSI, que parecei ter sido esquecida depois de todas as pendengas e palhaçadas. Kia Joorabichian, o grande culpado, está fora da presidencia da empresa, que passa agora para o agente de futebol Pini Zahavi (segundo o blog do Roque Citadini: israelense, dono da empresa HAZ Football Worldwide Ltd., de sua filial argentina HAZ Sport Agency e participante do grupo Gol International). Os antigos investidores (homens misteriosos) teriam vendido sua parcela da empresa para novos (ainda sem nome, que estranho), representados por Zahavi.

Dualib teria refeito o contrato da parceria, que agora estaria “em absoluta ordem”, nas palavras de Caires. Segundo ele, os novos investidores não querem carregar as acusações de “dinheiro sujo” que pairavam sobre Kia. Como sustenta Citadini, é uma confissão de que o contrato antigo era uma tranqueira.

Os “novos investidores” teriam se comprometido a liberar uma verba de 20 milhões de euros – cerca de 60 milhões de reais – para o clube saldar dívidas.

No pacote de novidades, Dualib acena com a volta de Carlitos Tevez (na trilha sonora, entra uma cúmbia). Caires diz que Tevez cansou das promessas de Kia e quer voltar ao Corinthians apra se valorizar antes de voltar ao futebol europeu. O problema seria o salário do atacante, hoje em torno de 200 mil euros, que os novos amiguinhos estariam tentando arranjar como bancar. A avaliação é esquisita, quando se tem notícias de que Tevez teria propostas de pelo menos uns três clubes da elite européia.

Junto com isso, Caires anunciou que o time tem propostas européias por três jogadores: Zelão (5 milhões de euros) Everton Santos (mais 5 milhões) e William (15 milhões de euros). Destes, só o meia seria vendido, juntamente com Eduardo Ratinho, para o Benfica, em transação ainda não confirmada. Essa notícia casa com avaliação de Citadini sobre o reinado de Pini Zahavi no Timão: “O que teremos nos próximos meses será um aumento considerável de compras e vendas de atletas: afinal é este o mecanismo de atuação de Pini no futebol. O israelense possui forte presença no Benfica e também razoável ação na Argentina. Tem fortes vínculos com os russos que hoje vivem em Londres e é precursor da idéia de se criar um mercado paralelo de jogadores, vinculado-os a empresas e não aos clubes, espalhando-os por times de acordo com seus interesses de promoção e vendas”.

E agora, o Corinthians se tornará um entreposto de jogadores? Vamos alugar um esquadrão de craques do tal de Zahavi, numa versão macro do esquema do Bragantino no Paulistão? Ou tudo continuará rigorosamente na mesma porcaria de sempre? Aguarde notícias nas páginas policiais. (Informações do site TimãoNet)

Cada país tem o craque que merece...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

... embora eu ainda não saiba o que significa isso em relação ao ex-anônimo Afonso.



A torcida do do Heerenveen venera o atacante brasileiro, a ponto de cantar uma paródia da música "You are my sunshine" em homenagem ao jogador.

Segue a letra:
You are my Alves
Afonso Alves
You make me happy
When skies are gray
Cause when it's boring
You just keep scoring
Oh please don't take
My Alves away

“Foi uma coisa feia”

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Às 4h30 da manhã de sábado, a empregada doméstica Sirlei Dias Carvalho Pinto, 32, foi assaltada e espancada por cinco indivíduos num ponto de ônibus na av. Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Os agressores, descobertos pela placa do carro que usavam, anotada por um taxista que testemunhou a agressão, foram cinco rapazes de classe média, todos universitários: Rubens Arruda, de 19 anos, estudante de direito, Rodrigo Bassalo, 20, estudante de turismo, Felipe Macedo Nery Neto, 20, estudante de direito, Júlio Junqueira, 21, dono de um quiosque na praia da Barra e estudante de gastronomia, e Leonardo de Andrade, 19, técnico em informática.

Os cinco foram identificados pela vítima e estão todos presos. Segundo ela, quatro participaram diretamente do ataque, enquanto o outro ficou rindo e debochando. O caso inverte a lógica mais comum dos crimes de nossa sociedade: a vítima é pobre e os agressores de classe média. Isso gera situações que unem a tragédia ao ridículo.

O primeiro a ser preso foi o dono do carro, Felipe Macedo Nery Neto. Ele admitiu o crime, entregou os comparsas e declarou que o grupo pensava que a vítima fosse uma prostituta. Repetiu os outros bandidos endinheirados que, em 1997, assassinaram o índio Galdino, em Brasília. Daquela vez, pensaram se tratar de um morador de rua. Para quem não sabe, prostitutas e moradores de rua não são seres humanos. Pelo menos é o que se entende da fala dos dois grupos de rapazes.

A desfaçatez dos mais novos é reflexo da de seus pais. O empresário Ludovico Ramalho Bruno, pai de Rubens Arruda, declarou ao jornal Extra (está na capa) que acha a prisão do filho exagerada e que "mulher fica roxa apenas com uma encostada". Ele também falou hoje à Folha de S. Paulo, de onde transcrevo abaixo essa entrevista (para assinantes). Mais que a cara-de-pau do pai, espanta a docilidade do repórter. Leiam e pensem como seria sua postura se a situação econômica dos personagens envolvidos fosse inversa:

Folha - O sr. acredita na acusação contra seu filho?
Ludovico Ramalho Bruno - Eles não são bandidos. Tem que criar outras instâncias para puni-los. Queria dizer à sociedade que nós, pais, não temos culpa nisso. Eles cometeram erro? Cometeram. Mas não vai ser justo manter crianças que estão na faculdade, estão estudando, trabalham, presos. É desnecessário, vai marginalizar lá dentro. Foi uma coisa feia que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores.

Folha - O sr. já falou com ele?

Bruno - Não. É um deslize na vida dele. E vai pagar caro. Está detido, chorando, desesperado. Daqui vai ser transferido. Peço ao juiz que dê a chance para cuidarmos dos nossos filhos. Peguei a senhora que foi agredida, abracei, chorei com ela e pedi perdão. Foi a primeira coisa que fiz quando vi a moça, foi o mínimo que pude fazer. Não é justo prender cinco jovens que estudam, que trabalham, que têm pai e mãe, e juntar com bandidos que a gente não sabe de onde vieram. Imagina o sofrimento desses garotos.

Folha - O sr. acha que eles tinham bebido ou usado droga?

Bruno - Estamos com epidemia de droga. A droga tomou conta do Brasil. O inimigo do brasileiro é a droga. Tem que legalizar isso. Botar nas farmácias, nos hospitais. Com esse dinheiro que vai ser arrecadado, pagar clínicas, botar os viciados lá, controlar a droga.

Folha - Mas o sr. acha que eles poderiam estar embriagados ou drogados?

Bruno - Mas é lógico. Uma pessoa normal vai fazer uma agressão dessa? Lógico que não. Lógico que estavam embriagados, lógico que podiam estar drogados. Eu nunca vi [o filho usar droga]. Mas como posso falar de um jovem de 19 anos que está na rua numa epidemia de droga, com essas festas rave, essas loucuras todas.

Folha - Como é o seu filho em casa?

Bruno - Fica no computador, vai à praia, estuda, trabalha comigo. Uma pessoa normal, um garoto normal.

O jornalista aceita todas as justificativas do pai, não questiona a tese de que prender “pessoas que têm estudo, que têm caráter” seria castigo demais. E ainda levanta a bola, ao perguntar se eles estavam bêbados ou drogados. Será que a postura dele seria a mesma com o pai de um jovem de 20 anos morador de uma periferia qualquer? Na verdade, nunca saberemos, pois o jornalista jamais entrevistaria o pai de um “criminoso”, um “bandido”. Agora, com o civilizado o pai de “jovens agressores” dá pra conversar.

Gostaria de saber porque os caras que espancaram sem nenhuma justificativa uma mulher indefesa e bateram em mais duas na mesma situação, só por farra, porque acharam que se tratava de uma prostituta, têm “caráter”. Roubo do companheiro Glauco a tradução de uma frase do entristecido pai: "Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores." Tradução: "mas prender, botar preso, juntar eles com pretos, pobres... Essas pessoas que têm estudo, que tem dinheiro, junto com uns vagabundos desses?". Quando eu crescer, quero ter dinheiro para comprar caráter para mim.

Por que Heber Roberto Lopes ainda apita?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Enquanto manguaças e abstêmios desse e de outros blogs e sites ainda tem como foco da arbitragem apenas Ana Paula Oliveira, barbaridades continuam sendo cometidas por aí. E, é claro, sem qualquer punição ou protesto mais veemente como aconteceu no caso da bandeira prestes a se despir.

Tem figuras que você olha e pensa "como esse cara ainda apita?". Fiquei entre perplexo e indignado (pra relembrar a expressão de um não-saudoso ex-presidente) ao ver Heber Roberto Lopes apitando uma final de Copa do Brasil. Sua lista de falhas e erros é imensa. E não é que o moço estava domingo no "clássico das multidões" no Mineirão? E não decepcionou, fez o que se espera dele. Errou. E feio.

Se é que é possível, Heber conseguiu errar duplamente ao marcar um pênalti a favor do Atlético (MG). Primeiro, porque a falta foi fora da área. Segundo, porque ela não existiu. A penalidade foi desperdiçada e o árbitro livrou a cara. Curioso é que Ziza Valdares, presidente do Alvinegro, havia protestado contra sua escalação, em uma guerra surda entre os dois clubes com a clara impressão de influenciar na arbitragem. O Galo levou a melhor, mas perdeu a partida.

A lista de erros medonhos do calvo árbitro daria uma lista telefônica. Estranhamente, mesmo tendo sido citado na CPI dos Bingos pelo empresário Nagib Fayad, vulgo Gibão, um dos artífices do esquema que derrubou Edilson Pereira de Carvalho e deu o título do Brasileiro de 2005 ao Corinthians, Heber recebeu pronta defesa à época do presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Acusado de favorecer times cariocas em casa, o paranaense foi defendido no dia 20 de outubro de 2005 com a seguinte declaração do chefão do futebol tupiniquim: "Hoje mesmo, o nome do Heber foi desmentido pelos procuradores lá em Brasília. É isso o que dá dar credibilidade a bandido. Lugar de bandido é na cadeia". Sabe do que fala.

Naquele mesmo 2005, Heber teve uma atuação desastrosa na derrota do Cruzeiro para o Corinthians no Pacaembu, quando assinalou um pênalti inexistente contra o clube celeste e deixou de marcar um escandaloso em cima do lateral Maurinho. Tevez, que teria sofrido a penalidade, saiu de campo dizendo "não saber" se de fato a tinha sofrido.

Ainda em 2005, outra atuação, digamos, "polêmica" foi na partida entre Botafogo e Santos no estádio Luso-Brasileiro, empate em 3 a 3. além de não assinalar uma penalidade a favor da equipe paulista, inventou um pênalti aos 44 do segundo tempo, o que resultou na expulsão do lateral Flávio, que nada fizera. O goleiro Saulo defendeu a cobrança, mas Heber, como o árbitro vivido por Otávio Augusto no filme Boleiros, mandou voltar. O resultado rendeu inclusive um processo contra o paranaense, já que um advogado se sentiu lesado ao deixar de ganhar R$ 1,4 milhão na Loteria Esportiva com o resultado.

Se a Ana Paula tivesse essa ficha corrida, já teria sido jogada aos leões há muito tempo...

Os que falam de caos não usam

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A sabatina da Folha de segunda-feira do ministro da Saúde José Gomes Temporão rendeu matérias e manchetes por todo lado. O destaque, naturalmente, foi para o mais polêmico: aborto, medicamentos anti-Aids e políticas anti-álcool – cuja demagogia é tratada aqui críticas mais ou menos pilhéricas.

Uma que foi para o pé das notas foi a afirmação de que ele fica chateado quando lê manchetes que falam do "caos na saúde". Tomou uma vaia por isso. Devolveu com números de atendimento, que dizem muito pouco, e com a avaliação de que há crises pontuais e não de todo sistema. Não deixa de ser bom ouvir o dono da pasta defender o Sistema Único de Saúde (SUS).

Perguntado se usaria um hospital pública, usou uma saída politiqueira: "Eu tenho saúde muito boa". Mas devolveu numa direta sobre os jornalistas: "Os que falam do caos são os que não usam o sistema".

Canelada na imprensa. Faltou um repórter – ou alguém municiado de informações de repórteres – para retrucar com dados.

O Waldir Pires não pode usar o mesmo argumento para criticar a imprensa.

segunda-feira, junho 25, 2007

Palpites, palpites são

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Um dos meus primeiros posts no Futepoca, há um ano, comentava o motivo de minha falta de ânimo para torcer pela seleção brasileira. É fato: desde meados dos anos 80 que não vejo uma convocação ou escalação de time titular que me convença. No tal post, eu palpitava quais seriam meu convocados caso estivesse no lugar do (blah!) Parreira: uma mescla de alguns atletas do Santos de 2002/ 2003 com outros do São Paulo de 2005/ 2006, mais os craques indiscutíveis de sempre - Kaká, Robinho, Ronaldinho Gaúcho e Alex (ex-Palmeiras e Cruzeiro) entre eles. Agora vejo que o Dunga, na Copa América, pretende armar o time com Alex (ex-Santos), Elano, Diego, Robinho, Mineiro e, talvez, Josué. Não acho uma heresia supor que Cicinho e Léo poderiam muito bem estar disputando vaga com Maicon e Gilberto. E vou além: será que Fábio Costa ou Rogério Ceni não poderiam figurar pelo menos no banco de reservas? Uma coisa é certa: para mim, Robinho e Elano (foto) seriam titulares de qualquer seleção possível ou imaginável. Mas visualizem um time com: Fábio Costa (ou Rogério Ceni); Cicinho, Juan, Alex e Léo; Josué, Mineiro, Elano e Diego; Robinho e Vágner Love. Não se trata de reunir "os melhores" ou mesmo "os craques" (como na última Copa), mas sim um "conjunto" mais coeso. Tá, tudo bem, não se pode prescindir do Kaká e do Ronaldinho entre os titulares. Mas eles tentaram pedir dispensa do torneio, não estão motivados. E a Copa América deveria priorizar quem está realmente afim de mostrar serviço. Será que a escalação sugerida seria tão ruim quanto parece? Não sei. Depois do time da última Copa, acho que nada pode ser considerado mais sofrível. Por fim, uma dúvida: se o meu raciocínio coincidiu com o do Dunga, sou tão tosco quanto ele ou também poderia assumir o comando da selecinha? Até cobraria menos, sem crise...

Caluniado abaixo, Richarlyson diz que quer ver Ana Paula na Playboy

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Na linha Fofoca, futebol, política e cachaça, mais uma.

O meia do São Paulo Richarlyson se mostrou interessado nas fotos da auxiliar de arbitragem Ana Paula Oliveira. "Quero ver como ela é", entusiasmou-se o atleta. "A Ana Paula tem a beleza brasileira que eu admiro", explicou à imprensa. Ele acha que a função exercida dentro de campo vai ser prejudicada.

Outro colega do São Paulo, Hernanes, disse que não vai comprar a revista. O motivo é não se deixar contaminar com a necessidade de elogiar a moça. Ele diz que "vai ficar ruim para ela, pois os torcedores vão querer elogiar, e isso pode atrapalhar o desempenho dela durante as partidas".

Diante de desculpa esfarrapada e do interesse do Richarlyson, sempre alvo de preconceito e discriminação em todos os outros fóruns que não o Futepoca, será que algum dos comentadores do texto abaixo vai querer rever seu palpite?

Jogador de clube paulistano quer assumir que é gay

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Deu na coluna Zapping, do Folha On-line. Um jogador de um grande clube paulistano está disposto a assumir que é homossexual. Ele estaria negociando uma entrevista exclusiva com o Fantástico. No entanto, dirigentes do clube e o empresário do rapaz são totalmente contra, acham que seria o fim de sua carreira. Sempre segundo a coluna, contrataram até uma assessoria jurídica.

Comentários:
- Talvez seja respondida a pergunta do Glauco, num comentário sobre a Ana Paula, se o preconceito contra as mulheres é maior do que o contra homossexuais.
- Alguém se habilita a chutar o nome do jogador?

2 a 0, sem prepotência

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ricardo Saibun/ Gazeta Press

Dessa vez não teve time reserva em campo, mas parece que o Santos sentiu mais os desfalques de Kléber e Maldonado do que o São Paulo os de Alex Silva e Josué. O que mais espantou, ontem, não foi o domínio relativamente tranqüilo do Tricolor. Mas, sim, a apatia, falta de poder ofensivo do Peixe, que sempre toma a iniciativa e dá sufoco jogando em casa.
Não é prepotência dizer que o São Paulo poderia ter marcado pelo menos mais um além dos 2 a 0. Ilsinho perdeu um gol feito na cara do Fábio Costa e oito boas jogadas de ataque ou de bola parada foram desperdiçadas por Jorge Wagner, Hugo, Hernanes e Dagoberto. O Santos também poderia ter marcado e tentado uma reação, se tivesse explorado o buraco que Ilsinho sempre deixa atrás de si quando vai ao ataque.

Mas não era o dia de Carlinhos e Hernanes conseguiu o milagre de tirar em cima da risca o gol de Morais que poderia, finalmente, acordar o time do Santos. Quanto à arbitragem, acompanho o veredito de Luxemburgo: não comprometeu. Revendo os lances na Bandeirantes, fica claro que quatro pênaltis poderiam ter sido marcados, dois para cada lado. Mas Paulo César foi coerente: não marcou nenhum.

Só achei que ele economizou cartões para o Santos no primeiro tempo. Domingos deve ter se inspirado no Sandro Goiano, ontem: só o Dagoberto levou uns quatro pontapés dele. No segundo tempo, o santista ainda deu um murro na cara de um são-paulino, fora do lance de bola, e ninguém viu. Wesley também acertou uma cotovelada em André Dias (em lance parecido com o de Lenílson na mesma Vila, em 2006), e ficou por isso mesmo.

Hugo foi expulso corretamente por reclamação, mas, no lance, ele havia sido claramente derrubado com um bico na canela. No fim do jogo, Marcel ia sair sozinho na cara de Fábio Costa, mas foi derrubado. A falta nem foi marcada e com isso o jogador santista, último homem, não foi expulso e nem levou amarelo. Mas ainda bem que essas coisas não influíram no resultado. Deixo registradas essas observações apenas para mostrar que, muitas vezes, o São Paulo é prejudicado - e não beneficiado - pela arbitragem.

Ao fim e ao cabo, a vitória foi importante para o time se reencontrar. E garante uma certa tranqüilidade, pelo menos até o (sempre) perigoso clássico contra o Curíntia. É óbvio que o São Paulo não é nada dessas coisas. Porém, se Júnior reassumir a lateral esquerda e Jorge Wagner passar para o meio, pode tentar alguma coisa no campeonato. Tomara que o Muricy dê uma organizada nas idéias.
Ps.: Vi o compacto de Palmeiras x Atlético-PR. Impressionante: o alviverde escapou de uma goleada. Já o Atlético-MG não teve a mesma sorte.

domingo, junho 24, 2007

Ana Paula, expulsa dos quadros da Fifa, está assustada com a repercussão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Após apitar mais um jogo da quarta divisão, desta vez vestida de cor-de-rosa, a árbitra Ana Paula Oliveira, em entrevista ao programa Esporte Espetacular, se disse surpresa com a repercussão da notícia de que posaria nua para a revista Playboy.

O jornal espanhol Marca deu ampla cobertura, com foto e tudo, destacando que "'Aninha' se equivocou na última partida".

O espantou decorre, segundo ela, de que todo árbitro tem uma segunda profissão. Em seu caso, são palestras e o trabalho de modelo, ainda sem "nada tão grande" quanto as páginas da revista masculina. Pessoalmente não entendo a grandeza que representa para a profissão de modelo o ato de tirar a roupa para uma publicação dessa natureza, embora os moços tarados que têm no Futepoca informações quentes sobre a moça provavelmente discordam da minha pessoa.

Consta que Ana Paula só volta a apitar em setembro. Ela tem que cumprir a geladeira mais longa da arbitragem brasileira – casos registrados na minha memória – e vai aproveitar para compromissos nos Estados Unidos em agosto. A auxiliar de arbitragem já foi fotografada por JR Duran, na sexta-feira, 22.

Sobre o teor delas, nada de detalhes. Só há garantia de que não há referências ao manto sagrado dos homens-de-preto.

Parece que os velhinhos da Fifa conseguiram...

Quer dizer, aquele papo de que uniforme de bandeirinha havia virado fantasia sexual, declaração proferida à mesma revista à qual ela agora posa nua, era tudo conversa mole?


P.S.: A redação teve acesso bloqueado a fotos da Ana Paula na internet. Mas é só clicar aqui que tem um monte, de posts anteriores.

Relutei, não precisava. Fora Caio Jr.

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Os 2 a 0 em pleno Palestra Itália do Atlético Paranaense com a repetição da mesma lenga-lenga de que o time não está tão mal e blá, blá, blá me cansaram. Relutei, não precisava tanto. Mas me contive a aderir a campanha "fora Millhouse", ou melhor, "fora Caio Jr.".

É óbvio que a culpa não é exclusivamente dele. O centro-avante Max, recém-chegado do América-RN foi bem, mas não o suficiente.

Ajuda o mau-humor um fim de semana de trabalho que ainda não acabou.

Não dá idéia, não dá idéia

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Foto: Governo de Foz do Iguaçu
Do blog do Josias de Souza vem a notícia de que o PSDB teria encomendado pesquisa de opinião para saber a quantas anda o brasileiro. A tabulação das respostas de 3.500 pessoas, segundo o blogueiro, são guardadas a sete chaves.

O motivo: Lula teria hoje apoio de 56% dos entrevistados para um terceiro mandato. O Congresso, mais sem moral do que nunca, teria seu fechamento aplaudido por 58%. Claro que não seria o caso, mas não dá idéia...

O dado é superior aos tradicionais 50% que não vêem vantagem de um regime democrático sobre uma ditadura averiguados pelo Latino Barômetro. O último dado é de 2004. Os escândalos recorrentes no Congresso Nacional não ajudam, mas registre-se que o cruzamento dos dois dados não pode ser automático, porque não necessariamente todos os que apoiariam um fechamento do Congresso atrelam a medida a uma ditadura. Escrevendo de outro jeito: a pergunta provavelmente não explicitava se o fechamento seria definitivo ou temporário.

Ainda assim, é grave.

Foto: Senado

Entrevistados queriam ver o Congresso fechado. Assim ficou, por ora, só o bico do tucano.

Mais umas
Ainda pelo levantamento do PSDB, o PT segue o partido mais prestigiado, seguido pelo PMDB e, depois, pelos tucanos. Os democratas ex-pefelistas são desconhecidos. O dado bate com levantamento do próprio DEM. Em 1989, o Datafolha mostrava os petistas como preferidos de apenas 6%, metade do que tinha o PMDB. O curioso é que ao mesmo tempo em que a corrupção é apontado como um problema do governo, os entrevistados também identificam a gestão do ex-sapo barbudo com o combate às falcatruas. A turma acha o Bolsa Família bom, que foi o Lula que inventou (40%), mas talvez em cima de alguma coisa do Fernando Henrique Cardoso (25%). Falando no ex-presidente, um terço nem querem ouvir falar em privatização (ó que bom). José Serra, Geraldo Alckimin e Aécio Neves são, na ordem, os mais conhecidos do tucanato.

Paraná proíbe quentão e vinho quente

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Na reta final das festas juninas, o Ministério Público do Paraná proibiu o uso de cachaça no quentão e de vinho, no vinho quente. Desde 2003, a venda de quentão para menores de 18 nas escolas estava em vigor. Para evitar problemas, adotaram suco de uva, limão, gengibre e outros ingredientes para servir as duas modalidades de chá. Sim, porque o nome adequado para a novibebida implantada nos convescotes do mês de junho merecem esse nome.

O uso da criatividade para achar novos ingredientes consumiu toda a capacidade de inovação das cozinhas escolares, que se viram restritas a adotar o nome de "esquentão" para o chazinho.

O promotor de Justiça Cleyton Maranhão considera que não há lógica nem cabimento em oferecer bebidas com álcool "considerando que a festa junina é um ambiente de confraternização entre pais e crianças".

A frequência de brigas nas escolas levaram algumas a antecipar a festa junina para maio. Solicito intervenção dos especialistas em trocadilhos a sugestão de nome para o evento.

Seria mais uma investida do estado cujo governador, Roberto Requião (PMDB) é notório fã de Hugo Chávez e alinhado ao governo federal brasileiro com suas políticas anti-álcool?

sábado, junho 23, 2007

Ninguém na Copa América

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Seleção mista para a Copa América na Venezuela. Entre os 22 convocados por Bob Bradley, técnico dos Estados Unidos, há apenas nove atletas na disputa da Copa Ouro, o análogo promovido pela Concacaf na América do Norte e Central. Apenas sete atuam na Europa, o restante ganha a vida na Liga Americana de Futebol (MLS). A satisfação de desconhecer 100% dos nomes é sem igual (desafio?). Sorte da Argentina no Grupo C.

Enquanto isso, Hugo Sanchéz, o dono da caneta na seleção do México, não terá Pável Pardo, Ricardo Osorio e Carlos Salcido. Todos três pediram dispensa. Sorte do Brasil?

Dunga, como se sabe, não conta com Kaka, nem Ronaldinho Gaúcho. Não dá para dizer que é um mistão, mas os meias vinham sendo, com ou sem razão, os grandes nomes das convocações do capitão do tetra (que orgulho).

Tantos desfalques levantam a suspeita: tudo não passa de um boicote ao presidente venezuelando Hugo Chávez, por aquilo que ele representa para ele representa para o pimpolismo de esquerda no continente?

Nem tanto. Registre-se que o canal de TV educativo que ocupa a banda concessionada antes à RCTV, TVes, será o dono dos direitos de transmissão da Copa, como forma de garantir audiência ao evento esportivo mais importante sediado no país desde o Panamericano de 1983. Mas Chávez, que investiu US$ 1 bilhão no evento, promete se esconder. Embarca para a Rússia e o Irã na terça-feira, 26.

Até ele boicota?

Foto: AloPresidente.gob.ve

"¡Uh, ah, Chávez no se va!" Nem o presidente venezuelano
estará no país para assistir à competição de futebol. Se for por
radicalismo de preferência ao beisebol, pode haver uma
debandada definitiva do Futepoca para a oposição.

Sonhos em campo

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A companheira Bia, do blog parceiro do Futepoca que leva seu nome, acaba de lançar o livro Sonhos em Campo, uma série de entrevistas feitas por ela e por Silvia Kuntz, falando dos sonhos estimulados pelo mundo da bola sob os mais diversos prismas. Abaixo, o release das moças:

Quando a bola rola nas ruas, quadras ou campos de futebol ao redor domundo, inicia-se, além da corrida lúdica do esporte em questão, uma corrida ideológica, onde sonhos estão em jogo. Seja o de ascensão social ou o de suceder no esporte mais popular do mundo.

No Brasil, por questões óbvias, a primeira opção é a mais recorrente:é em busca de uma profissão, que milhares de meninos participam depeneiras em clubes de futebol espalhados pelo país. Além do talento (ou mais do que o talento), é preciso sorte, estrela... Estar no local certo, na hora certa.E isso não faltou a Neymar, jovem promessa do Santos F.C., com 14 anos, mas salário e empresário de gente grande.

No Palmeiras desde os 13 anos, o goleiro Bruno Cardoso ainda vive as incertezas da profissão. Incertezas que mudam do dia para a noite. Hábem pouco tempo, era a quinta opção para o gol do clube. Hoje, é a segunda. Amanhã, só o futuro dirá! Afinal, uma carreira como Rogério Ceni constrói há 16 anos no São Paulo F.C. é exceção. Uma raridade nofutebol atual, em que os atletas colecionam camisas.

E a mais desejada delas é a de um clube europeu. Edu, por exemplo,saiu do "terrão" do Corinthians para vestir a do Arsenal (Inglaterra),desfrutar os benefícios de viver em um país de primeiro mundo e atuarem um futebol organizado. O mesmo fez Diego, campeão pelo Santos comapenas 17 anos. Assim como a ascensão na carreira, sua ida à Europa foi precoce.

Europa? O Dr. Sócrates Brasileiro até acha válido. Pela experiência devida, o intercâmbio cultural apenas. Sonha com o dia em que o Brasil passe a exportar o "produto final"-campeonatos de qualidade para o mundo assistir. Aquilo que os europeus fazem hoje, com a nossa matéria-prima.


Já as mulheres no futebol configuram um capítulo à parte. Para elas, o fator "sorte", "estrela", pouco conta. Hora e lugar certo, será queisso existe? Para a maioria, de fato, não. Mas Roseli, medalha de prata com a seleção na Olimpíada de Atenas, em vez de aceitar o fardo, optou por traçar seu próprio caminho.

Seja lá qual for o apito inicial, quando ele soa, é hora dos sonhos entrarem em campo!

Em tempo: para adquirir o livro, é só escrever para sonhosemcampo@gmail.com e falar com Renata. São 20 reais + frete (ou menos de cinco Originais em qualquer bar por aí).

Acabaram com a provocação-arte

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quem apostou que a volta do veterano volante-manguaça Vampeta ao Corinthians seria a retomada das provocações bem-humoradas aos adversários, não perguntou ao técnico Paulo César Carpegiani o que ele achava disso.

O epicentro nem foi Vampeta, mas Pedro e Cadu. O lateral prometeu empenho ("do pescoço para baixo é canela") e o zagueiro, "derrubar" o Palmeiras.

Carpegiani não gostou quando a reportada foi perguntar o que ele achava disso. "Futebol é para ser decidido em campo e essas declarações podem transformar tudo em uma guerra. Não interessa para ninguém. Não vou proibir ninguém de falar o que deseja, mas pedi mais moderação", afirmou Carpegiani.

Registre-se a infelicidade da míope ampliação da canela proposta pelo corinthiano, péssima para o futebol e para a saúde da faringe dos adversários – sem falar no estômago e na própria canela, maltratada mais do que a bola.

Adoradas pelos setoristas de treino sem assunto, as provocações a adversários salvam as páginas de fofoca, quer dizer, de esportes. Quando a piada é boa, o torcedor se diverte, o adversário xinga. As declarações dos jogadores foi providencial para ter notícia sobre o time de Parque São Jorge, cujo jogo contra o Botafogo deste fim de semana foi adiado.

Mas ninguém espera de um atleta do Corinthians além de "derrubar" o Palmeiras. Isso não é ruim para ninguém. Muito super-ego, junto com nenhum amor à camis... quer dizer, ao contrato, deixam o futebol mais morno e os times com menos cara.


sexta-feira, junho 22, 2007

Então tá, Oscar Ruiz

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Retirado do portal Terra, uma pérola filosófica de Oscar Ruiz, árbitro colombiano que apitou a final da Libertadores, a respeito do anúncio da decisão da auxiliar Ana Paula de Oliveira de posar nua para a Playboy:


"A mulher de César (Imperador italiano - grifo nosso pelo absurdo, seguido de "sic"), não tem de ser apenas a mulher dele, mas aparentar sê-la. O padre não deve apenas vestir a batina, deve agir como padre. O mesmo serve para o árbitro, que não basta vestir o uniforme tem de manter o respeito. Ana Paula deveria ter pensado nisso. Eu nunca posaria nu e repudio isso", disse.

Futurologia dos treinadores do Brasileiro

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O poeta Augusto dos Anjos reclamara em certo poema que "um urubu pousou na minha sorte". A tal ave, que no caso não tem nada a ver com o mascote do Flamengo, anda rondando diversos times no Brasileiro e pode acabar ceifando alguns treinadores nas próximas rodadas. De acordo com o nível técnico apresentado na competição, pode ser mais divertido fazer bolões de que técnicos vão cair do que perder tempo adivinhando qual time vai ganhar tal partida. E tem muita gente esperando de camarote a desgraça alheia para voltar. Vamos à futurologia, pois.

O Flamengo está na zona de rebaixamento e o Vasco, com uma partida a mais, está entre os cinco primeiros, embora tudo indique que vá despencar algumas posições nas próximas rodadas. Se um time carioca entra em crise, qual é a solução? Ele mesmo, o da foto, Joel Santana, que, em caso de um resultado catastrófico para um dos dois rivais no clássico de domingo, já pode tirar sua prancheta da gaveta. Se não, ainda vai ter que esperar algumas rodadas.

Já o Palmeiras tem o clássico contra o Corinthians e depois pega uma seqüência em tese mais tranqüila, América (RN) no Palestra Itália e Naútico fora. Mas, para um treinador cambaleante, as partidas fáceis podem ser fatais. Tropeços podem fazer com que Caio Júnior ceda lugar a, quem sabe, Abel Braga, hoje no Marítimo de Portugal. Mas não ficaria desempregado por muito tempo: o carioca em crise que não ficar com Joel, fica com o possível futuro ex-palestrino.

A proximidade da eleição e a falta de contratação que frustra os planos de Vanderlei Luxemburgo também podem precipitar a saída o técnico do Santos. Ainda mais com o mercado europeu aberto, que tanto seduz o "caipira" (para relembrar termo utilizado pelo não-saudoso FHC). Assim, técnico e clube chegariam a um acordo, resultando em uma bela economia para os cofres da Vila Belmiro. No caso, se a separação não for litigiosa, Luxemburgo poderia indicar seu sucessor. Mas se a saída dele de fato aocntecer, vai ser fruto de conflitos pouco amistosos (não propriamente uma novidade na carreira) e, o mais provável, é que Marcelo Teixeira busque outro nome que tanto lhe apraz. Seria Emérson Leão, hoje desempregado e esperando alguém que lhe pague algo próximo da metade da fábula que ganhava no Corinthians.

Já Muricy Ramalho enfrenta Santos, Flamengo e Corinthians. Grandes partidas, bastante mídia. Fracassos inevitavelmente resultariam na derrubada do técnico, e o curioso é que poderia se inverter uma lógica recente. O Tricolor, que tem derrubado treinadores do Alvinegro paulistano, pode perder o seu justamente após o clássico com sua vítima predileta. Claro, contando também que o Corinthians quebre o tabu contra seu algoz. Seria uma bênção para os corintianos e também para Paulo Autuori, treinador preferido da diretoria sãopaulina.

E existem ainda outros técnicos que podem entrar na dança das cadeiras de outros times. Giba, recém-saído do Sport, e Vadão, que também saiu do Atlético (PR), podem ocupar vagas de outros clubes que já se candidatam ao rebaixamento. Agora, é sentar e torcer.

Bigode de branco

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Três jornalistas deixam a redação. A pé. Antes de alcançar a esquina, o bar quase termina de encerrar as portas. Antes que a tristeza abalasse aos ainda não-embreagados, um cidadão de bigodes que mal se agrisalhavam, calva avançada e vestido de branco da cabeça aos pés pára e coça a barriga modelo tiozão:

— Que delícia essa vila. Era meu sonho de consumo uma assim, mas nunca tem pra alugar, né?

Solícito e, talvez, farejando álcool no ar, o primeiro se adianta e responde que viesse um mês antes teria achado a casa do sonho. O bigode de aparência que lembra o deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh quer saber o preço, se é bom, se é grande. Olha de novo, e sem ser questionado explica:

— A localização não é a que a gente queria, mas é uma tranquilidade...

O silêncio constrangedor se instala por pouco tempo. Ele explica a origem sorocabana como motivo da bucólica fuga da agitação da metrópole dentro dela própria. Quer saber de onde são os transeuntes que até então nunca vira na vida. Não se interessa pelo paulistano, nem pelo santista. Mas...

– Ah, Rio Claro, que cidade. Em Sorocaba, se você sai nessa hora para jantar, vai achar o restaurante do hotel no centro e só. Em Rio Claro não, você acha pelo menos uns cinco... (pausa) Exagerei? Três tem, vai?

Mais dois comentários desconexos, seguidas de confirmação sem jeito de quem não está na mesma altura etílica são a senha para a despedida.

O manguaça parte. Denuncia seu estado deplorável ocultado na fala quase sem enrolar. Ao caminhar, aderna na calçada, pende para um lado e outro. A queda, iminente, não ocorre.

– Putz, ninguém perguntou qual era a profissão do cara pra escrever no Futepoca... – lamenta um dos que ficam depois de algumas exclamações de surpresa e gargalhadas.

O Conselheiro Acácio ameniza:

– De branco, devia ser dentista, ou médico.

– Vai ver era medium.

Luxemburgo não quer se comprometer

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Depois de melar a negociação do Palmeiras com o atacante Kleber, do Necaxa do México – em ação considerada anti-ética pelo bastião do comedimento Chico Lang –, o Santos enfrenta um probleminha pra acertar com o centro-avante. O jogador quer contrato de um ano e não de seis meses como oferece o time da Baixada.

A mesma exigência era pendência que atrasou a negociação com o alvi-verde e permitiu que, com um troquinho a mais, o Peixe passasse o Palestra para trás. Marcelo Robalinho, apresentado como representante do atleta, reclamou que a família do cabra estaria tentando fazer um leilão entre os interessados.

A sugestão para o comandante do escrete alvi-negro da Vila Belmiro Vanderlei Luxemburgoveio do cunhado Fabiano, que garantiu que o camisa 9 é o goleador que o time precisa. Mas é justamente de Luxemburgo, informa o Estadão, que vem a resistência aos 12 meses de contrato.

Diz a nota: "como provavelmente o técnico vai para o futebol europeu após o encerramento do seu contrato, em 31 de dezembro, Luxemburgo não poderia assumir um compromisso de mais de seis meses com Kléber."

As eleições na diretoria do clube também são apontadas como uma dificuldade para a transação.

A Luxemburgo, assíduo leitor do Futepoca, fica a pergunta: já de malas prontas?

quinta-feira, junho 21, 2007

Secretaria do Ensino Superior é ilegal

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


e agora, Mr. Burns?

do Última Instância

Magistrado diz que Secretaria de Ensino Superior é ilegal, mas nega liminar

Danielle Ribeiro

O desembargador Palma Bissom, do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), negou pedido de liminar da bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo contra os Decretos 51.460 e 51.460, de 2007, que criaram a Secretaria de Ensino Superior e a vinculou às universidades paulistas.

Ao tomar a decisão, Brissom reconheceu a inconstitucionalidade dos decretos, mas entendeu que o Decreto Declaratório 1/07, expedido posteriormente pelo governo do Estado, esvaziou a real utilidade da secretaria e, por isso, deixou de existir a urgência da liminar.

“Somente por lei da iniciativa do governador, portanto via Assembléia Legislativa, vale dizer, mediante obrigatória observação do processo legislativo, podem ser criadas e extintas Secretarias de Estado”, disse o desembargador.

Ação

Na Adin (ação direta de inconstitucionalidade), o PT alegou que a criação da secretaria violou a Constituição Estadual, “já que somente por lei, nunca por decreto, se poderia criá-la”. Ainda de acordo com o partido, a vinculação das universidades paulistas à secretaria fere o princípio da autonomia universitária.

Além disso, o PT afirma que, ao criar a Secretaria de Ensino Superior, o governo do Estado extinguiu a Secretaria de Turismo, ao contrário do que afirmavam os decretos, que tratavam de mera transformação de nomes. “Turismo nada tem a ver com ensino superior. Diferem uma coisa da outra como água do vinho, evidentemente”, diz o partido na Adin.

Para o desembargador, é evidente que as secretarias de Estado deverão ser criadas ou extintas somente por lei, o que configura a inconstitucionalidade dos decretos. No entanto, ele explica que o governo, “buscando reforçar a autonomia universitária” editou o Decreto Declaratório 1, de 30 de maio de 2007, que deu nova redação a vários dispositivos do Decreto 51.461 e retirou a possibilidade de intervenção nas universidades.

“Fico com a forte impressão de que o decreto declaratório em questão por assim dizer extrapolou o reforço a que se propôs, chegando mesma a esvaziar a real utilidade da Secretaria de Educação Superior e o perigo que a criação dela representava à autonomia universitária”, concluiu Palma Bissom, ao indeferir a liminar.

Bolas paradas

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Um dado interessante saiu na Folha do dia 18: 56% dos gols feitos pelo Botafogo no Brasileirão foram em lances de bola parada. Dos 18 gols marcados, 10 foram em faltas, escanteios e adjacências. Ainda mais curioso, nenhum gol de pênalti.

A porcentagem é muito acima da média do campeonato. Tirando o Botafogo (sempre de acordo com o Datafolha), 36% dos gols foram em lances de bola parada.

O dado pode ser interpretado como mais uma prova do equilíbrio do Brasileiro. O time que se destaca o faz por treinar mais ou ter jogadores melhores ou ter mais sorte em uma situação específica.

Ainda não vi nenhum jogo do Bota, por isso não falar nada sobre o futebol de seu time. Mas esse número é estranho para o time que vem sendo cantado e decantado pelos comentaristas como o de futebol mais bonito de se ver até agora.

Para os treinadores de outros clubes, por favor, vamos caprichar mais nos treinamentos!

Terceirona: maior que a Série B?

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O ótimo blog Longe dos Holofotes fez um post conclamando "mais respeito à Série C". O argumento do autor para pedir maior consideração à Terceirona está no glorioso passado de alguns dos clubes que jogarão o campeonato.

A quantidade de títulos é expressiva: a Série C tem dois Brasileirões (Guarani-78 e Bahia-88), uma Taça Brasil (Bahia-59), uma Copa dos Campeões (Paysandu-02) e tantos outros.

Agora vejam que curiosidade. A falta de "gigantes" na Série B de 2007 faz com que, se analisarmos por esses critéirios, a Série C fique até à frente - ou pelo menos em "empate técnico", o que é bem interessante, já se considerarmos o buraco sem fundo como a Terceirona geralmente é tratada.

A Série B de 2007 tem apenas um título brasileiro (Coritiba-85) e nenhuma Taça Brasil. A vantagem estaria na Copa do Brasil, com três títulos: Criciúma-91, Santo André-04 e Paulista-05.

O jeito é esperar que um grande caia no atual brasileirão pra essa disputa voltar a ser desigual...

Terceira Via

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook



O jornal esportivo espanhol As traz hoje em sua página uma matéria que diz que o Real Madrid já estaria conversando com uma terceira opção de contratação, para o caso de as negociações com Kaká e Cristiano Ronaldo darem em água. E não é que o salvador da pátria em questão é o Tevez?

De acordo com o diário, Pedja Mijatovic, diretor esportivo do Real Madrid, reuniu-se na terça passada com o corintiano (provoquei) Kia Joorabchian, representante da MSI e empresário do argentino.

Tevez tem contrato com o West Ham até 2010, mas, segundo consta, não quer cumpri-lo até o final. Lembrando que em 26 partidas pelo time inglês, o jogador marcou 7 gols. Decisivos para salvar o time do rebaixamento, é verdade. Mas só sete. Não merece a badalação.


Calma, que o Brasil AINDA é nosso!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

No programa Provocações, da TV Cultura, Antônio Abujamra (foto) perguntou ao estadunidense Matthew Shirts - editor da National Geographic, correspondente do Estadão e (blah!) curintiano - se é verdade que lá nos Estados Unidos dizem às crianças, na escola, que a Amazônia não é do Brasil. A resposta, digna de nota, foi: "Não, acho que ainda é dos brasileiros" (o grifo é nosso). Faltou só a pergunta seqüencial: "Até quando?".
(Colaborou Isabella Holanda)

Pedindo ajuda aos universitários

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook



Por absoluta incompetência lingüística, não consegui decifrar a manchete de hoje do jornal Olé, da Argentina. Algum hermano - ou uma pessoa com conhecimentos reais da língua espanhola - poderia me ajudar nessa empreitada?

Negócio atravessado

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Parece que o atacante Kléber, ex-Atlético/PR, de saída do Necaxa (MEX), que estava praticamente acertado com o Palmeiras, resolveu não cumprir o acordo verbal que, segundo o Alviverde, teria sido "fechado" entre ambos. Kléber não compareceu a uma reunião marcada com dirigentes do Palestra, na terça.
O jogador estaria promovendo um "leilão" de seu futebol e o negócio teria sido atravessado pelo Santos, que "furou" o acordo entre atleta e Palmeiras. "O Palmeiras não vai ficar esperando o jogador se manifestar e já estamos trabalhando em outras frentes para reforçar nosso ataque", disse o gerente de futebol palmeirense, Toninho Cecílio, o que parece revelar que o Verdão desistiu do atacante.

Esse tipo de caso é comum, e sinceramente não cheguei a uma conclusão sobre se é antiético ou se o jogador está simplesmente exercendo um direito, profissionalmente falando. Fico mais para a antiética. Neste caso, do Santos e do Kléber. São Paulo e Santos têm protagonizado várias disputas do tipo nos últimos anos, um dos elementos da rivalidade crescente entre os dois clubes. Mas o caso Kléber deve azedar a relação entre o Peixe e o Verdão, o que é uma pena, já que os dois clubes têm tradicionalmente muito boas relações.

Campeonato começa de verdade

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Campeonato Brasileiro (nada de brasileirão, dado o nível) começa de verdade nesta rodada. Sem contar o fato de que não há mais Libertadores, Copa do Brasil ou qualquer outro campeonato para dividir as atenções, a rodada é cheia de clássicos e bons jogos.

Destaque para Botafogo x Corinthians, Santos x São Paulo, Cruzeiro x Atlético, Vasco x Flamengo e Internacional x Grêmio.

Sem desculpas de outras disputas, os times não podem esperar mais para reagir. Principalmente Grêmio e Flamengo, nas portas do rebaixamento, e Santos, que está lá pertinho...

Pelo que vêm jogando e pelos times que têm, Santos e Grêmio ainda devem dipsutar as primeiras posições.

Já os rubronegros, bem, acho que vão ficar lá embaixo na tabela e, se tudo der certo, cumprirão o plano de ir para a segundona, ensaiado há anos. O Vasco não fica longe não.

O jogo é jogado

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

"Um dia, um jogador vai quebrar a perna dele. Os jogadores começam a ficar com raiva, a não gostar dessas atitudes antifutebol e um deles quebra sua perna. Aí ele vai dizer que os atletas das outras equipes são desleais.". A pérola é do goleiro Danrlei, depois da semifinal do campeonato brasileiro de 2002, e a "ameaça" era dirigida a Robinho, que marcou um gol na vitória por 3 a 0 do Santos na primeira das duas partidas daquela eliminatória.

Naquela ocasião, foi 3 a 0, mas poderia ter sido seis, sete, oito, tal a superioridade da equipe santista. Na volta, o Grêmio precisava devolver os três de diferença, já que precisava somente igualar a vantagem. Venceu por 1 a 0, o Santos cozinhou a partida e Leão aconselhou Robinho a não fazer o que sabe, o que dá graça ao futebol: driblar. Sacou o garoto na segunda etapa. E guardou seu repertório para enfrentar o Corinthians na final e materializar outras jogadas memoráveis.

A "ética" de Danrlei é a ética de boa parte dos fãs do Grêmio. Driblar é "antijogo", mas "quebrar a perna" não é uma atitude típica da deslealdade se o atleta for "provocado". Dessa vez, o Grêmio não tinha um Danrlei pra tentar intimidar o jogador que praticava o "antijogo" frente ao adversário: Riquelme.

Às vezes, principalmente no primeiro tempo, Riquelme parecia aquele cara que joga no time dos solteiros da praia. Aproveita a idade e a falta de técnica dos já dormentes casados e prende a bola, caminha em campo, espera um dos dois finais inevitáveis do lance de quem sabe jogar. Ou completa a jogada ou sofre a falta. Na opção dois, o Tricolor gaúcho não decepcionou e fez o que sabe. Mas não foi o suficiente. E quando pôde, Riquelme, que resgata a mística da dez, decidiu

Embora o ex-árbitro que favoreceu groterscamente o Flamengo em uma Libertadores estar dando chiliques por conta de uma dita "condescendência" de Oscar Ruiz quanto à cera portenha, ele esqueceu de dizer que quem parava a partida era o Grêmio, com sua sucessão de faltas. A mesma cera que os gaúchos fizeram contra o Santos, desta vez provaram da sua fórmula.

Gerson Sicca, do blog parceiro Limpo no Lance, já tinha feito uma análise a respeito da forma dos gaúchos jogarem, principalmente usando a marcação-pressão no campo adversário. Mas o recém-promovido a gênio Mano Menezes só não contava que o Boca, ao contrário de outros times, não fosse recuar totalmente, sempre preservando dois a três jogadores no campo do Grêmio. Desta forma, o arqueiro Caranta (avacalhado por comentaristas tupiniquins, como se Saja fosse um baita goleirão) sempre buscava colocar a bola no espaço em que os tricolores ficavam no mano a mano com os portenhos.

Diante da tática boquense, os defensores gremistas, dois zagueiros que não sabem sair com a bola junto com dois laterais fracos tecnicamente (embora tenha comentaristas esportivos que ache o pra lá de medíocre Lúcio um ótimo atleta) erraram diversos passes diante da pressão gaúcha. Jogar com uma zaga desprotegida é diferente da postura que foi adotada em Buenos Aires, com o meio recuado, dando oportunidade dos homens de trás saírem pro jogo.

E Paulo Pelaipe, o dirigente gremista que disse que o Boca era um "Caxias com grife", teve que se calar, assim como o jornalista e torcedor Eduardo Bueno, que foi além dizendo que o clube argentino era um "Caxias piorado". Na prática, o que se viu é que o Grêmio é um "Caxias com história", no que diz respeito à qualidade de seus atletas. Não foi suficiente para um time que precisava marcar pelo menos três tentos e não conseguiu fazer sequer um.

quarta-feira, junho 20, 2007

Nem chance

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Não foi a ausência de Sandro Goiano. Nem os truques na manga que nunca existiram do treinador Mano Menezes.

Muitos antes do primeiro gol do Riquelme, na segunda etapa, já estava na cara. Antes do jogo, confesso, comecei a desconfiar.

Prometi tentar, mas não consegui nem começar a torcer pelo Grêmio. Sem chances. Nem sendo o mortificado tricolor pateticamente mais fraco.

É que, pra ser assim, risível, o time gaúcho ainda teria que jogar bola. Na primeira canelada, no primeiro passe-bisteca, estava claro que o outro tinha que ganhar. Quem gosta de futebol sabe que não se escolhe para quem se vai torcer. Aos 10 do primeito tempo, eu queria, com gosto e raiva até, não a derrota gremista, mas a consagração do camisa 10 do Boca.

E que chutaço do Riquelme. O segundo, que acaba de sair aos 35 do segundo, só o coroa.

Será que ele topa uma temporadinha no Palestra Itália?

P.S.: Chamem nosso pseudo-argentino (mas verdadeiro boludo) Esteban, de Mendoza, pra tomar uma gelada.

Vai começar

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

São 21h54. Vai começar a finalíssima da Libertadores. Minha maior curiosidade é saber o que vai acontecer com o Grêmio (que destrói os adversários jogando com marcação, marcação, marcação e contra-ataque) tendo que jogar o tempo todo no ataque, ou seja, aberto. Contra o time de Riquelme.

A torcida do Grêmio vaia o hino argentino. Isso é um grande incentivo aos boquenses.

E quem é o tal Maurício Saraiva, que vi comentar no Sportv, no início da transmissão? Nossa, nunca vi tanta bobagem dita em tão pouco tempo. Mudei pro Cléber Machado.

Grêmio 3 a 0? Faz-me rir...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Comovente a tentativa do companheiro Anselmo de fazer média com os gremistas em mais um exercício esquizofrênico de quem, há uma semana atrás, assumia torcida pelo Boca (embora corresponda a sua opção de torcer pelo mais fraco). Seria medo das ameaças e xingamentos proferidos contra os membros desse blog (especificamente contra este escriba?).

Bom, primeiro, vou fazer minha média também. Nada contra os gremistas, os gaúchos e blablabla. A história do Grêmio é feita de superação, raça, garra, virtudes admiráveis em qualquer atividade humana e blablabla. A única questão é que não gosto do futebol jogado por eles. Ponto. Principalmente o do time atual, que se locupleta da mediocridade geral do futebol sulamericano e brasileiro e da lógica algo imprevisível de um torneio mata-mata que já consagrou o glorioso Once Caldas.

Quanto à partida de hoje, o Boca tem uma bela vantagem, não é um "Caxias" da vida, como disse o falastrão Paulo Pelaipe, que não pára de fornecer mais motivos ainda para se torcer contra o Tricolor sulista. Os portenhos são um time que tem camisa e, acima de tudo, tem jogadores. Riquelme, Palacio e o oportunista Palermo (alguém vai dizer que o Tuta é melhor?) fazem a diferença em relação ao Grêmio. Do meio defensivo pra trás, sem dúvida os atletas podem até se equivaler, com pequena vantagem pros argentinos.

O conjunto e a raça podem ser fatores que decidam um jogo? Até que podem, mas aí seria dizer que o Boca vai pro gramado sem conjunto e sem raça. Entrar em uma partida perdendo de três em uma final é dose pra qualquer um, pra uma equipe pouco criativa e burocrática, pior ainda.

Pelo menos o Sandro Goiano, mais famoso pelas suas "dez verdades" do que pela sua bola, não vai estar em campo, o que pode favorecer um futebol um pouco menos... travado. Já dei os meus motivos e não vou torcer pra um time que joga como uruguaio. Sou Boca (mesmo tendo apostado nele como vice no bolão), pelo bem do futebol.

PS: Caso o Grêmio consiga um árbitro bem companheiro que o ajude nessa missão - única possibilidade de sair campeão - os gremistas podem vir achincalhar este blogueiro cantando suas "façanhas".

Grêmio 3 a 0. É possível

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Só não é provável. Todos os jornais usam variações da mesma manchete envolvendo a idéia de "milagre" ou "missão impossível", do "criativo" Chico Lang.

A torcida tentou impedir que os jogadores do Boca Juniors pegassem no sono, com foguetes, gritos e barulho nos arredores do hotel Holiday Inn, na avenida Carlos Gomes. Foi assim até às 4h, quando, cansados de atirar objetos pela janela, os hóspedes – da delegação argentina ou não – preferiram chamar a polícia.

Sandro Goiano, suspenso, prometeu carrinhos nas cadeiras cativas. O time gremista conseguiu viradas em partidas de volta contra o São Paulo e Defensor. Mas tomou uma virada – insuficiente – do Santos, uma série de goleadas no Brasileiro e um chocolate na Bombonera.

Contra o Tricolor Paulista, os gaúchos perderam de 1 a 0 e venceram por 2 a 0. Contra os uruguaios, a derrota no jogo de ida foi por 2 a 0, e a classificação veio nos pênaltis no Olímpico.

O desafio é tirar 3 gols, sem vantagem de gol fora de casa. Ao analisar o comportamento do Grêmio, arrisco dizer que é a primeira vez em que a torcida de um time francamente azarão chega quase de salto alto para a decisão. É possível, mas improvável.

Sem ironias, vou tentar torcer para o Grêmio. Não prometo sucesso na empreitada.

terça-feira, junho 19, 2007

Fica Ana Paula!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Foto: Divulgação


Isso é um comentário ao post anterior. Por minha própria sugestão (a esquizofrenia se agrava?), publico como novo texto.

Concordamos com os excessos dos comentaristas seduzidos pelas curvas, ou melhor, pelos acertos nas primeiras atuações da Ana Paula. Se ela estava bem, tem que elogiar. Se erra, tem que criticar. Se peca por excesso de personalismo e por posar pra Playboy (acharam as fotos*) e fica fora de forma, não acompanha os lances etc., também tem que criticar – ao que consta, ela permanece em forma, embora seja discutível se desconcentrou-se ou não com tanto assédio.

Mas o "cavalheirismo" criticado não é explicitado no texto link. Diz -se que os testes são femininos, mas não que pontos não são exigidos. Acho que valeria tentar descobrir qual a diferença nos testes.

Ainda assim, desqualificar uma mulher por ela ter passado por um teste físico menos pesado é tão ruim quanto atribuir-lhe capacidades extraordinárias. A crítica do "cavalheirismo" desconsidera toda e qualquer possibilidade de política de ação afirmativa, de cotas para negros nas universidades, a cota de mulheres nas eleições legislativas (1/3 das listas) até incentivos fiscais para setores com dificuldades conjunturais ou estruturais.

Há diferença do objetivo dessas políticas para a presença de mulheres na arbitragem do futebol. Deseja-se negros nas universidades. Deseja-se mulheres na política. Deseja-se que setores economistas não sejam levados à bancarrota. Pergunta-se: deseja-se mulheres na arbitragem?

Senão, proíba-se de vez, como ao sacerdócio na Igreja (forcei, forcei). Se sim, deixa o teste pras moças menos rigoroso.

O que não pode é ter critério diferente para avaliar a atuação na prática. Adianto que discordo que um teste físico menos rígido cause atuações mais fracas.


P.S.: No site da Ana Paula Oliveira, tem uma enquete com a pergunta: "Você acha que a Ana Paula deve continuar na arbitragem?" Às 21h10, o resultado era 53,6% "Não", contra 45,6% "Sim". Apenas 0,8% optaram por "Talvez", muito abaixo dos 3% históricos que "não souberam ou não quiseram opinar". Ao contrário do histórico, votei "Sim". Faltou a opção: "Agradeço se não for nos jogos do meu time", para evitar que minhas convicções sejam postas à prova.

*O parênteses descontextualizado continua a ser um esforço para atrair acessos de buscadores tarados.

Arbitragem feminina: precisa-se falar sério

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Tem se tornado chato e repetitivo o debate sobre a arbitragem feminina. Os argumentos e posições costumam ser sempre os mesmos. De um lado, machistas inveterados como Carlos Augusto Montenegro, presidente do Botafogo; de outro, pessoas que defendem a "presença da mulher" e nem param para pensar que a "não-presença" delas, em alguns casos, não se faz por questões comportamentais ou preconceituosas, e sim por razões científicas e técnicas.

É essa linha que quero focar. Acho que ninguém aqui discorda de que o fato de mulheres e homens não competirem entre si em quase todos os esportes (acho que hipismo e automobilismo são as únicas exceções, se alguém souber mais, avise) não se trata de "machismo" ou "preconceito". Isso é fruto das composições diferentes que os sexos possuem, coisa que vem da criação divina ou do que quer que se creia.

Transporto agora esse ponto para a questão da arbitragem. Desconheço análises sérias e focadas, de profissionais da área e desprovidas de caráter emocional - para ambos os lados - sobre o assunto. Se temos conhecimento de que há limitações para que os sexos executem determinadas tarefas, porque não pensar que isso também se aplica à arbitragem? Será que é realmente "machismo" e "preconceito" acreditar que as complexões do seu físico tornam para uma mulher a tarefa de arbitrar um jogo masculino de futebol do que seria para um homem - ainda mais se temos em conta que há diferenças entre os sexos e que, no esporte, estas se personificam nas separações de competições entre homens e mulheres?

Claro que existe machismo de muita parte, como eu citei acima. Mas também é irritante da mesma forma ver o efeito contrário, que fez julgamentos sobre as mulheres que deixariam qualquer machista com inveja - não foram raras as vezes que vi, por exemplo, comentaristas dizendo que as bandeirinhas acertam mais que seus colegas homens porque "são mais atentas". E falando sobre essa distorção, aponto artigo da Revista Invicto que mostra algo que, visto de forma séria, é um absurdo - as mulheres que atuam na Federação Paulista de Futebol são submetidas a testes físicos inferiores aos dos homens. Ora, isso é ou não um atestado de inferioridade e/ou incompetência? Uma mulher que queira encarar seriamente essa tarefa deveria recusar esse "cavelheirismo".

Tradução simultânea

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Sem clube, depois de despencar do Betis para o Bordeaux, e de lá para o Al Nasr, o ex-"bailarino" Denílson (foto) treinou esses dias no CT do Palmeiras, pra não perder o costume. Questionado sobre a possibilidade de jogar no alviverde, o sem-contrato soltou a seguinte pérola: "Acredito que ainda tenho futebol e condições de atuar fora do país". Bonito isso. Em outras palavras, significa: "Só quando eu estiver no bagaço completo e irreversível é que me dignarei a tirar os últimos trocados em algum clube brasileiro".

Mais Sandro Goiano

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Ídolo dos futepoquenses, o astro Sandro Goiano aparece nesse campo virtual (graças que é virtual) para mostrar um pouco de sua habilidade. Uma seleção que faz jus ao craque, embora faltem milhares de lances em que ele mostra o que sabe fazer melhor.
Sintomático, aliás, o ato falho de Juca Kfouri no programa Linha de Passe, da ESPN Brasil. Sobre o atleta ele falou que "sua ausência preenche uma lacuna". Sensacional.

"Ele é muito bom, pena que..."

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Uma tendência quando se analisa futebol é considerar que alguns atletas seriam grandes jogadores (ou maiores do que realmente foram) não fossem algumas circunstâncias específicas. Fatalidades, como o acidente que encerrou a carreira de Manuel Maria, que na década de 1970 caminhava para ser o novo Pelé; comportamento exageradamente complicado - e aí temos inúmeros, como Almir Pernambuquinho, da década de 1960 e, mais recentemente, Luís Fabiano e Edmundo; e mesmo lesões agressivas, como as que impediram que Marco Van Basten tivesse uma carreira mais prolongada.

Atualmente, há dois jogadores que encaixam-se perfeitamente nessa definição. Tiveram um início de carreira meteórico e depois entraram na lista do "pena que...". Acontece que, em 2007, eles estão superando o "pena que..." e, mesmo assim, não estão conseguindo mostrar um grande futebol. Falo de Pedrinho e Dagoberto.

Pedrinho passou por inúmeras lesões que começaram lá em 1998, quando ele era jogador do Vasco. Às vésperas de se apresentar pela primeira vez à seleção brasileira, teve uma contusão seríssima, e daí pra frente nunca mais foi o mesmo. No Palmeiras, alternava boas apresentações com meses de inatividade. E no Fluminense, de onde vem essa foto, sua passagem foi ridícula.

Então Pedrinho chegou ao Santos. E, como que em um milagre, seu verdadeiro problema de saúde - uma lesão no quadril - foi detectado e ele tem jogado initerruptamente desde o início do ano. Um verdadeiro recorde. Acontece que o futebol dele não deslanchou. Esperava-se, que em condições ideais, Pedrinho chegasse para ser o titular do Peixe - até porque Rodrigo Tabata estava em baixa e ninguém dava um tostão furado pelo "queimador de línguas" Rodrigo Souto. Mas Pedrinho foi pro banco. E de lá mal saiu. Agora, que o Santos passa por uma transição com a saída de Zé Roberto, Pedrinho terá sua chance. Mas precisa jogar mais bola do que fez até agora para ser considerado um titular.

No caso de Dagoberto, foram dois seus males: lesões sérias e problemas jurídicos. Ele vinha arrebentando no Atlético-PR vice-campeão brasileiro de 2004 e sofreu uma contusão gravíssima na reta final do campeonato. Quando começou a se curar, entrou num imbróglio com a diretoria do Atlético e ficou praticamente inativo por dois anos.

A transferência para o São Paulo parecia a tábua da salvação. A boa estrutura do Tricolor evitaria problemas físicos do atacante e, com a cabeça livre das pendências burocráticas, Dagoberto teria que decolar. Mas até agora não fez isso. Estreou bem contra o Grêmio e depois disso não fez muita coisa - tanto que até agora não foi às redes com a camisa do São Paulo. Espero mais dele que do Pedrinho, mas o mais provável é que a carreira de Dagoberto seja consolidada como a de um "bom jogador", e não do craque que ele parecia ser.

No domingo, 40º clássico mineiro no Brasileirão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Roberto Assaf, do Lance!, atenta para um marco importante da próxima rodada do Brasileirão: o 40º confronto entre Atlético MG e Cruzeiro pela competição. A vantagem é do Galo: 15 vitórias contra nove da Raposa. Dos 15 empates, oito terminaram em 0 a 0. Os atleticanos marcaram 47 vezes, contra 37 gols dos cruzeirenses - o que dá uma média de 2,15 gols por partida. As maiores goleadas aconteceram em 1999, quando o Atlético-MG de Marques e Guilherme enfiou 4 a 2 no Cruzeiro de Müller e Paulo Isidoro; e em 2000, quando a Raposa de Fábio Júnior e Sorín devolveu os 4 a 2 sobre o Galo de Neguete. Mas o que chama a atenção, na história desse clássico pelo nacional, é a média de público, superior a 57 mil. Na última vez que os dois se enfrentaram pelo Brasileiro, em 16 de outubro de 2005, o Cruzeiro venceu por 1 a 0, gol de Adriano Gabiru (aquele mesmo que decidiu o Mundial para o Inter de Porto Alegre). A partida comemorava os 40 anos do Mineirão e contou com a presença de Telê Santana, em sua última aparição pública.

segunda-feira, junho 18, 2007

Ana Paula de Oliveira + Playboy + machismo + mulher

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O título mostra a finalidade do post. Facilitar o acesso dos nobres visitantes do Futepoca que, amantes do esporte bretão, encaram apenas com curiosidade o anúncio da Playboy de que a capa da revista mensal da editora de Veja terá a árbitra Ana Paula Oliveira. Não foi confirmado o mês.

Depois de apitar a quarta divisão (numa "atuação considerada boa" pelos jogadores), a bandeirinha – conforme definição de próprio site da moça – foi à redação da revista masculina assinar contrato para tirar a roupa e dar margem a chamadas de capa "astutas" e trocadalhescas. Deixo as sugestões para os comentaristas.

O que é terrível é que a moça foi entrevistada na edição da junho, com direito a comentário no Futepoca com foto machista disfarçada em um texto pseudo-analítico.

Tanto machismo não impediu que, depois de ser acusado de "editor de Ana Paula Oliveira no Futepoca", venha eu confirmar meu posto, pra não perder o emprego nem a oportunidade de esquizofrenicamente condenar o machismo reinante neste blog.

Reprodução: BlablaGol

A homenagem do parceiro BlaBlaGol, aos botafoguenses foi a
foto com mais relação com a notícia que encontrei. Diferente de
outra feita, nem tenho a desculpa de que achei no
Google Images.
É uma foto-denúncia a tanto machismo. Que feio.

A hora do chute é agora

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Sei que todo mundo tá dizendo por aí que o campeonato está nivelado (por cima ou por baixo, sei lá) e que é impossível fazer qualquer tipo de previsão etc. Tá certo, só que previsão depois que o campeonato acaba não adianta.

Para enriquecer (ops) a discussão, fiz levantamento de com quem jogou quem em relação aos 5 primeiros colocados. Sem contar a confusão da tabela, dá para ver que alguns times tiveram o caminho mais complicado que os outros.

Enquanto outros cavalos paraguaios (olha o preconceito contra os cavalos paraguiaos) apareceram na ponta da tabela mais pela fraqueza dos adversários.

Sem enrolação, o principal exemplo desses times que só jogaram contra pangarés (olha o preconceito com os pangarés) é o Vasco. Enfrentou nas primeiras rodadas três times que estão na zona de rebaixamento: América (RN), Sport e Náutico, além dos reservas do Grêmio na quinta rodada. Quando pegou Bota, Flu e São Paulo começou a queda livre. Que não deve parar até a disputa do rebaixamento (taí, prognostiquei). Até porque está com um jogo a mais que os outros.

O Paraná também teve caminho relativamente simples. Reservas do Grêmio, Juventude, Cruzeiro, Náutico. Dos que aparentam ser os melhores times, apenas São Paulo e Corinthians. A previsão é que também caia daqui por diante, mas deve ficar longe do rebaixamento, pode chegar a uma sul-americana.

O Curinthia teve um caminho mais ou menos até agora. Juventude, Cruzeiro e América (RN) não deram tanto trabalho assim. Mas já pegou Santos, Paraná e Atlético (MG).

Agora, o Galo teve uma das mais difíceis trajetórias até agora. Dos fracos, pegou só o Náutico. Dos mais ou menos, Figueirense e Atlético (PR). E as pedreiras Botafogo, Corinthians e São Paulo, tudo fora de casa. Só perdeu até agora para o Bota. Se continuar assim disputa uma sul-americana e, se der sorte, chega perto da Libertadores. Bem longe do rebaixamento apregoado pela oposicionista Carminha.

Já o Bota, é cada vez mais líder e candidato ao título. Já pegou Inter (RS), Atlético (MG), Flamengo (está mal, mas é clássico). Além de Palmeiras, reservas do Grêmio, Vasco e Náutico, que não deram tanto trabalho assim. Se não amarelar, como costuma fazer, pode ser....

Taí, agora cada um que dê seu palpite.

Num dos próximos capítulos, o temido rebaixamento...

Fora Dualib: ato dia 28 de junho

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Encontrei esse texto no site da Gaviões da Fiel. Não pude acompanhar a primeira reunião do movimento Fora Dualib, mas vou tentar ir a esse ato.

O MOVIMENTO FORA DUALIB CONVOCA A TODOS OS CORINTHIANOS

Atenção Nação Corinthiana,

O Movimento Fora Dualib convoca todos os Corinthianos a comparecer no dia 28 de junho, a partir das 18h, no Parque São Jorge (Rua São Jorge, 777). Acompanharemos -pacificamente e do lado de fora do clube- a reunião que decidirá a aprovação ou não das contas referentes ao ano de 2006.

Essa reunião é muito importante para o futuro do Sport Club Corinthians Paulista, que já acumula dívida de mais de R$ 70 milhões. É essencial que os Corinthianos compareçam em peso, para mostrarmos nossa insatisfação e exigirmos uma administração clara e honesta para o clube .

Pedimos que todos compareçam usando a camiseta do movimento ou a camisa do Corinthians.

FORA DUALIB

No domingo, não tem clássico paranaense

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Um dia antes de o pai do Mauro Beting ser o mestre de cerimônia de um evento para atrair sócios remidos com a presença do governador de São Paulo José Serra (PSDB) – que orgulho – os 3 a 1 diante do Goiás, no Serra Dourada, tiveram a previsível repercussão de ampliar o anúncio, na imprensa, de que a cabeça do técnico Caio Jr. estaria a prêmio.

Quando o jogo é em casa, foi a torcida que atrapalhou. Não nesses termos, mas o discurso oficial é de que a demora em fazer gol deixa a torcida irritada e o time perde o prumo. Quando o jogo é no adversário, foi a sorte, o mérito do adversário... Às vezes entra a trave para dificultar. Na próxima, a culpa provavelmente será da bola.

No sábado, a torcida protestou contra a síndrome de time pequeno do Palmeiras, metonimizada pelo zagueiro Edmilson e pelo atacante Cristiano, ambos ex-Paraná. Não incluíram nas reclamações o volante Francis, titular.

Os cinco desfalques atrapalham em Goiânia, e o adversário, normalmente, quer ganhar. "A bola parada está definindo a maioria das partidas e precisamos analisar o que aconteceu para trabalhar em cima disso", concluiu Caio Jr.

Tudo isso é verdade, embora treinar marcação também é importante. O que anda incomodando é o time jogar bem e "merecer a vitória", mas deixá-la para o adversário. Vá ser generoso assim treinando o Corinthians.

No próximo domingo, no Parque Antártica, a partida é contra o Atlético-PR. Se os 30 barulhentos da Mancha Verde tiverem razão, Caio Jr. vai encarar a disputa como clássico. Se depender da imprensa e de parte cada vez mais numerosa da torcida, clássico é ótimo para derrubar técnico.

domingo, junho 17, 2007

Manguaça pouca é bobagem

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Vem do blog Nonsense a notícia sobre alcoolismo na Rússia.

Lá, a rapaziada manda ver, deixando envergonhada essa aprendiz. Segundo a pesquisa, 43% de todas as mortes de homens em idade produtiva são causadas por fatores ligados ao álcool. 72% dos homicídios e 42% dos suicídios também têm a ver com a manguaça.

A expectativa de vida dos homens é de apenas 59 anos. A das russas é de 72. A discrepância já causa alarme no país, que vê a taxa de natalidade cair vertiginosamente.

Assustador.

Matador

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Com oito jogadores fora de combate, o São Paulo venceu o Vasco por 2 a 0, dois gols de Borges, agora artilheiro do time ao lado de Rogério Ceni. Destaque para os primeiros gols do ataque são paulino no torneio.

Com o resultado, o São Paulo sobre para a 6ª colocação no campeonato, com 10 pontos. Já o Vasco cai para quinto.

Como torcedora, tenho que agradecer ao Vasco pela lambança executada na jogada do segundo gol! Sensacional!

Real campeão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O Barcelona bem que fez parte dele, mas não conseguiu evitar que o Real Madri fosse, pela 30ª vez campeão espanhol. Até 30 minutos do segundo tempo dos dois jogos, ainda dava Barça, que venceu o patético Gymnastic por 5 a 1, dando show.

Mas 0 Mallorca, apesar de fazer o primeiro gol do jogo e perder pelo menos três contra-ataques com claríssimas chances de gol, não conseguiu segurar a pressão madridista, infelizmente (estava torcendo para o Barça. Não nutro simpatia alguma pelo Real).

Robinho não marcou, mas ainda assim deve chegar com moral para a disputa da Copa América. Einh? Copa América?