Destaques

terça-feira, agosto 21, 2007

Geraldinho, o dono da bola

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Papagaio-de-pirata profissional e deputado estadual nas horas vagas, o tucano Orlando Morando revelou mais um dos (muitos) ardis do "picolé de xuxu" Geraldo Alckmin. Na sexta-feira, 17, Morando comentou, durante evento baba-ovístico pré-eleitoreiro em São Bernardo, que assumiu o posto de goleiro titular do timinho de deputados da Assembléia Legislativa de São Paulo (dá medo só de imaginar...). Pois então: no início de 2006 eles resolveram desafiar o time do Palácio dos Bandeirantes para um duelo. Foi aí que o então governador Alckmin, mui espertamente, compareceu ao jogo com um time de bombeiros. De político, mesmo, só ele (parece que barrou o Lembo, daí o início das rusgas entre os dois...). Contra um bando de parlamentares barrigudos e enferrujados, a saúde dos bombeiros foi uma covardia. "Eles golearam a gente por 5 a 0”, lamentou Orlando Morando. Questionado sobre qual a posição ocupada por Geraldinho em campo, o deputado sentenciou: "todas". Lógico, era o dono do time. E da bola...

A evolução tecnológica que a gente quer

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(chupinhei do blog da minha amiga Renata Leal)

"Aposto que todo mundo iria querer um Beer Server G3. Ele alia o design arrojado de um Mac com cerveja, "a causa e a solução de todos os problemas" (Simpson, Homer)"

Eis o computador dos sonhos para os manguaças que escrevem esse blog!

Caio Jr., meias brancas e pé quente

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O Blog do Boleiro, do TerraMagazine, traz um texto despretensioso que anota duas operações no Parque Antártica. A primeira, é a adoção das meias brancas nas partidas em que o Verdão tem o mando. A cor do acessório é a mesma recomendada pelo pai-de-santo Robério de Ogum em 1993.

Mas o treinador do Palmeiras, Caio Jr., ex-Paraná, que já teve até a cabeça pedida por mim, quer também a presença do médico Rubens Sampaio, atual coordenador da equipe médica. Ele esteve presente nas cinco vitórias palestrinas em casa. Tanta superstição é negada pelo técnico, que não acredita nessas coisas.

Sampaio foi o substituto de Paulo Fortes no São Caetano após a morte do zagueiro Serginho em campo em 2005. Fortes foi afastado pela Justiça Desportiva por quatro anos, e Sampaio durou sete meses no ABC.

Levando em conta o grau de oscilação do time na tabela do Brasileiro até aqui, a escolha da cor das meias sem relação com a presença do pé quente Sampaio pode ser um arma.

O detalhe é que o retrospecto da relação Robério-Vanderlei Luxemburgo no Verdão nem permite dizer que "já teve arma secreta melhor". Ok, naquele time, tinha mesmo, mas a ajuda do além não foi descartada. Em 1993, a parceria de co-gestão com a Parmalat estava no início. Atualmente, depois da vitória de 2 a 1 sobre o Flamengo, no domingo, Rogério Dezembro (sic) anunciou o fim do patrocínio da Pirelli no manto alvi-verde.

É a hora de comprar camisas oficiais sem marca de patrocinadores para comemorar o título.

Sobre Kaká e Ronaldinho

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Numa discussão meio lenga-lenga sobre a seleção brasileira, o bom repórter-comentarista Lúcio de Castro, do Sportv, levantou um argumento interessante. Por que se diz tanto que o Ronaldinho Gaúcho "não joga nada" na seleção e que o Kaká, esse sim, sabe honrar o manto canarinho?

Acompanho Lúcio e acho que Ronaldinho, entre os dois, fez mais com a camisa amarela. Mas vejam bem: não se trata de dizer que o dentuço está no panteão dos líderes históricos do Brasil; apenas acho que, se comparar entre um e outro, o Gaúcho está à frente.

Senão, vejamos o histórico de ambos na seleção. Gaúcho e Kaká disputaram duas Copas cada, as de 2002 e 2006. Na primeira, Kaká era apenas um garoto e foi convocado para ganhar experiência. Apenas atuou alguns minutos. Já Ronaldinho foi titular da equipe e fez uma Copa muito boa. Se não foi exatamente um cracaço, pode-se dizer que contribuiu e muito para o título que o time de Felipão ganhou na Ásia.

Já na Copa de 2006, o desempenho pífio dos dois foi igual. Kaká até enganou contra a Croácia, quando marcou um belo gol, mas de resto também não jogou porcaria nenhuma e fez parte do barco dos fracassados que foi aquele time.

Ronaldinho Gaúcho foi campeão da Copa América de 1999. Kaká e Ronaldinho ganharam a Copa das Confederações em 2005, e ambos também ficaram de fora dos títulos Sul-Americanos em 2004 e 2007.

Ou seja: desconsiderando-se amistosos irrelevantes, a carreira de Ronaldinho e Kaká com a seleção brasileira é quase igual (e bem fraquinha). A diferença é que um foi titular e jogou bem numa campanha de título da Copa do Mundo.

Então porque costuma-se apedrejar tanto o Gaúcho e tratar o Kaká como um ícone da seleção?

segunda-feira, agosto 20, 2007

Ana Paula Oliveira é Brasil

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A auxiliar de arbitragem Ana Paula Oliveira, a musa que volta aos gramados em setembro, lidera enquete de site espanhol. O El Mundo Deportivo pergunta "qual é sua esportista favorita?" Em espanhol, fica "¿Cuál es tu deportista femenina preferida?"¹

Ana Paula está com 42% de preferência dos internautas, o que corresponde a 21,5 mil votos. A tenista russa Maria Sharapova vem na sequência, com 39%, ou 19,9 mil. No total, foram 50,8 mil votos. A também russa Yelena Isinbayeva, do salto com vara, tem modestos 10% (4,9 mil), enquanto as demais, Natalie Gulbis, golfista norte-americana, Amanda Beard, nadadora norte-americana, e Laure Manaudou, nadadora francesa.





As fotos da nadadora
norte-americana
Amanda Beard são
muito mais
apelativas do que
as da bandeirinha
Ana Paula Oliveira



Ela não é a única que tem fotos semi-nua ou nua, no caso, tiradas do ensaio à edição brasileira da Playboy. A nadadora Amanda Beard, por exemplo, aparece em duas fotos sensuais, uma escondendo os seios com as mãos e outra numa piscina com uma vestido transparente (acima). Aliás, a imagem utilizada da bandeirinha é claramente chupada do recorte comportado do Futepoca, adotado de outra feita.


Claramente repetiram o expediente comportado do Futepoca.


Mas isso não quer dizer que a disputa esteja ganha. Ana Paula é Brasil!

Vá lá e mostre para o mundo que a brasileira é muito mais querida. Para dramatizar, os espanhóis colocam as fotos da Sharapova em destaque, ainda que a brasileira esteja em vantagem desde sexta-feira.

As feministas vão alegar que se trata de uma campanha machista para promover a sanha de homens recalcados que passam as noites em seus computadores sabe-Deus fazendo o que.

Mas não.

É uma luta para valorizar a participação da mulher na arbitragem do esporte bretão. Ainda que o Futepoca não seja unânime na aceitação da participação da mulher, aqui não há machistas².

Vai Ana Paula!



__________________
¹ Aproveitando o momento aula-de-idiomas, temos que "nua" é "desnuda" (palavra que, junto com a inglesa "naked", graças aos onanistas figura entre as mais citadas em sites de busca), "auxiliar de arbitragem brasileira" é "auxiliar de árbitro brasileña". E "el futbol" é o que atrai os internautas latinoamericanos e espanhóis. Bem, não exatamente. "Playboy" é "Playboy" mesmo.
² Há quem tenha comprado esta frase com oferta de cervejas.

Nossa língua, cada vez mais burra

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Não sei em que sílaba do Futepoca se pode encaixar este post. Talvez em todas, já que para tudo precisamos da língua (sem conotações libidinosas, no caso).

Mais uma vez, a língua portuguesa sofre nova reforma. A Folha OnLine deu isso hoje.
Quem são os membros do conselho de gênios que, de tempos em tempos, pelo menos no caso do português, resolvem se reunir e decretar que a língua muda?

Eu, que já era inconformado com a antiga queda de acentos como o de fôrma (pra diferenciar de forma – pronúncia: fórma), agora vou ter que me resignar com a supressão de acentos que acho absurdo caírem. Por exemplo, não serão mais acentuadas a partir de 2008 as palavras "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia", assim como serão retirados do dicionário os termos “pára" (do verbo parar), que será grafado sem o acento agudo, e ficará tudo como a preposição "para".

Do mesmo modo, não será mais preciso acentuar "creem", "deem", "leem" e "veem".

Curioso é que, numa reforma antiga, suprimiram as letras “K”, “Y” e “W”. Agora, as exiladas voltarão a fazer parte do vocabulário.

Pra que esses idiotas empobrecem a língua? Pra ficar mais de acordo com os novos tempos e ficar mais fácil de digitar no MSN Messenger ou nos comunicadores instantâneos, por lobby do Bill Gates ou isso é um jogo de grande editoras, que vão ter que republicar e vender milhões e milhões de dicionários (talvez o motivo real das reformas anteriores)? Portanto, entra como Política.

Tudo isso é revoltante.

Custo tem. E o benefício?

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O centroavante Aloísio completou ontem, contra seu ex-clube Goiás, 76 jogos com a camisa do São Paulo. Mais uma vez, pra variar, passou em branco. De dezembro de 2005 (quando estreou contra o Al Ittihad) para cá, marcou míseros 15 gols. Isso dá uma média de 0,19 gol por partida - ou 0,71 por mês. No período, além do Mundial, faturou um Campeonato Brasileiro. Mas sumiu nas partidas decisivas da Libertadores de 2006 e de 2007, contra Inter e Grêmio, e também nas duas partidas contra o Boca Juniors pela portentosa Recopa Sul-Americana.

Para efeito de comparação, Amoroso jogou 6 meses pelo São Paulo, em 2005 (de junho a dezembro), disputou 27 partidas e fez 16 gols. Ou seja: média de 0,59 gol por jogo e 2,66 por mês. Levantou a Libertadores e o Mundial Interclubes, jogando muito bem as duas competições, e foi um dos destaques da reação do clube no Brasileiro de 2005 - com partidas memoráveis, por exemplo, contra Palmeiras e Corinthians.
Naquele mesmo ano, Luizão jogou 24 vezes e marcou 11 vezes (média de 0,45 gol por partida), entre fevereiro e julho (média de 2,2 gols por mês). Foi campeão paulista e da Libertadores, quando terminou como um dos artilheiros do time - e o maior goleador brasileiro na competição sul-americana em todos os tempos. E, por fim, Ricardo Oliveira teve uma passagem-relâmpago pelo São Paulo em 2006, disputou 12 partidas e fez 6 gols (média de 0,50) entre maio e agosto (dois gols por mês). Pode-se dizer que ajudou na campanha do título nacional.
Por tudo isso, a relação custo/ benefício de Aloísio me parece bem desvantajosa para o São Paulo. Pela ferrenha disputa judicial travada com o Atlético-PR, esperava-se mais desse cara. Alguém discorda?

domingo, agosto 19, 2007

Vampeta, mano

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Muito boa a entrevista de Vampeta ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil (vai reprisar nesta segunda, às 20h. Vale a pena, pra quem gosta de ludopédio e principalmente quem é corintiano).
Na entrevista, o jogador que formou num dos meios de campo mais impressionantes que já vi (com Rincón, Marcelinho e Ricardinho) fala da atual conjuntura política do Corinthians, sobre balada, sobre cachaça (na verdade “cervejinha”), bastidores interessantes, homossexualismo no futebol etc. Abaixo algumas passagens (citações de memória, mas fiéis).

Rivalidade
“Dizem que o maior rival do Corinthians é o Palmeiras, mas como hoje em dia o Palmeiras não tá fazendo mal a ninguém...”

Bambi
“... ‘bambi’, não fui eu que inventei, que falei pela primeira vez. Eu só acrescentei uma coisa a mais”.

Proibido entrar de preto
“Eu gosto de andar ali pela rua Turiaçu (NR: rua da zona Oeste de São Paulo, onde fica o Parque Antarctica); um dia passei ali em frente à sede da Mancha Verde, tava lá escrito: ‘proibido entrar de preto’. Não era preto [da camisa] do São Paulo, do Santos, era preto do Corinthians”.

Souza
Referindo-se a Souza, do São Paulo: “... Papagaio. É o dez do SP. Ele tem que voltar pra lateral, não pode ser o 10 do SP”.

Felipão
Respondendo pergunta sobre por que a seleção foi penta em 2002: “Porque tinha um grande líder, o Felipão. O que faltou em 2006”.

Corrigida a informação sobre "entrar de preto" às 13:29

sexta-feira, agosto 17, 2007

Drummond e o futebol

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Como eu cansei do Cansei e a gente anda negligenciando um pouco o futebol e a cachaça, segue um pouco de inteligência para falar do esporte.

Carlos, Drummond, poeta, mineiro de Itabira, tinha um defeito: torcia para o Vasco, como Paulinho da Viola e outros de quem tanto gosto e que não merecem o tal de Eurico, o eterno.

Voltando a Drummond, esta postagem é só para lembrar do poeta falando de futebol. A compilação saiu no jornal O Povo, http://www.opovo.com.br/opovo/esportes/721092.html e vale a pena.

Futebol se joga no estádio?
Futebol se joga na praia, futebol se joga na rua, futebol se joga na alma"
(Futebol, de Carlos Drummond de Andrade)


DRUMMOND E A BOLA

"O difícil, o extraordinário não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé".
Pelé: 1.000 (1969)


"Confesso que o futebol me aturde, porque não sei chegar até o seu mistério. Entretanto, a criança menos informada o possui". Mistério da Bola (1954)


"Não há nada mais triste do que papel picado, no asfalto, depois de um jogo perdido. São esperanças picadas". Jogo à Distância (1966)


"Perder é uma forma de aprender. E ganhar, uma forma de se esquecer o que se aprendeu". (1974)


"Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho". Mané e o Sonho (1983)

Apartidarismo OU cadê o noivo

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O recém criado blogue do Gustavo Petta traz uma nota que dispensa comentários a respeito do apartidarismo do movimento "Cansei", cujo primeiro ato oficial, segundo a assessoria de imprensa, ocorreu no início da tarde desta sexta-feira, 17.

Apartidarismo?


O panfleto


A revista.

O que o ex-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), comunista convicto e assumido não pergunta é: cadê o genro do ex-governador?

Cansei do Cansei

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Cansou do quê?
Cansou de um país que se livrou do FMI?
Cansou dos juros mais baixos da história?
Cansou de pobre não se deixar encabrestar pela elite (de)formadora de opinião?
Cansou de entrar na fila do aeroporto porque tem pobre viajando?
Cansou de crédito barato?
Cansou de tratamento de dente gratuito do Brasil Sorridente e remédio a preço simbólico?
Cansou de ver a Polícia Federal prendendo os teus?
Cansou da inflação lá em baixo?
Cansou de economia crescendo 18 trimestres seguidos?
Cansou de política externa independente?
Cansou de auto-suficiência de petróleo?
Cansou do melhor PAN da história?
Cansou de ter aumento salarial acima da inflação?
Cansou de ver a desigualdade cair?
Cansou de ver o Nordeste crescer em ritmo chinês?
Cansou da idéia de seu país se impor como vanguarda energética mundial?
Cansou de tentar explorar bóia-fria que agora se recusa ao trabalho degradante porque tem bolsa-família?
Cansou de tanta terra indígena demarcada?
Cansou da drástica redução do desmatamento na Amazônia?
Cansou dos recordes de produção, safra e exportação agrícola?
Cansou de ser o maior exportador de carne do mundo?
Cansou de conviver com o otimismo e a prosperidade do povão deste país?

Já sei: cansou de ver o operário resolvendo o que nenhum doutor ou sociólogo tiveram competência para resolver. Não é cansaço. É inveja.

Os cansados(as) querem de volta a velha Pasárgada chamada Brasil, onde os reis eram seus amigos.

(Reprodução de mensagem que circula na internet)

Viva a democracia!

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Enquanto os menos de mil, ou cinco mil, ou três mil, enfim, sabe-se lá quantos adeptos do "Cansei" fizeram seu minuto de silêncio na Praça da Sé, futepoquenses fizeram sua parte e promoveram barulho às 13h01 do dia de hoje. Abaixo, as fotos de parte de um dos maiores eventos cívicos da história da república:


Os futepoquenses Glauco (de vermelho) e Mauricio (de azul) prepararam uma das mais sofisticadas bases de lançamento de fogos de artifíco já vistas pelo ser humano: um vaso de Ficus. Importante, amigo leitor, para esse tipo de rojão Caramuru, que não se tenha contato físico com a base - só com o pavio.

É uma operação complexa. Anoss de estudo com guerrilheiros cubanos foram necessários para que se realizasse esse tipo de operação que tanto ajudou no assalto ao quartel Moncada em 1953.

Aqui, o momento em que os perigosos fogos foram acesos, com os manguaças devidamente preparados para ficar à distância de 20 metros "rapidamente", conforme as instruções da caixa.


Após o extenuante trabalho de trazer o vaso de volta ao seu lugar, Mauricio descansa junto com a eminência parda Carminha. E a sensação de dever cumprido.
* Nenhum animal, vegetal ou mineral foi maltratado durante as filmagens. A planta foi devidamente amarrada para permitir a passagem dos fogos, sem que houvesse qualquer tipo de dano. Um rotweiller da casa em frente latiu, mas não manifestou qualquer tipo de insatisfação maior.

É hoje! Faça um minuto de barulho às 13h01

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A campanha "Um minuto de barulho pelo Brasil" não pára de ganhar adesões. A campanha já foi veiculada no site da UNE, conseguiu o apoio do ex-presidente da entidade Gustavo Petta e ganhou destaque até em blogue gringo. Além deles, inúmeros outros lugares estão ajudando a divulgar a barulhada agendada para as 13h01 de hoje.

Mas agora é hora de agir. Pegue aquele vinil empoeirado com o hino da Portuguesa, comprado pelo seu avô lisboeta para comemorar o título de 1973, e coloque a todo volume. Pegue aqueles rojões guardados para comemorar aquele título do seu time que nunca veio e aproveite para usá-los. Mostre a todos que, apesar da labuta e do mal estar na civilização, você não está nem um pouco "cansado" e nem se calará com a boca de feijão. Faça barulho à vontade!

quinta-feira, agosto 16, 2007

O Vicente Mateus do Cansei

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Desculpas ao velho presidente corintiano, conhecido pelas frases folclóricas, mas ele vem sendo superado pelo cansado da Philips, seu presidente, Paulo Zottolo.

Depois de dizer, entre outras bobagens, numa entrevista ao Valor Econômico que "se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado", numa tentativa de fazer graça e afirmar que o Brasil não é nenhum Piauí, piorou tudo quando tentou se redimir, segundo transcrição do texto da Monica Bergamo no UOL.

"O empresário declarou à Folha que fez a afirmação "dentro de um contexto. Eu quis dizer o seguinte: o Piauí hoje é um Estado pouco conhecido no Brasil. As pessoas não sabem o que tem no Piauí. Quando eu disse que o Piauí não faz falta eu quis dizer que, como poucas pessoas conhecem o Estado, para eles tanto faz como tanto fez. Não é o meu caso. Eu, particularmente conheço bem o Piauí. Já fui quatro vezes ao Estado. A Philips tem um trabalho social grande no Piauí".

Ah, tá bão. Não é praga, mas gostaria que o senhor encontrasse um piauiense amanhã quando estiver cansado na Praça da Sé. Será que ele vai entender a explicação?

Relembrando Matheus, não pretendo comprar nenhuma Phillips da Samsung nos próximos anos. Cansei-me...

O Paradoxo da Espera do Ônibus

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Vídeo recomendado pela companheira Brunna que mostra - de uma forma lúdica, claro - porque as pessoas devem boicotar os ônibus no próximo sábado, dia 18.

Faça barulho às 13h01, na sexta. Ande a pé no sábado.

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Sexta-feira, dia 17, às 13h01, faça barulho. Panelas, apitos e pandeiros.

O país passou a maior parte de sua história sob o jugo não-democrático, calado, acabrunhado, tímido e agora, em plena democracia, você quer ficar quietinho? Um minuto de barulho pelo Brasil.

No sábado, dia 18, "Pés fora do coletivo": boicote ao transporte público sucateado. Todos a pé ou de bicicleta nas ruas da cidade.

___________________________________
Alterado às 13h31. Sugestão acatada.

Um minuto de barulho

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Eles estão cansados. Tão cansados que mal conseguem falar. Por conta disso, farão um minuto de silêncio "pelo Brasil", segundo o blogue deles.

Não se engane, leitor do Futepoca. Dirão a você que é um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do acidente da TAM. Uma forma de se proteger de qualquer tipo de movimento que se oponha a tal ato, taxando os contrários de "desrespeitosos".

Pra tirar a dúvida, dêem uma olhada no blogue deles. Está lá: "Dia 17 de agosto à 1 da tarde mostre sua indignação e faça um minuto de silêncio pelo Brasil". um protesto "cívico". Tão "cívico" que a adesão ocorre pelo Orkut, conforme anuncia o dito movimento, essa nova praça pública dos tempos pós-modernos.

Por isso, mais uma vez atendendo à voz rouca das ruas e ao clamor popular, lançamos a campanha Um minuto de barulho pelo Brasil. Afinal, o nosso país passou a maior parte de sua história sob o jugo não-democrático, calado, acabrunhado, tímido e agora, que vivemos em plena democracia, vamos ficar quietinhos? Não, vamos fazer barulho.

Mas vamos respeitar os "cansados". Nosso protesto começa à 1 hora e 1 minuto, depois da manifestação muda. Vale tudo para protestar a favor do Brasil. Buzinaço, panelaço, escutar funk e forró em alto volume ou simplesmente tilintar copos de cerveja dando vivas à democracia.

Participe você também deste movimento. Afinal, como diz Luiz Flávio D'Urso, "Cada um de nós pode e deve se manifestar por meio dos canais previstos em um regime democrático. Somente com tal participação é que nossa jovem democracia se consolidará e atingirá um patamar mais maduro". Vamos fazer uma democracia madura! Divulgue nossa campanha e faça barulho você também!

Aquele que ninguém nunca ouviu falar

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Além de marcar o aniversário da cidadela paulista de Taquaritinga, terra do mundialmente famoso time de futebol CAT, 16 de agosto também é a data de falecimento de Elvis Presley, aquele que ninguém nunca ouviu falar. Pois então, hoje faz três décadas que o dito cujo foi comer capim (de Graceland) pela raiz. E é dia de júbilo para um bando de manguaças autodenominados “presleyterianos”, que fundaram a Primeira Igreja de Jesus Cristo Elvis, o Divino.
Os bebuns garantem que professam “a única religião que será importante nesse milênio” e estão reivindicando nos Estados Unidos um feriado nacional em homenagem ao rei obeso do rock. “A falta de um feriado para Elvis é uma desgraça nacional”, lamenta o cachaça Karl Edwards, co-fundador da igreja. “Quantos discos de ouro teve George Washington?”, questiona.
Para quem também segue essa religião e está em São Paulo, capital, uma dica é comparecer ao templo pagão Gardenburger, na Fradique Coutinho nº 390, Pinheiros, onde o elvismaníaco João deverá reprisar pela bilionésima vez os surrados VHS do falecido cantando em Las Vegas ou no Havaí. Se bobear, o X-Elvis até ressucita. Mas o lance é beber o morto!

Ps.: Outro pinguço que finou-se em 16 de agosto, há 33 anos, foi Canhoteiro, ídolo são-paulino dos anos 50. Curiosamente, morreu com a mesma idade que Elvis: 42 anos.

Hora de acreditar no título

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Bem fora do clima atual do Futepoca, em o assunto que mais interessa na vida, como ensina Eduardo Galeano:

O diretor do palmeiras Gilberto Cipullo declarou que acredita no título. Na quinta colocação, a uma da zona classificatória da libertadores, ele faz as contas: "Estamos dez pontos atrás do primeiro colocado. Ainda vamos disputar 57. É uma diferença que dá para tirar." Fácil, fácil.

A queda anunciada do cavalo paraguaio Botafogo anima torcedores de outros times. Um dos cariocas do parceiros do Blablagol, o Sérgio Valente aposta. "Depois não digam que não avisei: O Vasco vai ser Campeão Brasileiro". Ele garante que o time de São Januário tem mais time do que o tricolor paulista para levar o caneco. Aliás, o estádio foi penhorado pela sexta vez, agora a pedido do Banco Central.

Depois da vitória do time de Carpegiani sobre o Botafogo por 3 a 1, há corintiano gritando: "pintou o campeão".

Vai faltar taça.



quarta-feira, agosto 15, 2007

A verdadeira lição ensinada pelo vôlei

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Ano passado, quando a seleção do futebol fracassou e a de vôlei triunfou nos respectivos Mundiais, chavões e mais chavões se repetiram.

Os mais irritantes apontavam o sucesso do time de Bernardinho como fruto de um espírito de "família", sem "estrelismos", com "jogadores com amor à camisa", enquanto no futebol o que se via era um monte de "mercenário", "que só pensavam em dinheiro", "todos moram no exterior e não sabem mais nada do Brasil", "só pensam nos recordes individuais" e por aí vai.

Sempre achei esse tipo de discurso idiota. Principalmente nessa questão de "identificação com o país" e "amor à camisa". Pra quem não sabe, quase todo o grupo campeão mundial de vôlei também não joga em terras brasileiras. A situação desse esporte é a mesma do futebol: no exterior, os times têm mais dinheiro e levam os talentos dos países "subdesenvolvidos". Não seria essa a lógica, portanto.

E agora o escândalo Ricardinho, ecoando desde as vésperas do Pan, derrubou mais um chavão. O corte do levantador revelou que no grupo multicampeão de Bernardinho também existem egos, brigas, conflitos, desunião, um querendo ser melhor que o outro... ou seja, o que acontece em qualquer relação humana!

O interessante dessa história é que ela revela que o segredo de Bernardinho e seu elenco vitorioso é mais simples do que parece. Isso se traduz de maneira bem simples: o técnico é obcecado pelo esporte e pensa em vôlei 24 horas por dia (durante as competições, quando não está vendendo suas palestras motivacionais por aí). O fanatismo de Bernardinho por treinos, suas grandes variações táticas, seu empenho em extrair sempre o melhor do time são os elementos que explicam a questão. Deixem essa papagaiada de "união", "família" e "identificação" de lado.

terça-feira, agosto 14, 2007

Milton Neves, o filósofo

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O Comuniquese publicou como manchete de seu boletim na segunda-feira a informação de que os programas de Milton Neves na Record sairiam do ar. No dia seguinte, para indignação do Glauco, a manchete era exatamente a oposta: não saem do ar.

Para alguns, foi alegria que durou pouco. O exemplo fica para as aulas de jornalismo.

Mas o que eu gosto deste fórum é que a gente aprende. Até com Milton Neves:
"É o que sempre digo: apresentadores, programas e apresentadoras de redes de televisão, realmente competitivas, exceção a 80% da grade da Rede Globo e dos programas de Silvio Santos, dono e gênio, são tão firmes no ar quanto prego na gelatina. A qualquer momento você pode sair, mas a recíproca é verdadeira: a qualquer momento você pode voltar! Ou continuar."
Do blogue dele
.
A qualquer momento você pode continuar. Entendeu?

Guarani, ontem e hoje

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Divulgação/ Polícia Militar-SP
Ontem, dia 13, fez 29 anos que o Guarani de Campinas sagrou-se o primeiro – e até hoje único – time do interior paulista campeão brasileiro de futebol. Uma curiosa coincidência: esta semana um boato tomou conta do clube, o de que o estádio Brinco de Ouro seria vendido a um banco para o Guarani (hoje na Série C, terceira divisão do Brasileiro) pagar dívidas.
Primeiro falou-se do Bradesco, depois já era um banco internacional. Li que a venda seria por cerca de R$ 30 milhões, e li também que seria por R$ 130 mi. Uma precisão digna de boato mesmo.
De qualquer maneira, a diretoria bugrina desmentiu a operação em nota divulgada à imprensa, assinada pelo vice-presidente administrativo, José Carlos Meloní Sícoli. “O Estatuto Social do Clube não outorga poderes à Diretoria Executiva para tratar com exclusividade de assunto desta natureza, prevendo a obrigatoriedade de convocação do Conselho Deliberativo e da Assembléia Geral de Associados segundo a qual”, esclareceu o comunicado.
Para os saudosistas, abaixo vai a ficha técnica da finalíssima de 1978, realizada no Brinco, contra o Palmeiras.


GUARANI 1 x 0 PALMEIRAS
Data: 13/Agosto/1978 - Local: Brinco de Ouro da Princesa (Campinas) Gol: Careca aos 36 do 1° tempo - Árbitro: José Roberto Wright (RJ) Renda: Cr$ 1.706.280,00 - Público: 27.086
GUARANI: Neneca; Mauro, Gomes, Édson e Miranda; Zé Carlos, Manguinha e Renato; Capitão, Careca e Bozó. Técnico: Carlos Alberto Silva
PALMEIRAS: Gilmar; Rosemiro, Beto Fuscão (Jair Gonçalves), Alfredo e Pedrinho; Ivo, Toninho Vanusa e Jorge Mendonça; Silvio, Escurinho e Nei. Técnico: Jorge Vieira

Sobre a eleição municipal

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Kassab não confirma, mas deve mesmo ser candidato à reeleição municipal em São Paulo. Quem aposta é a colunista Monica Bergamo, em sua coluna de hoje (aqui, para assinantes)

LANÇAMENTO
Os líderes do DEM, partido do prefeito Gilberto Kassab, de SP, fazem "pajelança" sexta, no Rio, para avaliar pesquisas de várias capitais do país. Os resultados das sondagens, e mais a pesquisa Datafolha que mostra Kassab no páreo da própria sucessão, reforçam o argumento do partido, de que ele deve ser candidato -com ou sem Geraldo Alckmin na disputa.

Monica detalhou o caso em sua participação diária na rádio Band News. Disse que recebeu uma ligação de um instituto de pesquisa, contratado para fazer sondagens sobre a atuação de Kassab na Prefeitura. As perguntas iam desde Lei Cidade Limpa (óbvio), passavam por reurbanização de favelas e chegavam à greve do Metrô (einh?). Tudo para direcionar a exploração dos pontos fortes numa futura campanha. Bergamo crava ainda que Kassab tem o apoio de José Serra.

O primeiro passo para a dissolução da aliança PSDB-PFL em São Paulo já foi dado. Resta especular qual será a reação de Geraldo Alckmin à tentativa de alijá-lo da disputa municipal.

segunda-feira, agosto 13, 2007

São Paulo vende Josué por mixaria

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Foto: Rubens Chiri
Apesar das declarações da diretoria do são Paulo de que o clube não venderia mais jogadores na janela do meio de ano, Josué acaba de ser negociado com o Wolfsburg, da Alemanha. A equipe alemã ocupa a modesta 16ª colocação na Bundesliga.

O que impressiona, mesmo, é o valor. Foram US$ 2 milhões pelo jogador, sendo que uma parte vai para o bolso do Josué. Muito pouco para quem valoriza tanto o atleta.

De acordo com informações do Terra, a avaliação era de que, com as convocações para a Seleção, Josué faria poucos jogos pelo Tricolor até o final do ano, quando terminaria o contrato com o clube. Depois disso, o time não receberia nada por uma provável transferência para o exterior.

Eu preferia manter o Josué e as chances de título.

Marta está fora: efeito do "relaxa e goza"?

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Marta Suplicy, ministra do Turismo, anunciou hoje que não vai disputar as eleições para a prefeitura de São Paulo no ano que vem. Segundo a ex-prefeita, ela se dedicará à sua atuação no governo federal e deve voltar ao mundo das eleições em 2010, disputando provavelmente o posto de governadora.

A informação pode ser interpretada de diversos pontos. Fui sacana no título do post e não acho que a infeliz declaração da ministra tenha determinado sua saída da corrida eleitoral. Quem não votaria nela não mudou a opinião, e quem votaria não deixaria de votar por conta dessa frase. Por outro lado, acredito que disputar o posto municipal submeteria Marta a um desgaste necessário. E, pensando também em termos não-eleitorais, acho que Marta deveria ficar no Ministério. Quanto tempo ela tem lá? Um ano ou nem isso? Não deu nem pra "esquentar a cadeira", ela precisa ficar por lá, fazer um bom trabalho e fazer com que o "relaxa e goza" fique em segundo plano quando falarem de sua atuação na Esplanada.

Para o PT, o anúncio prévio da saída de Marta pode ter seu lado positivo. O partido precisa, desde já, se articular e apresentar quem indicará para o pleito. A coisa tá complicada pra legenda de Lula - em sondagem da Folha, Alckmin lidera a disputa. Kassab, numa humilde avaliação deste escriba, tende a crescer.

Resta saber se a aliança PSDB-PFL (não consigo chamar aquela porra de democratas, me desculpem) se manterá. Talvez aí esteja a brecha para que o PT volte à prefeitura. Mas para isso, precisa apostar em fortes alianças, algo que não soube fazer em 2004.

Rancor: um sentimento feio, mas duradouro

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Palmeiras de 1989 - em pé: Dario Pereyra, Toninho, Dorival Junior, Edson Boaro, Velloso e Abelardo (quem?); agachados: Mauricinho, Gerson Caçapa, Gaúcho, Edu Manga e Neto (por obra de Leão, na ponta-esquerda)

O rancor bem que poderia ser um oitavo pecado capital. Eu o considero até pior do que a ira, que, pelo menos, costuma ser explícita. Ontem, assistindo Atlético-MG x Palmeiras pela TV Bandeirantes, pouco antes do início do segundo tempo, o ex-jogador e hoje comentarista Neto soltou o seguinte comentário: "-O Leão mandou seus jogadores pressionarem o árbitro e agora, mesmo se o lance for claro, o cara não vai apitar. Por causa do técnico, o time pode perder o jogo". A praga deu resultado e o alviverde venceu o galo por 2 x 1.

Mas aquela observação de Neto, apesar de procedente, me transpareceu uma ponta de rancor. Para quem não sabe, Emerson Leão é seu desafeto. Em 1989, Neto passou pelo Palmeiras e foi dispensado pelo treinador junto com o zagueiro Denys. Ambos foram trocados com o Corinthians pelo lateral-esquerdo Dida e o meia Ribamar (quem?). A torcida palmeirense não perdoa isso até hoje, pois, afinal, Neto se tornou um dos ídolos eternos dos corintianos.

A treta entre o atleta e Leão começou quando o técnico insistiu em escalá-lo sucessivamente na ponta-esquerda. Neto sempre jogou como meia e, nessa posição, tinha sido o grande destaque do vice-campeão Guarani no Paulistão de 88, com direito até a gol de bicicleta na primeira partida da decisão contra o Corinthians. Mesmo na posição que não era a sua, Neto fez sete gols em 25 partidas pelo Palmeiras e ajudou o time a conquistar a Taça dos Invictos, com 23 jogos sem derrota.

Porém, o time perdeu a única partida que não podia no Paulistão de 89, na semifinal contra o Bragantino, e desperdiçou a chance de acabar com 13 anos de fila. Alguém tinha que pagar o pato - e Leão serviu a cabeça de Neto na bandeja de prata. Tudo bem que nem um nem outro possam ser considerados "flor que se cheire". Mas, como diz meu amigo (palmeirense) João Paulo, "uma bronca tão grande deve ter algo que a justifique".

Um turno inteiro pela frente

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Os santistas estão esfriando a cabeça. Os corintianos andam de ressaca da comemoração por saírem da zona de rebaixamento. Os são-paulinos, com medo de comemorar e serem achincalhados. E eu, o palmeirense do Futepoca, não vi nada, mantive-me alheio a tudo e juro que não foi cachaça.

Por isso, recorro aos blogues parceiros para fazer a análise da rodada do Brasileiro.

Atlético-MG e Palmeiras
"Sim, foi um sufoco, sofremos perigo e levamos bola na trave. Mas são 3 pontos importantíssimos conquistados no Mineirão", defende o Observatório Verde. Para eles, o 2 a 1 fora de casa se soma aos resultados positivos dora de casa, por isso, "está na hora de insulflar a mística do visitante ladrão de pontos. Esse é o time que não teme ninguém".

Não consultei os atleticanos para saber a respeito de acusações de pênalti não marcado.

Corinthians e Grêmio
A vitória por 2 a 1 de virada garantiu a saída do time paulista "da zona de rebaixamento a tempo do encerramento do primeiro turno do Campeonato Brasileiro", defende o Retrospecto Corintiano. Como dizem os portugueses: "Ah viva!" O detalhe é que Gustavo Nery fez gol.

São Paulo e Atlético-PR
Como o parceiro tricolor não anda muito atualizado, restou recorrer à imprensa, já que ela é são-paulina mesmo, embora não seja parceira. A voz uníssona foi de que o time fechou como "vencedor" do primeiro turno, uma conquista que valeria menos do que torneio início, não fosse a absoluta falta de times minimamente organizados que assola o campeonato. Os jogadores, bons-moços, não comemoraram o título. Outros autores já manifestaram preocupação com a quase certeza do título do time de Muricy Ramalho.

Minha teoria é de que o objetivo das torcidas adversárias é insuflar a soberba e o salto alto são-paulinos, missão inútil e desnecessária, já que esses atributos aparecem sempre, menos no Futepoca, onde os torcedores do tricolor paulista cansaram de provocações baratas (mas eu não, como se vê).

Fluminense e Santos
O desolado comentário sobre a Portuguesa antecipa os apontamentos. O que se fala por aí é que o tal de Thiago Neves, foi bem e que o tricolor carioca reagiu em termos de campeonato para garantir os 3 a 0, barrando a ascensão santista. Vanderlei Luxemburgo, o técnico que oscila entre os papéis de vilão e coadjuvante nas partidas, espera Petkovic pronto em duas semanas. É o que falta? Dureza.

Mas há um turno inteiro pela frente

O impagável Eduardo Suplicy

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E não é que o senador mais midiático da história da República não pára de surpreender o país? Ontem, no progrma Pânico na TV, teve um desempenho digno de nota... Em sete minutos, Suplicy participa de um quadro especial do Dia dos Pais em que contracena com Xupla, um "cover" do seu filho Supla. Joga basquete, futsal, anda de bicicleta, se veste de rapper... Enfim, só vendo pra crer.

Viva a Segundona!

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Esse negócio de Primeira Divisão anda meio por baixo. Os santistas que o digam. Tomar de 3 a 0 do Fluminense não é fácil.

A Segundona está mais interessante.

A Portuguesa, por exemplo, não muda. É pura emoção. Quando a gente pensa que vai, não vai. Se tivesse vencido o Brasiliense no Canindé, estaria em quarto lugar, com 30 pontos, já no G4 e na frente do próprio Brasiliense, que com o empate manteve a 4ª posição, com 29. A Lusa, mesmo assim, mantém um promissor 5° lugar, com 28 pontos. Mas, em se tratando de Portuguesa, o que é promissor pode ser apenas uma ilusão.

Quem se deu bem na 18ª rodada do Brasileiro Série B foi o Coritiba, que bateu o forte e ainda vice-líder Marília no interior paulista e está em 3° lugar. Ambos os times têm agora o mesmo número de pontos (32), mas o MAC tem mais vitórias (12 a 10).

Pra não esquecer, o líder ainda é o Criciúma, com 34 pontos, mas depois de duas derrotas seguidas (1 x 3 pro Paulista e 1 x 2 pro Santa Cruz), a liderança dos “catarina” já não é mais incontestável.

E viva a Segundona!

sexta-feira, agosto 10, 2007

Em defesa de Orsi

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Alguns desqualificados vão falar por aí que o novo presidente corintiano é palmeirense. Trata-se de uma calúnia, um absurdo, uma pantomima, um sonho de uma noite de verão, citando o ex-presidente Collor.

Explico: Clodomil Orsi, um senhor de 70 anos, disse, em entrevista à Folha de S. Paulo, que até os 9 anos de idade era palmeirense. Mudou por um desentendimento com seu irmão mais velho, Dudu, por uma figurinha das que vinha nas balas de futebol, em 1946. Reproduzo trecho do texto da Folha:

"Olha, eu era menino, foi em 1946. Graças a um erro cometido pelo meu irmão. Você não lembra das balas de futebol, lembra?", contou o substituto de Alberto Dualib em entrevista à Folha."Foi só quem viveu nos anos 40. Eu acho engraçado por isso. Tinha esse álbum de figurinha das balas de futebol. Ela vinha embalada com figurinhas. Esse álbum eram os times de futebol do Rio e de São Paulo. Tinham figurinhas carimbadas. Uma delas era a mais difícil. Era assim, vamos dizer, a cada 2.000 balas vinha uma carimbada. O Dudu era palmeirense doente. Eu cheguei um dia em casa e estava faltando a minha figurinha", disse Orsi.
A partir daí, veio a ameaça: "Eu falei: "Dudu, pára com isso, me dá a figurinha. Se você não me devolver a figurinha, eu já não gosto muito, mas a partir de hoje vou torcer para o Corinthians". Ele não me devolveu a figurinha", revelou o cartola.E, então, a transformação e a descoberta de um novo amor."Mudei. Foi a melhor coisa que meu irmão fez comigo. Minha família é italiana, mas todos são corintianos doentes. E a briga do meu irmão era comigo, porque sou o caçula da turma. Meu irmão despertou a minha paixão pelo Corinthians."Depois disso, diz Orsi, ele nunca mais foi o mesmo. Conta que passou a ser corintiano fanático. Relembra que jogadores do Corinthians freqüentavam festas promovidas pela mãe em sua casa no bairro do Brás (zona central da capital).
Em 1951, quando recebeu seu primeiro salário, o cartola conta que pediu uma parte dele à mãe para se tornar sócio do clube do Parque São Jorge.Com a carteirinha de sócio, recebida pelas mãos do ex-presidente corintiano Alfredo Ignácio Trindade, Orsi logo tomou gosto pela política do clube. E, graças à amizade com outro ex-presidente, Wadih Helu, virou conselheiro em 1959.

Trata-se de uma história simpática e que transmite uma mensagem de esperança: é possível deixar de ser palmeirense. É um alento para tantos e tantas que, por obra de algum parente, amigo ou pelo mero acaso, caminham hoje pela perniciosa trilha do palestrianismo. Pais corintianos, sempre alertas!

Julgar um homem com 61 anos de declarado amor pelo Corinthians pelos atos impensados da infância não é correto. Tolos são os conselheiros (sim, eles existem) que chegaram a cogitar pedir a renúncia do presidente:
"Nunca mais [torci pelo Palmeiras]. Mas não torço contra, não. Eu torço para ele não ganhar. O meu neto mais novo, o Vinícius, de cinco anos, se você der uma roupa verde a ele, ele devolve na hora", conta, orgulhoso, dizendo que a atitude do menino é influência do avô.
A admiração pelo Palmeiras do presidente em exercício do Corinthians não caiu bem no Parque São Jorge. Alguns conselheiros do clube prometem que cobrarão Orsi. Outros já falam em pedir sua renúncia.
Orsi aqui demonstra a virtude da tolerância com os desafortunados. Conhece a experiência de ser palmeirense, sabe que é triste e doloroso, e não torce para aumentar esse sofrimento. Torce apenas para que ele se mantenha, sem vitórias para amenizar a dor. E ainda colocou o netinho no bom caminho, vejam só.

Se há pecado na revelação do presidente interino, talvez seja o apontado pela Gaviões da Fiel: ingenuidade. Alimentou a imaginação de fariseus e das pobres almas palmeirenses. De resto, não o condeno, pelo menso por enquanto. A não ser por sua ligação com Wadih Helu e Dualib. Analisemos o presidente por seus atos. Só depois de algum tempo de gestão poderemos saber se restou alguma coisa desse equívoco infantil. E Fora, Dualib!

Presidente interino do Corinthians é ex-palmeirense

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A torcida não gostou. O Romeu Tuma Jr. achou o fim. Mas nada muda o prazer de ver muito corintiano suspirar: "Que saudades do Dualib!".

Ocorre que Clodomil Orsi, presidente em exercício do clube da Marginal Tietê sem número, admitir que, até os 9 anos, torcia para o Palmeiras, o arqui-rival.

O que é pior: ter torcido para o Palmeiras ou ser um vira-casaca? Quando eu era criança, aprendi que a pior traição que existe é ao time de futebol.

Tuma Jr. pedirá explicações e ameaça pedir afastamento "por questões morais", informa o Painel F.C., da Folha de S.Paulo. A Gaviões da Fiel acha que foi ingenuidade, atributo inaceitável para alguém que ocupa a função máxima da cartolagem num clube.

Ingênuos não tem vez? Ouvi "volta Dualib"?

Como palmeirense, já estou em dúvida. Entre o Dualib e um que assumidamente sabe como é bom ver o Corinthians na draga, vou perguntar para os comentaristas.

Jovens que estudam e trabalham bebem mais

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Uma pesquisa com 2.718 estudantes da rede estadual de ensino em Cuiabá (MT), entrevistados em estudo de pesquisadora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), é conclusivo: adolescentes que trabalham e estudam consomem mais álcool, mais tabaco e mais outras drogas do que os que só estudam.

A informação é da Agência Fapesp.“Ao combinar diversas variáveis, identificamos que a chance de usar drogas ao longo da vida é 1,5 vez maior entre os jovens trabalhadores. É um padrão que chama a atenção e dá mais um motivo para achar que eles não deveriam trabalhar”, disse Dartiu Xavier da Silveira, orientador de Delma Perpétua Oliveira de Souza.

TabacoMaconhaCocaínaAnfetaminas

T&E Só E.
Álcool81%64,8%
43,7%26,8%
8,6%4,4%
3,2%1,4%
6,9%3,6%
(T&E - Trabalham e estudam; Só E. - Só estudam)

quinta-feira, agosto 09, 2007

Ana Paula Oliveira volta em setembro

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Não, não é à capa da revista masculina Playboy que a bandeirinha Ana Paula Oliveira retorna em setembro. É aos gramados. Segundo Marcos Marinho, presidente da Comissão Estadual de Arbitragem, da Federação Paulista de Futebol (FPF), a moça já treina, mas só volta quando estiver bem "na parte técnica e física". Então, nada de fotos.

Os 300 mil leitores da publicação que adquiriram a edição acreditam que em boa forma física ela está. Os que viram as fotos que vazaram na internet antes, compartilhariam a opinião. Houve até rumores de que a moça não tinha celulite, e que recursos de tratamento de imagem sequer foram utlizados.

Mas se dependesse da Playboy, Ana Paula voltaria a exibir suas curvas nas páginas da publicação. Em entrevista ao argentino Clarín, ela contou que a revista gostaria de repetir a capa em 2008, mas ela só tem olhos para a arbitragem. "Pero basta de fotos", declarou. Por esse motivo é que ela recusou repetidos convites desde 2003.

Em outra ocasião, ela havia dito estar em dúvida sobre sua volta ou não aos gramados, cogitando dedicar-se aos comentários de arbitragem, à là Arnaldo Cezar Coelho. A participação em comercial de TV e o assédio dos fãs aumentavam as dúvidas. Houve até boatos de que ela seria lésbica, por morar com a assessora e prima Nalda Mota em Hortolândia, o que aumentou as vendas em banca.

Mais pressão?
Marinho considera que a pressão vai ser maior. Não bastasse o machismo, agora tem as fotos nua. Mas ele aposta que Ana Paula tem condições de reverter o quadro, numa possível referência à repetição da cantada relatada por ela feita ao mesmo Clarín.

Um jogador cuja identidade foi ocultada esperava para bater um escanteio enquanto o goleiro adversário era atendido. Ali, ao lado da bandeirinha, ele soltou uma cantada barata, elogiando sua beleza, e sugeriu troca de telefones. Se fosse o Renato Gaúcho, talvez ela estivesse mais propensa a topar.

Centro de treinamento
A declaração de Marinho ocorreu no lançamento do projeto Arbitragem na Prática, que cria um Centro de Treinamento para aprimoramento técnico e físico dos donos do apito e das bandeiras. Não se garantiu a profissionalização, mas há espaço para "treino" dos juízes, que ocorrerá no clube Nacional. Sem time profissional, o Nacional cede suas categorias de base para simular partidas.

Enquanto esperam para ver a bandeirinha de volta, os internautas matam a saudade com as fotos abaixo. Na noite de quarta-feira, 8, a festa de 32 anos da revista masculina da editora Abril contou com a presença da moça que, segundo fontes, teria chegado e saído sozinha, apesar de ter sido paquerada por um embriagado não-identificado.

Os autores do Futepoca negam ter sido convidados para a festa e, mesmo lamentando, desmentiram as acusações de terem xavecado a bandeirinha.



Figurino discreto, comparado com as outras convidadas





No meio de
"coelhinhas",
na festa
da revista.

O aniversário do Velho Lobo

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Marcelo Ferrelli/Gazeta Press

Hoje, 9 de agosto, Mário Jorge Lobo Zagallo, faz 76 anos. Sempre tem aquela lenga-lenga de homenagens e blablabla de gente que adora louvar os ditos "vencedores". E isso Zagallo é. Conseguiu ser bicampeão do mundo como jogador em 1958 e 1962. Nas duas ocasiões, barrou Pepe, que sofreu contusões nos jogos preparatórios. Competência e sorte, o que talvez justifique tanta superstição.

Ali, eram dois estilos completamente diferentes. Pepe era o ponta aberto que conseguia chegar na área ou para cruzar a bola ou desferir sua bomba de esquerda. Já Zagallo era o ponta recuado, que ajudava na marcação do meio de campo, o que lhe rendeu o apelido de "formiguinha". Ainda como jogador foi tricampeão carioca pelo Flamengo, bicampeão pelo Botafogo em uma formação épica com Didi, Garrincha e Quarentinha.

Como treinador da seleção em 1970, substituiu João Saldanha. E, como se fosse uma sina que ele carregava, tirou um ponta-esquerda ofensivo, Edu, sempre titular entre as feras do técnico anterior, e colocou Rivellino como um falso ponta-esquerda. De novo, ganhou o pragmatismo.

Já na seleção de 1974, do alto de uma certa arrogância, disse que ia fazer suco da Laranja Mecânica, a estonteante Holanda. Naquele torneio, o talento preterido foi Ademir da Guia, que só entrou na última partida e ainda assim saiu no intervalo. O mandatário perderia também as Olimpíadas de 1996, quando a seleção brasileira teve uma das atitudes mais pernósticas que já vi no esporte, não comparecendo à entrega da medalha de bronze.

Como técnico na Copa de 1998, continuou sua opção pelo defensivismo. Retirou o meia Giovanni da equipe e colocou Leonardo, um meia recuado peleando pela esquerda. Deu no que deu.

Treinou todos os grandes do Rio, além do Bangu. Em São Paulo, só treinou a Lusa. Confesso que comprei um ingresso para assistir a uma partida entre a Portuguesa praiana e a paulistana no Ulrico Mursa e minha única finalidade era ficar no alambrado xingando o Velho Lobo atrás do banco de reservas. Um problema de saúde me impediu de cometer tal ato.

Nunca gostei dele. Continuo não gostando. Pra mim, fez mal pro futebol brasileiro, menos pela fanfarronice do que pela predileção pelo defensivismo, como atleta e treinador. Mesmo assim, a educação recomenda: parabéns, Zagallo.

Notas sobre Botafogo 0 x 2 São Paulo

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Era esse timinho do Botafogo que poderia ser campeão e levantar novamente o orgulho do futebol fluminense, que não ganha a taça desde 2000, quando o Vasco foi campeão da Copa João Havelange?

Comprovado está: o Botafogo era mesmo um autêntico cavalo paraguaio. Contra o melhor time do campeonato, foi um time desorganizado, medroso, sem um esquema tático muito visível e cheio de jogadores medíocres, que erraram mais passes do que se erra na várzea. Dodô não viu a cor da bola.

E o tal Fogão, além de tudo, é um time muito violento e demonstrou desequilíbrio emocional. Outra coisa: o Falcão disse que a entrada por trás do Luciano Almeida, que quebrou a perna do Reasco, não foi por maldade. Que gracinha, o Falcão. O cara deu um pontapé por trás no colega, que fraturou a tíbia, e foi sem querer.

Isso não tira o “mérito” do São Paulo, que, segundo levantamento do Uol feito semanas atrás (não estou com tempo de procurar o link), é (ou era, naquele momento) o time estatisticamente mais violento do campeonato. Agora, o pontapé que o tal Túlio deu na cara do Leandro merecia uma suspensão exemplar. Grotesco.

E não vou dizer que o São Paulo será campeão, mas vai ser difícil que não seja.

quarta-feira, agosto 08, 2007

Cidade Ademar quer o fim do apagão. No transporte coletivo da cidade

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O palco era o refinado Rosa Rosarum, um bifê classe A frequentado por abastados da cidade de São Paulo. A presença do prefeito Gilberto Kassab, dos secretários municipais de Esportes, Walter Feldman, do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, e da Assistência Social, Rogério Amato, poderia indicar um prato cheio para o pessoal que adora falar mal da elite branca, má e perversa e de seus preconceitos.

Mas era o lançamento do Dia Mundial Sem Carro pelo movimento Nossa São Paulo: outra cidade. Realizado desde 1997 na França, o dia 22 de setembro é uma data voltada aos 30% da população proprietária de automóveis.

Mas as 22 atividades do 22 de setembro (passeatas, rotas de bicicleta, atividades culturais e até virada esportiva com direito a esportes de bar) eram pretexto para divulgar a iniciativa de Oded Grajew, ex-assessor de Lula e ex-diretor presidente do Instituto Ethos de responsabilidade social empresarial, e mais 300 entidades. O Nossa São Paulo quer reunir indicadores de todas as áreas e exigir que a prefeitura e os candidatos já em 2008 tenham planos de governo com metas de melhoria desses indicadores.

No caso do transporte, abordado no dia sem carro, são 13 índices, de número de motoqueiros mortos à dias em que a qualidade do ar ficou inaceitável na cidade.

Constrangimento
A parte mais interessante da manhã de lançamento que dá título ao texto, foi a intervenção de Airton Goes, do Fórum Social Cidade Ademar (região na Zona Sul da capital paulista). Chamado para falar o que a população esperava do poder público, ele prometeu não querer causar constrangimentos, mas entrou de carrinho.

Disse que só apoiam o Nossa São Paulo porque um dos eixos é diminuição da desigualdade social, e que, para a cidade mudar, a periferia precisa de muitas transformações.

"Na Cidade Ademar, nos solidarizamos com as vítimas do acidente da TAM", declarou Goes. Mas ele reclamou do fato de que as principais rádios enviam, em seus noticiários, repórteres para informar quantos vôos estão atrasados e por quanto tempo. "Todo dia, no terminal de ônibus da Cidade Ademar, a gente vê quatro filas esperando por um ônibus. E nenhum ônibus está lá". Os atrasos são muito superiores a uma hora.

Para protestar contra a precaridade do transporte público, especialmente na periferia, os moradores da região já preparam as atividades para o dia sem carro com um debate entitulado "CPI do apagão no transporte coletivo de São Paulo". O relato arrancou aplausos da platéia, deixando o prefeito Kassab e seus secretários com uma cara de Kassab.

Aderiria a Cidade Ademar ao movimento "Pés fora do coletivo" no próximo dia 18?

"Sinto muito por esse juiz"

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O presidente da Associação Internacional de Futebol de Gays e Lésbicas (IGLFA, na sigla em inglês), Thomas Gómez, deu entrevista ao Terra Magazine sobre a sentença do juiz Manoel Maximiniano Junqueira negando a razão de Richarlyson contra José Cyrillo Jr. na acusação de preconceito:

– Em primeiro lugar, sinto muito por esse juiz. Ele não sabe nada sobre esportes ou sobre identidade sexual. Ele precisa urgentemente de um treinamento sobre diversidade sexual.

O presidente da IGLFA foi além. Quando a pergunta foi a respeito da história de "se [o atleta] fosse homossexual, melhor seria que abandonasse os gramados", que fundasse seu time e sua liga, ele foi na canela com precisão cirúrgica:

– Bem, nesse caso, o juiz deve se aposentar, pois não está apto para o trabalho. Na IGLFA nós temos jogadores homossexuais e heterossexuais. Não discriminamos. Por ser homossexual, um jogador não precisa jogar em um time ou uma liga de homossexuais.

Gómez considera que "desequilíbrio" é a única forma para entender o comportamento de Junqueira.

"Pés fora do coletivo": divulgue você também

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Apesar do silêncio dos últimos dias, as articulações nos bares da cidade vão a mil. Todo mundo só fala de no sábado, dia 18, o importante não é boicotar os aviões, mas sim os ônibus.

O sucesso que só a gente vê pode ser ampliado com o seu apoio. Divulgue os banneres exclusivos com link direcionado para a página da campanha "Pés fora do Coletivo", também conhecida como o Futepoca.

A lista de banneres e códigos para divulgar estão numa página de apoio (clique aqui).

Agora, ninguém segura.

Uma tarde de Maracanã

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Domingo, para variar, uma tarde de folga. Simone e eu vamos assistir a Fluminense e Parmera.
Antes de qualquer acusação de vira-casaca, renovamos os votos atleticanos, eu, o original e único Galo. Ela, o Paranaense.

Mas o verdadeiro motivo, ver o Maracanã após as reformas. Ela, conhecer o estádio mais famoso do mundo.

Primeiro, duas boas surpresas: o Metrô que deixa praticamente na porta e a reforma propriamente dita.

Beirando os 60 anos, o Maraca foi totalmente remodelado. Mantém a arquitetura, claro, mas por dentro todos os lugares estão com cadeiras, os banheiros, pelo menos na área que fomos (cadeiras, setor branco), estavam limpos, com água e sabonete líquido, luxo a que não estão acostumados os pobres arquibaldos e geraldinos, e vende-se cerveja Itaipava.

Quanto ao jogo propriamente dito, nada a destacar. Parmera e o Flu têm times medíocres, no sentido de medianos, como quase todos que disputam o Brasileirão. Não se pode acusar os jogadores de falta de vontade, mas, de carência técnica, de talento...

Houve apenas duas jogadas dignas de nota, praticamente iguais, com Edmundo, com quase 40 anos, fazendo assistências para Vadívia. Numa, gol. Noutra, nem lembro direito o que aconteceu, acho que o Ricardo Berna defendeu (estou sendo acometido do mal de Carminha, nossa eminência parda. Eh, memória).

Destaque para os dois telões imbecis. Gastou-se bom dinheiro para algo desnecessário. Na hora do lance, ninguém fica assistindo, até porque seria idiotice olhar para tela em lugar do gramado, ao vivo. Quando acontecem os melhores lances, em que se poderia ver o replay, corta-se a transmissão, vai explicar... Acho que a Fifa proíbe replay, mas então por que instalaram?

Destaque também para Somália: perdeu um pênalti, o rebote, mais um gol cara a cara em que tentou botar a bola por cobertura e saiu vaiado pelos pouco mais de 10 mil torcedores presentes.

Pior que o jogo, só o estado do gramado (vergonhoso) e as reclamações do Renato Gaúcho contra o árbitro. O Gaciba é ruim, como os outros apitadores, mas não fez nada demais. O problema do Flu é de incompetência mesmo dos jogadores e, por que não, do próprio técnico.

No fim, o gosto de ver um jogo no campo, numa tarde agradável, no velho Maraca.

Com Simone contente de conhecer.

Futebol não houve muito, mas valeu.

O show da direita 2: Lula = Palmeiras

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Deveras interessante o chororô do Clóvis Rossi (foto) ontem, 7 de agosto, na Falha de S.Paulo, ainda na esteira da popularidade inabalável do Lula. Sob o título "Os ingratos", o texto do articulista segue o raciocínio torto (ou pelo menos enviesado) de que o índice de 48% dos que consideram o governo "ótimo/ bom", segundo o Datafolha, na verdade "perde" para 51% de "regular" + "ruim/ péssimo" (36% + 15%, respectivamente). Ou seja: toda e qualquer avaliação "regular" registrada pela pesquisa tenderia, necessariamente, para "ruim", e nunca para "bom". Daí essa soma e a conclusão peculiar de Rossi, que, não satisfeito, ainda usou o futebol para tentar justificar sua (torta/ enviesada) tese: "(...) eu nunca festejo a estabilidade do Palmeiras na tabela do Brasileirão. Festejo quando sobe (o que é raro, admito)". Essa foi uma da piores ofensas públicas que já vi ao corintiano Lula: compará-lo ao alviverde do Parque Antartica! E pior: com o raciocínio (torto/ enviesado/ forçado) de que, assim como o Palmeiras, o Lula "não sobe na tabela". Pô, se metade da população gosta do governo e quase um quarto não vê nada de ruim, só posso concluir que o Clóvis Rossi faz parte dos 15% que torcem contra - e está querendo puxar mais gente para o seu grupinho. Chorô, parô.

Dualib no fundo do poço. Quem vem pro lugar dele?

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O Conselho Deliberativo do Corinthians (CD) atendeu aos desejos da fiel torcida e determinou o afastamento de Alberto Dualib e Nesi Curi por 60 dias da presidência do clube. Foram 264 votos a favor do afastamento, cinco contrário (todos da família Dualib) e uma abstenção (do advogado de Dualib, José Alves). Até mesmo alguns de seus "aliados", como o cardeal Wadi Helu, votaram com a maioria.

Foi decidida também a criação de uma comissão de cinco conselheiros para analisar as contas da atual administração. Alexandre Hunes, Rogério Molica, José Carlos de Mattos, José Percival Albano e Osmar Básile têm 60 dias para o trabalho. Caso recomendem o afastamento definitivo de Dualib, será convocada a Assembléia Geral de sócios para votar o impeachment do presidente.

Segundo a Folha de S. Paulo, a maioria dos conselheiros está certa de que o caminho será o afastamento definitivo do cartola. Alguns acreditam que Dualib deverá renunciar antes do prazo de 60 dias. É o caso de Andrés Sanches, certamente influenciado por uma dose forte de torcida. Explico: segundo explicou o presidente do Conselho Deliberativo, Carlos Senger, ao site TimãoNet, se Dualib renunciar toda sua diretoria sai junto, inclusive Clodomil Orsi, que agora ocupa o posto. Dessa forma, Senger assumiria o comando e convocaria novas eleições antes de janeiro de 2009. Sanches é hoje a liderança oposicionista mais influente e seu grupo tem maioria no CD. Uma queda rápida de Dualib o favoreceria, não dando aos rivais tempo de articular suas candidaturas.

O segundo nome mais forte é o de Roque Citadini, presidente do Conselho de Orientação. Segundo apurou a Folha, ele precisaria de tempo para conseguir reunir apoios para bater Sanches. Rubens Approbato Machado ganhou força recentemente, mas não diz se pretende ou não disputar o cargo.

Dos três, apenas Approbato nunca fez parte da gestão de Dualib. Citadini foi por quatro anos vice-presidente de futebol, saiu por se opor à parceria com a MSI. O mesmo cargo foi assumido depois por Sanches, já durante a parceria. Ele deixou as asas do presidente quando Kia Joorabichian começou a disputar poder com Dualib. Sanches escolheu o iraniano.

Aos corintianos, pergunto: qual desses três é o “menos pior” (tenho dificuldade em dizer melhor nesse caso) para conduzir o time? Não consigo escolher nenhum, mas vou pela negativa: Sanches, que apoiou Dualib e a parceria, depois pulou para o colo de Kia e agora é contra a parceria, não me parece nada confiável. Fico entre os outros dois. Approbato é para mim uma incógnita e Citadini pelo menos foi coerente no episódio MSI. Alguém se habilita a palpitar?

terça-feira, agosto 07, 2007

O show da direita

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A "jornada cívica" da elite branca continua produzindo resultados fabulosos. Seu último lance de impacto foi uma ruidosa manifestação em oito capitais brasileiras no último domingo, dia 5. Em todas as cidades onde houve o dito protesto, três mil (sim, isso mesmo, TRÊS MIL PESSOAS) foram às ruas para pedir a saída do presidente da República do cargo.

Desta vez, os "militantes" fizeram a convocatória por um meio peculiar e tipicamente autista, o Orkut. Membros de uma comunidade (sic) intitulada "Fora, Lula", com quase duzentos mil membros, chamou seus participantes para gritar contra o inculto mandatário brasileiro. Logo, descobriram que se é fácil reunir perfis e avatares no simulacro, sair do mundo virtual para o real é bem mais difícil.

A mais "bombástica" manifestação aconteceu em São Paulo. Segundo perspectivas otimistas, duas mil pessoas, cerca de um sexto da média de público do Barueri em sua Arena, nas partidas da Série B do Brasileirão. Já nas outras sete capitais foram outras mil pessoas, uma média de pouco menos de 150 por cidade. Notícias dão conta de que convenções de RPG convocadas pelo tal site de relacionamento levam muito mais gente do que isso, que se assemelha muito ao público médio do São Vicente na quarta divisão do Paulista.

Mas não importa o número de pessoas, o que realmente vale são os ideais. E quem teria coragem de contestar a pureza dos mesmos, como comprova reportagem de Laura Capriglione na Folha de S.Paulo de domingo? O trecho abaixo mostra como o movimento pôde educar os incultos que elegeram o presidente:

Manifestações foram realizadas também em Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Vitória e Campo Grande (somadas, reuniram cerca de mil pessoas). A palavra de ordem dominante foi o "Fora Lula". Mas também se ouviram: "Ca-cha-cei-ro, ca-cha-cei-ro", "va-ga-bun-do, va-ga-bun-do" e "Lula, ladrão, seu lugar é na prisão". Nas faixas e cartazes, o mesmo tom: "Marta, fora, biscate" e "Lula, maldito, relaxa e vaza".

Militantes pela redução da maioridade penal, pelos "direitos humanos (só) para humanos direitos", pela imediata construção de um partido nacionalista conservador, e até o movimento "República de São Paulo", que pretende a separar o estado do restante do país apareceram na manifestação.

Não se via uma só bandeira vermelha. Negros eram os cartazes e as camisetas.

Camisetas negras, como as das milícias de Mussolini que agrediam os trabalhadores na Itália fascistas. Bele referência. Democrática, decerto. Mas claro que o movimento é "popular", o outro trecho abaixo assegura isso:

Com os cabelos loiros e impecavelmente alisados, a empresária e estilista Patricia Guizzardi, 37, recusava ser chamada de representante da "elite branca" (expressão cunhada pelo ex-governador Claudio Lembo). "Eu acho esse comentário até racista. Sou povão. Passei dez carnavais seguidos no Rio de Janeiro, sambando no meio de negros."

Na passeata de ontem, os jornalistas disputavam a desempregada Jessica Verônica Aquino Nascimento, 25, raríssima negra presente. Segundo ela, seus "irmãos de raça e os pobres em geral, infelizmente, ainda são muito ignorantes".

Graças aos céus que temos iluminados que também partilham sua luz.

segunda-feira, agosto 06, 2007

A volta do "escorpião" colombiano

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Depois do retorno do Vampeta aos gramados, que trouxe um pouco de animação ao sem graça futebol tupiniquim, outro ex-atleta está de volta. Nada mais, nada menos que René Higuita, ex-goleiro da seleção colombiana, famoso não somente pelo seu jeito excêntrico como pela mania de sair jogando na linha, o que custou a eliminação da Colômbia na Copa de 1990.


Aos 41 anos, o antes festivo arqueiro, agora mais comedido (foto antes e depois ao lado) estreou no domingo pelo clube venezuelano Guaros de Lara, promovido à primeira divisão por conta da promoção de oito novos times. Ele volta três anos depois de ter tido um exame antidoping positivo para uso de cocaína, o que ocorreu pela segunda vez na sua carreira.

Para quem não conhece Higuita ou não lembra dele, os vídeos das façanhas do moço abaixo:



Edmundo, Valdívia e Renato Gaúcho

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Comentários breves sobre a vitória palmeirense no Maracanã sobre o Fluminense por 1 a 0.

Edmundo deu um passe magistral para Valdívia driblar o goleiro Ricardo Berna e marcar aos 40 do primeiro tempo. Ele mostra que os parmeristas que reclamavam tanto que o veterano não jogava mais nada estavam precipitados. Ou, no mínimo, usando o tempo verbal errado: ele não jogou nada nas oportunidades anteriores, mas voltou a entrar bem contra o Flu.

Depois do gol, durante a maior parte do segundo tempo, o Verdão deixou o adversário crescer e pediu e implorou para tomar o empate. Teve até pênalti contra marcado em falta (se é que foi falta) fora da área. Somália bateu com força e no chão, mas Diego Cavalieri defendeu no canto direito. No rebote, fechou o ângulo. Em outras defesas, garantiu a vitória, relembrando os tempos em que o arqueiro alvi-verde era o melhor em campo sempre (a referência é ao afastado Marcos, registrado como camisa 1 no campeonato).

A perigo no cargo, ao final da partida, Renato Gaúcho reclamou: “Não é choro de perdedor, mas o Fluminense foi prejudicado de novo. Ninguém vai falar que o time está sendo roubado a cada rodada. Posso ser chamado no tribunal que vou repetir isso. O Fluminense vem sendo roubado.”

Não vi o mesmo jogo que o técnico do tricolor carioca. Segundo a Gazeta Esportiva, ele vai ter que explicar no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

Collor pode perder mandato

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O título é um pouco sensacionalista, admito; mas condiz com a verdade. O TSE sinalizou que pretende expandir para o executivo e o Senado medida que pune com a perda de mandato os políticos que trocaram de partido após a eleição (veja matéria sobre isso aqui).

A idéia, a princípio, seria aplicar a determinação aos deputados e vereadores - que compõem a principal massa de políticos do país e que são os que mais fazem uso do partido para vencerem as eleições. Vale lembrar que nos pleitos para deputados e vereadores os famigerados "votos na legenda" são essenciais para que alguns consigam a vaga no parlamento - e isso gera algumas distorções bizarras, como a turma eleita em conjunto com Enéas Carneiro em 2002.

O TSE já havia aprovado essa determinação; e agora, sob consulta do deputado Nilson Mourão (PT-AC), sinaliza que deve expandi-la para os senadores e representantes do executivo.

Caso a medida seja aplicada a ferro e fogo, perderiam o mandato, de cara, três senadores famosos: Cristovam Buarque (eleito pelo PT, hoje do PDT), Roseana Sarney (do DEM para o PMDB) e o citado Collor, que foi do PRTB para o PTB. Os governadores Blairo Maggi (MT) e Ivo Cassol (RO), que migraram do PPS para o PR, também estão na mira.

Confesso que não tenho opinião formada. É preciso coibir a festa da troca de partidos; por outro lado, nos cargos majoritários não se pode dizer que "o mandato é do partido", como para os outros. Fico em cima do muro. Alguém tem uma opinião melhor?

Fiel o catso!

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Desde sempre ouvi a lorota, repetida ad nauseum, de que a torcida do Corinthians é a única "fiel", que não abandona o time etc etc. Nunca acreditei. O Brasileirão deste ano é a prova incontestável de que, como qualquer outro torcedor, o corinthiano enche estádio só quando o time vai bem - e some quando vai mal. Mentira? Pois vejamos: depois de vencer o portentoso América-RN fora de casa, o Corinthians levou 40 mil pagantes ao Morumbi, no dia 23 de junho, contra o Paraná.
O zero a zero marcou o início do calvário de dez partidas sem vitória. E o que fez a "fiel torcida"? Debandou. Depois do Paraná, o Corinthians recebeu o Palmeiras no mesmo Morumbi. Ora, se 40 mil foram ver o time paranaense, o lógico seria um público superior ou pelo menos semelhante no mais tradicional clássico paulista. Mas o "pé atrás" ficou claro pelos 28,3 mil pagantes (e temos que considerar a enorme parcela de palmeirenses). Pra complicar, o Corinthians perdeu o clássico (1 x 0) e a partida seguinte contra o Sport (2 x 1), fora de casa.
Pois bem, e a "fiel"? No jogo seguinte, em pleno Pacaembu, míseros 8,6 mil pagantes foram ver o 1 x 1 com o Fluminense. Por se tratar de um clássico, o Corinthians x São Paulo, no Morumbi (1 x 1), atraiu 26,9 mil pessoas - público semelhante ao do jogo contra o Palmeiras - e aí também deve-se considerar a boa parcela de são-paulinos. Bom, o time de Parque São Jorge foi a Porto Alegre e perdeu de 3 a 0 do Internacional mas, em seguida, a tão decantada "fiel" decidiu "ir na boa": a partida contra o lanterninha Náutico no Morumbi era prenúncio de goleada e recuperação, e por isso 17,9 mil compareceram. Resultado "inesperado": 3 a 0 para os pernambucanos.
Aí, após o 2 a 2 fora de casa contra o Figueirense, a mentira da fidelidade ficou exposta: 5,3 mil pagantes no empate de 2 a 2 contra o Flamengo (no clássico das maiores torcidas do país) e, no último sábado, só 4,2 mil na vitória por 1 a 0 contra o Goiás - ambos os jogos no Morumbi, afinal, esperava-se mais da "fiel".
Sempre ouvi falar que a torcida do São Paulo não vai a estádio, que não acompanha o time etc etc. Porém, como o Corinthians tem o dobro (ou mais) de torcedores, começo a considerar que, proporcionalmente, os são-paulinos são o tanto quanto - ou mais -"fiéis". Ou não, mas essa conversa de "fiel torcida", que comparece em peso até nos momentos ruins, ninguém engole mais.

Desconsolo

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Simplesmente hilário o desconsolo de Renata Vasconcellos e Renato Machado (foto) no Bom Dia Brasil de hoje, na Globo, ao noticiar a pesquisa do Datafolha sobre a popularidade do presidente Lula, incólume após o linchamento midiático com a tragédia da TAM. De acordo com a pesquisa, 48% dos entrevistados consideram o governo Lula ótimo ou bom, o mesmo índice da pesquisa anterior, em março. Para se animar, Renata Vasconcellos ainda enfatizou que, entre os 8% da população que viajam de avião, a popularidade do presidente caiu. Mas a cara de bunda do Machado traiu sua sensação de "dever não cumprido". Coitadinhos...

domingo, agosto 05, 2007

Cachaça pode salvar o planeta

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Há consenso de que a substituição do uso de combustíveis fósseis pelo de álcool da cana-de-açúcar pode exercer um papel importante na redução do saldo de gás carbônico (CO2) na atmosfera. É que o CO2 emitido quando da queima do álcool corresponde exatamente àquele que a cana-de-açúcar absorveu durante o seu crescimento. Isso, aliás, é bastante evidente. A biosfera é uma grande sistema em equilíbrio, o carbono encontrado em uma planta tem que ter saído de algum lugar, e na deterioração deste vegetal terá que ser absorvido no ambiente de alguma maneira.
O problema dos combustíveis fósseis está no fato de que reservas muito densas de carbono são retiradas de camadas subterrâneas profundas, sem que isso faça parte do atual equilíbrio de todos os seres vivos da Terra. E isso é lançado na atmosfera. O CO2, junto com outros gases, provoca o efeito estufa, que por sua vez leva ao aquecimento global, cujas conseqüências não se sabe ao certo. Há previsões catastróficas, outras nem tanto, mas o certo é de que há e haverá mudanças notáveis.
Diante deste quadro, alguns cientistas já devem estar pensando na teoria que acabei desenvolvendo enquanto consumia doses alternadas de Januária, Armazém Vieira (presenteada por membros do Futepoca) e Claudionor. Não sei em que lugar do mundo, mas sem dúvida isso já deve estar sendo pesquisado. Pois é demasiado óbvio para que não se veja.
Ora, acompanhem o meu raciocínio. Retomo do início: a cana-de-açúcar absorve uma quantidade enorme de CO2 da atmosfera. Um hectare de cana absorve de cinco a dez vezes mais carbono do que a mesma extensão de pasto, por exemplo. Se queimado na forma de álcool, esse CO2 retorna à atmosfera e a conta empata. Mas e se essa mesma cana não for queimada e for consumida na forma de cachaça??? Não haveria emissão para a atmosfera, e retiraríamos quantidades relevantes de CO2 da atmosfera.
Consultei um grande especialista, o engenheiro agrônomo Oscar Antonio Braunbeck, diretor de pesquisas sobre o tema na Faculdade de Engenharia Agrícola da Unicamp (Feagri). Após refletir um momento, me disse que até concordaria com minha tese, desde que abandonássemos a discussão teórica e partíssemos para a implementação do projeto. Servidas as doses de Januária, ele avaliou que parte do carbono ingerido na forma de cachaça seria exalada e retornaria à atmosfera de todas as maneiras, outra parte seria retida na protuberância frontal do manguaça na forma de gordura. E concordou, para a minha glória, que parte do carbono seria eliminada em formas não gasosas.
Acompanhava a discussão a pesquisadora em Química Maiara Oliveira Salles. Ela alertou para o fato de que parte desse carbono voltaria à atmosfera na forma de gás metano, que é muito mais nocivo em matéria de efeito estufa do que o CO2. Discutiu-se a possibilidade de que cada manguaça portasse um isqueiro para queima de gás metano, em caso de necessidade.
Os efeitos secundários seriam também bastante benéficos. Não se pode tomar cachaça e dirigir ao mesmo tempo. Em geral, os manguaças preferem as posições paradas para consumir o seu néctar. Mais cachaça significaria uma provável redução no número de viagens realizadas pelos manguaças. Devem ser contabilizados aí aqueles que dormem no boteco, que desistem de fazer outras coisas etc.
Assim, está sendo elaborado projeto, a ser encaminhado à ONU, de uma campanha "Cachaça para a vida". Que cada cidadão mundial consuma uma quantidade diária de cachaça, com o intuito de reverter os efeitos do aquecimento global.
Há dúvidas de qual seria a quota diária adequada. Os mais conservadores falam em uma a duas doses diárias; os mais radicais acreditam que se deva consumir em cachaça a quantidade correspondente ao consumo diário em álcool do meio de transporte que utiliza. Ou seja, se você tem um carro a álcool que consome em média dois litros por dia, sua obrigação seria a de consumir os mesmos dois litros em cachaça.
O projeto incluiria a construção de novos botecos e a qualificação de botecos existentes, para que todo manguaça planetário tenha a opção de consumir cachaça de qualidade sem precisar atravessar a rua, para não gastar com transporte e emitir CO2, e também por razões de segurança.
A viabilidade econômica seria conquistada com a formação de um novo mercado, em que se negociariam créditos de cachaça. O cidadão que se abstivesse de cumprir com seu dever cívico e não consumisse sua dose diária poderia adquirir créditos de cachaça de um ativista manguaça, cuja atuação resulte em excedentes de captura de carbono.
Quem duvidava de que o Brasil é o país do futuro já pode voltar a sonhar. Nossa vocação parece ser mesmo a de salvar o planeta.

sexta-feira, agosto 03, 2007

"Futebol é varonil, não homossexual"

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Eu ouvi no rádio pela manhã. Cheguei no trabalho e procurei no Google Notícias. Não achei. Conversei com o Glauco no MSN. Achamos que era esdrúxulo demais. Então desisiti da busca.

Mas era real.

Um juiz arquivou a queixa-crime de Richarlyson contra o diretor administrativo do Palmeiras, José Cyrillo Jr., que insinuou em programa de TV que o jogador seria homossexual.

O fim da história pouco importa. O que é quase inverídico é a justificativa para a decisão do juiz Manoel Maximiano Junqueira Filho.

Seguem trechos da matéria da Folha (na íntegra aqui, para assinantes):

"No documento, o juiz sugere que, se [o atleta] fosse homossexual, "melhor seria que abandonasse os gramados".
Em outro trecho, Junqueira Filho diz que "quem se recorda da Copa do Mundo de 1970, quem viu o escrete de ouro jogando (...) jamais conceberia um ídolo ser homossexual".
A seguir, ele afirma: "Não que um homossexual não possa jogar bola. Pois que jogue, querendo. Mas forme seu time e inicie uma Federação".
Por fim, Junqueira Filho utiliza uma estrofe popular antes de proferir a sentença: "Cada um na sua área, cada macaco no seu galho, cada galo em seu terreiro, cada rei em seu baralho. É assim que penso"."

Os advogados do jogador já entraram com apelação contra a decisão. Encaminharam ainda reclamação contra Junqueira Filho ao Conselho Nacional de Justiça, por homofobia.

Não merece comentários.


Update: íntegra da sentença aqui