Destaques

sexta-feira, setembro 14, 2007

Santos consegue manter Neymar, de 15 anos

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De acordo com notícias veiculadas na tarde de hoje, o Santos conseguiu acertar a permanência do jovem Neymar no clube.

O moleque tem 15 anos. Considerado uma das maiores promessas da base do Santos, o garoto estava prestes a se transferir para a Europa, cobiçado por grandes clubes, principalmente o Real Madrid. Selado o acordo com o Santos, o pai do menino, também seu procurador, disse: "Todo mundo ficou feliz. O importante é ver meu filho jogando tranqüilo e feliz".

Sabem com quem o Peixe acertou a permanência de Neymar? Sim, ele mesmo, o empresário Wagner Ribeiro (qualquer semelhança com Robinho será mera coincidência?).

Segundo se divulgou, a multa rescisória do contrato assinado é de US$ 25 milhões. Realmente, não sei onde vamos parar. Em breve, não haverá nem escolinhas nos times brasileiros. Será tudo arrendado pelo capital internacional.

Mas, pelo menos (espero não queimar a língua), o Neymar fica. Espero.

Politicamente incorreto (total!)

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Nós, jornalistas (essa raça!), costumamos receber releases com todo tipo de material informativo. E é inevitável, nessa avalanche de emeios, encontrar algumas coisas curiosas, engraçadas ou simplesmente inacreditáveis. Pois, nessa última categoria, recebi hoje um exemplo do que pode ser considerato como politicamente incorreto - ao extremo. O simpático release chegou com o título de "Panfletagem marcará Dia das Pessoas com Deficiência". Aí, lá pelas tantas, o texto abre aspas: “Seu objetivo é conferir mais dignidade às pessoas com deficiência, para garantir seus direitos em igualdade com as demais”, disse o coordenador da Comissão dos Portadores de Deficiência, E.S.N, o Perninha. (o grifo é nosso)
Botei só as iniciais para preservar o cidadão. Mas quem fez o release não teve o cuidado nem de omitir seu apelido, que, convenhamos, contradiz todo o sentido do evento que está sendo divulgado.

Ana Paula falta a teste físico para desfilar com cartão vermelho

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A assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira participou na quinta-feira, 13, da segunda noite de desfiles do Oscar Fashion Day. A marca esportiva Umbro exibiu blusinhas cor-de-rosa, mas a bandeirinha mostrou mesmo foi o cartão vermelho e animou a platéia. A piada fica ainda mais sem graça levando em conta que a moça faltou ao teste físico anual da Fifa, realizado na manhã do dia anterior.

O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, declarou que Ana Paula telefonou avisando que estava contundida. Os fãs que a admiraram na passarela não perceberam indícios de contusão e muito menos sinais de que ela estaria fora de forma.

Ela terá uma nova oportunidade para o teste na próxima quinta-feira, 20, junto com os outros ausentes. A bateria consiste em seis tiros de 40 metros percorridos em 6s40, seguido de 20 tiros de 150 metros em 35s, com pausas de 40s entre cada corrida. Quem aí se garante? Ao que consta, não há diferenças entre os testes masculino e feminino.

Playboy extra
Enquanto isso, a revista
masculina Playboy
anunciou uma edição extra
com fotos inéditas da
Ana Paula. Querem
repetir os 250 mil
exemplares vendidos, um
recorde para o ano.







Adicionado às 17h10
Em resposta ao comentário do Marcão, mais uma foto.




















E atendendo ao apelo da Thalita e para mostrar que o Futepoca é democrático e não-machista em atender apelos que podem trazer mais audiência, uma foto do Diego Cavalieri pequena, porque nada tem a ver com o post. Quem quiser ver melhor, que clique na foto de divulgação.

Ainda o caso Bosco x Parque Antarctica

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O embate travado nos comentários ao post do Anselmo sobre o caso Bosco é um dos melhores da história deste blog, em termos de relaxamento dos músculos faciais. Sensacional! Fechando o jornal, perdi o bonde, e ri bastante com o embate, mas acho essa discussão importante, por isso venho a vós.

A frase da Thalita num comentário: “Se não tivesse sido filmado, ninguém saberia do caso”... é fundamental. O Bosco usou de má-fé, tentando enganar e ludibriar “ôtoridades”, mídia e torcida simulando algo que não aconteceu, para, sim, prejudicar o Palmeiras. E no estádio do Palmeiras! É muita arrogância. Tenha dó, gente. Vamos chegar a um acordo: não cinco, mas 13 jogos de suspensão, e fora do Brasileiro. No mínimo. Essa seria uma justiçazinha.

Repito: na Vila Belmiro, em 11 de março (Santos 1 x 1 São Paulo), testemunhei o (atacante?, meia?, coringa?, craque? – he he he) Leandro sair ao vestiário no intervalo provocando a torcida do Santos com gestos obscenos. Isso pra mim é incitação à violência. Pô! Um jogador de futebol de um grande time não pode fazer isso. Não é anti-sãopaulinismo, mas a arrogância dos chamados tricolores pra mim ultrapassa o aceitável.

É interessante a abordagem do site Futebol do Interior ("Goleiro-ator é punido pelo STJD por apenas uma partida") sobre o caso Bosco-Parque Antarctica: “O goleiro reserva do São Paulo, Bosco, teve uma ‘ajudinha’ do STJD (...). O jogador pegou apenas um jogo de punição pela denúncia de simulação após a partida contra o Palmeiras. Ele também foi absolvido por unanimidade pela realização de gestos considerados ofensivos contra a torcida alviverde. Os dois casos foram registrados por câmeras de televisão (...) No depoimento, o goleiro afirmou que colocou a mão em sua cabeça involuntariamente, sem intenção de parecer ter sido agredido”.

Involuntariamente? Fala sério!

É muito pertinente a analogia (juridiquês!) entre os casos Bosco e Rojas, com a ressalva: não tem nenhum sentido a absurda (e onipotente) condenação definitiva de Rojas, e tampouco a absurda condescendência com a cafajestagem do "titular absoluto do banco de reservas" Bosco.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Adeus, Pedro de Lara

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Faleceu aos 82 anos hoje Pedro de Lara. Mais que um humorista, o maior jurado da televisão de todos os tempos, um mito na arte da avaliação crítica televisiva. Além disso, ainda foi Salsi Fufu, personagem épico do saudoso programa do Bozo. A ele, nosso muito obrigado e a certeza de que não deixaremos de beber o morto.
Como é sempre bom lembrar de um grande homem em seu apogeu, postamos um vídeo do próprio no quadro Banheira do Gugu. Saudades, Pedro.

Bosco suspenso com um jogo. Só um.

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O goleiro reserva do São Paulo, Bosco, foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela expressiva pena de uma partida de suspensão. Câmeras de TV flagraram o atleta com a mão na cabeça entregando uma pilha para o árbitro do jogo contra o Palmeiras, no Parque Antártica. Ele poderia ter sido condenado a até 20 partidas.

Agora o tricolor paulista terá problemas para compensar a perda. Titular absoluto do banco de reservas, Bosco atuou em seis partidas até agora no campeonato.

Parece que colou parcialmente a história da coceira na cabeça.

Quanto rigor.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Seleção feminina estréia com goleada

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A Seleção Brasileira Feminina de Futebol estreou na manhã de hoje na Copa do Mundo da China, contra a fraca Nova Zelândia. O time goleou por 5 a 0. Os gols de Daniela, Cristiane, Renata e Marta (2).

O grupo do Brasil tem ainda China e Dinamarca, equipes tradicionais no esporte. No jogo entre os dois times, a China ganhou com dificuldades por 3 a 2.

Será o momento de Marta e cia conquistarem o mundo?

Como? Está acontecendo uma Copa do Mundo de futebol feminino?

Pois é...

terça-feira, setembro 11, 2007

“Rebaixamento do Corinthians é improvável”, diz especialista em Direito Esportivo*

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Para o advogado Luiz César Cunha Lima, é "extremamente improvável" que o imbróglio envolvendo Corinthians e MSI, com acusações de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha acabe em rebaixamento para o clube do Parque São Jorge. “Não há nenhum artigo específico no Código Brasileiro de Justiça desportiva sobre lavagem de dinheiro”, explica o jurista em entrevista ao Futepoca. Para ele, qualquer punição no âmbito das competições esportivas para a equipe paulista só aconteceria se houvesse uma interpretação “elástica” dos juízes do STJD.

“Há princípios gerais no código que falam sobre lisura e moralidade, mas acho difícil que o Corinthians ou qualquer outro clube venham a ser punido por conta desse tipo de crime. Isso ocorreria se fosse comprovado que dinheiro, lícito ou ilícito, tenha sido utilizado para promover manipulação de resultados”, esclarece. Mesmo sendo difícil a punição, Lima adverte que o STJD já tomou decisões tidas como “improváveis”, como absolvições em caso de doping no caso Dodô, por exemplo.

O advogado lembra outro fato pouco comentado na mídia, que é a possibilidade dos dirigentes corintianos serem obrigados a ressarcir materialmente o clube, com seus bens particulares, na hipótese de aplicarem créditos ou bens sociais da entidade desportiva em proveito próprio ou de terceiros. Com a investigação em curso, pode ser o caso dos dirigentes do Corinthians. “Tanto o Ministério Público como qualquer associado do clube pode ajuizar uma ação nesse sentido”, assegura Lima.

Calotes sem punição

Lima alerta para outro ponto da legislação esportiva brasileira, que não considera nem a saúde financeira e nem a situação jurídica das entidades de prática desportiva (EPDs, os "clubes") como critério para a participação em competições esportivas. "Isso explica, em parte, porque quase todas as EPDs de futebol possuem dívidas trabalhistas, fiscas, tributárias, etc. e, ainda assim, continuam participando do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil, dos campeonatos estaduais", aponta.

Mas outros lugares têm um comportamento distinto em relação a esse ponto. "Em alguns países (EUA, destacadamente), determinadas competições de certas modalidades (NBA, por exemplo) utilizam, como um dos critérios de participação na competição, a adimplência no pagamento de salários", esclarece. "Isso ocorre porque na NBA os acordos de trabalho são coletivos. Se um clube, por ex., deixar de pagar o salário de um único atleta durante um mês, todos os outros atletas de todas as outras equipes entram em greve. A inadimplência em relação a questões trabalhistas pode vir a ser utilizada com um fator para a exclusão da equipe devedora da competição", completa. Bem diferente do Brasil.

Estatuto

Nestes tempos sombrios, uma notícia da Folha de S. Paulo de hoje pode ser um sinal de uma fagulha de esperança. Quase apagada, caída num canto do quintal dos fundos, bem onde o cachorro costuma aliviar a bexiga, mas parece estar lá.

Uma comissão formada por conselheiros do Corinthians prepara uma reforma no estatuto do clube. Uma das intenções das mudanças é eliminar a possibilidade de que outro Dualib fique 14 anos na presidência do time.

A proposta de novo estatuto prevê apenas um mandato para o próximo presidente, sem direito a reeleição. Caso se confirme (Oxalá!) o pé na bunda de Dualib, o substituto teria apenas um mandato tampão, sem possibilidade de reeleição, até 2008, quando seriam realizadas novas eleições, ponto que está sendo questionado pelos conselheiros.

O presidente continuará com três anos de mandato. Haveria mudanças também na formação do conselho do clube. O quadro hoje é composto por 400 conselheiros, sendo 200 vitalícios e 200 com mandatos de quatro anos, 100 deles indicados pelo presidente. As indicações, absurdos dos absurdos, seriam extintas e 50% dos conselheiros seriam eleitos pelos sócios diretamente.

Além disso, o novo estatuto torna a distribuição das cadeiras no Conselho proporcionais à porcentagem obtida na votação, ou seja, a chapa que tiver 40% dos votos fica com 40% das cadeiras. O mandato dos conselheiros (fora os vitalícios, por óbvio) passa a ser de três anos. O novo estatuto deverá ser apresentado ao Conselho Deliberativo até o final desse ano.

* Escrito por Nicolau e Glauco, que não foi consultado em relação ao marcador "Fora Dualib" inserido na postagem.

Santos em fase de definição para 2008

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Desde criança, ouço meu tio Beni (hoje com uns 77 anos) reclamar do pouco espaço dado ao Santos Futebol Clube na mídia paulista. Mesmo com sua esposa (e minha tia) hoje muito doente, sempre que conversamos ele insiste nisso, inconformado. Mesmo que ele nem imagine que esteja sendo citado na internet neste momento, dedico este post a ele, pois está faltando falar um pouco do Alvinegro Praiano no Futepoca.

"Nariz de cera" (jargão jornalístico) à parte, as coisas no Santos estão em época de definição. No fim do ano, o atual presidente do clube, Marcelo Teixeira, termina outro mandato. Luxemburgo chegou a sinalizar que sairia em dezembro próximo, mas disse à Sportv hoje (ontem): "Por que eu vou procurar outro clube se eu já estou no Santos? (...) A prioridade é o Santos Futebol Clube", disse, ressalvando que, se o clube não se interessar na renovação, aí sim, procuraria outro clube (aspas editadas depois que vi a entrevista).

Se for verdade (repito: se for verdade), isso pode indicar politicamente que a permanência de Teixeira é muito provável (e é). E que o atual elenco pode, pelo menos em parte, se manter em 2008.

Num acesso de fúria (quando de Vasco 4 x 0 Santos) escrevi um "fora Luxemburgo". Mas, pensando bem, racionalmente, quem não queria ter Luxemburgo como técnico?

Ou será que o custo-benefício de ter o atual melhor técnico do Brasil é questionável? Ou Luxemburgo não é o melhor no Brasil hoje? Se não, quem é? Muricy? Celso Roth? Dorival Jr.? Mano Menezes? Leão?

segunda-feira, setembro 10, 2007

Gugu e R. R. Soares na disputa pela presidência?

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O Brasil vai parar: Gugu Liberato e R. R. Soares cogitam entrar na corrida presidencial em 2010. A notícia é manchete de um jornal que achei por aí chamado “Leia o Jornal” (pasmem). O digno veículo ostenta os epítetos de “O jornal mais temido e perseguido pelos corruptos do Brasil” e “A Voz do Estado de São Paulo”. A edição em questão é a que vale de 25 de agosto a 15 de setembro. O periódico tem circulação nacional (!!) e site: www.leiaojornal.com.br.

Feitas as apresentações, a história, na verdade uma suposição de Leia o Jornal. Segundo o texto, os dois nomes seriam lançados por seus respectivos patrões, Sílvio Santos e Edir Macedo. Soares é (eu não sabia disso) cunhado do dono da Record, que tem consciência das resistências, “até revolta e indignação” que seu nome causaria se lançado à presidência. Assim, estaria investindo pesadamente na igreja de Romildo Ribeiro (também conhecido como Pastor dos Simpsons), a Internacional da Graça. Edir Macedo estaria “cuidando para que nada venha a macular a imagem de R. R. Soares, futuro dono da Bnadeirantes, Rede TV, quem sabe com o dinheiro do Edir Macedo”, denuncia o jornal.

“Enquanto isso”, prossegue a reportagem, “o Sílvio Santos, nome que foi várias vezes lançado a candidato a presidente (sic) da República, vem, através de um contrato vitalício e em branco, mantendo o apresentador Gugu Liberato”, para que este o suceda. O programa de Gugu seria de cunho populista, com o objetivo de “atrair o apoio dos paulistas, principalmente quatrocentões, que no fundo odeiam os migrantes nordestinos e querem que todos os nordestinos mineiros e nortistas voltem para suas terras”. A prova da estratégia é o quadro “De volta para minha terra”, criado “de forma proposital” no Domingo Legal do Gugu.

Ao final, o jornal salienta que o texto não tem “objetivo afirmativo”. “São dois ótimos candidatos (sic)” e serão “mais uma opção para o leitor escolher”. O objetivo do texto é “criar polêmica para que o leitor discuta em particular se votaria no simpático Gugu, um ser humano maravilhoso”. E o final apoteótico: “De uma coisa temos certeza: estes dois são melhores do que os que hoje aí estão”.

Lamentos

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As gravações da Polícia Federal de conversas entre membros da direção corintiana são chocantes (clique aqui para ver no Terra Magazine). Quer dizer, nada que não se imaginasse, mas o descaramento é muito grande. Alberto Dualib, Nesi Curi, Renato Duprat, Rubens Gomes da Silva (o Rubão) e Cia. falam de lavagem de dinheiro, suborno a fiscais e até assassinato.

Com isso, espero que se consiga exorcizar o Corinthians de pelo menos alguns dos vampiros que habitam as catacumbas de sua diretoria e conselhos. Até Andres Sanches foi envolvido, em gravação na qual estaria combinando com Curi e Dualib os depoimentos que dariam à PF (segundo comentário de um leitor no blog do Citadini, onde, aliás, não vi manifestação diureta sobre as novidades, Sanches disse num programa de televisão deste fim de semana que estavam combinando “dizer a verdade”...). Diminuir as chances dele assumir a presidência do clube é boa notícia.

Juca Kfouri, como já reproduziu o Edu em post anterior, clama por punição na Justiça Desportiva. Honestamente, minha opinião a respeito é pouco fundamentada e não muito firme. Claro que não gosto nem um pouco da idéia de ter título revisto ou de ser rebaixado, mas se fosse o Palmeiras ou o São Paulo em situação semelhante (deixando de lado as zombarias aos rivais) também não sei qual seria minha opinião.

Enfim, sem qualquer base jurídica, eu diria que discordo de punições ao Corinthians. Parece diferente um time perder pontos por ter manipulado resultados diretamente (como no caso da Juventus e outros na Itália) da situação do Timão. As ações da quadrilha Dualib-Berezovsky não visavam beneficiar o clube, mas lucro pessoal, e o clube sofreu e sofre até hoje com as conseqüências dos desmandos desses dirigentes, com uma dívida gigantesca, batendo na trave do rebaixamento em 2006 e amargando uma campanha de medíocre para baixo este ano. Se formos questionar os ganhos que o clube obteve nessas negociações, não se deveria também questionar os prejuízos?

E falando em prejuízos, o Corinthians perdeu do Paraná, como eu temia. Não que o time paranaense seja grandes coisas, mas estabilidade é palavra que foi banida do Timão neste ano, e três vitórias consecutivas é mais do que eu ouso esperar. O que é triste, porque, com o campeonato fraco como está, a regularidade está fazendo a diferença. Com um pouco mais de paz e bastante sorte, mesmo esse elenco limitadíssimo do Corinthians poderia sonhar com alguma coisa a mais. Mas acho que vamos nessa toada até o fim, fortes candidatos ao limbo de um 12º lugar. O que, dadas as circunstâncias, está de bom tamanho. Espero que essa devassa na diretoria termine até o ano que vem e que o clube saia mais forte da depuração. Espero.

Questionamento pertinente

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O Olavo (e todo mundo) que me desculpe (m), mas o questionamento do corintiano Juca Kfouri no blog dele hoje merece um copy/pastezinho:

A Justiça comum já tem muito com o que fazer em relação à parceria Corinthians/MSI.
Mas a Justiça esportiva não pode calar.
Como miséria pouca é bobagem mesmo, por incômodo e delicado que seja o tema, uma pergunta se impõe: como fica o título brasileiro do Corinthians, já parceiro da MSI, em 2005?
(...) Fixe-se apenas num aspecto: um time que usa dinheiro sujo para fazer contratações não age de maneira desleal com seus adversários?
(...) Perda do título, rebaixamento, alguma coisa precisa ser feita
.”

Trocadalho sulista

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Não é futebol nem política, mas sempre acredito que idéias como esse tal trocadalho são concebidas sob influência de Baco, ou da marvada, como preferirem. O tal estabelecimento está na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, e seu nome sem dúvida honra a tradição trocadilhesca do glorioso Vavá, muso deste bogue, e a inventividade dos incansáveis Fredi e Mauricio.

Ganhar, ganhou. Mas para a Libertadores...

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Quando acabou o primeiro turno, Caio Junior, a simbiose de Milhouse com Harry Potter, fez as contas. Disse que tinha projetado 60% de aproveitamento, mas teve menos, 52,6%. Os atuais 40 pontos, alcançados na vitória sobre o Goiás no Parque Antártica, são resultado de 53% de aproveitamento. Que melhora!

A quarta colocação garantiria a classificação para a Libertadores, mas o próximo na tabela, o Vasco, tem um jogo a menos.

A partida em si foi tranquila, segundo relatam os jornais. O árbitro Leonardo Gaciba, candidato ao troféu Bola Fora, não parece ter feito grandes asneiras. O goleiro Harlei fez pelo menos duas defesas espetaculares, mas deixou passar dois, um de Francis, no rebote aos 31 do primeiro tempo, e outro de Caio, aos 6 do segundo.

Para um time que convive com a idéia de que tem dificuldades em casa (reduzidas no segundo turno), que não tinha Valdívia, ainda quebrado do jogo contra o São Paulo, e que veio de três jogos sem vitória (incluindo uma ensacada por 5 a 0), é uma vitória importante, posição importante.

Mas para chegar de fato à Libertadores – ter que se contentar em brigar pela classificação é triste –, o Palmeiras vai ter que melhorar. Não estou falando do tom da camisa do terceiro uniforme exibido no domingo, um tom de verme "meio limão-galego", segundo especialistas em cores consultados no boteco. A 13ª posição alçada na sétima rodada é passado, e na média o Verdão ficou lá pela 9ª colocação. No segundo turno, vem melhor em relação aos adversários. Não é suficiente.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Troféu Bola Fora: as piores arbitragens do ano

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A CBF promete a profissionalização dos árbitros. Até que a idéia saia do papel, o nível técnico dos jogadores do Campeonato Brasileiro vai para segundo plano diante da constatação de quão tosca é a arbitragem no Brasil. Querendo laurear essas pessoas que tanto nos fazem rir e chorar, e que hoje são atores principais e não mais coadjuvantes, o Futepoca lança uma enquete para escolher quem foi o autor da maior Bola Fora da temporada até aqui.

Escolha o erro mais bizonho e seu respectivo autor votando ao lado. Extravase todo seu ódio, veja quem são os candidatos e vote. Vamos criar a premiação :

Ana Paula Oliveira a bela ainda pena por ter supostamente errado na partida entre Botafogo e Figueirense, válida pela Copa do Brasil. Na ocasião, ela anulou dois gols da equipe carioca e provocou a ira de Carlos Augusto Montenegro e ganhou um séquito de fãs que sempre lembram dela com especial carinho. Errou também a favor do São Paulo contra o Santos, no campeonato paulista, quando invalidou um gol legítimo de Jonas. Depois reconheceu o erro e Luxemburgo nem xingou.

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Carlos Eugênio Simona dois metros do ocorrido, só o árbitro gaúcho não viu o pênalti contra o Botafogo no jogo com o Atlético (MG), válido pelas quartas-de-final da Copa do Brasil. Erro grotesco, depois chorou as pitangas e também, humildemente, disse que de fato havia se enganado. Perguntem se algum atleticano o perdôou.

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Leonardo Gaciba fez uma arbitragem digna de nota no jogo entre Paraná e São Paulo no primeiro turno, marcando uma penalidade máxima mandrake que originou o gol da vitória paulista. Além disso, no último minuto, anulou um gol legal do zagueiro paranaense Luis Hnrique. Obra completa.

Paulo César de Oliveira apesar da nota dez na prova teórica, precisa refazer os exames médicos já que não viu a raquetada de Marcel, do Grêmio, contra o Fluminense. O lance de vôlei foi uma verdadeira assistência para o gol de Patrício.

Luis Antônio Silva Santos – marcou uma falta duvidosa a favor do Inter na partida contra o Atlético (PR), próximo ao final do jogo. Não contente, assinalou a mesma como se tivesse sido dentro da área, quando foi, na verdade, meio metro fora. A falha estapafúrdia resultou no gol da vitória do time gaúcho.

Djalma Beltrami confesso que foi um lance difícil, mas a pressão palestrina fez com que o árbitro fosse incluído na relação em decorrência do gol mal anulado de Max no jogo contra o São Paulo, no Parque Antarctica. Os botafoguenses fizeram até comunidade no Orkut para reclamar do Beltrami na final do Campeonato Carioca de 2007, mas isso já são outras queixas.

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Elvécio Zequetto outro homem de preto muito bem quisto pelos botafoguenses. No jogo contra o Figueirense, o juizão não marcou pênalti de Felipe em Jorge Henrique e também levou a culpa pelo bandeira não ter marcado impedimento no gol de empate do Figueirense no jogo que terminou em 1 a 1.

Um aniversário sem festa

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Ontem, para quem não sabe, o Mineirão completou 42 anos. Odeio chamá-lo de Magalhães Pinto, xô ditadura. Teve até placa para o goleiro adiantado Rogério Ceni (posição nova inventada no futebol, só para provocar os sampaulinos que amam Rogério sobre todas as coisas.)

Na festa só esqueceram de um futebol melhor. O Galo, mesmo 10 posições abaixo na tabela, não se intimidou, marcou o São Paulo em seu próprio campo, coisa que o tricolor costuma fazer com os outros (segundo o Renato fez tantas faltas quanto o sampaulo faz). Se não houve futebol para recordar, o jogo mostrou o caminho para quem quiser anular o SP: é só marcar.

Mostra-se com isso que, não importa o time que ganhe, e deve ser o Sampaulo, este será o campeonato mais medíocre da era pontos corridos. Ou alguém se lembra de algum jogo épico, inesquecível? Meu único medo é que no ano que vem tenhamos saudade de 2007 por ter piorado mais ainda. Oxalá, esteja errado.

Mas, voltando ao Mineirão, tenho a mesma idade do estádio e o que vi de futebol do meu time foi lá. Recordo do times maravilhosos do Galo, de Reinaldo, Cerezzo, Palhinha, Éder etc, porque não de Marques e Guilherme (embora aí o nível caia muito).

Lembro também, ainda criança, a perda da final de 1977, até então a dor mais doída que sentira. Depois vieram outras piores, mas isso é outra história.

Para fechar, um parêntese de uma gracinha que o Arnaldo César Coelho disse no jogo de ontem. O Cléber Machado perguntou se ele sabia quem havia apitado a final referida acima, e Arnaldo respondeu: o juiz foi tão bem que ninguém lembra.

Revoltei-me: Arnaldo, faz quase trinta anos que não esqueço de um juiz que não deu nem cartão amarelo para uma das maiores agressões que já vi no futebol, o Chicão pisando no joelho de Ângelo caído, com a perna quebrada. O juiz era tão parcial e covarde quanto o comentarista que estava ontem na Globo.

Mais lambança

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O São Paulo empatou sem gols com o Atlético Mineiro no Mineirão e, com a ajuda de Cruzeiro e Vasco está com mais folga na liderança do campeonato. O que não quer dizer que eu concorde com uns e outros que acham que o campeonato já acabou. O Cruzeiro tem um jogo a menos (o que derruba a vantagem dos precavidos para seis pontos) e faltam 14 rodadas para o final.

Mas o que chamou a atenção no jogo foi a arbitragem. A atuação de Paulo de Godoy Bezerra foi risível. Deixou de expulsar o Breno no primeiro tempo, não marcou um pênalti absurdo em Jorge Wagner, que valeria a expulsão do goleiro Edson por agressão, não deu o merecido segundo amarelo para Éder Luis e não mandou voltar o pênalti mal batido por Coelho, na adiantada monumental de Rogério Ceni. É erro pra ninguém botar defeito, além de comprovar que, como escrevemos no post abaixo, se for pra avaliar não sobra um.

Ah, sim. O jogo foi ruim a valer.

Rogério Ceni: o único goleiro do mundo que se adianta em cobrança de pênalti

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Na hora da cobrança deu pra ver nitidamente: o goleiro do São Paulo, Rogério Ceni deu um passo enorme com a perna direita e, assim, conseguiu o apoio necessário para saltar e defender o chute de Coelho, do Atlético-MG (na foto, o lance). Na TV Globo, o locutor Cléber Machado e os comentaristas Falcão e Arnaldo César Coelho acusaram a irregularidade de imediato. No replay, por diversos ângulos, o passo a frente era incontestável. Mas o árbitro catarinense Paulo de Godoy Bezerra não mandou voltar o pênalti, para desespero do técnico atleticano (e ex-goleiro) Emerson Leão.
Até aí, morreu Neves. Não é a primeira nem a centésima vez que Rogério Ceni se adianta numa cobrança de pênalti. Raríssimas vezes, isso permitiu que fizesse a defesa. E, mais raro ainda, algum juiz teve peito de mandar voltar. Porém, a cada vez que ele se adianta, impede o gol e o árbitro se faz de desentendido, o mundo desaba em sua cabeça. Tudo bem, faz parte.
Mas será que ele é o único no Brasil ou no mundo que se adianta na hora do pênalti? E será que é só com ele que os juízes não voltam a cobrança? Eu vi pelo menos meia-dúzia de defesas de pênalti este ano e, na maioria, o goleiro se adiantou. Nenhuma cobrança foi repetida. E ninguém falou absolutamente nada. Por que? Tá, eu sei, vão falar que é o "apito amigo são-paulino", que o Rogério é "frangueiro", "arrogante", "superestimado", "ajudado" etc, etc. Mas isso desvia o foco do problema crucial: a falta de critério (mundial) da arbitragem em cobranças de pênalti.
Por que, na hora das cobranças, os dois auxiliares não ficam postados, um de cada lado, nas bandeirinhas de escanteio? Eles poderiam acusar o adiantamento. E por que a televisão não pode ser consultada num momento desses? Se o passo a frente foi escandaloso e o juiz não acusou, a decisão de voltar a cobrança não pode ficar somente com ele. Parece tão simples, mas, sei lá, tem coisas que parece que ninguém quer mexer. E a culpa, pra variar, é do Rogério Ceni!


Ps.: O Lance! de hoje traz a foto que flagra o passo a frente do goleiro do São Paulo e, logo acima, um lance anterior em que o goleiro do Atlético-MG, Édson, dá uma voadora com o pé direito no peito do Jorge Wagner, dentro da área. O juiz não deu pênalti nem cartão vermelho (e nem amarelo). Mas, lógico, o "apito amigo" é sempre são-paulino...

quarta-feira, setembro 05, 2007

Juiz ladrão? Os erros dos árbitros reprovados pela CBF

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Enquanto Ana Paula Oliveira dá um baile nos marmanjos e esbanja boa forma e conhecimentos técnicos, alguns dos homens fizeram feio na provinha da comissão de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ela ficou com 9,5, a segunda melhor nota, atrás apenas de Paulo César de Oliveira, o único 10.

No geral, 45% dos árbitros e assistentes tiraram de 7 para cima, e estão aprovados. Um em cada quatro tiraram 6 ou 6,5. Esses continuam apitando, mas serão reavaliados e precisam tirar pelo menos 7 na próxima provinha, dia 14 de setembro. Quem ficou com 5 ou 5,5 foi afastado até a reavaliação. Já os de nota abaixo de 5 estão afastados do restante da competição em que atuam, e passarão por um cursinho de reciclagem.

Dos 20 árbitros que atuaram na Série A do Campeonato Brasileiro deste ano, sete vão ter segunda chance na próxima sexta-feira, dia 14, em novo teste. Dos 10 assistentes de arbitragem mais escalados, metade acertou menos de 14 respostas, das 20 questões de múltipla escolha. Ao carioca Hilton Moutinho, nota 5, coube a lanterna das notas.

(Interessante notar que o critério da CBF é bastante flexível. Quem erra seis em 20 questões de múltipla escolha sobre regras do futebol continua apitando. Eu presumia que, no mínimo, os homens e mulheres de preto conhecessem as 17 regras do futebol)

Paulo César de Oliveira, o nota 10, ironicamente tem nas costas pelo menos três reclamações em lances capitais em jogos deste Campeonato Brasileiro:

O Botafogo reclamou de um pênalti não marcado em Dodô, no empate contra o Paraná. Já o Corinthians atesta que o lateral que originou o gol do São Paulo no empate do primeiro turno foi invertido. O Fluminense reclama toque de mão de Marcel, no lance do gol de empate do Grêmio, marcado por Patrício. Como os jogos terminaram empatados, ele teria alterado o resultado de todos.

Já Washington de Souza, um dos lanternas com nota 4,5 (vai passar por um curso intensivo pelo desempenho pífio) tem pelo menos quatro reclamações em seis jogos:

O América alega que o gol do Vasco, na primeira rodada, se originou em lance faltoso. O Mecão perdeu por 1 a 0. O São Paulo reclama que, na derrota para o Náutico, Aloísio foi expulso injustamente quando o jogo estava empatado. No empate sem gols entre Sport x Vasco, curiosamente, sobram reclamações. O time recifense afirma que teve um pênalti não marcado a seu favor. Já o Vasco reclama de inversões de faltas durante a partida.

O que prova que na arbitragem brasileira, não sobra um.

(por Anselmo e Thalita)

Racismo introjetado em uma nação

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Por mais que se diga que não, o preconceito contra negros ainda é um status quo no Brasil. Claro que hoje a questão é mais debatida e combatida do que antes, mas, infelizmente, vemos atitudes racistas todos os dias, em todo e qualquer lugar. O que choca é perceber que, mesmo que a pessoa não externe seu preconceito, aquilo está introjetado nela, é um comportamento automático. E mais triste é saber que os negros têm consciência desse racismo velado – mas latente – e, por conta própria, tomam suas precauções. Um exemplo foi o comentário do meia Hugo, do São Paulo (foto), sobre a punição severa que deverá tomar (com toda justiça) por ter cuspido gratuitamente num jogador do Paraná: "A expulsão foi correta. E estou muito arrependido. (...) Meu pai disse que, por sermos negros, temos sempre de andar reto, porque as coisas repercutem mais". Depois disso, começou a chorar e encerrou a coletiva. Fico sinceramente comovido quando gente simples, como o pai do Hugo, fala uma dessas verdades que todo mundo sabe e ninguém tem coragem de dizer. É uma espécie de código velado de compartamento, de racismo enraizado na sociedade e (quase) nunca abertamente declarado. Um apartheid silencioso, resistente e "tradicional". Dizem que errar é humano. Mas ao negro, no Brasil, isso não é permitido. E eles sabem disso. Às vezes dá vontade de sumir...