Destaques

terça-feira, setembro 04, 2007

Ainda longe dos gramados, Ana Paula Oliveira desfila na passarela

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A Umbro, fabricante de material esportivo inglesa, terá um reforço para divulgar a coleção de calçados do verão 2008 no Brasil. Ana Paula Oliveira, a bandeirinha mais pelada do planeta, vai desfilar no Oscar Fashion Days (OFD). O evento ocorre de 12 a 15 de setembro em São José dos Campos (SP).

Se antes os homens de preto eram motivo de vergonha até para suas mães, a moça que conquistou corações e discussões acaloradas sobre o papel da mulher no futebol com sua performance dentro e fora do campo. Se por "fora do campo" o visitante entendeu "fotos na Playboy tiradas por JR Duran na edição de julho", entendeu apenas parcialmente. A moça já participou de comerciais de TV e fez trabalhos de modelo.

Ana Paula sobe à passarela no dia 13, logo depois da modelo Ana Hickmann que desfila por outra marca. Os motivos porque a apresentadora é citada aqui ficam para as especulações dos comentaristas.




Ana Paula e a Umbro
Nos gramados ela carrega uma munhequeira da Umbro e uma chuteira modelo X-Boot II. A tecnologia do calçado evita até que ela seja chamada de pé-frio, já que possui propriedades térmicas de refrescar quando faz calor, e aquecer nos momentos de frio.

Enquanto muitos fãs tenham adorado vê-la sem roupas, quando ela dá as caras em programas de televisão, a moça já tem vestido itens da fabricante britânica, incluindo a coleção Black Leopards, desenvolvida para ajudar a comunidade carente de Limpopo, província do norte da África do Sul.

A Umbro sustenta que o contrato com Ana Paula, assinado em março, faz parte de uma estratégia voltada a esportistas femininas. A primeira das musas do futebol patrocinada foi a inglesa Rachel Yankey, do Arsenal. Os times femininos do clube Pinheiros, de São Paulo, e do Santos, semi-finalista do campeonato paulista de 2007 na categoria, recebem apoio da marca.

Polêmica
O patrocínio da Umbro a Ana Paula deu pano para manga às reclamações de botafoguenses que se sentiram prejudicados com a atuação da assistente de arbitragem na semi-final da Copa do Brasil deste ano. Ocorre que a fornecedora de material esportivo do Figueirense, a equipe beneficiada pelos dois gols anulados da Estrela Solitária, também é a empresa inglesa.

Corinthians é caso de polícia, literalmente

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Deu no blog do Juca e na Agência Estado: policiais do Deic, acompanhados de promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), fazem operação de busca e apreensão no Corinthians.
A operação, diz o site do Grupo Estado, “investiga a emissão de cerca de 80 notas frias que teriam lesado as finanças do Corinthians”. E mais: “Alberto Dualib é acusado de liderar quadrilha de estelionatários”.

Mundial Sub-17

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A competição é de certo modo meia-boca, mas merece um registro. Tá rolando, na Coréia do Sul, a 12ª edição do Mundial Sub-17, torneio que já teve até a Arábia Saudita como campeã.

O torneio está em sua fase semifinal. Os quatro que persistem na luta pelo título são dois africanos, Gana e Nigéria, e dois europeus, Alemanha e Espanha. O que permite análises bem interessantes.

Do lado dos africanos, a boa campanha não é surpreendente. Nigéria e Gana têm camisa - ambas faturaram dois Mundiais cada, uma marca expressiva. O bom desempenho africano nos torneios da base contrasta com a frágil participação dessas seleções nas Copas do Mundo, quando as melhores marcas foram apenas duas quartas-de-final, com Camarões (1990) e Senegal (2002). É simplista dizer que os africanos vão tão bem assim por conta dos "gatos"; por outro lado, fechar os olhos para isso seria ignorar uma questão bem sugestiva. Discussões polêmicas à parte, o futebol de nigerianos e ganeses têm sido ótimo no Mundial, com destaque para os atacantes Chrisantus (Nigéria) e Osei (Gana).

E falando em análises simplistas, ver Espanha e Alemanha na fase decisiva do Mundial é algo que derruba muitas "teorias de boteco". Muito se diz - e o Mundial Sub-20, onde nenhum europeu de primeira linha esteve presente sugeriu a idéia - que os países mais ricos da Europa têm poucos jogadores de qualidade porque seus clubes importam atletas a torto e a direito. A incapacidade da Espanha de formar uma seleção forte seria o principal expoente dessa realidade. Pois bem, estão aí os moleques espanhóis e alemães dando trabalho. Os ibéricos principalmente.

Quanto ao Brasil, só pra não passar batido: o time fez na Coréia do Sul sua pior campanha na história do Mundial Sub-17, caindo nas oitavas-de-final. Curioso é que o desempenho da seleção foi à base de extremos. Duas goleadas históricas, contra Nova Zelândia e Coréia do Norte nas primeiras partidas; e nas duas últimas, atuações pífias e derrotas contra Inglaterra e Gana. Lulinha, principal estrela do time, jogou muito mal.

No meu Futebase faço uma cobertura mais detalhada da competição.

Vai começar a Champions League 07/08

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Com atraso, posto os grupos da Liga dos Campeões da Europa.
Vai começar a temporada de ódio mortal ao futebol italiano neste blogue!
Quem aposta no campeão?

Grupo A
Liverpool
Porto
Marseille
Besiktas

Grupo B
Chelsea
Valencia
Schalke 04
Rosenborg

Grupo C
Real Madrid
Werder Bremen
Lazio
Olympiacos

Grupo D
Milan
Banfica
Shakhtar Donetsk
Celtic

Grupo E
Barcelona
Lyon
Stuttgart
Rangers

Grupo F
Manchester United
Roma
Sporting
Dynamo Kiev

Grupo G
Internazionale
PSV
CSKA
Fenerbahce

Grupo H
Arsenal
Sevilla
Slavia Praga
Steaua Bucareste

A primeira rodada, nos dias 18 e 19 de setembro, será a seguinte:



Dia 18









Marseille

x

Beşiktaş


Porto

x

Liverpool


Chelsea

x

Rosenborg


Schalke

x

Valencia


Real Madrid

x

Bremen


Olympiacos

x

Lazio


Milan

x

Benfica


Shakhtar

x

Celtic


Dia 19








Rangers x


Stuttgart


Barcelona x


Lyon


Roma x


Dynamo Kyiv


Sporting x


Man. United


PSV x


CSKA Moskva


Fenerbahçe x


Internazionale


Arsenal x


Sevilla

segunda-feira, setembro 03, 2007

Energia

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Continuando a série "há coisas mais importantes do que futebol", do post do Glauco abaixo.

Quem está interessado em crise energética, acordo de gás Brasil-Bolívia (origens), "desestatização" do setor de energia elétrica (no governo FHC), os riscos ou não de um novo apagão, a importância da Petrobras ainda hoje, a oposição histórica (ainda hoje, pois a história é longa) entre os ideários Getúlio Vargas x FHC (e Lula depois disso) etc, enfim, quem tiver interesse no tema leia o dossiê "Energia – o espectro liberal", na revista CartaCapital desta semana, 5 de setembro (n° 460). Vale (do Rio Doce) a pena. Com o perdão do trocadalho.

O exemplo do Liverpool

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Ontem, antes do clássico entre Santos e Corinthians, 500 torcedores rivais brigaram em frente ao Emilio Ribas, próximo ao Pacaembu. Após a partida, nova confusão. Sobrou até para o santista Mano Brown, que tentou apartar o conflito e acabou preso. Desfeito o "engano", foi liberado. Nada incomum, infelizmente no futebol brasileiro, e o público de onze mil pessoas deixa claro o efeito que isso tem em quem quer ir torcer mas não pretende arriscar acabar apanhando.
Introdução feita, na Inglaterra, país dos famosos hooligans que, depois de um trabalho sério do Poder Público local dão muito menos trabalho que qualquer organizada tupiniquim atualmente, vem um exemplo comovente de integração de equipes rivais. A parceira Bia está em Liverpool e foi assistir a partida entre o time dos Beatles e o Toulose, para decidir quem iria para a fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa.

Mas a cidade ainda estava em choque. Na quarta-feira passada, dia 22, Rhys Jones, de 11 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça enquanto jogava bola, no estacionamento de um pub em Liverpool. Provavelmente, mais um crime de gangues juvenis que estão ganhando corpo em alguns lugares da Europa.

Ao centro, a mãe de Jones ao lado do pai e do irmão do garoto






O garoto era torcedor do Everton, maior rival do Liverpool, e tinha ingressos para todas as partidas do time na temporada. Isso não impediu que o menino fosse homenageado pelo clube rival no jogo contra o Toulose. Bia descreve assim a homenagem:

No jogo contra o Toulouse, da França, que valia vaga para a fase de grupos da Liga dos Campeões, o Ainfield recebeu os pais e o irmão de Rhys. O azul da camisa do Everton contrastava com o vermelho das 43 mil pessoas que lotavam o estádio. A princípio, os dirigentes estavam com receio de que os torcedores do Liverpool não recebessem bem aqueles três “rivais”.

Mas a recepção foi melhor do que todos ali poderiam imaginar. A começar pelo profundo e respeitoso silêncio que tomou conta do estádio enquanto os auto-falantes tocavam Johnny Todd, hino da torcida do Everton. Traduzindo para o futebol brasileiro, é a mesma coisa que os palmeirenses respeitarem e aplaudirem a execução de “Corinthians minha vida”, em pleno Palestra Itália, onde os torcedores chiam até com o preto e branco no banner do patrocinador. Os torcedores do Liverpool, que também não admitem a cor azul em Ainfield, tiveram essa atitude e, em seguida, dedicaram o próprio hino, “You’ll never walk alone”, para o menino.

Foi a cena mais bonita que presenciei em um estádio de futebol. É fato que, se a cada rodada, fossemos homenagear as mortes estúpidas que acontecem no Brasil, seriam horas, não minutos de silêncio. E um silêncio que não seria respeitado. Afinal, respeito é uma palavra que passa longe do futebol brasileiro, onde o hino nacional é vaiado e jogador precisa ir a um programa de televisão dizer que é macho.

O comportamento dos torcedores do Liverpool foi tão sensacional que, ao final da partida, apesar da goleada por 4x0, a barulhenta torcida do Toulouse cantou e aplaudiu o nome do Liverpool. Na saída do gramado, a mãe de Rhys declarou que o menino deve ter aberto um sorriso ao saber que foi o motivo da execução de Johnny Todd na casa do maior rival.

Mas muito mais do que o feito histórico, Rhys fez os ingleses provarem que ainda há pessoas que cultivam valores mais importantes do que o inexplicável, louco e, muitas vezes, violento, amor por um clube de futebol. Nem tudo está perdido!

Sim, há coisas mais importantes que o futebol. E são muitas.

Leia o post completo da Bia.

E o salto quebrou ou Chupa que a cana é doce

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Quem me conhece sabe que não sou de tripudiar (muito), mas a soberba de alguns santistas antes do clássico (sim, Edu, é um clássico) pediram resposta agressiva. O time “despedaçado” do Corinthians, uma verdadeira draga, venceu o belo e completo elenco santista, inclusive com Rodrigo Souto, que era dúvida.

As ausências dos desfalques Gustavo Nery e Rosinei, e dos inexistentes Fábio Ferreira e Kadu não foi sentida pelo Timão, e o valente Betão e o experiente Vampeta foram suficientes para ganhar do Santos. O eterno S.C. Corinthians Paulista mostrou ao “soberbo adversário quem é o freguês no confronto”, nas palavras de Ricardo, do parceiro Retrospecto Corintiano, que também dá as estatísticas completas da história de confrontos entre os dois clubes:

Retrospecto geral: 288 jogos, 116 vitórias, 82 empates, 90 derrotas, 534 gols pró, 451 gols contra.
Campeonato Brasileiro: 40 jogos, 13 vitórias, 13 empates, 14 derrotas, 49 gols pró, 53 gols contra.

domingo, setembro 02, 2007

Vira três, acaba seis

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Acordei no sábado, dia 1º, com uma puta ressaca (pra variar). Tava calor e bebi dois litros de água antes de ir pra lan house trabalhar (pra variar). Tudo o que eu queria, depois disso, eram dois metros na horizontal e silêncio absoluto, pra ver se a maresia passava. Mas, ao tomar o rumo de casa, lá pelas quatro da tarde, me bateu um pressentimento estranho de que eu tinha que ir ao Morumbi.
Quem me conhece sabe que não gosto de ir a estádio e, além do mais, estou quase sempre com preguiça ou ressaca e - principal - sem grana. Mas acontece que eu tinha recebido salário. E estava com esse pressentimento irritante...
É claro que o São Paulo era favorito, mas o Paraná tinha empatado com o Cruzeiro e nada prenunciava um jogo fácil. Na última vez que tinha ido ao Morumbi, levar minha filha mais velha pela primeira vez a um estádio, amarguei um angustiante zero a zero contra o Flamengo. Por isso, desconfiei do pressentimento. Mas fui.
Fui pra lá em cima da hora, tipo15 pras 6, e tive de acatar os R$ 40 que o cambista me levou por um lugar nas cativas (onde eu nunca tinha pisado). Assim que descolei um lugar, a bola rolou. O jogo estava disputado, lá e cá, até que o Aloísio - para calar minha bronca contra ele - matou uma bola no peito, tirou o adversário e meteu a bica: 1 a 0. Golaço.
Mas, além do camisa 14 estar inspirado, outras duas coisas me chamavam a atenção: Souza, Leandro e, principalmente, Dagoberto, estavam jogando muito bem. Foi Dagoberto quem desceu tocando pela diagonal para fazer 2 a 0 (outro golaço) e Souza quem enfileirou três paranistas e tocou com classe no canto, fazendo o terceiro (o golaço mais golaço do jogo). Se eu fosse o camisa 10, teria dedicado esse gol ao Vampeta.
No intervalo, o técnico do Paraná, Lori Sandri, disse à Rádio Record: "O Dagoberto está deitando e rolando". Não deu outra no segundo tempo: cruzamento da direita e segundo gol do camisa 25 (4 a 0). Eu já tava rouco e plenamente satisfeito. Mas veio mais. Aloísio, para calar minha boca de vez, apostou num lance perdido, invadiu a área e mandou outra bica: 5 a 0. Outro golaço.
Pra completar o dia, Leandro (que jogou muito bem) aproveitou rebote da trave e sacramentou a maior goleada que já presenciei dentro de um estádio. Foi o melhor pressentimento que já tive na vida. Não sei qual será o destino do meu time nesse campeonato. Mas essa partida, muito mais pelo que o time jogou do que pelo placar ou pela beleza dos gols, vai ficar na memória para sempre.
Quando deixei o Morumbi, já não havia o menor sinal de ressaca. Pude saborear o sanduíche de pernil com um latão de Skol estupidamente gelado. Vamo, São Paulo!

Crássico é crássico

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1) Para cumprir a despromessa de um post abaixo, e com a língua queimada, venho a vós.

Mas a vitória incontestável do Corinthians no Pacaembu ontem por 2 a 0 (pra mim uma das mais surpreendentes) se deveu:

a) ao primeiro tempo sonolento e ridículo do Santos. O gol quase espírita do Nilton foi simbólico: ao menosprezar a importância da formação da barreira na falta que originou o primeiro gol, o Fábio Costa acabou traído por subestimar o adversário, e veio a tomar um gol indefensável, mas que antes poderia ter sido pelo menos dificultado. Isso mostra a soberba do Santos como um todo, no clássico... Entrou achando que ganharia quando quisesse. Até a torcida achava;
b) o tal Felipe fez o jogo da vida dele, e a baliza do Corinthians estava "encantada";
c) o Corinthians de fato jogou com raça, e o Santos foi vencido pela mística raça corintiana.

2) Estatística
depois da vitória corintiana de 1° de setembro de 2007, a estatística do clássico Santos x Corinthians no século XXI passa a ser a seguinte:
12 vitórias do Santos (55%), 4 empates (18%) e 6 vitórias do Corinthians (27%).

Vem aí o "bloco da esquerda"

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PDT, PC do B, PSB, PRB, PMN e alguns outros partidos cujos nomes me fogem à memória lançam, nessa segunda, o "bloco da esquerda". A idéia das siglas é manter unidade de votações no Congresso e assim adquirir um bom prestígio - o bloco só ficaria aquém de PT e PMDB em número de congressistas.

O "esquerda" no nome não ajuda a entender para que lado penderá o bloco. Sua composição é muito heterogênea. Estão ali o PC do B, fiel escudeiro do PT há décadas, o PSB, de apoio ao governo federal, mas com muitos integrantes anti-Lula (São Bernardo que o diga) e o PDT - que, apesar de ter fechado consenso com o PT no início do ano, não dá para ser chamado de "aliado" com todas as letras.

Três figuras desses partidos mencionados, que deverão estar na cerimônia de lançamento do bloco, expressam bem essa heterogeneidade. Ciro Gomes (PSB) foi ministro de Lula, defende o barbudo no Congresso e é tido como nome certo para a corrida presidencial, caso o PT abra mão de indicar um nome. Do lado do PC do B, a deputada - gatinha e injustamente esquecida na eleição das musas da política - Manuela D'Ávila acena concorrer à prefeitura de Porto Alegre no ano que vem e sugere um racha com o PT, que pensa em indicar Maria do Rosário para o posto. E o PDT terá como expoente o deputado Paulo Pereira da Silva, o famigerado Paulinho da Força, crítico ferrenho do governo federal e ex-aliado de Mário Covas.

Aliás, o local da cerimônia do lançamento do bloco sugere a influência de Paulinho: será o Palácio do Trabalhador, sede da Força Sindical.

A impressão que dá é que esse bloco quer angariar força para mostrar ao PT que uma coligação para 2010 seria mais do que uma estratégia - seria sim uma necessidade de sobrevivência. Mas eu, sinceramente, não consigo prever quais serão as consequências dessa aliança. Alguém arrisca?

sábado, setembro 01, 2007

Thereza Collor é a musa da política, segundo internautas

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A enquete do Futepoca dispensa segundo turno. Com 52% dos visitantes, Thereza Collor foi escolhida como musa da política.

Sem base amostral, o levantamento tem valor científico correlato ao valor financeiro de promessa de manguaça pagar a conta no fechar de portas de um boteco qualquer.

Foram 430 votos, a maior votação da história republicana do blogue. A segunda colocada foi Monica Veloso, com 20%, seguida por Camila Amaral (12%) e Lilian Ramos (6%).

Analistas consultados em mesa de bar consideram que a reação na reta final da votação dos adeptos da musa da era Itamar Franco teria relação com uma mobilização de última hora promovida pelo ex-presidente com objetivos nebulosos. Não houve concordância sobre os motivos da intervenção.

Tânia Derveaux, a candidata de partido de protesto holandesa, e a chilena Cecilia Bolocco foram lanternas da enquete, com 5% e 3%, mostrando que os internautas são nacionalistas quando o assunto é "musa da República". Mostraram ainda ter mais conhecimento sobre os limites e fronteiras do Brasil do que o autor da enquete.

sexta-feira, agosto 31, 2007

Clássico não é clássico

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Eduardo Metroviche (Maldonado)
Vamos mudar de clássico, que o da última quarta-feira já deu bastante pano pra manga. Nem precisa falar do clichê, mas acho que, se o Santos não bater o Corinthians “despedaçado” (como diz matéria do Uol) neste domingo no Pacaembu, realmente vou postar algo logo após o jogo intitulado “O futebol é uma caixinha de surpresas” ou “crássico é crássico”.

Como se não bastasse a draga, o Timão (sic) perdeu para o clássico Gustavo Nery, Rosinei, Fábio Ferreira e Kadu. Francamente, acho que os dois primeiros são desfalques, mas os dois últimos quem são? Quem são? Parece que o experiente volante Ricardinho pode ficar fora. Quer dizer, quem vai jogar pelo ex-S.C. Corinthians Paulista? “Em compensação”, dizem os
sites, voltam o valente Betão e o jovem Vampeta.

Photocamera (Finazi)
Bom, e o Santos, salvo engano, deve jogar com o time completo, a não ser talvez Rodrigo Souto, com Fábio Costa; Baiano, Marcelo, Domingos e Kléber; Maldonado, Adriano, Petkovic e Pedrinho; Marcos Aurélio e Kléber Pereira.

Estatística

Antes do último Santos x Corinthians, postei um texto com a estatística desde 2002 (tendo como ponto de partida a era Robinho), no que fui contestado pelo curintiano Nivaldo (que, aliás, anda meio calado ultimamente). Então vai a estatística do clássico no século XXI (com a ajuda da memória impressionante do companheiro Olavo relativamente a 2001). Certo, mano?

É o seguinte: foram 21 jogos no século, desconsiderando (dando de bandeja) aqueles 4 a 2 que o Luiz Sveiter descontou da conta em 2005. A conta é de 12 vitórias do Santos (57%), 4 empates (19%) e 5 vitórias do Corinthians (24%). Quer dizer, freguesia pura. Até porque, desde 2002 (era Robinho), foram duas vitórias apenas do Timão (sic), sendo que uma foi o jogo que o Luiz Sveiter inventou (2 a 3 na Vila, e ainda com um pênalti inexistente).

Até domingo.

Substituição: sai Monica Veloso, entra Bárbara Paz

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Deu no blogue parceiro do Rovai.

A edição da Playboy com Monica Veloso (candidata a musa da política) na capa foi adiada não porque faltou tempo para diagramar ou aprontar os detalhes finais. O motivo, segundo ele, foi prudência jurídica.

Escreve:

Com o crescimento das assinaturas para a criação da CPI da Abril-Telefônica no Congresso, um dos advogados da empresa dos Civita alertou que a publicação das fotos nuas da principal testemunha do caso Renan numa revista do grupo poderia trazer prejuízos ao processo. Afinal, a empresa dos Civita estaria contratando e pagando caro por um trabalho dessa testemunha. Civita teria ordenado pessoalmente a suspensão da publicação das fotos da moça. Foi nessa hora que o ensaio de Bárbara Paz, que estava engavetado, foi editado às pressas para ser o destaque do mês.
E se o leitor está ansioso para ver as fotos da moça de Brasília, há quem diga que este é que vai esquentar as gavetas da redação.
Em outras palavras: fica feio sustentar uma capa contra um adversário político quando a fonte da informação consta da sua folha de pagamento com parrudos cachês.


Bárbara ou Monica? Supla ou Renan?

Até a mídia sãopaulina reconhece apito amigo tricolor

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Está ficando cada vez mais difícil esconder a verdade. Mesmo a dócil mídia sãopaulina, conservadora (e golpista), agora se rendeu à evidência dos fatos. Enquanto times como Fluminense, Botafogo, Atlético (PR) sofrem com erros terríveis de arbitragem, parece que o São Paulo não foi bafejado pela mesma falta de sorte nesse Brasileirão. Quem diz isso são os próprios atletas tricolores.

O Estado de S.Paulo de ontem traz uma reportagem com o seguinte título: "São Paulo não tem nada a reclamar da arbitragem no Brasileirão". Não tem como ter. Na verdade, pelo menos três erros absurdos em dois jogos favoreceram o Tricolor do Morumbi. O pênalti inexistente marcado a seu favor na partida contra o Paraná e o gol mal anulado da equipe da Vila Capanema. Em outra peleja, contra o Inter, mais um pênalti que não aconteceu. De novo, falha estapafúrdia do árbitro.

Nas duas últimas partidas, some-se a expulsão do jogador do Náutico que tomou o segundo amarelo por conta de um empurra-empurra dos mais banais e o gol legítimo do Palmeiras que foi anulado na última quarta-feira. De fato, lances difíceis, ao contrário dos vergonhosos erros citados acima. Mas fica a questão: por que, sempre, em dúvida, pro-São Paulo?

Rojas reloaded?

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Os mal falados DVDs vão dar muito pano para manga.

O goleiro reserva do São Paulo, Bosco, foi flagrado por câmeras de vídeo apresentando, com as mãos na cabeça, uma pilha ao árbitro carioca Djalma José Beltrami Teixeira. O problema foi onde estava a pilha antes de ser apresentada: no chão, muito longe do capacete do camisa 12 tricolor. O Lance! em sua página na internet traz as imagens. É de uma desfassatez impressionante.

O problema é que o mesmo goleiro acusou torcedores palmeirense de agressão depois do jogo, mostrando a canela com cortes após conflito. Coisa de uns 15 ou 20 contra ele e o Breno.

Suposto conflito, diga-se, porque o sujeito mostra-se de extrema má-fé, que lembra o ex-goleiro chileno e ex-preparador de goleiros e técnico Roberto Rojas, aquele que cortou a própria sobrancelha com uma lâmina no Maracanã. No dia 3 de setembro de 1989, há 18 anos, um foguete disparado por
Rosenery Mello do Nascimento Barcelos da Silva caiu no gramado, a cinco metros do arqueiro chileno, que simulou um acidente. Tudo para escapar da seleção de Sebastião Lazzaroni.

"Não faz parte da minha pessoa fazer provocação", declarou Bosco ao ser entrevistado por jornalistas depois da suposta agressão, antes da divulgação do vídeo que mostra ele comemorando em campo aos gritos para a torcida.

Defensor dos catimbeiros e provocadores do gramado, não condeno quem o faz. Condeno quem leva a coisa para muito além dos limites do mau-caratismo.

É possível que ele tenha sofrido realmente a tal agressão ao ir para o ônibus, mas a conduta do rapaz abre precedente para a diretoria verde processar o atleta.

Isso sem falar do gol de Max irregularmente anulado, como mostra o "tira-teima" do parceiro Observatório Verde. Mas o apito amigo pró-São Paulo já é regra e dispensa comentários.

quinta-feira, agosto 30, 2007

Não é – ou: sorte e azar

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Pois é, aproveito a brecha deixada pelo companheiro no post abaixo. Temo que a derrota de ontem do Palmeiras para o São Paulo por 1 a 0 (embora marcada pelo azar que paira sobre o estádio do Parque Antarctica) tenha sido bastante pesada – e talvez fatal – para a sorte do alviverde no restante do campeonato. O próximo jogo do Palestra é contra o Cruzeiro no Mineirão: tarefa ingrata. Ou queimarei a língua? Já o São Paulo deve continuar ganhando, já que pega o Paraná no Morumbi no sábado.

Não vi o clássico paulista, só ouvi mais ou menos, no velho e bom rádio (na Globo AM, 1.100 khz, com o Oscar Ulisses), enquanto assistia à derrota inexplicável do basquete masculino para a Argentina e, às vezes zapeando, via os gols do Atlético/MG contra o despencadente Corinthians.

E vi os melhores momentos. Parece que foi um jogo bom. O São Paulo se valeu da objetividade (traduzida no golaço do Jorge Wagner), de sua defesa impressionante e do azar do Palmeiras em perder Valdívia, que jogava bem. Azar que habita o Parque Antarctica faz tempo.

Pergunta que não quer calar: e o Robério de Ogum? Vem ou não vem?

Todas as musas da política

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O mundo da política mexe com o poder (lê-se "pudê") o que atrai a sanha de muita gente. Mas o que chama a atenção são as musas, as moças não necessariamente tão moças (em termos etários) que, por atributos físicos, ganham destaque. Seja na capa de revistas masculinas, seja nas de fofoca, elas aparecem.

A última, Mônica Veloso, é jornalista e teve uma filha há três anos com o atual presidente do Senado, Renan Calheiros. Ela declarou, parafraseando o poeta em entrevista à Folha de S.Paulo, que "amou demais". Segue a média das apresentadoras e repórteres de televisão que mostram o rosto na telinha. Apesar de algumas manifestações masculinas que não a consideram tão bela, sem dúvida que, com ou sem os três quilos perdidos para a seção de fotos de JR Duran, ela se encaixa no padrão da Playboy. A reportagem não apurou quantas horas de Photoshop foram demandadas.

Antes disso, a última capa da revista com beldades extraídas do mundo da política foi Camila Amaral, até 2005 assessora de imprensa da senadora Ideli Salvati (PT-SC). Descoberta pela Veja, da mesma editora Abril, em julho daquele ano, ela foi capa em setembro. O título: "Musa da CPI".

Ela roubou o posto de outra protagonista da crise. Com ar de femme fatale, mas sem dotes de atrizes bonitonas, Fernanda Karina Somaggio era a dona da agenda de Marcos Valério, mantida estrategicamente na gaveta. Ela chegou a promover o atentado de posar de graça para a Revista da Folha em trajes e poses pseudo-sensuais.

Diana Buani, esposa de Sebastião Buani, dono do restaurante que teria pago propina ao então presidente da Câmara dos Deputados Severino Cavalcanti (PP), também foi escolhida por muito admirador de seres humanos portadores de cromossomos XX como a bonitona da vez.

Em outras épocas, a situação foi pior. A revista Caros Amigos escreveu, e muito esquerdinha adorou, sobre o filho do então presidente Fernando Henrique Cardoso com a jornalista Miriam Dutra. A repórter teria tido um filho com o então senador, em 1991, e, para evitar problemas, foi mandada para fora do país. Mas não há fotos da moça na internet, assim como não havia em 2000, quando a reportagem foi publicada.

Itamar Franco conviveu com a modelo e atriz Lilian Ramos, cuja genitália só não foi estampada nas capas de jornal, porque uma faixa preta a escondeu. De mãos dadas a um presidente da República de Juiz de Fora com olhar inebriado, ela foi promovida a musa marginalizada. A moça tem página na internet até hoje, em três idiomas, cheia de fotos.

Na era pré-impeachment, Thereza Collor foi a musa da crise que levou ao processo de cassação do então presidente Fernando Collor. A esposa de Pedro Collor, cujo depoimento foi fundamental para pôr fogo na crise, ganhou capas e holofotes.

Zélia Cardoso de Melo só foi musa para Ibrahim Eris e Bernardo Cabral. Que discordem seus fãs.

No mundo
Os argentinos conviveram com a ex-mulher do ex-presidente e ex-presidiário Carlos Menem, el turco. A chilena ex-miss universo Cecilia Boloco permaneceu no posto até ser flagrada fazendo topless com outro.


Não é só a Lilian Ramos que quis mostrar mais (foto da direita)

Já a candidata ao Senado da Bélgica Tania Derveaux, pelo partido de protesto NEE (sigla que também quer dizer "Não"), prometeu a prática de sexo oral para cada eleitor que se registrasse no site. Dizer que ela aparecia vestida de anjo seria uma imprecisão inaceitável, vide as fotos.



Se esses exemplos mostram uma suposta qualidade estética das musas pelo mundo, há exemplos menos felizes para os voyeurs de plantão, como Monica Lewinsky ou a Paula Jones. Não entram imagens das moças por pura preguiça de fazer mais essa busca na internet.

Vote ao lado na enquete para escolher a sua preferida.

quarta-feira, agosto 29, 2007

É ou não é

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O pano de fundo para o clássico de meio de semana é o palco. Às 21h30, o Palestra Itália está escalado como local da partida entre Palmeiras e São Paulo. O estádio é acusado por Rogério Ceni, arqueiro tricolor, de não ter segurança.

O diretor alvi-verde Gilberto Cipullo repeliu as acusações, disse ter se reunido com o Ministério Público e o comando da Polícia Militar, mandou fechar a portaria da avenida Francisco Matarazzo e considerou que o são-paulino está incitando a violência.

A Folha de S.Paulo destaca que a PM torce pelo frio e recomenda "disfarce" para ir ao jogo e evitar os brigões. O Agora, do mesmo grupo, também põe Rogério na manchete, mas para destacar que a disputa de guardião das traves é brava com Diego Cavalieri em fase de beatificação. O Estado de S.Paulo também fala dos goleiros, mas solta na manchete do caderno o título dúbio: "Palmeiras tenta acirrar a briga". Maldade minha: estão falando da tabela do brasileiro.

À questã:
A preocupação dos policiais é com a região nas proximidades do estádio. Encrustrado na divisa da Pompéia com Perdizes, os torcedores chegam e saem do Parque Antártica por muitas ruas de bairro e não avenidas, o que permite confrontos nas várias esquinas dificilmente policiadas como um todo.

É claro que a PM tem medo de clássico e também faz exigências aos outros estádios. No caso do desta noite, fez o número de ingressos ser restrito a 20 mil, dos quais 2 mil são para tricolores. É menos do que seria no Morumbi, claro.

Mas o estádio do Jardim Leonor, também conhecido como Bambineira, é do São Paulo. O direito de mandar os jogos em casa é de todos os clubes, santistas que o digam. A diretoria tricolor adora fazer de conta que seu estádio é neutro, mas não é.

Mas, se depois de várias reuniões e exigências cumpridas a PM bancou, o problema é dela e não da diretoria palmeirense. Além disso, se a preocupação é com violência, para que fazer um clássico no meio de semana?

Por morar a seis quadras do Palestra, já estou vestindo azul por desencargo (até porque, a verde tá no varal depois de domingo). Faria o mesmo se morasse em qualquer corredor de escoamento de torcedores do Morumbi ou do Pacaembu.

terça-feira, agosto 28, 2007

A Lusa e o médium

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Uma matéria publicada na edição de hoje do Jornal da Tarde explica, timtim por timtim, como a Lusa escapou da queda para a Série C no Campeonato Brasileiro do ano passado e a subida para a primeira divisão no Campeonato Paulista.

O milagre da Portuguesa atende pelo nome de Robério de Ogum, o mito, médium há 40 anos, e que ajudou o Corinthians a sair da histórica fila de 23 anos sem títulos, em 77 (fica na Lusa, Robério!). Trabalhou por 10 anos com Luxemburgo, coisa que o técnico almofadinha renega.

As funções de Robério na Lusa são múltiplas. Ele percebe o astral da equipe, informa o técnico Benazzi sobre os jogadores que não estão em uma boa fase "espiritual", é assessor da presidência e, por atributos mais terrenos, ajudou a Portuguesa a conseguir um novo patrocínio, que está em fase de negociação.

O presidente do time, Manoel da Lupa, e o técnico Benazzi, confirmaram à reportagem os serviços (filantrópicos, diga-se) prestados por Robério ao futebol patrício.

Confira os "melhores momentos" da entrevista:

"O clube vai dar uma virada na sua história. Tem enormes chances de subir (para a Série A do Brasileiro), ganhar um patrocínio forte e ter um time poderoso." - é nóis, Lusa!

"
Sou sensitivo e sei que o Corinthians e o Palmeiras estão com muitas almas atormentadas no Parque São Jorge e no Parque Antártica. Não vejo conquistas para esses clubes nos próximos anos" - notícia que muito agrada à maioria dos escribas deste blog

"
E para você digo que são poucos os dias de paz de Dunga na Seleção. Ele não chega à Copa da África" - a campanha Fora Dunga ganha um reforço de peso

"
Nós (Luxembrurgo e eu) rompemos em 1998 e tudo mudou para ele. Vou contar porque rompemos: porque o (ex-auxiliar de Luxemburgo e hoje treinador) Oswaldo de Oliveira é uma pessoa do mal, invejosa, e eu quis que ele se afastasse, mas o Vanderlei não me ouviu" - fofoca da brava

Depois dessa entrevista bombástica, não hesito em dizer: "ei, ei, ei, Robério é nosso rei"

América caminha para ser o pior de todos os tempos

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Os frios números sugerem algo que a realidade deixa escancarado: o pobre América de Natal caminha para ser o pior time da história do Campeonato Brasileiro, ao menos em sua história recente.

Por "história recente" defino os Brasileirões de 1994 para cá, com exceção de 2000. Explico o recorte: nesses anos (repito que 2000 e a monstrenga João Havelange estão excluídos) o Brasileirão teve um regulamento que não incluía a bizarrice de aliar divisões inferiores na mesma competição, permitindo que times que deveriam estar na Série B brigassem pelo título máximo. E, com exceção de 1994, os regulamentos foram até que simples, chegando à simplicidade máxima dos pontos corridos de 2003 para cá.

Introdução feita, vamos aos dados. O pior time nesse período analisado foi o União São João de 1995. O simpático clube de Araras somou apenas 9 pontos em 23 jogos, num aproveitamento de 13,04%. Para se ter uma idéia da péssima campanha do clube, o vice-lanterna Paysandu, também rebaixado, fechou o campeonato com o dobro de pontos do União.

O União - vejam só! - é também o detentor da segunda pior campanha nesses campeonatos que analisei. Em 1997, o time teve apenas 20% de aproveitamento - fechou com 15 pontos em 25 jogos, e o time imediatamente acima (o Fluminense) esteve com 22.

O América-RN tem, no Brasileirão atual, 16,67% de aproveitamento. Mais que o União de 1995, menos que o União de 1997. Receberia uma medalha de prata se o Campeonato acabasse hoje. Mas, do jeito que estão as coisas, não seria uma grande surpresa se o desempenho do clube o colocasse como o anti-recordista histórico do Brasileirão. Temos que lembrar que o campeonato atual é mais longo, e há mais jogos para o América perder - ou até mesmo vencer e desenvolver uma recuperação histórica.

Como curiosidade, o aproveitamento dos lanternas do Brasileirão entre 1994 e 2006, excetuando 2000:

1994 - Náutico - 20,83%
1995 - União São João - 13,04%
1996 - Bragantino* - 30,15%
1997 - União São João - 20,00%
1998 - América-RN - 21,74%
1999 - Sport* - 26,98%
2001 - Sport - 23,45%
2002 - Botafogo - 33,33%
2003 - Bahia - 33,33%
2004 - Grêmio - 28,26%
2005 - Brasiliense - 32,53%
2006 - Santa Cruz - 24,56%

Os times marcados com * não foram rebaixados

Metáfora contra o racismo

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Se o esporte é metáfora da vida (e pra mim é), a seleção de basquete dos Estados Unidos é uma apologia contra o racismo. Mesmo com sono, e com quase nada a beber (só resta meia cerveja), não consigo desligar a televisão, que mostra o jogo Estados Unidos x México pelo pré-olímpico. É um deleite.

Os caras não só são covardemente superiores a todos, como ainda aliam a raça ao seu jogo espetacular. Me desculpem tantos adjetivos.

Vi a derrota do Brasil para Porto Rico e fiquei com vergonha, o time brasileiro foi pusilânime, medíocre, sem vontade. Numa palavra, sem vergonha: sem nenhuma paixão. Contra o México, que, mesmo perdendo, fez um jogo valente contra os EUA, o Brasil não tem chance se jogar o que jogou contra Porto Rico.

Fechado o parênteses: além de tudo, a seleção de basquete dos EUA são a encarnação de um paradoxo: motivo de orgulho nacional, a seleção norte-americana só é o que é porque é formada por negros oriundos das universidades e dos becos onde são reis. O atual símbolo maior, Kobe Bryant (do Lakers, na foto), é encarado como um mito por pretos, brancos, vermelhos e amarelos num país muito mais dividido racialmente do que o nosso Brasil. Isso não é pouco.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Sofá “horroroso” não entra no ensaio da Playboy

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Ao que parece, o Futepoca já está influenciando inclusive as decisões a sete chaves tomadas dentro da editora Abril.

Depois do post sobre o vazamento das fotos da Mônica Veloso e da indignação com o “horrroso” sofá (como disse Thalita num comentário àquele texto) em que a moça se recostou para o ensaio, a coluna da Mônica Bergamo de hoje esclareceu que “o polêmico sofá quadriculado, azul e branco, onde Mônica Veloso, a mãe da filha de Renan Calheiros, aparece nua não faz parte do cenário do ensaio que a Playboy publica em outubro. Ela fez poucas fotos no móvel, que não serão incluídas na revista”, informou a colunista. Ah, bom.

Nova campanha: "VOLTA, NELSINHO!"

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Depois do movimento cívico "Fica, Dualib!" (substituído imediatamente pelo "Fica, palmeirense Orsi!"), venho aqui lançar mais uma campanha em prol dos corintianos: "VOLTA, NELSINHO BATISTA!". Deixa de cu doce, larga logo essa Ponte Preta e retorna ao clube que tem a sua cara - e vocação: a segunda divisão! Volta, que os santistas vão contar os dias para devolver os 7 no Pacaembu! Não perca tempo: "VOLTA PRO CURÍNTIA, NELSINHO!".

Ps.: Tem até música para a campanha "VOLTA, NELSINHO!", para ser cantada em cima do hino do Curíntia:

Volta, Nelsinho!
Que você é da Gaviões
Eternamente
És a pior das opções

Volta, Nelsinho!
De vexame e derrotas mil
Foi quem levou
Mais goleadas no Brasil

Tua defesa é uma peneira
Teu ataque, negação
Quando não é retranqueiro
Fica com a calça na mão

Nelsinho, avante!
Não tem mais jeito
És do Curíntia
O treinador mais que perfeito

Doria Jr. na Veja

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Fiquei num impasse de escrever a sério sobre a entrvista de João Dória Junior na edição de Veja (para assinantes) desta semana.

Mas a entrevista de um dos criadores do "movimento" "cívico" "Cansei" – escrito assim, com aspas independentes, para acentuar a "ironia democrática" deste autor – é de um autismo impressionante.

Abre-se com a pérola de Thaís Oyama: "João Doria Jr. não bebe, não fuma, não fala palavrão e, graças ao apreço que tem pelos detalhes – e ao gel, que usa desde os 9 anos de idade –, jamais foi visto em público com um fio de cabelo fora do lugar." Isso o torna "um dínamo do meio empresarial". Consulta informal e sem base científica de amostragem indica que nenhum dos autores do Futepoca usa gel no cabelo.

Ele começa defendendo o peixe dele embora se possa discordar, dizendo que o "Cansei" foi mal-interpretado por incompreensão, intolerância e porque os intelectuais são monopolistas e não estão acostumados ao contexto democrático em que outras pessoas se manifestam. Ele lamentou que não tenha surgido nenhum movimento da sociedade civil nos últimos seis anos sem dizer qual foi o último.

Mas aí ele vem com uma teoria de que o sucesso é criticado no país, numa alusão a uma suposta conclusão de Tom Jobim. "
Penso que há um pouco esse comportamento atávico por parte da sociedade brasileira: o de achar que uma pessoa que faz sucesso não merece esse sucesso e tentar explicá-lo por meio de outras razões que não aquelas fundamentadas no trabalho, na dedicação e no esforço".

Em suma, o que ele quer dizer está na pergunta:
"Quer dizer que se você é pobre pode se manifestar, mas se pertence à classe média ou usufrui um padrão alto de vida não tem o direito de se expressar?"

Que grotesco.

A exemplo do que fazem observatórios de imprensa norte-americanos, produzi, em 2003, um estudo sobre as fontes de informação nas revistas semanais. Eram os 100 primeiros dias do governo do barbudo sindicalista retirante, então um monte de sindicalistas e ativistas eram entrevistados como personagens, para contar causos dos companheiros deles que estavam agora no pudê (lê-se "poder"). Ainda assim, a desproporção era assustadora: 5% eram sindicalistas ou ativistas sociais. Empresários e a elite política – incluindo os à época novos membros do executivo que definitivamente ganham bem – eram os mais entrevistados. Somados a
consultores de bancos ou empresas, chegavam a dois terços dos entrevistados. Negros foram 3% das fontes. Isso não é um retrato da sociedade, mas da visão das quatro semanais noticiosas brasileiras sobre o mundo: entra na pauta o que interessa e fala sobre ela quem tem "relevância", ou seja, poder de decisão e interferência. Nenhuma angústia enrustida se constata na cobertura da mídia contra os "bem-sucedidos", ao contrário.

O assustador é que Dória Jr. realmente se diz discriminado por não terem ouvido o que o "Cansei" tem a dizer. Compara-se ao pobre de pés descalços que é discriminado, diz que prefere a companhia de cães a ladrões.

Em outras palavras, falaram sobre o "Cansei" mas não a suas propostas? Não é esse o caso, porque o movimento deixou as propostas para um segundo momento, nas palavras do próprio Dória Jr.

Se não tivesse empresários e celebridades no movimento, haveria cobertura?

Quanta discriminação!

Até agora, tudo o que há de proposta é não ser golpista, característica repetida em todos os manifestos disponíveis na página do "Cansei".

A hora da verdade pro time do Caio Jr

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Dos times grandes de SP, só o Corinthians continua um barco à deriva, e nuvens negras voltam a aparecer, vistas da popa e da proa.

O destaque da 21ª rodada do Brasileirão é o Palmeiras, com palmas ao goleiro Diego Cavalieri. Fala sério, o time tinha quer dar o bicho pro cara nos 2 a 1 contra o Figueirense.

O clube teve paciência e não demitiu Caio Jr., também conhecido como Harry Potter, nos momentos de dificuldades como em algumas derrotas inexplicáveis no Parque Antarctica. E colhe os frutos agora, com um futebol competitivo. E ainda tem contado com a sorte. Impressionante.
O time alviverde também deve bastante ao zagueiro Gustavo, uma muralha nas vitórias fora de casa.

O Valdívia, nenhuma defesa tem paz com ele em campo. O meio-de-campo morde, com Wendel e Makelelê. Edmundo é um tipo vinho velho. Enfim, o Palmeiras dá trabalho. Mas a tabela do Palmeiras é ingrata nas próximas rodadas: São Paulo (no Palestra?), Cruzeiro (em BH) e Botafogo (no Rio). É a hora da verdade pro time do Harry Potter.

****************

O Santos fez a sua parte ganhando do virtualmente rebaixado América de Natal. Nem dá pra falar dos 4 x 1, porque o América é muito ruim. O que dá pra falar é que o Santos já está em sexto lugar, rumo ao quinto e ao quarto, e que o elenco é forte.

****************

Com os 5 a 0 no Naútico, o São Paulo segue a rotina de vitórias esperadas. Na próxima quarta, 29, tem Palmeiras x São Paulo. Cruzeirenses, botafoguenses, vascaínos, santistas e gremistas (pela ordem de classificação) torcem por um empate nesse clássico. Consultei os oráculos, e eles me revelaram que o São Paulo não ganhará esse jogo.

****************

E o Corinthians, depois dos 3 a 0 que tomou do Cruzeiro no Pacembu, volta a beirar a segunda divisão. Depois de recuperação recente (vitórias contra Grêmio no Pacaembu e Botafogo no Maracanã), o Timão empatou com o Juventude (fora) e perdeu da Raposa em casa. O próximo desafio do Curíntia é o Atlético/MG em Belo Horizonte. Um jogo de seis pontos pela fuga da degola.

domingo, agosto 26, 2007

Depois imprensa marrom são os blogs...

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Contumazes pegadores de pé da imprensa esportiva, esse blog volta à sua tarefa republicana de encher o saco e também agregando a tarefa de combate à homofobia. Alguém sabe quem é o homem mais rápido do mundo? Provavelmente pouqíssimos leitores daqui ou de alhures. Mas, o portal Globo.com (diga-se, o melhor na internet em jornalismo esportivo) resolveu fazer uma manchetezinha dúbia para chamar leitura e confundir o leitor. Anunciou assim o portal a vitória de um atleta norte-americano no Mundial de atletismo nos 100 metros rasos.



"Gay é homem mais rápido do mundo"



O truque, piada ou seja o que for, vem do fato do nome do vitorioso ser Tyson Gay. Bela sacada, né? Extremamente jornalística...

sexta-feira, agosto 24, 2007

Kléberson é do Peixe

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Segundo a advogada-mor Gislaine Nunes, o meio campista Kléberson recebeu aval da FIFA e já está livre de seu agora ex-time grego, o Besiktas, e já pode assinar com o Santos. Se a informação se confirmar, o campeão do mundo em 2002 pode estrear contra o Corinthians, dia 2 de setembro, domingo.

Não sei se Maldonado (pra mim o ponto de equilíbrio do Santos), Kléber (atualmente o melhor do elenco) e sabe-se lá quem mais vão sair. Supondo que pelo menos os citados saiam, pois em futebol otimismo demais é arriscado, acho que o time vai mesmo assim ficar com um meio de campo respeitável, com Rodrigo Souto, Kléberson e Petkovic, que, contra o Sport, fez uma partida pra mim surpreendentemente boa.

A entrada de Baiano na lateral em lugar do fraco Alessandro deu personalidade ao setor direito do time, defensiva e ofensivamente, e a vinda de Kléber Pereira, que tem feito perto de um gol por jogo, fazendo finalmente a gente esquecer Deivid, dão ao Santos uma qualidade preocupante aos adversários. Agora, imaginem se Nilmar vier e Kléber e Maldonado ficarem até o fim do ano. Aí não tem pra ninguém.

PS: apenas uma editadazinha pra dizer que, como a FIFA liberou mas multou o Kléberson, se tudo der errado ele pode até não assinar. Mas seria muita zica. Otimismo demais é arriscado, e pessimismo demais faz mal...

Um em cada 5 índios bebe e não quer parar

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O consumo de álcool entre indígenas no Brasil atinge 38,4%. Desses, 49,7% tentaram parar, mas não conseguiram, sendo que quase todos pediram ajuda para a família, amigos, igreja e até donos de bar. Mas nada funcionou.

A pesquisa é Secretaria Nacional Anti-Drogas (Senad), apresentados na quarta-feira, 22, junto do 1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Álcool na População Brasileira. Foram pesquisadas 11 comunidades indígenas de sete diferentes etnias, com 1.455 entrevistados.

Pelos dados, concluise que 19,3% dos índios bebem e não tentaram parar. Entre os homens, o problema é maior, porque 50% bebem, contra 21% das mulheres. A bebida mais consumida é a cerveja (67,6%), seguida da cachaça (41,9%) e do vinho (14,8%). Eles começam a beber aos 17, enquanto os manguaças não indígenas iniciam os trabalhos etílicos aos 13. Eles compram o mé em cidades vizinhas e levam para beber em casa.

A notícia está na Agência Brasil

quinta-feira, agosto 23, 2007

Não me venha dizer que vazou foto da Monica Veloso?

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Isso está virando rotina. Primeiro, foram as fotos da Ana Paula Oliveira, a bandeirinha mais pelada da arbitragem brasileira. Depois, disseram que a edição seguinte, cuja capa tinha Iris Stefanelli, que estrelou o reality show Big Brother Brasil.

Agora já pipocam as primeiras fotos de divulgação da próxima musa dos onanistas da internet. Monica Veloso, a ex-amante do presidente do Senado Renan Calheiros, foi fotografada pelo mesmo JR Duran, o mesmo autor do ensaio da auxiliar de arbitragem.

Desta vez, o primeiro vazamento foi normal, de divulgação das fotos. A mãe do filho bastardo já reconhecido do senador alagoano aparece num sofá xadrez de biquini e topless, mas escondendo o jogo. Deu na Monica Bergamo.

JR Duran/Divulgação

O que você achou do brinco de argola? E da tiara?


Em quanto tempo vazam as outras?

Saldanha desmente juiz do caso Richarlyson

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Deu na coluna da Mônica Bergamo de hoje. Em entrevista ao Roda Viva em 1987, o ex-treinador João Saldanha, desmentiu com vinte anos de antecedência a cretina tese, propalada pelo juiz do caso Richarlyson, de que um homossexual jamais poderia ter feito parte de um time como a seleção brasileria na Copa de 70. Segundo a coluna, Saldanha brincou com o ex-craque Clodoaldo: “‘Você sabe que tinha gente ali que não era lá muito fera, né?’ E contou que um ‘cobra do time’ foi flagrado em “posição incômoda” com um cozinheiro da concentração”.

O Piauí cansou da Philips

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A infeliz - mas reveladora - declaração do presidente da Philips do Brasil, Paulo Zottolo (um dos arautos do Cansei), ao Valor Econômico, de que "não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz quanto tanto fez; se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado", continua rendendo pano pra manga. Depois de dezenas de notas de repúdio, agora é a vez da Philips sentir as conseqüências no bolso.

O grupo piauiense Claudino, quinto maior comprador da Philips no Brasil, mandou suspender as compras dos produtos da empresa e retirar todos os aparelhos que estavam sendo vendidos no Armazém Paraíba, sua loja de departamentos.

O senador João Vicente Claudino (PTB-PI), vice-líder do governo no Senado e um dos executivos do Claudino, disse que o grupo empresarial de seu pai não pretende mais comprar produtos Philips. "Por tempo indeterminado", frisou. O grupo tem mais de 300 lojas de departamentos em dez estados.

Outros empresários do Nordeste também pretendem aderir ao boicote, em solidariedade ao Piauí. Eles esperam que a Philips faça uma retratação, não apenas com uma nota pública de desculpas. A reação popular também é feroz. Entidades estudantis organizaram na semana passada um boicote e quebraram produtos Philips em praça pública. Quem fala o que quer...

Vidente diz que Clodovil é filho de JK

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Deu no Fuxico. O vidente Jucelino Nóbrega da Luz afirmou que teve sonhos premonitórios (não seriam posmonitórios?) em que lhe era revelado que o pai do deputado federal Clodovil Hernandes (PSC-SP) era filho biológico do ex-presidente Juscelino Kubitschek.

Clodovil foi adotado por um casal de imigrantes espanhóis e nunca conheceu seus progenitores. Pelas contas do deputado, que nasceu em 1936 e está com 71 anos, a hipótese é possível. Kubitschek nasceu em 1902 e, se vivo fosse, estaria hoje com 105. Assim, Clodovil seria filho de um caso extra-conjugal de JK, já que o ex-presidente teria sido pai quando já estava casado com Sara Kubitschek.

O vidente Jucelino Luz se arvoreia de ter previsto o 11 de setembro e os atentados de Madrid em sua página na internet. Mas, dentro de suas previsões, jurou de pés juntos que um tal Geraldo Alckmin seria eleito presidente da República no ano passado: "Há dentro dessas muitas outras razões, que levará o Ilustre Presidente vir a perder as eleições de 2006, por uma margem de 67% de votos contra a sua pessoa, demonstrando assim, que hoje o que vale é lá nas urnas a decisão final e, não adianta gastar milhões que não resolverá o problema porque quem conduz tudo isso é Deus, e não à (sic) vontade dos homens."

Também previu vitória de tucanos e democratas em vários estados. Errou a maioria. Para justificar seu "engano" na corrida presidencial, saiu-se com a pérola: "Diante do quadro político nacional que se apresenta, esclareço que a atual conjuntura da sucessão presidencial, não abala de nenhuma forma minha atuação na condição de premonitor ou paranormal, como costumam denominar-me, uma vez que os estudos científicos baseados na Parapsicologia revelam que um índice de acertos de cerca de 7% (sete por cento) já é suficiente para creditar-se um elevado grau de paranormalidade , e o que dizer quando o premonitor acerta aproximadamente 90% (noventa por cento) de suas previsões, como é o meu caso."

Então tá.

quarta-feira, agosto 22, 2007

Palmeirenses prometem 'Tsunami Verde' no domingo

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Torcedores do Palmeiras prometem pintar as ruas de verde neste domingo, 26 de agosto, dia do aniversário do clube. Em vez de tintas, camisas do clube. A segunda edição do "Tsunami Verde" é amplamente divulgada pelos parceiros.

SóPalmeiras

Torcida promete uma onda na vitória contra o Figueirense

O Parmerista convoca para assistir ao jogo contra o Figueirense no Boleiros Bar. Observatório Verde e outros trazem também um banner com a contagem regressiva, formulado pelo PalmeirasNet.

Apesar da oscilação na tabela do Brasileiro, os alvi-verdes têm motivos para comemorar. A quinta colocação a um ponto do cavalo-paraguaio Botafogo e do Vasco (que tem um jogo a menos) traz expectativa de ver o time de volta à Libertadores em 2008. Se bobearem (em demasia), faz até mais.

Além disso, pesquisa DataFolha publicada no jornal Agora mostra que a torcida do Palmeiras é a única que cresce na capital, de 12% para 14% em relação à realizada em 2004. A torcida do Corinthians diminuiu 4 pontos percentuais (35% para 31%) e a do São Paulo se mantém no mesmo nível em relação à pesquisa de 2004 (21%). É verdade que a margem de erro é de 3%, o que não anima tanto. A participação é mais expressiva na Zona Leste onde vive um em cada três alvi-verdes, seguido da Zona Sul (29%).

Por fim, entre os motivos para se orgulhar do verde e branco do manto palmeirense, Mustafá Contursi continua distante da direção do clube.

O "Tsunami Verde" foi criado em 2006, depois de alguns anos de campanhas sofríveis ou péssimas, por iniciativa de torcedores que divulgaram a idéia. No ano passado, alguns jogadores aderiram e colou. Não é o maior fenômeno de massas da história da República, mas uma forma de homenagear o time no aniversário de 93 anos de fundação.








Seja atual, seja
antiga, seja
paralela, o
importante é
vestir verde

Educação e meritocracia

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Uma geração inteira de verdadeiros analfabetos funcionais é formada nos bancos das escolas estaduais de São Paulo desde que o PSDB, incluindo Mário Covas, o Santo, governa o estado. Um crime histórico de conseqüências funestas e já mensuráveis.

A sociedade de São Paulo, a mais reacionária, mesquinha e ignorante do Brasil, é a principal responsável por esse estado de coisas, pois não abre mão de governadores tucanos há mais de uma década. Parecendo ignorar a triste situação da educação no estado, a Folha de S. Paulo publica hoje um editorial intitulado “Mérito Coletivo”, que vem a ser um elogio ao “plano ambicioso para a educação pública” que tem sido divulgado esta semana, e que já foi objeto de “análise” entusiasmada do tucano-mor na imprensa paulista, o Gilberto Dimentein.

Entre as metas do “ambicioso” plano, destacam-se:
- políticas de corte de reprovação (como se isso significasse qualidade);
- alfabetização de “todas as crianças de oito anos”;
- a meritocracia.

O sistema meritocrático terá como base “uma avaliação de todas as 5.550 escolas” estaduais, que terão metas a cumprir, segundo a secretária de educação Maria Helena Guimarães de Castro. As escolas com melhor “evolução receberão uma remuneração adicional, a qual beneficiará o conjunto dos seus funcionários: diretor, supervisor, professores, pessoal administrativo”.

Em 1997, a secretária Rose Neubauer, que, nomeada por Mário Covas, iniciou o “revolucionário” "regime de progressão continuada", disse à época que o sistema “segue o que existe em países como os Estados Unidos e a Inglaterra". Dez anos depois, avalie uma pessoa hoje com 16, 17 ou 18 anos “educada” sob a escola de Neubauer para ver a tragédia geracional que tal sistema gestou. Vamos ver os resultados da meritocracia serrista.

terça-feira, agosto 21, 2007

Serra Belzebu!

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Crédito: Marcelo Min/ FotogarrafaEm visita ao Ceará, o nefasto (des)governador de São Paulo não resiste à maldade intrínseca e revela sua verdadeira identidade para uma pobre e indefesa criancinha. Que, imediatamente, leva as mãos ao rosto, em desespero, e começa a chorar...

Geraldinho, o dono da bola

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Papagaio-de-pirata profissional e deputado estadual nas horas vagas, o tucano Orlando Morando revelou mais um dos (muitos) ardis do "picolé de xuxu" Geraldo Alckmin. Na sexta-feira, 17, Morando comentou, durante evento baba-ovístico pré-eleitoreiro em São Bernardo, que assumiu o posto de goleiro titular do timinho de deputados da Assembléia Legislativa de São Paulo (dá medo só de imaginar...). Pois então: no início de 2006 eles resolveram desafiar o time do Palácio dos Bandeirantes para um duelo. Foi aí que o então governador Alckmin, mui espertamente, compareceu ao jogo com um time de bombeiros. De político, mesmo, só ele (parece que barrou o Lembo, daí o início das rusgas entre os dois...). Contra um bando de parlamentares barrigudos e enferrujados, a saúde dos bombeiros foi uma covardia. "Eles golearam a gente por 5 a 0”, lamentou Orlando Morando. Questionado sobre qual a posição ocupada por Geraldinho em campo, o deputado sentenciou: "todas". Lógico, era o dono do time. E da bola...

A evolução tecnológica que a gente quer

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(chupinhei do blog da minha amiga Renata Leal)

"Aposto que todo mundo iria querer um Beer Server G3. Ele alia o design arrojado de um Mac com cerveja, "a causa e a solução de todos os problemas" (Simpson, Homer)"

Eis o computador dos sonhos para os manguaças que escrevem esse blog!

Caio Jr., meias brancas e pé quente

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O Blog do Boleiro, do TerraMagazine, traz um texto despretensioso que anota duas operações no Parque Antártica. A primeira, é a adoção das meias brancas nas partidas em que o Verdão tem o mando. A cor do acessório é a mesma recomendada pelo pai-de-santo Robério de Ogum em 1993.

Mas o treinador do Palmeiras, Caio Jr., ex-Paraná, que já teve até a cabeça pedida por mim, quer também a presença do médico Rubens Sampaio, atual coordenador da equipe médica. Ele esteve presente nas cinco vitórias palestrinas em casa. Tanta superstição é negada pelo técnico, que não acredita nessas coisas.

Sampaio foi o substituto de Paulo Fortes no São Caetano após a morte do zagueiro Serginho em campo em 2005. Fortes foi afastado pela Justiça Desportiva por quatro anos, e Sampaio durou sete meses no ABC.

Levando em conta o grau de oscilação do time na tabela do Brasileiro até aqui, a escolha da cor das meias sem relação com a presença do pé quente Sampaio pode ser um arma.

O detalhe é que o retrospecto da relação Robério-Vanderlei Luxemburgo no Verdão nem permite dizer que "já teve arma secreta melhor". Ok, naquele time, tinha mesmo, mas a ajuda do além não foi descartada. Em 1993, a parceria de co-gestão com a Parmalat estava no início. Atualmente, depois da vitória de 2 a 1 sobre o Flamengo, no domingo, Rogério Dezembro (sic) anunciou o fim do patrocínio da Pirelli no manto alvi-verde.

É a hora de comprar camisas oficiais sem marca de patrocinadores para comemorar o título.

Sobre Kaká e Ronaldinho

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Numa discussão meio lenga-lenga sobre a seleção brasileira, o bom repórter-comentarista Lúcio de Castro, do Sportv, levantou um argumento interessante. Por que se diz tanto que o Ronaldinho Gaúcho "não joga nada" na seleção e que o Kaká, esse sim, sabe honrar o manto canarinho?

Acompanho Lúcio e acho que Ronaldinho, entre os dois, fez mais com a camisa amarela. Mas vejam bem: não se trata de dizer que o dentuço está no panteão dos líderes históricos do Brasil; apenas acho que, se comparar entre um e outro, o Gaúcho está à frente.

Senão, vejamos o histórico de ambos na seleção. Gaúcho e Kaká disputaram duas Copas cada, as de 2002 e 2006. Na primeira, Kaká era apenas um garoto e foi convocado para ganhar experiência. Apenas atuou alguns minutos. Já Ronaldinho foi titular da equipe e fez uma Copa muito boa. Se não foi exatamente um cracaço, pode-se dizer que contribuiu e muito para o título que o time de Felipão ganhou na Ásia.

Já na Copa de 2006, o desempenho pífio dos dois foi igual. Kaká até enganou contra a Croácia, quando marcou um belo gol, mas de resto também não jogou porcaria nenhuma e fez parte do barco dos fracassados que foi aquele time.

Ronaldinho Gaúcho foi campeão da Copa América de 1999. Kaká e Ronaldinho ganharam a Copa das Confederações em 2005, e ambos também ficaram de fora dos títulos Sul-Americanos em 2004 e 2007.

Ou seja: desconsiderando-se amistosos irrelevantes, a carreira de Ronaldinho e Kaká com a seleção brasileira é quase igual (e bem fraquinha). A diferença é que um foi titular e jogou bem numa campanha de título da Copa do Mundo.

Então porque costuma-se apedrejar tanto o Gaúcho e tratar o Kaká como um ícone da seleção?

segunda-feira, agosto 20, 2007

Ana Paula Oliveira é Brasil

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A auxiliar de arbitragem Ana Paula Oliveira, a musa que volta aos gramados em setembro, lidera enquete de site espanhol. O El Mundo Deportivo pergunta "qual é sua esportista favorita?" Em espanhol, fica "¿Cuál es tu deportista femenina preferida?"¹

Ana Paula está com 42% de preferência dos internautas, o que corresponde a 21,5 mil votos. A tenista russa Maria Sharapova vem na sequência, com 39%, ou 19,9 mil. No total, foram 50,8 mil votos. A também russa Yelena Isinbayeva, do salto com vara, tem modestos 10% (4,9 mil), enquanto as demais, Natalie Gulbis, golfista norte-americana, Amanda Beard, nadadora norte-americana, e Laure Manaudou, nadadora francesa.





As fotos da nadadora
norte-americana
Amanda Beard são
muito mais
apelativas do que
as da bandeirinha
Ana Paula Oliveira



Ela não é a única que tem fotos semi-nua ou nua, no caso, tiradas do ensaio à edição brasileira da Playboy. A nadadora Amanda Beard, por exemplo, aparece em duas fotos sensuais, uma escondendo os seios com as mãos e outra numa piscina com uma vestido transparente (acima). Aliás, a imagem utilizada da bandeirinha é claramente chupada do recorte comportado do Futepoca, adotado de outra feita.


Claramente repetiram o expediente comportado do Futepoca.


Mas isso não quer dizer que a disputa esteja ganha. Ana Paula é Brasil!

Vá lá e mostre para o mundo que a brasileira é muito mais querida. Para dramatizar, os espanhóis colocam as fotos da Sharapova em destaque, ainda que a brasileira esteja em vantagem desde sexta-feira.

As feministas vão alegar que se trata de uma campanha machista para promover a sanha de homens recalcados que passam as noites em seus computadores sabe-Deus fazendo o que.

Mas não.

É uma luta para valorizar a participação da mulher na arbitragem do esporte bretão. Ainda que o Futepoca não seja unânime na aceitação da participação da mulher, aqui não há machistas².

Vai Ana Paula!



__________________
¹ Aproveitando o momento aula-de-idiomas, temos que "nua" é "desnuda" (palavra que, junto com a inglesa "naked", graças aos onanistas figura entre as mais citadas em sites de busca), "auxiliar de arbitragem brasileira" é "auxiliar de árbitro brasileña". E "el futbol" é o que atrai os internautas latinoamericanos e espanhóis. Bem, não exatamente. "Playboy" é "Playboy" mesmo.
² Há quem tenha comprado esta frase com oferta de cervejas.

Nossa língua, cada vez mais burra

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Não sei em que sílaba do Futepoca se pode encaixar este post. Talvez em todas, já que para tudo precisamos da língua (sem conotações libidinosas, no caso).

Mais uma vez, a língua portuguesa sofre nova reforma. A Folha OnLine deu isso hoje.
Quem são os membros do conselho de gênios que, de tempos em tempos, pelo menos no caso do português, resolvem se reunir e decretar que a língua muda?

Eu, que já era inconformado com a antiga queda de acentos como o de fôrma (pra diferenciar de forma – pronúncia: fórma), agora vou ter que me resignar com a supressão de acentos que acho absurdo caírem. Por exemplo, não serão mais acentuadas a partir de 2008 as palavras "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia", assim como serão retirados do dicionário os termos “pára" (do verbo parar), que será grafado sem o acento agudo, e ficará tudo como a preposição "para".

Do mesmo modo, não será mais preciso acentuar "creem", "deem", "leem" e "veem".

Curioso é que, numa reforma antiga, suprimiram as letras “K”, “Y” e “W”. Agora, as exiladas voltarão a fazer parte do vocabulário.

Pra que esses idiotas empobrecem a língua? Pra ficar mais de acordo com os novos tempos e ficar mais fácil de digitar no MSN Messenger ou nos comunicadores instantâneos, por lobby do Bill Gates ou isso é um jogo de grande editoras, que vão ter que republicar e vender milhões e milhões de dicionários (talvez o motivo real das reformas anteriores)? Portanto, entra como Política.

Tudo isso é revoltante.

Custo tem. E o benefício?

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O centroavante Aloísio completou ontem, contra seu ex-clube Goiás, 76 jogos com a camisa do São Paulo. Mais uma vez, pra variar, passou em branco. De dezembro de 2005 (quando estreou contra o Al Ittihad) para cá, marcou míseros 15 gols. Isso dá uma média de 0,19 gol por partida - ou 0,71 por mês. No período, além do Mundial, faturou um Campeonato Brasileiro. Mas sumiu nas partidas decisivas da Libertadores de 2006 e de 2007, contra Inter e Grêmio, e também nas duas partidas contra o Boca Juniors pela portentosa Recopa Sul-Americana.

Para efeito de comparação, Amoroso jogou 6 meses pelo São Paulo, em 2005 (de junho a dezembro), disputou 27 partidas e fez 16 gols. Ou seja: média de 0,59 gol por jogo e 2,66 por mês. Levantou a Libertadores e o Mundial Interclubes, jogando muito bem as duas competições, e foi um dos destaques da reação do clube no Brasileiro de 2005 - com partidas memoráveis, por exemplo, contra Palmeiras e Corinthians.
Naquele mesmo ano, Luizão jogou 24 vezes e marcou 11 vezes (média de 0,45 gol por partida), entre fevereiro e julho (média de 2,2 gols por mês). Foi campeão paulista e da Libertadores, quando terminou como um dos artilheiros do time - e o maior goleador brasileiro na competição sul-americana em todos os tempos. E, por fim, Ricardo Oliveira teve uma passagem-relâmpago pelo São Paulo em 2006, disputou 12 partidas e fez 6 gols (média de 0,50) entre maio e agosto (dois gols por mês). Pode-se dizer que ajudou na campanha do título nacional.
Por tudo isso, a relação custo/ benefício de Aloísio me parece bem desvantajosa para o São Paulo. Pela ferrenha disputa judicial travada com o Atlético-PR, esperava-se mais desse cara. Alguém discorda?

domingo, agosto 19, 2007

Vampeta, mano

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Muito boa a entrevista de Vampeta ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil (vai reprisar nesta segunda, às 20h. Vale a pena, pra quem gosta de ludopédio e principalmente quem é corintiano).
Na entrevista, o jogador que formou num dos meios de campo mais impressionantes que já vi (com Rincón, Marcelinho e Ricardinho) fala da atual conjuntura política do Corinthians, sobre balada, sobre cachaça (na verdade “cervejinha”), bastidores interessantes, homossexualismo no futebol etc. Abaixo algumas passagens (citações de memória, mas fiéis).

Rivalidade
“Dizem que o maior rival do Corinthians é o Palmeiras, mas como hoje em dia o Palmeiras não tá fazendo mal a ninguém...”

Bambi
“... ‘bambi’, não fui eu que inventei, que falei pela primeira vez. Eu só acrescentei uma coisa a mais”.

Proibido entrar de preto
“Eu gosto de andar ali pela rua Turiaçu (NR: rua da zona Oeste de São Paulo, onde fica o Parque Antarctica); um dia passei ali em frente à sede da Mancha Verde, tava lá escrito: ‘proibido entrar de preto’. Não era preto [da camisa] do São Paulo, do Santos, era preto do Corinthians”.

Souza
Referindo-se a Souza, do São Paulo: “... Papagaio. É o dez do SP. Ele tem que voltar pra lateral, não pode ser o 10 do SP”.

Felipão
Respondendo pergunta sobre por que a seleção foi penta em 2002: “Porque tinha um grande líder, o Felipão. O que faltou em 2006”.

Corrigida a informação sobre "entrar de preto" às 13:29

sexta-feira, agosto 17, 2007

Drummond e o futebol

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Como eu cansei do Cansei e a gente anda negligenciando um pouco o futebol e a cachaça, segue um pouco de inteligência para falar do esporte.

Carlos, Drummond, poeta, mineiro de Itabira, tinha um defeito: torcia para o Vasco, como Paulinho da Viola e outros de quem tanto gosto e que não merecem o tal de Eurico, o eterno.

Voltando a Drummond, esta postagem é só para lembrar do poeta falando de futebol. A compilação saiu no jornal O Povo, http://www.opovo.com.br/opovo/esportes/721092.html e vale a pena.

Futebol se joga no estádio?
Futebol se joga na praia, futebol se joga na rua, futebol se joga na alma"
(Futebol, de Carlos Drummond de Andrade)


DRUMMOND E A BOLA

"O difícil, o extraordinário não é fazer mil gols, como Pelé. É fazer um gol como Pelé".
Pelé: 1.000 (1969)


"Confesso que o futebol me aturde, porque não sei chegar até o seu mistério. Entretanto, a criança menos informada o possui". Mistério da Bola (1954)


"Não há nada mais triste do que papel picado, no asfalto, depois de um jogo perdido. São esperanças picadas". Jogo à Distância (1966)


"Perder é uma forma de aprender. E ganhar, uma forma de se esquecer o que se aprendeu". (1974)


"Se há um deus que regula o futebol, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho". Mané e o Sonho (1983)