Destaques

quarta-feira, setembro 19, 2007

Fotógrafo (e manguaça) João Colovatti vira livro

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Colovatti em pleno expediente, descansando seu barrigão entre mendigos em frente ao Diário do Grande ABC (Foto de Luciano Vicioni)

"Como fotógrafo, ele tinha um olhar voltado para as pessoas simples, uma visão muito humanista. Mas sem qualquer posição política. O Colovatti não era engajado em questão nenhuma que não fosse a cachaça". Com estas observações, o repórter fotográfico Marcello Vitorino resume o folclórico colega de profissão João Colovatti, falecido em 2001, aos 56 anos.

Manguaça assumido e empedernido, Colovatti trabalhou no Diário do Grande ABC, em Santo André (SP), entre 1971 e 1993. Todos os que trabalharam com ele contam histórias absurdas sobre porres e palhaçadas. Vitorino, que trabalhou no DGABC entre 1997 e 1999, sempre ouvia esses causos. Por isso, resolveu escrever o livro "Revelações de um anti-herói".

"Entrevistei umas 20 pessoas, inclusive familiares e o próprio Colovatti. Estou fechando os textos e negociando com uma gráfica de São Caetano", revela, com exclusividade, ao FUTEPOCA. Um de seus principais entrevistados foi o repórter fotográfico Luciano Vicioni. "O Colovatti era louco, escondia pinga no meio dos produtos químicos de fotografia e encheu o laboratório de gaiolas com passarinhos", lembra Vicioni, às gargalhadas.

"Um dia, no meio do expediente, ele me perguntou se eu duvidava que ele ia dormir no meio dos mendigos, na rampa de grama em frente ao Diário do Grande ABC. Eu disse que ele tava louco, mas fui atrás. E ele deitou lá com os caras e tirou uma soneca, eu até fotografei", acrescenta. "Teve uma vez que ele foi fotogarafar uma casa abandonada com fama de mal assombrada, em Mauá. Ele entrou sozinho, deu uma cagada no meio da sala e voltou dizendo que, depois disso, nenhum fantasma ia voltar lá!", diverte-se o "discípulo" Vicioni.

O jornalista Walter Venturini também guarda lembrança das loucuras de Colovatti: "Às 10 da manhã ele já parava no primeiro boteco e pedia meia cerveja e um copo de Velho Barreiro. Era a conta. Uma vez, no meio de uma pauta, ele me convenceu a roubar abacate dentro do cemitério da Vila Assunção, em Santo André. Quando a gente tava em cima da árvore, o coveiro apareceu e expulsou todo mundo".

No início dos anos 80, a partir da esquerda: os fotógrafos Luciano Vicioni, Ricardo Hernandes e João Colovatti (Foto do arquivo do Diário do Grande ABC)

Entre as dezenas de histórias compiladas em 150 páginas de entrevistas, Marcello Vitorino destaca uma contada pela repórter Sônia Nabarrete, formanda da primeira turma de Jornalismo da Metodista, de São Bernardo. "Ela lembra que um dia uma mulher foi até o balcão do Diário do Grande ABC reclamar que a vizinha tinha feito um despacho contra ela. E, para provar, carregava o 'kit macumba' embaixo do braço: galinha morta, pipoca, pinga, vela preta e tudo mais", narra Vitorino.
"A mulher dizia que ia botar fogo naquilo. Nesse momento, o Colovatti estava voltando de uma pauta com a Sônia e, ao ouvir a ameaça, passou a mão no litro de cachaça e disse: '-Se vai queimar, então deixa a pinga. É minha!'. E levou embora, não tava nem aí!", conclui o fotógrafo/escritor.
Por essas e outras, "Revelações de um anti-herói" promete uma ótima leitura para os apreciadores da "marvada". Sua benção, João Colovatti! E um gole pro santo!

Uma obra absurda

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Foto: Eduardo Maretti
Lembram do famoso buraco do Metrô, que deixou sete mortos em janeiro de 2007, quando um desabamento destruiu um quarteirão inteiro em Pinheiros (zona Oeste de São Paulo)?
Alguém se lembra de um pronunciamento importante do governador José Serra sobre o caso? A culpa, segundo ele e segundo a imprensa, foi do Consórcio Via Amarela (Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez).


Hoje, nova notícia (Na Folha de S. Paulo, para assinantes). “Erro no metrô causa desencontro de túneis”. Isso mesmo, túneis escavados a partir de pontos diferentes, e que deveriam se encontrar, se desalinharam em 80 centímetros nas obras da Via Amarela, no local de conexão dos túneis Caxingui/Três Poderes, (mesma zona oeste). O consórcio responsável diz que não é grave.

A matéria da Folha não cita sequer uma vez os termos “governador”, “José Serra” ou mesmo “governo de São Paulo”. Provavelmente eles não têm nada a ver com isso. São observadores privilegiados da imensa obra.

Mas deu certo alívio ao ler a matéria, porque, pelo menos por enquanto, ninguém atribuiu a culpa pelo desencontro dos túneis ao presidente Lula.

Sábado, 22, dia da virada de copo

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Fora o truco, a sinuca e o dominó, esportes de buteco que todo futepoquense conhece as regras e já praticou na vida, dá uma preguiça danada dessa virada du Kassab, no dia 22, que inclui até declamação de poesia e batalha de DJs. Parece coisa de Kassab...

Como coincide com o dia sem carro, vai aí a sugestão aos manguaças futepoquenses e associados e associadas.

Praticar um esporte recordista em adesão.

A virada de copo.

Não tem regra, só precisa de um conteúdo líquido, necessariamente alcoólico, se possível praticado em grupo na mesa de boteco.

O Vavá pode até organizar o treinamento dos atletas desde hoje.

Aliás, essa história de dia sem carro é plágio do Dia sem Busão e não afeta muito os futepoquenses empedernidos, que têm no bilhete único o passaporte de acesso aos butecos.

Bebamos, pois...

Cerveja faz mais bem a saúde até 15 dias depois de fabricada

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As substâncias benéficas à saúde contidas na cerveja só vão parar no copo até 15 dias depois da data de fabricação. A conclusão que deve nortear a vida dos ébrios de plantão é do mestrado da pesquisadora Priscila Becker Siqueira, engenheira de alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em seis meses, a cerveja perde metade de seus compostos benéficos.

Foto: Jornal da Unicamp/Divulgação
O cerne do trabalho da pesquisadora eram as substâncias antioxidantes. Segundo o Jornal da Unicamp, a cada oito ou dez dias, Priscila colhia amostras e realizava cinco testes bioquímicos diferentes para verificar as mudanças decorrentes do envelhecimento.

Ao mesmo tempo, eram feitas as análises sensoriais para quantificação do aroma e sabor. Infelizmente, nenhum dos autores do Futepoca foi convidado, mas os resultados foram alarmantes. Quanto mais passa o tempo, mais aumenta o aroma e o sabor de papelão, o principal indicador sensorial do processo de oxidação da cerveja, e menor quantidade de compostos fenólicos na cerveja mais envelhecida. O prazo de validade médio da cerveja é de seis meses.

A cerveja, ao que consta, é antioxidante e tem compostos fenólicos, quer dizer, previne doenças cardiovasculares e tem atividade antiinflamatória.

terça-feira, setembro 18, 2007

O Triângulo das Bermudas do Palmeiras

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Meu irmão Paulo, palmeirense roxo, costuma reclamar e dizer que o departamento médico do Palmeiras é incompetente. Quem entra ali, não sai mais, diz ele. Eu diria que é uma espécie de triângulo das Bermudas. Já ouvi até comentários de que Osama Bin Laden pode estar escondido lá, e não nas montanhas ou cavernas onde todos acham que está.

O cara que vai para o DM do Alviverde corre risco de desaparecer ou tirar longas férias dos gramados. O caso mais recente é o chileno Valdívia, que já era considerado a arma para o clássico contra o Corinthians domingo, mas... Ao contrário do que previam os médicos, o atacante voltou a sentir dores lombares e virou dúvida para o clássico. Ele está contundido desde 29 de agosto, dia do jogo com o São Paulo.

Um cara com dores lombares no Palmeiras fica tanto tempo no DM quanto um que tem distensão muscular em outro clube.

Mas tem uma boa notícia para os palmeirenses. O goleiro Marcos, depois de um tratamentozinho de seis meses, finalmente está pronto para voltar, segundo os médicos do clube. Deve ficar no banco, domingo. Mas é bom esperar, porque pode voltar ao tratamento antes disso.

'Quadrilha' furta camisa do Palmeiras

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Quando eu digo que na minha cidade só tem palmeirense, tem quem não acredita. Pois vejamos essa nota da Tribuna de Taquaritinga:

Ladrões são filmados furtando camisas de times

O gerente de uma loja de calçados e artigos esportivos registrou o furto de 11 camisetas de clubes de futebol e de passeio, na tarde da última terça-feira (11), na Rua Prudente de Moraes. De acordo com o boletim de ocorrência, dois homens e uma mulher entraram na loja e, enquanto a moça distraía a vendedora, os rapazes furtavam as camisas, dentre elas, uma do Palmeiras. Segundo as informações do gerente, o sistema de segurança flagrou e registrou as imagens através das câmeras no momento do furto. A Polícia Civil de Taquaritinga investiga o caso.

Ps.1: Taquaritinga fica no interior de São Paulo.

Ps.2: E quem disse que a Polícia Civil de Taquaritinga não trabalha, hein?

A sutileza da grande mídia

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Como diria a filósofa e futepoquense honorária Brunna, se você fica prestando muita atenção nas coisas realmente não dá vontade de fazer mais nada. Mas os chatos já nascem assim e só aprimoram sua verve durante a estada no mundo material. Assumindo plenamente a condição e não tendo a mais tênue intenção de mudar, não dá pra não se sentir idiota lendo os jornalões brasileiros. Hoje a Folha On Line traz um claro exemplo disso.

A matéria é intitulada "Ministro atuou no mensalão mineiro, diz PF", destacando que o ministro das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia (PTB), para indicar políticos que receberiam dinheiro da campanha de Eduardo Azeredo (PSDB). O esquema é tucano, pra campanha tucana, feita por tucano e o destaque é... o ministro do Lula. Que, à época, era aliado... dos tucanos.

Vamos relevar isso. Relevemos também o fato do envolvimento de Aécio Neves, figura de proa do tucanato, estar escondido depois do meio da matéria. Vamos às questões semânticas. O site/jornal já definiu o marcador "mensalão mineiro". Sim, o tal esquema pertence ao estado, não a um partido. No texto, a expressão "mensalão mineiro" aparece cinco vezes.

Já quando se faz analogia ao similar petista, as expressões são mais, digamos, "assertivas". A expressão "mensalão petista" aparece duas vezes e "esquema petista" aparece uma. Ainda que a notícia se relacione com o partido de Azeredo, a sigla PSDB aparece duas vezes, o mesmo número de PT. Em nenhum trecho pode ser lida a palavra "tucano". Nem Goebbels faria melhor. E parece que é muito natural isso, fazem sem qualquer esforço.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Parada Lésbica pede: "seja lésbica por um dia"

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A 3º Parada Lésbica de Brasília, realizada no domingo, 16, reuniu 6 mil pessoas, segundo a Associação Lésbica Feminista de Brasília – Coturno de Vênus, organizadora da manifestação. A partir do lema "seja lésbica por um dia", o objetivo foi combater o preconceito e a discriminação contra homossexuais e bissexuais.

Para a diretora da Coturno de Vênus, Kelly Kotlinski, a receptividade foi positiva por parte da população. Segundo ela, a adoção de uma pauta mais política, desde 2006, contribuiu para ampliar a visibilidade lésbica, objetivo principal da manifestação.

Ela foi entrevistada pela revista Fórum.

"Prova dos nove" OU "Chupa, Estadão!"

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Ainda inconformado com a ótima avaliação do governo Lula, em pesquisa feita pós-linchamento do "apagão aéreo", o jornal Estado de S.Paulo decidiu tirar a prova dos nove. O resultado, publicado na edição de hoje, é hilário. A pesquisa Estado/Ipsos perguntou quem era o maior responsável pela estabilidade da economia. Resposta: Lula, com 67%, e Fernando Henrique Cardoso (sempre dão um jeito de ressucitá-lo!) com 7%. Depois questionaram os pesquisados sobre quem teve o melhor desempenho no apoio aos pobres. E deu Lula de novo (80%), deixando o sociólogo que falava francês comendo poeira (9%). Aí perguntaram sobre melhoria do poder de compra do brasileiro: Lula 73% x 16% FHC. Não satisfeito, o Estadão quis saber sobre o custo da cesta básica. Pra variar, deu Lula outra vez (73% acham que está melhor nesse governo, contra 15% no anterior). E, pra salgar a terra de vez, 66% dos pesquisados acham que o controle da inflação (bandeira-mor - ou única - de FHC) está muito melhor agora, e 19%, no governo passado. Os resultados pró-Lula foram tão acachapantes que, de candidata a manchete do jornal nesta segundona, o levantamento mereceu apenas uma discreta chamada de capa. O que será que o Estadão vai inventar agora?

O ronco e a derrota

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A derrota do Palmeiras contra o Atlético-PR na Arena da Baixada deixou o Verdão fora da área de classificação para a Libertadores, sem a zaga titular – Gustavo e Dininho suspensos – e ainda sem Edmundo, em tratamento de mais cinco semanas por motivo de fratura. Valdívia volta contra o Corinthians, em um jogo encardido. Apesar de acreditar na vitória como é recomendado ao torcedor, a certeza de que clássico é clássico recomenda prudência. Além disso, o Timão (sic) quer vitórias assim para esquecer um pouco a crise da investigação da Polícia Federal sobre a gestão Alberto Dualib e a parceria com a MSI. Aliás, esse princípio seria suficiente para os corintianos também torcerem por uma vitória verde, para que as denúncias não sejam aplacadas por nada e que se vá até o fim, se possível, até a série B para mostrar como Dualib foi ruim.

Feita a introdução propositiva, descrevo a melhor parte do que assisti do jogo.

Domingo que tem almoço na casa dos sogros tem aquela fartura e, dali um pouco, eram 16h. A TV é ligada, canal de cá, canal de lá, meu sogro sintoniza Luciano do Valle com comentários de Neto e Oscar Roberto Godoy. Coragem. O jogo começa, uma cabeçada ameaça o gol de Diego Cavalieri. De resto, caneladas, entradas duras, divididas, chutão. No nível do Campeonato Brasileiro.

Eram jogados uns 15 minutos, as quatro horas de sono na sexta e as cinco no sábado – tudo sem ressaca – começaram a cobrar seu preço pós-almoção.

Os olhos pesam, percebo que vou cochilar em instantes. Não é comum ficar até esse horário nem assistir futebol com ele, então um constrangimento surge por conta disso. Afinal, na primeira partida do lado de um parmeirense do Pari – quase da Mooca – mesmo que ele não siga o padrão torcedor-doente, seria uma lástima, uma derrota para a reputação de qualquer genro bem-intencionado e torcedor do mesmo time.

Aumento a concentração, inspiro profundamente para oxigenar o cérebro e permanecer acordado. Não mexo a cabeça para não evidenciar o sono que eu imaginava estar estampado na testa. Conto até dez.

Antes de chegar ao número nove na minha contagem silenciosa, ouço uma respiração alta. Mais alta: é um ronco. E o áudio do sono vai se aprofundando cada vez mais à vontade.

Eu ainda continha o riso quando saiu o gol de Netinho, em falta cometida por Dininho. A coisa ficou sem graça e fui embora para não correr mais riscos.

Balanço completo dos 71 anos de San-São

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Disputa de bola no polêmico 1 x 1 do Paulistão de 2007


Comos os dois clubes não se enfrentam mais este ano, aproveito para fazer um balanço geral dos 71 anos de confronto entre Santos e São Paulo. De abril de 1936 até a partida do último sábado, foram 254 jogos, com 84 vitórias do alvinegro praiano, 61 empates e 109 vitórias do tricolor. O Santos marcou 356 gols e o São Paulo, 418. As duas maiores goleadas do clássico ocorreram no Pacaembu: em 7 de março de 1963, o Santos venceu por 6 a 2, pelo Torneio Rio-São Paulo, e, em 18 de junho de 1944, o São Paulo goleou por 9 a 1, pelo Campeonato Paulista. Os maiores artilheiros do confronto são: Pelé, pelo Peixe (31 gols), e Serginho Chulapa, pelo Sampa (21 gols).

A maior parte dos jogos entre os dois clubes aconteceu pelo Paulistão: em 152 partidas, 42 vitórias do Santos (208 gols pro), 42 empates e 68 vitórias do São Paulo (271 gols pro). Em seguida, vem o Brasileirão: 41 jogos, 17 vitórias santistas (51 gols pro), 6 empates e 18 vitórias tricolores (52 gols pro). No Rio-São Paulo, foram 18 duelos, 8 vitórias do Santos (que fez 36 gols), 3 empates e 7 vitórias do Sampa (33 gols). Em outros torneios nacionais, 17 partidas, 8 vitórias do alvinegro praiano (28 gols), 3 empates e 6 vitórias do time da capital (21 gols).

Em 16 amistosos, houve 6 vitórias do Santos (20 gols pro), 2 empates e 8 vitórias do São Paulo (26 gols pro). Completando a lista, 4 jogos pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa (uma vitória do Santos, e 3 empates), 2 pela Copa Sul-Americana (1 vitória santista e 1 empate), 2 pela Supercopa da Libertadores (1 vitória do São Paulo e 1 empate) e 2 por outros torneios internacionais (1 vitória pra cada lado). Em todos estes jogos, 8 gols do Peixe e 11 do tricolor.

Já em decisões de campeonato, o Santos leva vantagem: venceu os Paulistas de 1956, 1967 e 1978 contra o Sampa. E o tricolor bateu o alvinegro praiano nas decisões do Paulistão de 1980 e 2000. Ainda em partidas decisivas, os são-paulinos não se esquecem do gol de Darío Pereyra aos 46 do segundo tempo (2 x 1), na primeira partida semifinal do Paulista de 1983, e os santistas saboreiam até hoje as duas vitórias nas oitavas-de-final do Brasileirão de 2002 (por 3 a 1 e 2 a 1), que despacharam o tricolor do campeonato e abriram caminho para a conquista do Peixe.

Por fim, o Morumbi é o estádio que mais recebeu o clássico: em 86 partidas, 20 vitórias do Santos, 41 do São Paulo e 25 empates. Em seguida vem a Vila Belmiro: 82 jogos, 38 vitórias santistas, 26 são-paulinas e 18 igualdades. E o Pacaembu sediou outras 71 partidas entre os dois clubes, com 21 vitórias do Peixe, 38 do tricolor e 12 empates.

Beleza pura

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Dois lances de encher os olhos na última rodada do Brasileirão: o drible de bate-pronto do Dagoberto sobre o Domingos, no sábado, e o elástico do Dodô pra cima do Fábio Braz, no domingo. Nem falo do Kerlon, que apanhou do Coelho, porque seu "drible de foca" não é novidade. Mas não tem jeito: habilidade com a bola no pé é coisa, prioritariamente, de brasileiro.

4 a 3, mas podia ser melhor para o Galo

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Claro que o título explica-se pela parcialidade do autor. Mas vale a pena refletir sobre algumas coisas do clássico de ontem entre Atlético e aquele time de azul (nunca escrevo esse nome).

Tentando ser justo, eles começaram melhor, fizeram dois gols em descuido do Atlético. Claro que no segundo gol o pênalti foi cometido fora da área (a regra mudou?), mas isso já estou acostumado. Podem falar que é choro, mas acho que o juiz errou também no pênalti para o Atlético. O Fábio saiu na bola e o Danilinho tropeçou nele. Aliás, aí, outro erro. Se foi pênalti, o jogador do Galo ia sair livre para fazer o gol, o Fábio tinha de ser expulso, ou não?

Mas não é sobre isso que quero escrever. Na realidade, depois dos dois gols o Galo jogou como nunca neste campeonato e empatou, passou à frente jogando mais. Ao final, pelo esforço, faltaram pernas, até porque entraram três jogadores que não estavam atuando em nenhuma partida (Carpini, Marcinho e Marinho). Com o esforço, o time morreu nos últimos 20 minutos.

Outra diferença foi que os azuis tinham o Guilherme no banco, que será craque, ou pelo menos um atacante muito bom, e o goleiro do Galo não jogou nada. Nem vou culpar o Edson, porque a m... foi não ter dinheiro e vender o Diego e o Bruno por qualquer trocado em menos de um ano.

O último lance polêmico foi a entrada do Coelho no "foquinha". Tendo tomado a virada, com o Galo perdendo, ele foi fazer foquices na lateral e levou um encontrão do Coelho, que acabou expulso. Acho que tinha de expulsar mesmo e que não se pode impedir o Kerlon de fazer jogada de habilidade. Mas que ele corre muito risco pelo momento e pelo nervosismo do jogo, ele corre. Como disse um torcedor do Galo no Orkut, por que ele não fez isso quando estava 4 a 0 para o Galo no jogo do começo do ano?

De resto, sobrou um time perigosamente perto do rebaixamento, a 1 ponto, e outro que vai morrer na montanha de Minas (porque não tem praia), já que o São Paulo ganhou o título. Sobre o rebaixamento, estou menos preocupado porque o Galo, embora perdendo, está jogando bem, depois de nove meses afastado por contusão voltou o artilheiro Marinho e existem times bem piores nesse campeonato. É pouco, eu sei, mas o que fazer...

domingo, setembro 16, 2007

Ninguém segura o Tricolor

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Ontem o campeonato brasileiro poderia até ter ganho um pouco mais de graça. Pros torcedores rivais do São Paulo, claro, porque os sãopaulinos estão rindo à toa. Não deu. O Santos até vazou a defesa tricolor mas a diferença entre um time que tem conjunto e outro que vai trocando de jogadores no meio da competição sem qualquer tipo de planejamento ficou evidente.



O esquema do "gênio" Luxemburgo foi o mesmo de qualquer treinador de time pequeno. Jogou atrás, com marcação forte no ataque e meio-campo adversário, trazendo o São Paulo para atuar quase todo o tempo em seu campo. Assim, tentava-se tirar um dos três zagueiros do adversário e aproveitar o contra-ataque.


O sistema ruiu no início do segundo tempo. O Santos conseguiu trazer um dos três beques tricolores pro ataque. Mas não pra aproveitar sua lacuna e sim para tomar gol. O excelente Breno fez boa jogada, com direito a "drible de joelho", mostrando que zagueiro, mesmo bom, ainda assim é zagueiro. Deixou seus "marcadores" Pedrinho e Petkovic pra trás para fazer seu gol. O lance deixa claro que meia ofensivo, mesmo quando tenta marcar, é meia ofensivo.


E o meio-de-campo mostrou não apenas a diferença de qualidade técnica entre as duas equipes como também duas posturas absolutamente distintas, em função de como cada técnico armou seu time. Se o meio sãopaulino não tem nenhum craque, conta com jogadores que conseguem tanto marcar como chegar com força no ataque, variando inclusive as posições nas alas. Tanto que boa parte das jogadas do time no primeiro tempo nasceram dos pés de Richarlyson, que atuou mais pela esquerda. O Santos tem o excelente defensor, Maldonado, que apóia muito mal. Rodrigo Souto ficou preso na marcação e os outros dois meias se perdem quando tem que defender. Deu no que deu.


Se Luxemburgo tivesse sido mais ousado e colocado Rodrigo Tabata e Vitor Junior antes, a história poderia ter sido outra. Mas sobrou a pequeneza para o comandante santista. Poderia não ter dado em nada, mas nem mesmo os times medíocres que o Santos teve nos anos 1990 jogavam como ontem no primeiro tempo. Um clube que é o maior fazedor de gols da história do futebol profissional no mundo merecia um pouco mais de ousadia ofensiva. Mesmo que fosse pra perder.

sexta-feira, setembro 14, 2007

Santos consegue manter Neymar, de 15 anos

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De acordo com notícias veiculadas na tarde de hoje, o Santos conseguiu acertar a permanência do jovem Neymar no clube.

O moleque tem 15 anos. Considerado uma das maiores promessas da base do Santos, o garoto estava prestes a se transferir para a Europa, cobiçado por grandes clubes, principalmente o Real Madrid. Selado o acordo com o Santos, o pai do menino, também seu procurador, disse: "Todo mundo ficou feliz. O importante é ver meu filho jogando tranqüilo e feliz".

Sabem com quem o Peixe acertou a permanência de Neymar? Sim, ele mesmo, o empresário Wagner Ribeiro (qualquer semelhança com Robinho será mera coincidência?).

Segundo se divulgou, a multa rescisória do contrato assinado é de US$ 25 milhões. Realmente, não sei onde vamos parar. Em breve, não haverá nem escolinhas nos times brasileiros. Será tudo arrendado pelo capital internacional.

Mas, pelo menos (espero não queimar a língua), o Neymar fica. Espero.

Politicamente incorreto (total!)

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Nós, jornalistas (essa raça!), costumamos receber releases com todo tipo de material informativo. E é inevitável, nessa avalanche de emeios, encontrar algumas coisas curiosas, engraçadas ou simplesmente inacreditáveis. Pois, nessa última categoria, recebi hoje um exemplo do que pode ser considerato como politicamente incorreto - ao extremo. O simpático release chegou com o título de "Panfletagem marcará Dia das Pessoas com Deficiência". Aí, lá pelas tantas, o texto abre aspas: “Seu objetivo é conferir mais dignidade às pessoas com deficiência, para garantir seus direitos em igualdade com as demais”, disse o coordenador da Comissão dos Portadores de Deficiência, E.S.N, o Perninha. (o grifo é nosso)
Botei só as iniciais para preservar o cidadão. Mas quem fez o release não teve o cuidado nem de omitir seu apelido, que, convenhamos, contradiz todo o sentido do evento que está sendo divulgado.

Ana Paula falta a teste físico para desfilar com cartão vermelho

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A assistente de arbitragem Ana Paula Oliveira participou na quinta-feira, 13, da segunda noite de desfiles do Oscar Fashion Day. A marca esportiva Umbro exibiu blusinhas cor-de-rosa, mas a bandeirinha mostrou mesmo foi o cartão vermelho e animou a platéia. A piada fica ainda mais sem graça levando em conta que a moça faltou ao teste físico anual da Fifa, realizado na manhã do dia anterior.

O presidente da comissão de arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, declarou que Ana Paula telefonou avisando que estava contundida. Os fãs que a admiraram na passarela não perceberam indícios de contusão e muito menos sinais de que ela estaria fora de forma.

Ela terá uma nova oportunidade para o teste na próxima quinta-feira, 20, junto com os outros ausentes. A bateria consiste em seis tiros de 40 metros percorridos em 6s40, seguido de 20 tiros de 150 metros em 35s, com pausas de 40s entre cada corrida. Quem aí se garante? Ao que consta, não há diferenças entre os testes masculino e feminino.

Playboy extra
Enquanto isso, a revista
masculina Playboy
anunciou uma edição extra
com fotos inéditas da
Ana Paula. Querem
repetir os 250 mil
exemplares vendidos, um
recorde para o ano.







Adicionado às 17h10
Em resposta ao comentário do Marcão, mais uma foto.




















E atendendo ao apelo da Thalita e para mostrar que o Futepoca é democrático e não-machista em atender apelos que podem trazer mais audiência, uma foto do Diego Cavalieri pequena, porque nada tem a ver com o post. Quem quiser ver melhor, que clique na foto de divulgação.

Ainda o caso Bosco x Parque Antarctica

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O embate travado nos comentários ao post do Anselmo sobre o caso Bosco é um dos melhores da história deste blog, em termos de relaxamento dos músculos faciais. Sensacional! Fechando o jornal, perdi o bonde, e ri bastante com o embate, mas acho essa discussão importante, por isso venho a vós.

A frase da Thalita num comentário: “Se não tivesse sido filmado, ninguém saberia do caso”... é fundamental. O Bosco usou de má-fé, tentando enganar e ludibriar “ôtoridades”, mídia e torcida simulando algo que não aconteceu, para, sim, prejudicar o Palmeiras. E no estádio do Palmeiras! É muita arrogância. Tenha dó, gente. Vamos chegar a um acordo: não cinco, mas 13 jogos de suspensão, e fora do Brasileiro. No mínimo. Essa seria uma justiçazinha.

Repito: na Vila Belmiro, em 11 de março (Santos 1 x 1 São Paulo), testemunhei o (atacante?, meia?, coringa?, craque? – he he he) Leandro sair ao vestiário no intervalo provocando a torcida do Santos com gestos obscenos. Isso pra mim é incitação à violência. Pô! Um jogador de futebol de um grande time não pode fazer isso. Não é anti-sãopaulinismo, mas a arrogância dos chamados tricolores pra mim ultrapassa o aceitável.

É interessante a abordagem do site Futebol do Interior ("Goleiro-ator é punido pelo STJD por apenas uma partida") sobre o caso Bosco-Parque Antarctica: “O goleiro reserva do São Paulo, Bosco, teve uma ‘ajudinha’ do STJD (...). O jogador pegou apenas um jogo de punição pela denúncia de simulação após a partida contra o Palmeiras. Ele também foi absolvido por unanimidade pela realização de gestos considerados ofensivos contra a torcida alviverde. Os dois casos foram registrados por câmeras de televisão (...) No depoimento, o goleiro afirmou que colocou a mão em sua cabeça involuntariamente, sem intenção de parecer ter sido agredido”.

Involuntariamente? Fala sério!

É muito pertinente a analogia (juridiquês!) entre os casos Bosco e Rojas, com a ressalva: não tem nenhum sentido a absurda (e onipotente) condenação definitiva de Rojas, e tampouco a absurda condescendência com a cafajestagem do "titular absoluto do banco de reservas" Bosco.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Adeus, Pedro de Lara

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Faleceu aos 82 anos hoje Pedro de Lara. Mais que um humorista, o maior jurado da televisão de todos os tempos, um mito na arte da avaliação crítica televisiva. Além disso, ainda foi Salsi Fufu, personagem épico do saudoso programa do Bozo. A ele, nosso muito obrigado e a certeza de que não deixaremos de beber o morto.
Como é sempre bom lembrar de um grande homem em seu apogeu, postamos um vídeo do próprio no quadro Banheira do Gugu. Saudades, Pedro.

Bosco suspenso com um jogo. Só um.

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O goleiro reserva do São Paulo, Bosco, foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pela expressiva pena de uma partida de suspensão. Câmeras de TV flagraram o atleta com a mão na cabeça entregando uma pilha para o árbitro do jogo contra o Palmeiras, no Parque Antártica. Ele poderia ter sido condenado a até 20 partidas.

Agora o tricolor paulista terá problemas para compensar a perda. Titular absoluto do banco de reservas, Bosco atuou em seis partidas até agora no campeonato.

Parece que colou parcialmente a história da coceira na cabeça.

Quanto rigor.

quarta-feira, setembro 12, 2007

Seleção feminina estréia com goleada

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A Seleção Brasileira Feminina de Futebol estreou na manhã de hoje na Copa do Mundo da China, contra a fraca Nova Zelândia. O time goleou por 5 a 0. Os gols de Daniela, Cristiane, Renata e Marta (2).

O grupo do Brasil tem ainda China e Dinamarca, equipes tradicionais no esporte. No jogo entre os dois times, a China ganhou com dificuldades por 3 a 2.

Será o momento de Marta e cia conquistarem o mundo?

Como? Está acontecendo uma Copa do Mundo de futebol feminino?

Pois é...

terça-feira, setembro 11, 2007

“Rebaixamento do Corinthians é improvável”, diz especialista em Direito Esportivo*

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Para o advogado Luiz César Cunha Lima, é "extremamente improvável" que o imbróglio envolvendo Corinthians e MSI, com acusações de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha acabe em rebaixamento para o clube do Parque São Jorge. “Não há nenhum artigo específico no Código Brasileiro de Justiça desportiva sobre lavagem de dinheiro”, explica o jurista em entrevista ao Futepoca. Para ele, qualquer punição no âmbito das competições esportivas para a equipe paulista só aconteceria se houvesse uma interpretação “elástica” dos juízes do STJD.

“Há princípios gerais no código que falam sobre lisura e moralidade, mas acho difícil que o Corinthians ou qualquer outro clube venham a ser punido por conta desse tipo de crime. Isso ocorreria se fosse comprovado que dinheiro, lícito ou ilícito, tenha sido utilizado para promover manipulação de resultados”, esclarece. Mesmo sendo difícil a punição, Lima adverte que o STJD já tomou decisões tidas como “improváveis”, como absolvições em caso de doping no caso Dodô, por exemplo.

O advogado lembra outro fato pouco comentado na mídia, que é a possibilidade dos dirigentes corintianos serem obrigados a ressarcir materialmente o clube, com seus bens particulares, na hipótese de aplicarem créditos ou bens sociais da entidade desportiva em proveito próprio ou de terceiros. Com a investigação em curso, pode ser o caso dos dirigentes do Corinthians. “Tanto o Ministério Público como qualquer associado do clube pode ajuizar uma ação nesse sentido”, assegura Lima.

Calotes sem punição

Lima alerta para outro ponto da legislação esportiva brasileira, que não considera nem a saúde financeira e nem a situação jurídica das entidades de prática desportiva (EPDs, os "clubes") como critério para a participação em competições esportivas. "Isso explica, em parte, porque quase todas as EPDs de futebol possuem dívidas trabalhistas, fiscas, tributárias, etc. e, ainda assim, continuam participando do Campeonato Brasileiro, da Copa do Brasil, dos campeonatos estaduais", aponta.

Mas outros lugares têm um comportamento distinto em relação a esse ponto. "Em alguns países (EUA, destacadamente), determinadas competições de certas modalidades (NBA, por exemplo) utilizam, como um dos critérios de participação na competição, a adimplência no pagamento de salários", esclarece. "Isso ocorre porque na NBA os acordos de trabalho são coletivos. Se um clube, por ex., deixar de pagar o salário de um único atleta durante um mês, todos os outros atletas de todas as outras equipes entram em greve. A inadimplência em relação a questões trabalhistas pode vir a ser utilizada com um fator para a exclusão da equipe devedora da competição", completa. Bem diferente do Brasil.

Estatuto

Nestes tempos sombrios, uma notícia da Folha de S. Paulo de hoje pode ser um sinal de uma fagulha de esperança. Quase apagada, caída num canto do quintal dos fundos, bem onde o cachorro costuma aliviar a bexiga, mas parece estar lá.

Uma comissão formada por conselheiros do Corinthians prepara uma reforma no estatuto do clube. Uma das intenções das mudanças é eliminar a possibilidade de que outro Dualib fique 14 anos na presidência do time.

A proposta de novo estatuto prevê apenas um mandato para o próximo presidente, sem direito a reeleição. Caso se confirme (Oxalá!) o pé na bunda de Dualib, o substituto teria apenas um mandato tampão, sem possibilidade de reeleição, até 2008, quando seriam realizadas novas eleições, ponto que está sendo questionado pelos conselheiros.

O presidente continuará com três anos de mandato. Haveria mudanças também na formação do conselho do clube. O quadro hoje é composto por 400 conselheiros, sendo 200 vitalícios e 200 com mandatos de quatro anos, 100 deles indicados pelo presidente. As indicações, absurdos dos absurdos, seriam extintas e 50% dos conselheiros seriam eleitos pelos sócios diretamente.

Além disso, o novo estatuto torna a distribuição das cadeiras no Conselho proporcionais à porcentagem obtida na votação, ou seja, a chapa que tiver 40% dos votos fica com 40% das cadeiras. O mandato dos conselheiros (fora os vitalícios, por óbvio) passa a ser de três anos. O novo estatuto deverá ser apresentado ao Conselho Deliberativo até o final desse ano.

* Escrito por Nicolau e Glauco, que não foi consultado em relação ao marcador "Fora Dualib" inserido na postagem.

Santos em fase de definição para 2008

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Desde criança, ouço meu tio Beni (hoje com uns 77 anos) reclamar do pouco espaço dado ao Santos Futebol Clube na mídia paulista. Mesmo com sua esposa (e minha tia) hoje muito doente, sempre que conversamos ele insiste nisso, inconformado. Mesmo que ele nem imagine que esteja sendo citado na internet neste momento, dedico este post a ele, pois está faltando falar um pouco do Alvinegro Praiano no Futepoca.

"Nariz de cera" (jargão jornalístico) à parte, as coisas no Santos estão em época de definição. No fim do ano, o atual presidente do clube, Marcelo Teixeira, termina outro mandato. Luxemburgo chegou a sinalizar que sairia em dezembro próximo, mas disse à Sportv hoje (ontem): "Por que eu vou procurar outro clube se eu já estou no Santos? (...) A prioridade é o Santos Futebol Clube", disse, ressalvando que, se o clube não se interessar na renovação, aí sim, procuraria outro clube (aspas editadas depois que vi a entrevista).

Se for verdade (repito: se for verdade), isso pode indicar politicamente que a permanência de Teixeira é muito provável (e é). E que o atual elenco pode, pelo menos em parte, se manter em 2008.

Num acesso de fúria (quando de Vasco 4 x 0 Santos) escrevi um "fora Luxemburgo". Mas, pensando bem, racionalmente, quem não queria ter Luxemburgo como técnico?

Ou será que o custo-benefício de ter o atual melhor técnico do Brasil é questionável? Ou Luxemburgo não é o melhor no Brasil hoje? Se não, quem é? Muricy? Celso Roth? Dorival Jr.? Mano Menezes? Leão?

segunda-feira, setembro 10, 2007

Gugu e R. R. Soares na disputa pela presidência?

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O Brasil vai parar: Gugu Liberato e R. R. Soares cogitam entrar na corrida presidencial em 2010. A notícia é manchete de um jornal que achei por aí chamado “Leia o Jornal” (pasmem). O digno veículo ostenta os epítetos de “O jornal mais temido e perseguido pelos corruptos do Brasil” e “A Voz do Estado de São Paulo”. A edição em questão é a que vale de 25 de agosto a 15 de setembro. O periódico tem circulação nacional (!!) e site: www.leiaojornal.com.br.

Feitas as apresentações, a história, na verdade uma suposição de Leia o Jornal. Segundo o texto, os dois nomes seriam lançados por seus respectivos patrões, Sílvio Santos e Edir Macedo. Soares é (eu não sabia disso) cunhado do dono da Record, que tem consciência das resistências, “até revolta e indignação” que seu nome causaria se lançado à presidência. Assim, estaria investindo pesadamente na igreja de Romildo Ribeiro (também conhecido como Pastor dos Simpsons), a Internacional da Graça. Edir Macedo estaria “cuidando para que nada venha a macular a imagem de R. R. Soares, futuro dono da Bnadeirantes, Rede TV, quem sabe com o dinheiro do Edir Macedo”, denuncia o jornal.

“Enquanto isso”, prossegue a reportagem, “o Sílvio Santos, nome que foi várias vezes lançado a candidato a presidente (sic) da República, vem, através de um contrato vitalício e em branco, mantendo o apresentador Gugu Liberato”, para que este o suceda. O programa de Gugu seria de cunho populista, com o objetivo de “atrair o apoio dos paulistas, principalmente quatrocentões, que no fundo odeiam os migrantes nordestinos e querem que todos os nordestinos mineiros e nortistas voltem para suas terras”. A prova da estratégia é o quadro “De volta para minha terra”, criado “de forma proposital” no Domingo Legal do Gugu.

Ao final, o jornal salienta que o texto não tem “objetivo afirmativo”. “São dois ótimos candidatos (sic)” e serão “mais uma opção para o leitor escolher”. O objetivo do texto é “criar polêmica para que o leitor discuta em particular se votaria no simpático Gugu, um ser humano maravilhoso”. E o final apoteótico: “De uma coisa temos certeza: estes dois são melhores do que os que hoje aí estão”.

Lamentos

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As gravações da Polícia Federal de conversas entre membros da direção corintiana são chocantes (clique aqui para ver no Terra Magazine). Quer dizer, nada que não se imaginasse, mas o descaramento é muito grande. Alberto Dualib, Nesi Curi, Renato Duprat, Rubens Gomes da Silva (o Rubão) e Cia. falam de lavagem de dinheiro, suborno a fiscais e até assassinato.

Com isso, espero que se consiga exorcizar o Corinthians de pelo menos alguns dos vampiros que habitam as catacumbas de sua diretoria e conselhos. Até Andres Sanches foi envolvido, em gravação na qual estaria combinando com Curi e Dualib os depoimentos que dariam à PF (segundo comentário de um leitor no blog do Citadini, onde, aliás, não vi manifestação diureta sobre as novidades, Sanches disse num programa de televisão deste fim de semana que estavam combinando “dizer a verdade”...). Diminuir as chances dele assumir a presidência do clube é boa notícia.

Juca Kfouri, como já reproduziu o Edu em post anterior, clama por punição na Justiça Desportiva. Honestamente, minha opinião a respeito é pouco fundamentada e não muito firme. Claro que não gosto nem um pouco da idéia de ter título revisto ou de ser rebaixado, mas se fosse o Palmeiras ou o São Paulo em situação semelhante (deixando de lado as zombarias aos rivais) também não sei qual seria minha opinião.

Enfim, sem qualquer base jurídica, eu diria que discordo de punições ao Corinthians. Parece diferente um time perder pontos por ter manipulado resultados diretamente (como no caso da Juventus e outros na Itália) da situação do Timão. As ações da quadrilha Dualib-Berezovsky não visavam beneficiar o clube, mas lucro pessoal, e o clube sofreu e sofre até hoje com as conseqüências dos desmandos desses dirigentes, com uma dívida gigantesca, batendo na trave do rebaixamento em 2006 e amargando uma campanha de medíocre para baixo este ano. Se formos questionar os ganhos que o clube obteve nessas negociações, não se deveria também questionar os prejuízos?

E falando em prejuízos, o Corinthians perdeu do Paraná, como eu temia. Não que o time paranaense seja grandes coisas, mas estabilidade é palavra que foi banida do Timão neste ano, e três vitórias consecutivas é mais do que eu ouso esperar. O que é triste, porque, com o campeonato fraco como está, a regularidade está fazendo a diferença. Com um pouco mais de paz e bastante sorte, mesmo esse elenco limitadíssimo do Corinthians poderia sonhar com alguma coisa a mais. Mas acho que vamos nessa toada até o fim, fortes candidatos ao limbo de um 12º lugar. O que, dadas as circunstâncias, está de bom tamanho. Espero que essa devassa na diretoria termine até o ano que vem e que o clube saia mais forte da depuração. Espero.

Questionamento pertinente

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O Olavo (e todo mundo) que me desculpe (m), mas o questionamento do corintiano Juca Kfouri no blog dele hoje merece um copy/pastezinho:

A Justiça comum já tem muito com o que fazer em relação à parceria Corinthians/MSI.
Mas a Justiça esportiva não pode calar.
Como miséria pouca é bobagem mesmo, por incômodo e delicado que seja o tema, uma pergunta se impõe: como fica o título brasileiro do Corinthians, já parceiro da MSI, em 2005?
(...) Fixe-se apenas num aspecto: um time que usa dinheiro sujo para fazer contratações não age de maneira desleal com seus adversários?
(...) Perda do título, rebaixamento, alguma coisa precisa ser feita
.”

Trocadalho sulista

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Não é futebol nem política, mas sempre acredito que idéias como esse tal trocadalho são concebidas sob influência de Baco, ou da marvada, como preferirem. O tal estabelecimento está na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, e seu nome sem dúvida honra a tradição trocadilhesca do glorioso Vavá, muso deste bogue, e a inventividade dos incansáveis Fredi e Mauricio.

Ganhar, ganhou. Mas para a Libertadores...

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Quando acabou o primeiro turno, Caio Junior, a simbiose de Milhouse com Harry Potter, fez as contas. Disse que tinha projetado 60% de aproveitamento, mas teve menos, 52,6%. Os atuais 40 pontos, alcançados na vitória sobre o Goiás no Parque Antártica, são resultado de 53% de aproveitamento. Que melhora!

A quarta colocação garantiria a classificação para a Libertadores, mas o próximo na tabela, o Vasco, tem um jogo a menos.

A partida em si foi tranquila, segundo relatam os jornais. O árbitro Leonardo Gaciba, candidato ao troféu Bola Fora, não parece ter feito grandes asneiras. O goleiro Harlei fez pelo menos duas defesas espetaculares, mas deixou passar dois, um de Francis, no rebote aos 31 do primeiro tempo, e outro de Caio, aos 6 do segundo.

Para um time que convive com a idéia de que tem dificuldades em casa (reduzidas no segundo turno), que não tinha Valdívia, ainda quebrado do jogo contra o São Paulo, e que veio de três jogos sem vitória (incluindo uma ensacada por 5 a 0), é uma vitória importante, posição importante.

Mas para chegar de fato à Libertadores – ter que se contentar em brigar pela classificação é triste –, o Palmeiras vai ter que melhorar. Não estou falando do tom da camisa do terceiro uniforme exibido no domingo, um tom de verme "meio limão-galego", segundo especialistas em cores consultados no boteco. A 13ª posição alçada na sétima rodada é passado, e na média o Verdão ficou lá pela 9ª colocação. No segundo turno, vem melhor em relação aos adversários. Não é suficiente.

quinta-feira, setembro 06, 2007

Troféu Bola Fora: as piores arbitragens do ano

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A CBF promete a profissionalização dos árbitros. Até que a idéia saia do papel, o nível técnico dos jogadores do Campeonato Brasileiro vai para segundo plano diante da constatação de quão tosca é a arbitragem no Brasil. Querendo laurear essas pessoas que tanto nos fazem rir e chorar, e que hoje são atores principais e não mais coadjuvantes, o Futepoca lança uma enquete para escolher quem foi o autor da maior Bola Fora da temporada até aqui.

Escolha o erro mais bizonho e seu respectivo autor votando ao lado. Extravase todo seu ódio, veja quem são os candidatos e vote. Vamos criar a premiação :

Ana Paula Oliveira a bela ainda pena por ter supostamente errado na partida entre Botafogo e Figueirense, válida pela Copa do Brasil. Na ocasião, ela anulou dois gols da equipe carioca e provocou a ira de Carlos Augusto Montenegro e ganhou um séquito de fãs que sempre lembram dela com especial carinho. Errou também a favor do São Paulo contra o Santos, no campeonato paulista, quando invalidou um gol legítimo de Jonas. Depois reconheceu o erro e Luxemburgo nem xingou.

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Carlos Eugênio Simona dois metros do ocorrido, só o árbitro gaúcho não viu o pênalti contra o Botafogo no jogo com o Atlético (MG), válido pelas quartas-de-final da Copa do Brasil. Erro grotesco, depois chorou as pitangas e também, humildemente, disse que de fato havia se enganado. Perguntem se algum atleticano o perdôou.

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Leonardo Gaciba fez uma arbitragem digna de nota no jogo entre Paraná e São Paulo no primeiro turno, marcando uma penalidade máxima mandrake que originou o gol da vitória paulista. Além disso, no último minuto, anulou um gol legal do zagueiro paranaense Luis Hnrique. Obra completa.

Paulo César de Oliveira apesar da nota dez na prova teórica, precisa refazer os exames médicos já que não viu a raquetada de Marcel, do Grêmio, contra o Fluminense. O lance de vôlei foi uma verdadeira assistência para o gol de Patrício.

Luis Antônio Silva Santos – marcou uma falta duvidosa a favor do Inter na partida contra o Atlético (PR), próximo ao final do jogo. Não contente, assinalou a mesma como se tivesse sido dentro da área, quando foi, na verdade, meio metro fora. A falha estapafúrdia resultou no gol da vitória do time gaúcho.

Djalma Beltrami confesso que foi um lance difícil, mas a pressão palestrina fez com que o árbitro fosse incluído na relação em decorrência do gol mal anulado de Max no jogo contra o São Paulo, no Parque Antarctica. Os botafoguenses fizeram até comunidade no Orkut para reclamar do Beltrami na final do Campeonato Carioca de 2007, mas isso já são outras queixas.

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Elvécio Zequetto outro homem de preto muito bem quisto pelos botafoguenses. No jogo contra o Figueirense, o juizão não marcou pênalti de Felipe em Jorge Henrique e também levou a culpa pelo bandeira não ter marcado impedimento no gol de empate do Figueirense no jogo que terminou em 1 a 1.

Um aniversário sem festa

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Ontem, para quem não sabe, o Mineirão completou 42 anos. Odeio chamá-lo de Magalhães Pinto, xô ditadura. Teve até placa para o goleiro adiantado Rogério Ceni (posição nova inventada no futebol, só para provocar os sampaulinos que amam Rogério sobre todas as coisas.)

Na festa só esqueceram de um futebol melhor. O Galo, mesmo 10 posições abaixo na tabela, não se intimidou, marcou o São Paulo em seu próprio campo, coisa que o tricolor costuma fazer com os outros (segundo o Renato fez tantas faltas quanto o sampaulo faz). Se não houve futebol para recordar, o jogo mostrou o caminho para quem quiser anular o SP: é só marcar.

Mostra-se com isso que, não importa o time que ganhe, e deve ser o Sampaulo, este será o campeonato mais medíocre da era pontos corridos. Ou alguém se lembra de algum jogo épico, inesquecível? Meu único medo é que no ano que vem tenhamos saudade de 2007 por ter piorado mais ainda. Oxalá, esteja errado.

Mas, voltando ao Mineirão, tenho a mesma idade do estádio e o que vi de futebol do meu time foi lá. Recordo do times maravilhosos do Galo, de Reinaldo, Cerezzo, Palhinha, Éder etc, porque não de Marques e Guilherme (embora aí o nível caia muito).

Lembro também, ainda criança, a perda da final de 1977, até então a dor mais doída que sentira. Depois vieram outras piores, mas isso é outra história.

Para fechar, um parêntese de uma gracinha que o Arnaldo César Coelho disse no jogo de ontem. O Cléber Machado perguntou se ele sabia quem havia apitado a final referida acima, e Arnaldo respondeu: o juiz foi tão bem que ninguém lembra.

Revoltei-me: Arnaldo, faz quase trinta anos que não esqueço de um juiz que não deu nem cartão amarelo para uma das maiores agressões que já vi no futebol, o Chicão pisando no joelho de Ângelo caído, com a perna quebrada. O juiz era tão parcial e covarde quanto o comentarista que estava ontem na Globo.

Mais lambança

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O São Paulo empatou sem gols com o Atlético Mineiro no Mineirão e, com a ajuda de Cruzeiro e Vasco está com mais folga na liderança do campeonato. O que não quer dizer que eu concorde com uns e outros que acham que o campeonato já acabou. O Cruzeiro tem um jogo a menos (o que derruba a vantagem dos precavidos para seis pontos) e faltam 14 rodadas para o final.

Mas o que chamou a atenção no jogo foi a arbitragem. A atuação de Paulo de Godoy Bezerra foi risível. Deixou de expulsar o Breno no primeiro tempo, não marcou um pênalti absurdo em Jorge Wagner, que valeria a expulsão do goleiro Edson por agressão, não deu o merecido segundo amarelo para Éder Luis e não mandou voltar o pênalti mal batido por Coelho, na adiantada monumental de Rogério Ceni. É erro pra ninguém botar defeito, além de comprovar que, como escrevemos no post abaixo, se for pra avaliar não sobra um.

Ah, sim. O jogo foi ruim a valer.

Rogério Ceni: o único goleiro do mundo que se adianta em cobrança de pênalti

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Na hora da cobrança deu pra ver nitidamente: o goleiro do São Paulo, Rogério Ceni deu um passo enorme com a perna direita e, assim, conseguiu o apoio necessário para saltar e defender o chute de Coelho, do Atlético-MG (na foto, o lance). Na TV Globo, o locutor Cléber Machado e os comentaristas Falcão e Arnaldo César Coelho acusaram a irregularidade de imediato. No replay, por diversos ângulos, o passo a frente era incontestável. Mas o árbitro catarinense Paulo de Godoy Bezerra não mandou voltar o pênalti, para desespero do técnico atleticano (e ex-goleiro) Emerson Leão.
Até aí, morreu Neves. Não é a primeira nem a centésima vez que Rogério Ceni se adianta numa cobrança de pênalti. Raríssimas vezes, isso permitiu que fizesse a defesa. E, mais raro ainda, algum juiz teve peito de mandar voltar. Porém, a cada vez que ele se adianta, impede o gol e o árbitro se faz de desentendido, o mundo desaba em sua cabeça. Tudo bem, faz parte.
Mas será que ele é o único no Brasil ou no mundo que se adianta na hora do pênalti? E será que é só com ele que os juízes não voltam a cobrança? Eu vi pelo menos meia-dúzia de defesas de pênalti este ano e, na maioria, o goleiro se adiantou. Nenhuma cobrança foi repetida. E ninguém falou absolutamente nada. Por que? Tá, eu sei, vão falar que é o "apito amigo são-paulino", que o Rogério é "frangueiro", "arrogante", "superestimado", "ajudado" etc, etc. Mas isso desvia o foco do problema crucial: a falta de critério (mundial) da arbitragem em cobranças de pênalti.
Por que, na hora das cobranças, os dois auxiliares não ficam postados, um de cada lado, nas bandeirinhas de escanteio? Eles poderiam acusar o adiantamento. E por que a televisão não pode ser consultada num momento desses? Se o passo a frente foi escandaloso e o juiz não acusou, a decisão de voltar a cobrança não pode ficar somente com ele. Parece tão simples, mas, sei lá, tem coisas que parece que ninguém quer mexer. E a culpa, pra variar, é do Rogério Ceni!


Ps.: O Lance! de hoje traz a foto que flagra o passo a frente do goleiro do São Paulo e, logo acima, um lance anterior em que o goleiro do Atlético-MG, Édson, dá uma voadora com o pé direito no peito do Jorge Wagner, dentro da área. O juiz não deu pênalti nem cartão vermelho (e nem amarelo). Mas, lógico, o "apito amigo" é sempre são-paulino...

quarta-feira, setembro 05, 2007

Juiz ladrão? Os erros dos árbitros reprovados pela CBF

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Enquanto Ana Paula Oliveira dá um baile nos marmanjos e esbanja boa forma e conhecimentos técnicos, alguns dos homens fizeram feio na provinha da comissão de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ela ficou com 9,5, a segunda melhor nota, atrás apenas de Paulo César de Oliveira, o único 10.

No geral, 45% dos árbitros e assistentes tiraram de 7 para cima, e estão aprovados. Um em cada quatro tiraram 6 ou 6,5. Esses continuam apitando, mas serão reavaliados e precisam tirar pelo menos 7 na próxima provinha, dia 14 de setembro. Quem ficou com 5 ou 5,5 foi afastado até a reavaliação. Já os de nota abaixo de 5 estão afastados do restante da competição em que atuam, e passarão por um cursinho de reciclagem.

Dos 20 árbitros que atuaram na Série A do Campeonato Brasileiro deste ano, sete vão ter segunda chance na próxima sexta-feira, dia 14, em novo teste. Dos 10 assistentes de arbitragem mais escalados, metade acertou menos de 14 respostas, das 20 questões de múltipla escolha. Ao carioca Hilton Moutinho, nota 5, coube a lanterna das notas.

(Interessante notar que o critério da CBF é bastante flexível. Quem erra seis em 20 questões de múltipla escolha sobre regras do futebol continua apitando. Eu presumia que, no mínimo, os homens e mulheres de preto conhecessem as 17 regras do futebol)

Paulo César de Oliveira, o nota 10, ironicamente tem nas costas pelo menos três reclamações em lances capitais em jogos deste Campeonato Brasileiro:

O Botafogo reclamou de um pênalti não marcado em Dodô, no empate contra o Paraná. Já o Corinthians atesta que o lateral que originou o gol do São Paulo no empate do primeiro turno foi invertido. O Fluminense reclama toque de mão de Marcel, no lance do gol de empate do Grêmio, marcado por Patrício. Como os jogos terminaram empatados, ele teria alterado o resultado de todos.

Já Washington de Souza, um dos lanternas com nota 4,5 (vai passar por um curso intensivo pelo desempenho pífio) tem pelo menos quatro reclamações em seis jogos:

O América alega que o gol do Vasco, na primeira rodada, se originou em lance faltoso. O Mecão perdeu por 1 a 0. O São Paulo reclama que, na derrota para o Náutico, Aloísio foi expulso injustamente quando o jogo estava empatado. No empate sem gols entre Sport x Vasco, curiosamente, sobram reclamações. O time recifense afirma que teve um pênalti não marcado a seu favor. Já o Vasco reclama de inversões de faltas durante a partida.

O que prova que na arbitragem brasileira, não sobra um.

(por Anselmo e Thalita)

Racismo introjetado em uma nação

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Por mais que se diga que não, o preconceito contra negros ainda é um status quo no Brasil. Claro que hoje a questão é mais debatida e combatida do que antes, mas, infelizmente, vemos atitudes racistas todos os dias, em todo e qualquer lugar. O que choca é perceber que, mesmo que a pessoa não externe seu preconceito, aquilo está introjetado nela, é um comportamento automático. E mais triste é saber que os negros têm consciência desse racismo velado – mas latente – e, por conta própria, tomam suas precauções. Um exemplo foi o comentário do meia Hugo, do São Paulo (foto), sobre a punição severa que deverá tomar (com toda justiça) por ter cuspido gratuitamente num jogador do Paraná: "A expulsão foi correta. E estou muito arrependido. (...) Meu pai disse que, por sermos negros, temos sempre de andar reto, porque as coisas repercutem mais". Depois disso, começou a chorar e encerrou a coletiva. Fico sinceramente comovido quando gente simples, como o pai do Hugo, fala uma dessas verdades que todo mundo sabe e ninguém tem coragem de dizer. É uma espécie de código velado de compartamento, de racismo enraizado na sociedade e (quase) nunca abertamente declarado. Um apartheid silencioso, resistente e "tradicional". Dizem que errar é humano. Mas ao negro, no Brasil, isso não é permitido. E eles sabem disso. Às vezes dá vontade de sumir...

Preocupação com o América-RN nos EUA

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Dizem que a cidade de Boston abriga a maior colônia brasileira nos Estados Unidos, com cerca de 80 mil imigrantes. E a maioria, lógico, continua doente por futebol. Não por acaso, Boston foi escolhida para abrigar a partida entre Brasil e México no próximo dia 12, no Gilette Stadium (foto). Um dos "desterrados" de lá é o jornalista paranaense Olavo de Souza, que comanda um programa em português para brasileiros - o Rota da Notícia - numa rádio AM local. Ele me telefona diariamente para gravar um pequeno boletim com notícias do ABCD paulista. E hoje me contou que pôs no ar uma entrevista com o radialista Exnar Tavares (o nome é esse mesmo!), da Rádio Poty de Natal (RN), falando sobre as agruras do América local como saco de pancadas do Brasileirão. "Marcos, você não vai acreditar: cinco minutos depois, uns dez torcedores do América de Natal daqui de Boston ligaram para o programa, para comentar a situação do time!", me exclamou o Olavo. Pois é: o futebol brasileiro pode ser tecnicamente sofrível, com jogos fracos e arbitragens catastróficas, público baixo etc., mas é inegável que desperta interesse. Até em Boston - e, mais impressionante, de torcedores do pior time da competição! É, realmente, a paixão tupiniquim.

Leviandade

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Pra variar, é sobre a mídia.

A colunista do Valor Econômico Rosangela Bittar explica, em seu texto de hoje, o motivo da saída de Paulo Lacerda, o delegado que mudou a Polícia Federal. Segundo ela, o problema foi a operação Xeque-Mate, que atingiu Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão mais velho de Lula, além de um compadre do presidente, Dario Morelli Filho. Lula teria ficado contrariado e decidiu, sem consultar Tarso Genro, ministro da Justiça, substituir Lacerda.

Bittar vê nas declarações de Genro e do novo diretor da PF Luiz Fernando Corrêa, de que a polícia vai pautar sua atuação pela discrição e busca de provas, não pela publicidade (as palavras são minhas, as deles foram mais suaves) como uma prova da motivação.

Claro que a ligação de Corrêa com setores sindicais da PF, com quem Tarso tem ligação, nadatem a ver com a mudança. Ela mesma afirma que Tarso sempre esteve desconfortável com Lacerda, que não se sentia responsável pelas ações da PF, mas isso também não tem nada a ver.

Como é leviano esse Lula!

terça-feira, setembro 04, 2007

Ainda longe dos gramados, Ana Paula Oliveira desfila na passarela

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A Umbro, fabricante de material esportivo inglesa, terá um reforço para divulgar a coleção de calçados do verão 2008 no Brasil. Ana Paula Oliveira, a bandeirinha mais pelada do planeta, vai desfilar no Oscar Fashion Days (OFD). O evento ocorre de 12 a 15 de setembro em São José dos Campos (SP).

Se antes os homens de preto eram motivo de vergonha até para suas mães, a moça que conquistou corações e discussões acaloradas sobre o papel da mulher no futebol com sua performance dentro e fora do campo. Se por "fora do campo" o visitante entendeu "fotos na Playboy tiradas por JR Duran na edição de julho", entendeu apenas parcialmente. A moça já participou de comerciais de TV e fez trabalhos de modelo.

Ana Paula sobe à passarela no dia 13, logo depois da modelo Ana Hickmann que desfila por outra marca. Os motivos porque a apresentadora é citada aqui ficam para as especulações dos comentaristas.




Ana Paula e a Umbro
Nos gramados ela carrega uma munhequeira da Umbro e uma chuteira modelo X-Boot II. A tecnologia do calçado evita até que ela seja chamada de pé-frio, já que possui propriedades térmicas de refrescar quando faz calor, e aquecer nos momentos de frio.

Enquanto muitos fãs tenham adorado vê-la sem roupas, quando ela dá as caras em programas de televisão, a moça já tem vestido itens da fabricante britânica, incluindo a coleção Black Leopards, desenvolvida para ajudar a comunidade carente de Limpopo, província do norte da África do Sul.

A Umbro sustenta que o contrato com Ana Paula, assinado em março, faz parte de uma estratégia voltada a esportistas femininas. A primeira das musas do futebol patrocinada foi a inglesa Rachel Yankey, do Arsenal. Os times femininos do clube Pinheiros, de São Paulo, e do Santos, semi-finalista do campeonato paulista de 2007 na categoria, recebem apoio da marca.

Polêmica
O patrocínio da Umbro a Ana Paula deu pano para manga às reclamações de botafoguenses que se sentiram prejudicados com a atuação da assistente de arbitragem na semi-final da Copa do Brasil deste ano. Ocorre que a fornecedora de material esportivo do Figueirense, a equipe beneficiada pelos dois gols anulados da Estrela Solitária, também é a empresa inglesa.

Corinthians é caso de polícia, literalmente

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Deu no blog do Juca e na Agência Estado: policiais do Deic, acompanhados de promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), fazem operação de busca e apreensão no Corinthians.
A operação, diz o site do Grupo Estado, “investiga a emissão de cerca de 80 notas frias que teriam lesado as finanças do Corinthians”. E mais: “Alberto Dualib é acusado de liderar quadrilha de estelionatários”.

Mundial Sub-17

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A competição é de certo modo meia-boca, mas merece um registro. Tá rolando, na Coréia do Sul, a 12ª edição do Mundial Sub-17, torneio que já teve até a Arábia Saudita como campeã.

O torneio está em sua fase semifinal. Os quatro que persistem na luta pelo título são dois africanos, Gana e Nigéria, e dois europeus, Alemanha e Espanha. O que permite análises bem interessantes.

Do lado dos africanos, a boa campanha não é surpreendente. Nigéria e Gana têm camisa - ambas faturaram dois Mundiais cada, uma marca expressiva. O bom desempenho africano nos torneios da base contrasta com a frágil participação dessas seleções nas Copas do Mundo, quando as melhores marcas foram apenas duas quartas-de-final, com Camarões (1990) e Senegal (2002). É simplista dizer que os africanos vão tão bem assim por conta dos "gatos"; por outro lado, fechar os olhos para isso seria ignorar uma questão bem sugestiva. Discussões polêmicas à parte, o futebol de nigerianos e ganeses têm sido ótimo no Mundial, com destaque para os atacantes Chrisantus (Nigéria) e Osei (Gana).

E falando em análises simplistas, ver Espanha e Alemanha na fase decisiva do Mundial é algo que derruba muitas "teorias de boteco". Muito se diz - e o Mundial Sub-20, onde nenhum europeu de primeira linha esteve presente sugeriu a idéia - que os países mais ricos da Europa têm poucos jogadores de qualidade porque seus clubes importam atletas a torto e a direito. A incapacidade da Espanha de formar uma seleção forte seria o principal expoente dessa realidade. Pois bem, estão aí os moleques espanhóis e alemães dando trabalho. Os ibéricos principalmente.

Quanto ao Brasil, só pra não passar batido: o time fez na Coréia do Sul sua pior campanha na história do Mundial Sub-17, caindo nas oitavas-de-final. Curioso é que o desempenho da seleção foi à base de extremos. Duas goleadas históricas, contra Nova Zelândia e Coréia do Norte nas primeiras partidas; e nas duas últimas, atuações pífias e derrotas contra Inglaterra e Gana. Lulinha, principal estrela do time, jogou muito mal.

No meu Futebase faço uma cobertura mais detalhada da competição.

Vai começar a Champions League 07/08

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Com atraso, posto os grupos da Liga dos Campeões da Europa.
Vai começar a temporada de ódio mortal ao futebol italiano neste blogue!
Quem aposta no campeão?

Grupo A
Liverpool
Porto
Marseille
Besiktas

Grupo B
Chelsea
Valencia
Schalke 04
Rosenborg

Grupo C
Real Madrid
Werder Bremen
Lazio
Olympiacos

Grupo D
Milan
Banfica
Shakhtar Donetsk
Celtic

Grupo E
Barcelona
Lyon
Stuttgart
Rangers

Grupo F
Manchester United
Roma
Sporting
Dynamo Kiev

Grupo G
Internazionale
PSV
CSKA
Fenerbahce

Grupo H
Arsenal
Sevilla
Slavia Praga
Steaua Bucareste

A primeira rodada, nos dias 18 e 19 de setembro, será a seguinte:



Dia 18









Marseille

x

Beşiktaş


Porto

x

Liverpool


Chelsea

x

Rosenborg


Schalke

x

Valencia


Real Madrid

x

Bremen


Olympiacos

x

Lazio


Milan

x

Benfica


Shakhtar

x

Celtic


Dia 19








Rangers x


Stuttgart


Barcelona x


Lyon


Roma x


Dynamo Kyiv


Sporting x


Man. United


PSV x


CSKA Moskva


Fenerbahçe x


Internazionale


Arsenal x


Sevilla

segunda-feira, setembro 03, 2007

Energia

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Continuando a série "há coisas mais importantes do que futebol", do post do Glauco abaixo.

Quem está interessado em crise energética, acordo de gás Brasil-Bolívia (origens), "desestatização" do setor de energia elétrica (no governo FHC), os riscos ou não de um novo apagão, a importância da Petrobras ainda hoje, a oposição histórica (ainda hoje, pois a história é longa) entre os ideários Getúlio Vargas x FHC (e Lula depois disso) etc, enfim, quem tiver interesse no tema leia o dossiê "Energia – o espectro liberal", na revista CartaCapital desta semana, 5 de setembro (n° 460). Vale (do Rio Doce) a pena. Com o perdão do trocadalho.

O exemplo do Liverpool

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Ontem, antes do clássico entre Santos e Corinthians, 500 torcedores rivais brigaram em frente ao Emilio Ribas, próximo ao Pacaembu. Após a partida, nova confusão. Sobrou até para o santista Mano Brown, que tentou apartar o conflito e acabou preso. Desfeito o "engano", foi liberado. Nada incomum, infelizmente no futebol brasileiro, e o público de onze mil pessoas deixa claro o efeito que isso tem em quem quer ir torcer mas não pretende arriscar acabar apanhando.
Introdução feita, na Inglaterra, país dos famosos hooligans que, depois de um trabalho sério do Poder Público local dão muito menos trabalho que qualquer organizada tupiniquim atualmente, vem um exemplo comovente de integração de equipes rivais. A parceira Bia está em Liverpool e foi assistir a partida entre o time dos Beatles e o Toulose, para decidir quem iria para a fase de grupos da Liga dos Campeões da Europa.

Mas a cidade ainda estava em choque. Na quarta-feira passada, dia 22, Rhys Jones, de 11 anos, foi assassinado com um tiro na cabeça enquanto jogava bola, no estacionamento de um pub em Liverpool. Provavelmente, mais um crime de gangues juvenis que estão ganhando corpo em alguns lugares da Europa.

Ao centro, a mãe de Jones ao lado do pai e do irmão do garoto






O garoto era torcedor do Everton, maior rival do Liverpool, e tinha ingressos para todas as partidas do time na temporada. Isso não impediu que o menino fosse homenageado pelo clube rival no jogo contra o Toulose. Bia descreve assim a homenagem:

No jogo contra o Toulouse, da França, que valia vaga para a fase de grupos da Liga dos Campeões, o Ainfield recebeu os pais e o irmão de Rhys. O azul da camisa do Everton contrastava com o vermelho das 43 mil pessoas que lotavam o estádio. A princípio, os dirigentes estavam com receio de que os torcedores do Liverpool não recebessem bem aqueles três “rivais”.

Mas a recepção foi melhor do que todos ali poderiam imaginar. A começar pelo profundo e respeitoso silêncio que tomou conta do estádio enquanto os auto-falantes tocavam Johnny Todd, hino da torcida do Everton. Traduzindo para o futebol brasileiro, é a mesma coisa que os palmeirenses respeitarem e aplaudirem a execução de “Corinthians minha vida”, em pleno Palestra Itália, onde os torcedores chiam até com o preto e branco no banner do patrocinador. Os torcedores do Liverpool, que também não admitem a cor azul em Ainfield, tiveram essa atitude e, em seguida, dedicaram o próprio hino, “You’ll never walk alone”, para o menino.

Foi a cena mais bonita que presenciei em um estádio de futebol. É fato que, se a cada rodada, fossemos homenagear as mortes estúpidas que acontecem no Brasil, seriam horas, não minutos de silêncio. E um silêncio que não seria respeitado. Afinal, respeito é uma palavra que passa longe do futebol brasileiro, onde o hino nacional é vaiado e jogador precisa ir a um programa de televisão dizer que é macho.

O comportamento dos torcedores do Liverpool foi tão sensacional que, ao final da partida, apesar da goleada por 4x0, a barulhenta torcida do Toulouse cantou e aplaudiu o nome do Liverpool. Na saída do gramado, a mãe de Rhys declarou que o menino deve ter aberto um sorriso ao saber que foi o motivo da execução de Johnny Todd na casa do maior rival.

Mas muito mais do que o feito histórico, Rhys fez os ingleses provarem que ainda há pessoas que cultivam valores mais importantes do que o inexplicável, louco e, muitas vezes, violento, amor por um clube de futebol. Nem tudo está perdido!

Sim, há coisas mais importantes que o futebol. E são muitas.

Leia o post completo da Bia.

E o salto quebrou ou Chupa que a cana é doce

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Quem me conhece sabe que não sou de tripudiar (muito), mas a soberba de alguns santistas antes do clássico (sim, Edu, é um clássico) pediram resposta agressiva. O time “despedaçado” do Corinthians, uma verdadeira draga, venceu o belo e completo elenco santista, inclusive com Rodrigo Souto, que era dúvida.

As ausências dos desfalques Gustavo Nery e Rosinei, e dos inexistentes Fábio Ferreira e Kadu não foi sentida pelo Timão, e o valente Betão e o experiente Vampeta foram suficientes para ganhar do Santos. O eterno S.C. Corinthians Paulista mostrou ao “soberbo adversário quem é o freguês no confronto”, nas palavras de Ricardo, do parceiro Retrospecto Corintiano, que também dá as estatísticas completas da história de confrontos entre os dois clubes:

Retrospecto geral: 288 jogos, 116 vitórias, 82 empates, 90 derrotas, 534 gols pró, 451 gols contra.
Campeonato Brasileiro: 40 jogos, 13 vitórias, 13 empates, 14 derrotas, 49 gols pró, 53 gols contra.

domingo, setembro 02, 2007

Vira três, acaba seis

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Acordei no sábado, dia 1º, com uma puta ressaca (pra variar). Tava calor e bebi dois litros de água antes de ir pra lan house trabalhar (pra variar). Tudo o que eu queria, depois disso, eram dois metros na horizontal e silêncio absoluto, pra ver se a maresia passava. Mas, ao tomar o rumo de casa, lá pelas quatro da tarde, me bateu um pressentimento estranho de que eu tinha que ir ao Morumbi.
Quem me conhece sabe que não gosto de ir a estádio e, além do mais, estou quase sempre com preguiça ou ressaca e - principal - sem grana. Mas acontece que eu tinha recebido salário. E estava com esse pressentimento irritante...
É claro que o São Paulo era favorito, mas o Paraná tinha empatado com o Cruzeiro e nada prenunciava um jogo fácil. Na última vez que tinha ido ao Morumbi, levar minha filha mais velha pela primeira vez a um estádio, amarguei um angustiante zero a zero contra o Flamengo. Por isso, desconfiei do pressentimento. Mas fui.
Fui pra lá em cima da hora, tipo15 pras 6, e tive de acatar os R$ 40 que o cambista me levou por um lugar nas cativas (onde eu nunca tinha pisado). Assim que descolei um lugar, a bola rolou. O jogo estava disputado, lá e cá, até que o Aloísio - para calar minha bronca contra ele - matou uma bola no peito, tirou o adversário e meteu a bica: 1 a 0. Golaço.
Mas, além do camisa 14 estar inspirado, outras duas coisas me chamavam a atenção: Souza, Leandro e, principalmente, Dagoberto, estavam jogando muito bem. Foi Dagoberto quem desceu tocando pela diagonal para fazer 2 a 0 (outro golaço) e Souza quem enfileirou três paranistas e tocou com classe no canto, fazendo o terceiro (o golaço mais golaço do jogo). Se eu fosse o camisa 10, teria dedicado esse gol ao Vampeta.
No intervalo, o técnico do Paraná, Lori Sandri, disse à Rádio Record: "O Dagoberto está deitando e rolando". Não deu outra no segundo tempo: cruzamento da direita e segundo gol do camisa 25 (4 a 0). Eu já tava rouco e plenamente satisfeito. Mas veio mais. Aloísio, para calar minha boca de vez, apostou num lance perdido, invadiu a área e mandou outra bica: 5 a 0. Outro golaço.
Pra completar o dia, Leandro (que jogou muito bem) aproveitou rebote da trave e sacramentou a maior goleada que já presenciei dentro de um estádio. Foi o melhor pressentimento que já tive na vida. Não sei qual será o destino do meu time nesse campeonato. Mas essa partida, muito mais pelo que o time jogou do que pelo placar ou pela beleza dos gols, vai ficar na memória para sempre.
Quando deixei o Morumbi, já não havia o menor sinal de ressaca. Pude saborear o sanduíche de pernil com um latão de Skol estupidamente gelado. Vamo, São Paulo!

Crássico é crássico

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1) Para cumprir a despromessa de um post abaixo, e com a língua queimada, venho a vós.

Mas a vitória incontestável do Corinthians no Pacaembu ontem por 2 a 0 (pra mim uma das mais surpreendentes) se deveu:

a) ao primeiro tempo sonolento e ridículo do Santos. O gol quase espírita do Nilton foi simbólico: ao menosprezar a importância da formação da barreira na falta que originou o primeiro gol, o Fábio Costa acabou traído por subestimar o adversário, e veio a tomar um gol indefensável, mas que antes poderia ter sido pelo menos dificultado. Isso mostra a soberba do Santos como um todo, no clássico... Entrou achando que ganharia quando quisesse. Até a torcida achava;
b) o tal Felipe fez o jogo da vida dele, e a baliza do Corinthians estava "encantada";
c) o Corinthians de fato jogou com raça, e o Santos foi vencido pela mística raça corintiana.

2) Estatística
depois da vitória corintiana de 1° de setembro de 2007, a estatística do clássico Santos x Corinthians no século XXI passa a ser a seguinte:
12 vitórias do Santos (55%), 4 empates (18%) e 6 vitórias do Corinthians (27%).

Vem aí o "bloco da esquerda"

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PDT, PC do B, PSB, PRB, PMN e alguns outros partidos cujos nomes me fogem à memória lançam, nessa segunda, o "bloco da esquerda". A idéia das siglas é manter unidade de votações no Congresso e assim adquirir um bom prestígio - o bloco só ficaria aquém de PT e PMDB em número de congressistas.

O "esquerda" no nome não ajuda a entender para que lado penderá o bloco. Sua composição é muito heterogênea. Estão ali o PC do B, fiel escudeiro do PT há décadas, o PSB, de apoio ao governo federal, mas com muitos integrantes anti-Lula (São Bernardo que o diga) e o PDT - que, apesar de ter fechado consenso com o PT no início do ano, não dá para ser chamado de "aliado" com todas as letras.

Três figuras desses partidos mencionados, que deverão estar na cerimônia de lançamento do bloco, expressam bem essa heterogeneidade. Ciro Gomes (PSB) foi ministro de Lula, defende o barbudo no Congresso e é tido como nome certo para a corrida presidencial, caso o PT abra mão de indicar um nome. Do lado do PC do B, a deputada - gatinha e injustamente esquecida na eleição das musas da política - Manuela D'Ávila acena concorrer à prefeitura de Porto Alegre no ano que vem e sugere um racha com o PT, que pensa em indicar Maria do Rosário para o posto. E o PDT terá como expoente o deputado Paulo Pereira da Silva, o famigerado Paulinho da Força, crítico ferrenho do governo federal e ex-aliado de Mário Covas.

Aliás, o local da cerimônia do lançamento do bloco sugere a influência de Paulinho: será o Palácio do Trabalhador, sede da Força Sindical.

A impressão que dá é que esse bloco quer angariar força para mostrar ao PT que uma coligação para 2010 seria mais do que uma estratégia - seria sim uma necessidade de sobrevivência. Mas eu, sinceramente, não consigo prever quais serão as consequências dessa aliança. Alguém arrisca?