Destaques

terça-feira, dezembro 04, 2007

São Paulo domina a Seleção do Brasileirão

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A festa da CBF consagrou ontem a defesa sãopaulina como a melhor do Campeonato Brasileiro, como era esperado. Rogério Ceni, Breno e Miranda foram eleitos os melhores de suas posições no torneio. Os volantes Richarlyson e Hernanes também estão na seleção dos melhores do ano. O melhor técnico foi Muricy Ramalho, pela terceira vez consecutiva.

Ceni levou ainda os prêmios de Craque do Brasileirão e Craque da Torcida e Breno foi a revelação.

Alguma injustiça na lista abaixo? Eu só acho que o Felipe do Corinthians podia ter ganho um premiozinho pelo menos.

Goleiro
Rogério Ceni (São Paulo)

Lateral-direito
Leonardo Moura (Flamengo)

Zagueiro pela direita
Breno (São Paulo)

Zagueiro pela esquerda
Miranda (São Paulo)

Lateral-esquerdo
Kléber (Santos)

Volante pela direita
Hernanes (São Paulo)

Volante pela esquerda
Richarlyson (São Paulo)

Meia-direita
Ibson (Flamengo)

Meia-esquerda
Valdívia (Palmeiras)

Atacante
Acosta (Náutico)

Centroavante
Josiel (Paraná)

Técnico
Muricy Ramalho (São Paulo)

Craque do Brasileiro
Rogério Ceni (São Paulo)

Craque da Torcida
Rogério Ceni (São Paulo)

Revelação
Breno (São Paulo)

Árbitro
Leonardo Gaciba (Fifa-RS)

Melhor Torcida
Flamengo

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Como ganhar e nem comemorar

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Ontem, o Galo fez o que tinha de fazer. Entrou em campo disputando uma vaga na sul-americana e ganhou merecidamente do Palmeiras no Parque Antarctica. Com essa vitória, classificou aquele outro time de Minas para a Libertadores.

Durante toda semana achei que podia até entregar, mas quando começou o jogo, como sempre torci pelo Galo, de radinho no ouvido, sem nem importar com os outros. Ao mesmo tempo via os lances pela TV durante a transmissão da agonia corinthiana. (Parêntese, não sei quem falou, acho que o Falcão, mas o problema do time do Parque São Jorge ontem foi que ele dependia dele mesmo).

Mas voltando ao Galo e Parmera, vou dar uma de Nicolau, comentar sem ter assistido.

Pelos lances que vi, o Galo jogou muito melhor. Teve um pênalti a favor logo no começo, que o juiz não deu quando o Diego Cavalieri saiu, o meia Géson tocou a bola e o goleiro puxou seu pé de apoio dentro da área. Era para pênalti e expulsão ou pelo menos amarelo no Diego.

Nada disso aconteceu.

Mesmo assim o Galo foi lá e, numa linda jogada do Éder Luiz, abriu o placar.

Pouco depois, o juiz inventou um pênalti para o Palmeiras. Se aquele encontrão é pênalti, sei lá...

Começo do segundo tempo e o goleiro Juninho fez um milagre, em duas defesas sensacionais no mesmo lance e livrou o Galo.

Mas, sem se encolher, o Atlético fez mais dois e ganhou o jogo, dominando quase todo o segundo tempo.

O Galo fez sua parte, entrou em campo para ganhar e ganhou.

Não vou comemorar a classificação daquele outro time das Gerais, mas sim a reação no campeonato.

Nas últimas dez rodada, foram seis vitórias e quatro empates, 22 pontos em 30 possíveis. Não é nada, não é nada, mas mostra que este é o caminho. Manter o máximo que puder desse time e, se puder, o técnico Leão. Que é ranzinza, autoritário, mas não tem nada muito melhor por aí.

E abra o olho, Dunga, dos 11 titulares do Galo ontem, seis têm idade olímpica. Além do Eduardo, que entrou depois e fez o terceiro gol.

Quanto ao Palmeiras, fica para os palmeirenses escreverem, mas bobeou demais em casa. E nas últimas dez rodadas fez apenas 14 pontos. Não sei se Caio Júnior continua (acho até que merece e não há muitas opções no mercado), mas precisa parar de tremer na hora decisiva.

Acabou, mas ano que vem tem mais

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Difícil escrever sobre isso agora, mas é preciso. Não vou falar de dor, isso é coisa que a gente sofre sozinho, além do que, não teria palavras para tratar do assunto. Todo mundo sabe porque o Corinthians caiu. Os erros e absurdos de Dualib e seus comparsas estão registrados. Dado trágico trazido por André Rizek em seu blog: a folha de pagamento do elenco corintiano é de R$ 1,8 milhões, o mesmo valor gasto pelo Grêmio. Comparem os dois times para ver onde começa um rebaixamento.

A imensa torcida anti-corintiana comemora e zomba. Faz parte. O Corinthians não acaba aqui, como não acabaram o Palmeiras, o Atlético Mineiro, o Grêmio e outros. Mas é preciso fazer como esses times e trabalhar sério e duro para dar a volta por cima. Não tenho muita fé em Andrés Sanches, mas acredito que a situação e a pressão da torcida criaram um clima no clube de pressão por um trabalho decente. Vamos ver o que acontece.

O elenco tem alguns jogadores que podem ajudar e outros que podem vir a ser alguma coisa, como Dentinho, Lulinha, Everton (o lateral-esquerdo), Carlos Alberto, Finazzi, Betão, Fábio Ferreira, até Zelão. Tem o Nilton, volante das categorias de base que começou jogando muito bem e se machucou, e Marcelo Oliveira, outro volante que começou o ano de ala esquerdo, cara inteligente, também machucado. E Felipe, claro. O primeiro passo acho que é segurar o goleiro.

Agora, ter caras como Gustavo Nery, Vampeta, Ailton, Iran, todos provavelmente com salários de alguns milhares de reais, não dá. E Nelsinho, claro, pode pegar o chapéu. Ele, justo ele, ter sido contratado para recuperar o time mostra o quanto a diretoria corintiana entende do riscado. Espero que o baque faça os caras procurarem alguém do ramo para fazer as contratações. Um técnico seria um bom começo (quem vai querer assumir o time nessa situação é outra história...).

Bom, de qualquer jeito, acabou, fazer o que? Pelo menos este ano. Ano que vem começa de novo, outra história, que eu nunca vivi, que o Corinthians nunca viveu. Vai ser difícil, mas sempre é difícil. É assim com o Timão.

domingo, dezembro 02, 2007

Palmeirenses matam galinhas brancas

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Dizem que a inveja é um dos sete pecados capitais. E é.

A ira também.

A torcida do Palmeiras que o diga. Matou até galinhas, brancas, para comemorar a queda do arqui-rival Corinthians à Segunda Divisão. Como se pode ler (e ver) no blog do boleiro.

Depois da queda, campanha Fica Nelsinho se fortalece

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A queda do Corinthians para a Série B do Campeonato Brasileiro pode ser vista como o fundo do poço pelos torcedores do alvinegro paulistano, o time de segunda maior torcida do país. Mas a grandeza preconizada e já mencionada no Futepoca nas últimas horas é um alerta aos torcedores adversários: o Timão (sic) pode ir mais fundo.

O Campeonato Paulista de 2008 será a única competição do semestre. As dificuldades impostas ao combalido caixa-um do clube, impõem um obstáculo do tamanho da crise para montar um time para a disputa. Sem falar na possibilidade de um tenebroso desmonte. É verdade que time que tem "feras" do naipe de Zelão e Moradei nem precisa de desmonte para temer.

Mas para liderar um time com tanto potencial de seguir direto, cada vez mais fundo, mesmo sem Alberto Dualib, só há um nome. Aquele que permitiu que metade dos não-corintianos se sentissem meio mãe dinah, ao prever que sua chegada não resolveria.

É Nelsinho. Ele pode realizar mais de seu brilhante trabalho. Para provar que o poço pode não ter fim.

Ninguém lhe atribui a responsabilidade pela queda deste histórico 2007. Longe disso, ela já estava dada, embora não matematicamente. O treinador apenas fez o que deveria ser feito para manter o prumo do abismo. Seguiu a folclórica recomendação atribuída ao centroavante Nunes, do Flamengo: à beira do abismo, a coisa certa a se fazer é dar um passo a frente.

Fica Nelsinho!

Espalhe esta idéia.

Exemplos de como ir mais fundo existem. Há também casos de volta por cima, mas isso, convenhamos, nenhum dos leitores quer ver estampado nestas linhas do Futepoca. Os alvinegros estão reclamando das dificuldades impostas à cooperação do Paulo Baier ao Corinthians (errar dois pênaltis num jogo, depois de ter perdido a mesma cobrança contra o Corinthians). Reclamam da diretoria, dos jogadores, do técnico. Dos adversários, dos secadores, das cabeças-de-burro e sapos com boca amarrada enterrados na Fazendinha. Choram, porque é preciso.

Mais fundo
Recomenda-se o estudo de dois casos particulares de como se chegou na lama no futebol brasileiro. As estratégias de retorno são secundárias.

Em 2002, a Portuguesa de Desportos caiu para a Série B do nacional. Dois anos depois, foi para a segundona do paulista, de onde demorou três anos para voltar. E só não disputou a série C do brasileiro este ano, porque o Sport de Recife a salvou em 2006. A volta por cima recente tem glórias em teor excessivo (pelo menos para serem citadas neste texto).

O Fluminense se deu mal em 1996. Virou-se a mesa, mas caiu de novo em 1997. Disputou a segunda divisão e despencou para a terceira, da qual foi campeão em 1999. Quando voltava para a série B, em 2000, veio a excrescência da Copa João Havelange. Só subiu com pizza. Mas eram outros tempos, em que ter o presidente da confederação como torcedor contava mais. Pelo menos espera-se.

Fica Nelsinho: espalhe esta campanha

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A campanha Fica Nelsinho cresce em apoio e mobilização. Todos querem que o treinador permaneça no Timão. Bom, os corintianos não foram consultados ainda. Mas é justamente por isso que você pode aderir e divulgar esta iniciativa. Pegue se banner e faça a festa.


O original: Fica Nelsinho!














Fica Nelsinho:
Corinthians à deriva






















Corinthians
rumo ao fundo
do poço sem fim




















Corinthians
rumo ao fundo
do poço sem fim

Pronto, caiu

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Gerardo Lazzari
O título acima não é mera provocação. Às vezes até parece que energia existe e determina as coisas. Nunca houve na história do Campeonato Brasileiro tanta torcida contra um time como na 38ª rodada de 2007 se torceu contra o Timão. A unanimidade entre os gaúchos (tricolores e colorados) no desejo da queda do time do Parque São Jorge foi algo histórico. Isso não é desprezível.

No boteco em que vi o segundo tempo, quase todo mundo torcendo contra o Corinthians manifestava claramente um sentimento de vingança. As pessoas lembravam 2005, quando não (alguns mais velhos) jogos mais assombrosos. “E aqueles 11 jogos de 2005, brother”, lembrava o Juarez, um santista de quatro costados que freqüenta o bar do Almeida (esquina da rua Prof. João Arruda com Cardoso de Almeida, em Perdizes, São Paulo). Olavo, companheiro de blog, estava na Vila Belmiro, onde o Santos perdeu de 4 a 2 do Fluminense. “Ninguém estava preocupado com o jogo da Vila, tava todo mundo pensando nos outros jogos [do Corinthians e do Goiás, basicamente]”, contou Olavo. “A torcida ainda aplaudiu o Santos, mesmo perdendo de 4 a 2”, disse. “Teve festa nos barzinhos no entorno da Vila”.

Outros (no boteco em que eu estava) falavam de “roubos” um pouco mais distantes do que o (s)de 2005, como contra a Portuguesa em 1998, semifinal do Paulista, uma tristeza triste (desculpem o pleonasmo ridículo), das mais sádicas que já vi no futebol, naquele jogo apitado pelo argentino Castrilli. No mesmo ano, houve aquele famoso Santos 1 x 1 Corinthians pela semifinal do Brasileiro, Leão técnico do Santos, quando o juiz (não me lembro qual) expulsou Viola (então no Peixe) no finzinho do jogo, inexplicavelmente. Os exemplos são muitos.

Bom, mas esse foi um fim justo de campeonato para um clube que se valeu dos expedientes que atendiam pelo nome de Kia Joorabchian com tanta arrogância. Não posso me esquecer da arrogância de pessoas que diziam: “nós podemos comprar, nós compramos”, como ouvi mais de uma vez, inclusive de amigos corintianos.

Digo que o fim foi justo porque foi justo. O fim pode ser um começo para os que crêem – e eu não descreio – no mito da Fênix. O Corinthians é grande, como diz seu hino, e deve voltar forte, não sei se em 2008, em 2009. Mas de alguma maneira os deuses fizeram justiça.

E pro Futepoca será mais uma oportunidade de mostrar como se pode falar de futebol, política e cachaça sem ser óbvio, sem ser apenas lugar-comum. O Futepoca promete que cobrírá melhor a Série B em 2008.

CAIU! CAIU! CAIU! CAIU! CAIU! CAIU!

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P.Q.P!!!

O CURINTIA CAIU!!!
O CURINTIA CAIU!!!
O CURINTIA CAIU!!!

A fé remove montanhas! Obrigado, meu Deus!

sábado, dezembro 01, 2007

Diego, o jovem maestro

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Vi agora há pouco o jogo Werder Bremen 2 x 1 Hamburgo pelo campeonato alemão. Impressionante o que está jogando o meia Diego, campeão brasileiro pelo Santos em 2002 e 2004 (neste último, tendo disputado apenas nove jogos e feito quatro gols antes de se transferir para o Porto, o que, entretanto, foi o suficiente para que ele, com toda justiça, não só entrasse como um dos nomes inscritos na faixa dos campeões brasileiros como para que declarasse, findo o campeonato, que comemorou como um campeão: veja aqui).

Hoje com 22 anos, como maestro do time do Bremen o meia arma, se desloca e mete bolas de desmontar qualquer defesa. O que cansou de fazer com a camisa alvinegra (como aquela enfiada para Alberto abrir o placar na primeira final de 2002 contra o Corinthians, 2 a 0). Toma muito pau. Contra o Hamburgo, por exemplo, foi caçado pelos brutamontes alemães. Mas aí se revela outra característica do craque: não tem medo de porrada.

Sua média de gols no Werder Bremen é maior, mas próxima, da época do Santos, onde marcou 38 vezes em 133 partidas (média de 0,28). No time alemão, anotou 17 gols em 44 pelejas (0,38), enquanto no Porto fez apenas sete tentos em 49 jogos (0,14).

Enfim, Diego marcou a história do Santos para sempre, por jogadas maravilhosas como a do segundo gol em que fulminou um Rogério Ceni ajoelhado e eliminou o favorito São Paulo nas quartas-de-final do Brasileiro de 2002. Quartas-de-final das quais, aliás, há um ano, eu já falei aqui, tendo como mote justamente o meia Diego, que, então, voltava a encantar o futebol. Que saudade.

sexta-feira, novembro 30, 2007

Ex-namorada de Richarlyson vai posar nua

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A estudante de Educação Física Leticia Carlos, namorada do volante sãopaulino Richarlyson, será capa da revista Playboy de janeiro. Hoje ela assinou contrato, mas ainda não foram divulgados o local do ensaio e nem qual será o fotógrafo responsável pelas imagens.

As negociações começaram no mês de setembro e, à época, o editor da publicação, Jeferson de Sousa, havia falado que a revista estaria atrás da morena. "Ainda não entramos em contato, mas ela é interessante", falou.

O namoro parecia ir de vento em popa, mas recentemente o namoro acabou.. Eles são colegas de curso da Unip e tinham declarado a intenção de formalizar sua união e, inclusive, de ter filhos gêmeos.

Pelo jeito, após o sucesso da musa Ana Paula Oliveira, a Playboy vai investir pesado no filão do futebol...

(Modificado às 14h12)

Flagrante: Incêndio criminoso na rua Butantã

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Não tem a ver com futebol, política (talvez tenha com cachaça, mas isso vai demandar mais apuração), entretanto, somos jornalistas e não podemos deixar de registrar a notícia. Estávamos voltando da lotérica na rua Butantã, eu e Anselmo, quando nos deparamos com o início de um incêndio em uma das vias mais congestionadas da capital.

O incêndio aconteceu em uma loja de roupas populares e, segundo depoimento de uma funcionária que estava no momento do incidente, um homem, de aparentemente 40 anos, entrou no recinto e gritou para que todos saíssem. Portava uma garrafa com um líquido inflamável e o espalhou por algumas das roupas, ateando fogo.

As chamas chegaram a atingir parte do prédio do lado, mas não invadiu completament o imóvel. A rua Butantã acabou sendo interditada em plena hora do rush, o que deve piorar ainda mais o caótico trânsito paulistano das sextas-feiras na zona oeste.

Até quize minutos depois da chegada dos bombeiros, não havia notícia de feridos. Uma mulher que estava no posto do INSS em frente ao local do incêndio passou mal e foi socorrida pelo resgate.


Antes da chegada dos bombeiros, curiosos se aglomeravam.
Policial tentou conter as chamas com um extintor com
que era equipada sua bicicleta.



Pedestres pararam para observar a evolução
das chamas. Muitos sacaram celulares com câmeras
digitais para registrar o momento.



Bombeiros tentam chegar ao segundo andar do prédio incendiado

Atualização 18h48: Uma funcionária da loja acabou morrendo intoxicada. Ela tinha 52 anos, entrou no estabelecimento para tentar buscar a bolsa, mas não conseguiu sair.

Kaká, Marta e Cristiane concorrem ao prêmio de melhor do mundo

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A FIFA anunciou hoje os jogadores indicados ao prêmio de Melhor do Mundo da entidade. Entre os homens, Kaká (Milan), Cristiano Ronaldo (Manchester) e Messi (Barcelona) são os concorrentes.






Já entre as mulheres, duas brasileiras concorrem: Marta e Cristiane. Com elas, a interminável Prinz, alemã que já venceu a eleição por 3 vezes.





O resultado sai no dia 17 de dezembro

Presidente Futepoca: Corinthians e Vinícius de Moraes

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O Campeonato Brasileiro nem terminou e as especulações para as próximas temporadas avançam. O surpreendente é que elas já estejam em 2011.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sinaliza que poderia aceitar um convite do Futepoca para integrar seus quadros em 2011. Na quinta-feira, 29, o presidente deu duas declarações, sobre futebol e cachaça. Pelo cargo que ocupa, a política fica implícita.

O discurso foi proferido no Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), no Rio de Janeiro, em meio a uma homenagem ao samba.

Primeiro, ele defendeu que o futebol seja considerado, à exemplo do gênero músical, patrimônio cultural brasileiro. Mas mostrou jogo de cintura nos comentários esportivos que caberiam perfeitamente numa mesa de bar.

"Ontem (quarta-feira) nunca torci tanto por um empate", começou, a respeito da periclitante derrota de seu time do coração. "Um jogador do Vasco cabeceia sem querer uma bola, que bate sem querer na perna de um jogador do Corinthians, que sem querer faz um gol contra", prosseguiu, concordando com o corintiano do plantel. "E o Vasco jogou o Corintians sem querer para a boca do abismo de jogar contra o Grêmio em Porto Alegre, e quem sabe passar para a segunda divisão", filosofa.

"Isso é triste. Mas de qualquer forma é alegre também. Porque muita gente diz que o futebol brasileiro não é sério. Precisamos lembrar que times como o Botafogo e o Fluminense já foram rebaixados. Times como o São Paulo e o Palmeiras também. Portanto, se o Corinthians for rebaixado é bom, porque significa que o futebol age com seriedade, porque desce quem tem que descer. O Corinthians está colhendo o que plantou. Não plantou nada, não vai conquistar nada. É a primeira vez que faço uma crítica ao Corinthians."

No mesmo discurso, falou da cachaça. "Percebi que sou um homem infeliz quando assisti ao filme sobre Vinícius de Moraes. Eu não tinha amizade com o Vinícius e não fui convidado para aquela casa de porta aberta que ele tinha em Petrópolis, onde qualquer um podia entrar – tinha bebida lá esperando – e beber sem pagar." Ainda asssim, o presidente disse estar satisfeito de estar onde chegou.



Resta saber se o Futepoca vai convidá-lo. Nos bastidores do Futepoca, especula-se que a crítica ao alvinegro seria mais uma tentativa de aproximação.

No discurso, o presidente ainda recomendou filmes

Reflexões de sexta-feira

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Abaixo, algumas "manchetes" dos times que protagonizam algo na última rodada do Brasileiro 2007, colhidas quase (mas nem tanto) ao acaso nesta madrugada de sexta-feira pós-fechamento (meu, não do que vai abaixo, lógico). Não sei quais vão permanecer em pé até o meio-dia, mas de qualquer maneira fica registrado.

Corinthians:
Wilson vira a solução final para o ataque corintiano (Agência Estado)

Goiás:
Goianos põem ingressos a R$ 1 contra o Inter (Lancenet)

Paraná Clube:
Contra o Vasco, Paraná jogará um ano em 90 minutos, diz Neguette (Uol)

Grêmio:
Vágner Mancini é opção para substituir Mano Menezes (Lancenet)

Inter:
Iarley e Gil formarão ataque do Inter contra o Goiás (Terra)

Atlético-MG:
Leão diz que Atlético-MG não será um simples sparing (sic) para o Palmeiras (Uol)

Santos:
Santos recebe propostas de Luxemburgo e agenda renovação (Uol)

Palmeiras:
Caio Júnior saca Caio e Martinez e recua Edmundo; Dininho é dúvida (Uol)

São Paulo:
Rogério Ceni deve ser poupado de jogo em Curitiba (Gazeta Esportiva)

Flamengo:
Kléber Leite não nega conversa com Mano Menezes (Lancenet)

Cruzeiro:
Maicosuel vê dificuldade em vaga e na permanência de Dorival (Gazeta Esportiva)

Presidente da República :
"Corinthians colheu o que plantou", diz presidente Lula (Terra)

quinta-feira, novembro 29, 2007

Copa feminina em fase final

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O campeonato ainda tem repercussão zero, apesar de estar na fase decisiva.

A Copa do Brasil de Futebol Feminino entra hoje na quarta fase. Oito times, divididos em dois grupos, disputam lugar nas semifinais. Há times de todas as regiões do país, um feito.

Grupo 27
Benfica (MG)
América (RJ)
M. Grosso do Sul (MS)
Genus (RO)

Grupo 28
São José (PR)
São Francisco (BA)
Botucatu (SP)
Tiradentes (PI)

Os jogos acontecem hoje, dia 1º e 4/12. As semifinais serão no dia 6 e a final no dia 9/12. Todas as partidas serão realizadas no Distrito Federal.

Onde será que isso vai dar? Como será a estrutura desses clubes? Qual será o legado desse campeonato? Será que era isso mesmo que as jogadores da Seleção esperavam quando pediam investimento na modalidade?

A cerveja na música popular brasileira

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"Tomara que um dia-a-dia um dia seja/ Para todos e sempre a mesma cerveja"
(Miserere nobis - Gilberto Gil/ Capinan)

"Aquele que sai da batalha/ Entra no botequim, pede uma Brahma gelada"
(E vamos à luta - Gonzaguinha)

"A gente se olha, se beija, se molha/ De chuva, suor e cerveja"
(Chuva, suor e cerveja - Caetano Veloso)

"Salta cerveja estupidamente gelada prum batalhão/ E vamos botar água no feijão"
(Feijoada completa - Chico Buarque)

"Cerveja que tomo hoje é apenas em memória/ Dos tempos da Panair"
(Saudade dos aviões da Panair - Milton Nascimento/ Fernando Brant)

"É como um amor aos vinte anos/ Cerveja em taça de champagne"
(A cara do sol - Lô Borges/ Ronaldo Bastos)

"Ele vai voltar tarde, cheirando à cerveja/ Se atirar de sapatos na cama vazia"
(Bodas de prata - João Bosco/ Aldir Blanc)

"Não quis mais do vinho, foi tomar cerveja/ Voltou ao jardim"
(Três letrinhas - Moraes Moreira/ Luiz Galvão)

"Põe meia-dúzia de Brahma pra gelar/ Muda a roupa de cama, eu tô voltando"
(Tô voltando - Paulo César Pinheiro/ Maurício Tapajós)

"Acabou a festa, amor/ Ainda tem uma cerveja no congelador"
(Tudo na mais santa paz - Vinicius de Moraes/ Toquinho)

"Tu tens o gosto amargo da cerveja/ E a água benta das igrejas"
(Sem teto - Sérgio Castro/ Sérgio Natureza)

"Bendito seja, bendito seja/ O alemão que inventou a cerveja"
(Bendito seja - Bráulio de Castro/ Paulo Elias)

O ódio que constrói

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Algumas imagens já criadas por quem se sentiu ou foi prejudicado pelo Timão...




Por uma vaga a mais para a série B do Brasileiro: um abaixo-assinado

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Por sugestão do nobre comentarista sobre a situação do Corinthians, o Futepoca lança mais uma campanha.



Na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro de 2007, três times ameaçados pelo rebaixamento para a série B foram derrotados. O Corinthians perdeu para o Vasco, o Goiás perdeu para o Atlético Mineiro e o Paraná perdeu para o Santos. Os resultados são apenas o ponto máximo da displiscência com que as equipes tratam suas torcidas. Durante toda a competição, foram inúmeros os acintes ao futebol e ao espectador amante da modalidade.

Em anos anteriores, as equipes se digladiavam, suavam a camisa, comiam grama para se livrar da degola do rebaixamento. O empenho motivado pelo desespero servia de consolo e respaldo ao torcedor, que compartilha o sentimento em ainda maior grau do que os jogadores. Mas nada disse se vê em 2007. E a motivação também resultava em vitórias para os ameaçados nas rodadas finais. Jogar contra um time que estava pra cair era uma preocupação, um tormento. Hoje, é alívio.

Como restam apenas duas vagas em disputa para o rebaixamento para a série B – visto que América-RN e Juventude já estão matematicamente sem chances de escapar –, solicitamos à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que reveja o regulamento do Campeonato Brasileiro de 2007, abrindo uma exceção.

Assim, o Futepoca defende que cinco times sejam rebaixados para a série B de 2008.

Embora a mudança de regulamento não seja motivada pelas exceções apresentadas no parágrafo 5º do Capítulo III do Estatuto do Torcedor (Lei 10.671/2003), acreditamos que o respeito ao futebol e o impacto da medida sobre as próximas edições do campeonato nacional valorizam os dois primeiros artigos do referido estatuto, que estabelece "normas de proteção e defesa do torcedor", entendido como "toda pessoa que aprecie, apóie ou se associe a qualquer entidade de prática desportiva".

Temos que lembrar também que, se um campeonato já teve onze partidas anuladas por conta de supostos prejuízos a times sob o apito de Edílson Pereira de Carvalho, está aberto um precedente para mudanças que possam "moralizar" (sic, sic, sic, muito sic) o futebol. Ou pelo menos fazê-lo menos doído para quem assiste.

Também propomos que o Corinthians tenha mais respeito e envie ofícios de gratidão aos rivais paulistas. Afinal, já foi salvo pelo São Paulo de uma vergonhosa segundona no campeonato paulista (leiam bem: CAMPEONATO PAULISTA), tiveram ajuda do Santos contra o Goiás e Paraná e do Palmeiras contra a equipe curitibana. Propomos que os torcedores do dito Timão (sic) sejam proibidos de falar mal dos clubes co-irmãos.

Assine já

Depois de ler, clique em "Sign the petition", preencha seu nome, e-mail (informação mantida sob sigilo) e comentários se quiser. Você visualiza a assinatura e clica em "Aprove signature".

Bragantino é campeão brasileiro

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E deu Braga! Mesmo perdendo ontem para o ABC, o Bragantino ficou com o título da Série C. O vice-campeonato foi para o Bahia, que também perdeu, no caso para o CRAC.

Além de Bragantino e Bahia, o ABC de Natal e o Vila Nova foram os promovidos.

Cada um dos times que conseguiu o acesso desperta pensamentos interessantes. Do Bragantino, comemora-se o retorno de um clube que marcou época no futebol nacional no início da década de 1990, com um jogo envolvente e o uniforme espetacular da foto ao lado - retirada no jogo de ida das semifinais do Brasileirão de 1991, quando o Braga despachou o Fluminense e classificou-se para a decisão contra o São Paulo. É legal ver o estádio Marcelo Stéfani voltando ao cenário nacional.

Quanto ao Bahia, tudo já foi dito. O maior ponto de interrogação fica por conta do estádio onde o tricolor mandará seus jogos, já que o governador Jacques Wagner (PT) anunciou a implosão da Fonte Nova.

De ABC e Vila, as expectativas são semelhantes: fazer dérbis locais contra seus arqui-rivais na segundona. O alvinegro potiguar - o maior campeão estadual do Brasil - não enfrenta o América-RN numa competição nacional desde 2001, quando ambos jogaram a Série B. A última vez que os dois disputaram a mesma divisão foi em 2004, na Série C, mas, em chaves diferentes, não se cruzaram.

Já o Vila Nova espera a conclusão da Série A para saber se seu rival Goiás estará na segundona. Enquanto isso, a torcida vilanovense comemora o acesso embalada pelos gols do atacante Túlio - ele mesmo! - que fechou o campeonato como o artilheiro principal da competição.

Corinthians perde do Vasco e só São Jorge salva

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A Thalita acertou: o Corinthians ficou mais perto do rebaixamento ontem, ao perder do Vasco por 1 a 0. Foi a última chance de se livrar da coisa num jogo mais plausível. Podia ter ganho do Sport lá atrás, podia ter ganho do Náutico pelo menos uma vez, podia ter ganho do Figueirense, do Inter no Pacaembu, do Vasco ontem. Mas tanto fez e agora, na última rodada, temos que ganhar do Grêmio no Olímpico. Porque a chance do Inter entregar o jogo pro Goiás (coisa feia de se fazer, diga-se de passagem) é grande.

Sobre o jogo, o Corinthians não foi tão mal, teve umas chances boas de marcar, teve até bola na trave, mas ela não entrou. Se não fosse a situação que é, daria até para comemorar algumas boas trocas de passes, a boa entrada dos dois laterais, mas não é o caso agora. O Vasco jogou no contra-ataque e deve ter chutado umas cinco bolas no gol do Corinthians no jogo todo. E essa do Alan Kardec só entrou porque a Zica fez a bola desviar na perna de um zagueiro corintiano.

No segundo tempo, um acontecimento patético desmoralizou ainda mais o Corinthians. Um gândula atrapalhou um contra-ataque do Vasco jogando uma bola dentro de campo. Cena ridícula, que envergonhou. O Corinthians merece ser punido por isso, como mandante do jogo, sejá lá com que pena esteja prevista.

A coisa tá feia, enfim. Vou torcer, sempre, em qualquer situação. Mas não há mais nenhum fator racional para acreditar que se salve. Se cair será merecido, por tudo que a cartolagem fez nos últimos anos. E, se tudo mais falhar, ano que vem vou com meu pai ver jogo do Corinthians em Santo André, perto de casa...

PS.: Registro agradecimento ao Atlético-MG por bater no Goiás.

Reprodução

Na capa da edição desta quinta-feira, 29, de O Estado de S.Paulo,
a foto de JF Diório do desespero do goleiro Felipe.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Marcelinho diz que título de 2000 "não valeu como Mundial”

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Divulgação/site oficial
Antes de ser atacado pelo que represento à esquerda brasileira, vou avisando que quem falou foi o Marcelinho Carioca, aquele que uma vez afirmou que a camisa do Timão era sua segunda pele.

Ao jornal Lance! de hoje, ele comentou sobre o Mundial de Clubes de 2000 e disse que os títulos do Paulista e da Copa do Brasil de 1995 “foram mais importantes”. Diante da perplexidade do repórter Maurício Oliveira, que o entrevistou (“como assim, Marcelo?”, espantou-se), o ex-craque corintiano explicou: “...tem toda essa briga de que não valeu porque o Corinthians não ganhou a Libertadores. A Globo também não cobriu (...) Foi legal, merecemos ganhar o Mundial (...) mas não tivemos o trajeto que o Flamengo, o Grêmio, o São Paulo e outros tiveram. Por isso, acho que não é a mesma coisa (...) para jogador, tem que ter o trajeto da Libertadores. Não desmerecendo o título, mas acho que não valeu como Mundial”, concluiu Marcelinho.

Aquecimento da Liga dos Campeões vai chegando ao fim

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Eu já disse aqui que a Liga dos Campeões da Europa é o torneio que eu mais gosto de acompanhar. Os jogos são bons e eu não tenho que torcer (sofrer) pra ninguém. Mas isso vale para a fase final, porque os jogos da fase de grupos, francamente.

Ontem e hoje aconteceram os jogos da quinta rodada da primeira fase. Os participantes do mata-mata estão em fase avançada de definição. Vamos aos grupos:

Grupo A
Equilíbrio é a palavra. Todos os times ainda têm chances de classificar. E não é chance matemática, apenas. Porto tem 8 pontos, Marseille e Liverpool têm 7 e Besiktas tem 6. Na última rodada, Porto e Besiktas jogam em Portugal e Marseille e Liverpool decidem na França.

Grupo B
Chelsea já se garantiu, com 11 pontos. A segnda vaga é disputada por Rosenborg (7) e Schalke 04 (5), que decidem a parada na Alemanha. O Valencia, com 4 pontos, já era.

Grupo C
Outro grupo equilibrado. Real Madrid e Olympialos têm 8 pontos, Werder tem 6 e Lazio tem 5. O Real decide em casa contra a Lazio, e deve passar. Entre Olympiakos e Werder Bremen, que jogam na Grécia, acho que os gregos passam

Grupo D
O Milan, mesmo capengando, já está classificado, com 10 pontos. Celtic está na cola com 9. Pode ser alcançado pelo Shakhtar Doneskt, que tem 6 pontos. O Benfica já está fora. Os últimos jogos são Milan e Celtic, na Itália, e Shakhtar e Benfica, na Ucrânia.

Grupo E
Barcelona já está classificado, com 11 pontos. Stuttgart está fora, com 3. Rangers e Lyon (que começou mal das pernas) decidem a segunda vaga na Escócia.

Grupo F
Definido. Manchester United (100% de aproveitamento) e Roma (10), classificados, cumprem tabela na Itália. Sporting e Dinamo Kiev (nenhum ponto!), fora, fazem o mesmo em Portugal.

Grupo G
A Internazionale está classificada com 12 pontos. Já o CSKA tem apenas 1. Fenerbahce (8) e PSV (7) disputam a vaga restante. Como O primeiro joga com o CSKA e o segundo com a Inter, deve dar Fenerbahce.

Grupo H
Sevilla (12) e Arsenal (10) se classificaram no grupo que tem ainda Slavia Praga e Steaua Bucareste. Cumprem tabela na próxima rodada.

A última rodada acontece nos dias 11 e 12 de dezembro, com exceção do grupo D, do Milan, que tem rodada no dia 4 por conta do Mundial Interclubes da Fifa, no Japão.
Depois disso, o torneio volta só no ano que vem.

Corinthians pode deixar rebaixamento para trás hoje

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O Corinthians entra em campo hoje contra o Vasco, no Pacaembu, com a esperança de deixar de lado essa história de rebaixamento. Para isso, precisa vencer o time carioca (o que não é fácil, mas é possível) e torcer para que o Goiás perca do Atlético MG, no Mineirão.

O time tem quatro desfalques (Finazzi, Zelão, Gustavo Nery e Moradei) e uma boa nova: Iran não vai jogar! Diminuem as chances de pênaltis e gols entregues ao adversário.

Sobre os desfalques, o centroavante mais amado da Fiel faz falta. Seu substituto é um atacante rápido, Arce, não um matador. Veremos o que isso vira. Zelão é melhor que Fábio Braz, mas acho que o (baixo) nível da zaga alvinegra não muda muito. Moradei é um leão na marcação, mas acho que Bruno Octavio dá conta.


Nas laterais, o medo é a troca de jogadores experientes por garotos. Gustavo Nery não tem jogado nada, mas fiquei com um pouco de medo de seu substituto, Everton, das categorias de base. Espero que não trema na base. E o ex-palmeirense Amaral terá a chance de mostrar que pode jogar melhor que Iran. Se não entregar nenhum gol, será lucro. Eu já vi esse cara jogar numa seleção sub-alguma coisa até que bem e venho me perguntando o que aconteceu pra ele virar reserva do manco do Iran. Espero não queimar a língua.

No geral, acho que o time não perde muito. Até porque, o time titular não é nada disso mesmo. Lulinha e Dentinho vão ter que continuar inventando alguma coisa e Felipe segurando a onda lá atrás. De resto, é com São Jorge!

O Atlético MG, segundo Fredi, quer ganhar do Goiás pra se garantir na Sul-Americana. Espero que ganhe mesmo. Aliás, agradeço a Kleber Pereira pela virada em cima do Paraná.

Palestinos e israelenses receberam cópias de jogo para "treinar" negociações

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Segundo o português Diário Digital, o Centro Peres Para a Paz enviou cópias do jogo de computador PeaceMaker para os negociadores israelenses e palestinos antes de eles chegarem a Annapolis, nos Estados Unidos. No game desenvolvido pela entidade, o usuário escolhe uma das partes e precisa negociar a paz com o outro lado.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e suas delegações estão reunidos nos Estados Unidos a convite do presidente George W. Bush, para tentar retomar as negociações de paz na região, paradas desde 2000.

Divulgação

Captura de tela do PeaceMaker.
Outras imagens estão na
página do jogo.


No PeaceMaker, o jogador tem de lidar com os desafios e impecilhos para a paz, entendida como a existência de dois estados – um israelense e outro palestino – que convivem bem. A derrota representa a terceira Intifada.

Hesitações, demoras e intransigência só leva à manutenção dos conflitos. Grandes planos são pouco recomendados. Há tutorial e uma versão demo disponíveis gratuitamente para download. Quem desenvolveu a programação foi a empresa norte-americana Impact Games. O programa foi criado em 2005, e atualizado com as mudanças políticas. Está disponível em inglês, árabe e hebraico. O Centro foi criado pelo ex-primeiro-ministro israelense Shimon Peres.

Vale lembrar que os papéis oferecidos são os de líder israelense ou palestino, e jamais de presidente norte-americano que, às vésperas das eleições presidenciais, tenta deixar o legado de ter alcançado a paz no Oriente Médio. Nem no jogo é fácil. Alguém se arrisca?

O orgulho de ser judeu... mesmo não sendo

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Quando os rivais do Palmeiras xingavam seus jogadores e torcedores de porcos, ao invés dos verdes perderem tempo se "defendendo", acabaram adotando o simpático animal como mascote. Claro que não foi de uma hora pra outra, mas hoje há quem defenda que os são-paulinos acolham de vez o bambi, um jeito não só de dar um "cala-boca" nos adversários como também de combater a homofobia.

Não seria a primeira vez que um xingamento relacionado a preconceito seria absorvido por uma torcida. O Tottenhamm Spurs, clube da Inglaterra, tem uma história bastante interessante a respeito. O bairro de Stanford Hill, próximo à sede do clube, sempre foi um reduto judaico. Ali, vivem principalmente comunidades de judeus hassídicos, aqueles que usam preto e barbas longas, inevitavelmente chamando a atenção de qualquer transeunte.

Por conta disso, as torcidas rivais, em um misto de estupidez anti-semita e estupidez puramente clubística, entoavam gritos provocativos contra os torcedores do Tottenhamm. Os fãs do Chelsea se superavam, mas foi em uma partida contra o Manchester City que os adeptos do Spurs deram uma resposta, no mínimo, curiosa para o adversário.

No início dos anos 80, os torcedores do City começaram a cantar:

Vamos correr em torno de Tottenhamm de pau pra fora esta noite
Cantando: Eu tenho prepúcio, eu tenho prepúcio, eu tenho prepúcio, e você não

A resposta dos fãs do clube foi ímpar. Juntaram seus membros judeus e fizeram com que abaixassem as calças e balançassem seus membros circuncidados na direção da torcida rival. Uma reação sem revide.

Desde então, os adeptos do Tottenham se denominam Yidos (judeus). A identidade judaica passou a fazer parte da cultura da torcida e mesmo seus atletas são chamados de "judeus". O atacante alemão Jürgen Klinsmann, quando se transferiu para o clube, foi recebido pela torcida com gritos de "Jürgen era alemão, agora é judeu". Uma atitude importante em uma Europa que ainda respira ares anti-semitas...

terça-feira, novembro 27, 2007

Ufanismo & esculhambação

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Nos anos de chumbo do governo Médici, entre 1969 e 1973, uma das canções que mais enchiam o saco em território nacional era "Eu te amo meu Brasil", da dupla Dom & Ravel (foto), talvez a mais célebre das obras ufanistas produzidas no período. Quem viveu a época ainda se lembra - mesmo que se esforce para esquecer - dos versos cadenciados pelo ritmo de marcha militar: "As praias do Brasil ensolaradas (lá-laiá-la)/ O chão onde o país se elevou (lá-laiá-la)/ A mão de Deus abençoou/ Em terras brasileiras vou plantar amor". Realmente, uma pérola do cancioneiro baba-ovístico brasileiro.

Pois eu estava conversando com dois amigos jornalistas, João Paulo e Roberto, que estavam entrando no ginásio ali naquele início da década de 1970, e eles relembraram uma paródia dessa canção que todo mundo cantava na escola. Pelo caráter subversivo total (ainda mais naquele período específico), a versão da molecada é digna de registro:

Maconha no Brasil foi liberada (lá-laiá-la)
Até o presidente já fumou (lá-laiá-la)
Agora eu vou ficar na minha
Vou tomar bolinha com o governador

Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Meu coração é de Jesus
E o meu pulmão, da Souza Cruz

Eu te amo meu Brasil, eu te amo
Ninguém segura os maconheiros do Brasil!

Mais que apito amigo: apito sócio

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Inovação no quesito arbitragem camarada: hoje, a partir de denúncia do presidente do Goiás, Pedro Goulart, a mídia repercute a acusação de que Sérgio da Silva Carvalho, juiz escalado para apitar Corinthians x Vasco nesta quarta-feira, em São Paulo, seria proprietário de uma escolinha de futebol da franquia Chute Inicial, em Brasília. Detalhe: a franquia é do Corinthians.
"A escolinha dele mandou para a Federação (Goiana de Futebol) um fax, que foi repassado para nós, pedindo para as crianças entrarem como mascotes do Corinthians na partida contra o Goiás (no Serra Dourada, em 11 de novembro)", acusou Goulart, em matéria de hoje do Lance!.

O presidente do Goiás disse ainda que, justamente pela ligação com a escolinha, o juiz Sérgio Carvalho pediu para ser excluído do sorteio para a arbitragem do jogo entre goianos e corintianos. Goulart também questionou a antecipação da escolha das arbitragens de amanhã. "Para os jogos de quarta-feira, a escolha sempre é feita na segunda. Desta vez foi antes. É estranho isso".

O juiz, óbvio, nega que seja proprietário da franquia e diz que o dono é um "amigo" (não disse o nome). Porém, o presidente da Federação Goiana de Futebol, André Luiz Pitta, confirmou as acusações de Pedro Goulart. "Ele (o juiz Sérgio Carvalho) me ligou na véspera do jogo (Corinthians x Goiás)", revelou Pitta, ao Lance!. "Solicitei um documento formal. Logo depois, a associação mandou um fax, fiz o ofício e encaminhei ao Goiás. O documento não prova que a escolinha é dele porque veio assinado por um diretor. Mas quando me ligou, disse que era proprietário. Ele mexe com isso", garantiu o presidente da FPG.

O nó da história é que, mesmo considerando que o Goiás esteja querendo pressionar a arbitragem, é realmente estranha a escalação de um juiz tão inexpressivo para a partida que pode, virtualmente, livrar o Corinthians do rebaixamento à série B. No Brasileirão deste ano, o juiz já apitou três partidas do alvinegro de Parque São Jorge: 2 x 2 com o Figueirense (fora), 1 x 1 com o Inter-RS (Pacaembu) e 0 x 2 para o próprio Vasco (fora). Ninguém questionou a arbitragem. Porém, atentem para o fato: a última partida de Sérgio Carvalho foi a sonora goleada de 4 x 0 do Náutico sobre o América-RN em Recife, em 10 de novembro. Na ocasião, o clube pernambucano livrou-se definitivamente do rebaixamento. Ou seja, satisfação garantida ou dinheiro devolvido.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Dunga convoca Seleção Olímpica

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Hoje o anão chamou pela primeira vez a Seleção Olímpica do Brasil, que ficará sob seu comando. Quase todos os jogadores atuam no Brasil, com exceção de Pato, que é do Milan mas ainda não joga por lá.

Por mim podia ter chamado o Hernanes, que terá 23 anos em 2008. Mas como ele completa essa idade antes dos Jogos, não sei se poderia ser convocado.

Confira os nomes e diga: faltou alguém?

Goleiros
Felipe (Santos)
Renan (Internacional)

Zagueiros
Breno (São Paulo)
Leonardo (Grêmio)
Leandro Almeida (Atlético-MG)
Rhodolfo (Atlético-PR)

Laterais
Apodi (Vitória)
Nei (Atlético-PR)
Valmir (Palmeiras)
Leonardo (Portuguesa)

Volantes
Charles (Cruzeiro)
Maycon (Internacional)
Ramires (Cruzeiro)

Meias
Diego Souza (Grêmio)
Thiago Neves (Fluminense)
Toró (Flamengo)
Pedro Ken (Coritiba)
Wagner (Cruzeiro)

Atacantes
Pedro Oldoni (Atlético-PR)
Alexandre Pato (Milan-ITA)
Keirrison (Coritiba)
Diogo (Portuguesa)

Glória na Mooca

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O domingo de tantos jogos importantes - e da tragédia baiana - quase deixou passar em branco um feito histórico. O Junventus venceu a Copa Federação Paulista de Futebol, ao perder do Linense por 3 a 2 (tinha vencido o primeiro confronto por 2 a 1 e tinha a vantagem de dois resultados iguais). Com isso, o tradicional time garantiu uma vaga na Copa do Brasil.

Parabéns ao Moleque Travesso! É a Mooca rumo à Libertadores!

Crônica de várias mortes anunciadas OU a insanidade de lotar estádios de futebol

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No final da tarde de domingo, no programa "Bola na Rede", da RedeTV!, o locutor Luiz Alfredo saudava o Bahia pelo retorno à série B e enaltecia o clube por ter a melhor média de público das três divisões do Brasileirão (40,4 mil por jogo). Naquele exato momento, o time baiano empatava com o Vila Nova (GO) por zero a zero, na Fonte Nova, e confirmava o acesso. Mais de 60 mil, o público. Pouco depois, no precário estádio, um pedaço da arquibancada superior cedeu e a cratera no cimento tragou vários torcedores para uma queda de 20 metros (foto acima, de Welton Araújo - Reprodução). Até o momento, sete morreram.

Voltemos a 4 de março de 1971. Texto do jornal A Tarde de hoje: "A Fonte Nova (inaugurada em 28 de janeiro de 1951) seria reinaugurada. Ganhou mais uma rodada de arquibancadas, a parte superior. Ninguém imaginava que tudo acabaria em tragédia. O presidente Emílio Garrastazu Médici estava presente. O Bahia jogaria a primeira partida contra o Flamengo e o Vitória faria a segunda contra o Grêmio de Porto Alegre".

Segundo o jornal, mais de 112 mil pessoas estavam lá. Mas o público pagante divulgado, pra variar, foi menor: 94.972 pessoas (a capacidade oficial era de 96.640). Segue o jornal A Tarde: "O jogo inicial foi tudo bem. O tricolor ganhou por 1 a 0, a torcida se agitou e as arquibancadas balançaram, mas ninguém ligou. Por volta das 19 horas, no meio do segundo tempo, o Vitória empatava com o Grêmio em zero a zero, quando tudo começou. Um boato de que o estádio estava desabando gerou pânico, as pessoas começaram a pular da parte superior para baixo 'como se fosse uma cachoeira humana', conforme registros da imprensa na época". Resultado: dois mortos e 2.086 feridos. Coincidentemente, registra ainda A Tarde, foi do mesmo lado do acidente de ontem.

Ou seja: o mesmo estádio, a mesma arquibancada, o mesmo evento, a mesma lotação insana e, infelizmente, o mesmo resultado. Lembrando do discurso eloqüente e floreado de Luiz Alfredo, de que "quanto mais pessoas num estádio, melhor", fico me perguntando: pra quê? Quando vejo imagens de estádios lotados, não vejo festa nem espetáculo. Vejo perigo, insegurança, desconforto, histeria coletiva, riscos de toda sorte. Tudo bem que a Fonte Nova está um lixo, é um estádio podre. Mas, ao contrário do acidente de ontem, o de 36 anos atrás ocorreu por pisoteamentos, e não desabamento. O que me faz concluir que, juntou muita gente, dá merda (com o perdão da palavra).

Gostaria que a mídia repensasse esse oba-oba de "time que leva mais torcida". Em 2006, achei ridícula a disputa entre São Paulo e Atlético-MG para ver quem lotava mais o Morumbi ou o Mineirão. Este ano foi o Flamengo no Maracanã e o Bahia na Fonte Nova. Uma hora tinha que acontecer uma tragédia. Inevitável. Melhor seria que, nesses grandes estádios, a lotação máxima fosse de 25 ou 30 mil pessoas. Para quê mais? 20 mil pessoas com conforto, segurança, transporte, alimentação e tranqüilidade é muito melhor que 60 mil se espremendo e correndo risco de morte. Lucro ou "espetáculo" de torcidas valem mais que vidas?

Só para completar, reproduzo a lista de acidentes em estádios brasileiros publicada por A Tarde:

MORUMBI – Em 2 de março de 1969, no meio de uma partida em que o Corinthians ganhava do São Paulo por 4 a 2 um raio caiu próximo ao estádio. No meio do empurra-empurra, um muro desabou. Um torcedor morreu e 40 ficaram feridos.

MARACANÃ – Em 19 de julho de 1992, decisão do Campeonato Brasileiro, entre Flamengo e Botafogo, estádio lotado; 20 minutos antes do jogo começar, o alambrado da arquibancada superior cedeu e mais de 40 torcedores do Flamengo caíram em queda livre de mais de quatro metros sobre os que estavam na parte baixa. Três morreram e 90 ficaram feridos.

TAUBATÉ – Em 21 de setembro de 1995, o lateral Vítor, do Corinthians, foi jogar a camisa para a torcida depois de uma partida contra o Vitória, em Tabauté. Cerca de 300 pessoas se aglomeraram no muro da arquibancada. A estrutura desabou e 20 torcedores caíram no fosso. Cinco saíram gravemente feridos.

ALBERTO SILVA - Num jogo entre Tiradentes e Fluminense do Rio, em 1973, em Teresina, capital do Piauí, o alambrado desabou. Quatro torcedores morreram.

SÃO JANUÁRIO – Em 30 de dezembro de 2001, num jogo entre Vasco e São Caetano, o alambrado do estádio (Rio de Janeiro), que pertence ao Vasco, desabou: 140 pessoas ficaram feridas. As investigações da polícia culparam “os torcedores brigões” pelo acidente.

Por que votar no Futepoca

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O leitor do Futepoca já sabe que este humilde coletivo concorre como melhor blogue esportivo no Best Blogs Brazil. O que você pode não saber é que estamos chegando na reta final da escolha.

O último dia para votação é 10 de dezembro, mas a partir do dia 5 já não se divulgam mais as parciais. Por enquanto, estamos em segundo lugar, 11% atrás do blogue do Juca Kfouri. uma diferença boa, mas não intransponível. E já foi maior.

E é justamente nesse esforço de reta final que vamos novamente pedir o voto de quem lê e também dos blogues parceiros do Futepoca. Afinal, disputar com um blogue de jornalista famoso, há décadas na área e que conta com destaque no Uol, portal de maior audiência da rede brasileira, é tarefa árdua. Já conseguimos um feito, que é estar na frente do blog da Soninha Francine, também do Uol, mas achamos que ainda dá pra, pelo menos, nos aproximar do Juca.

Se você ainda não votou na gente, vote aqui. Se já votou, dê um toque pros amigos. Agora, se você não acha que a gente mereça o seu voto, dê uma força pra outros dois concorrentes que, assim como nós, não contam com suporte financeiro e que, certamente, fazem seus blogues com a mesma paixão pelo esporte que move os autores de cá: o Mundo Esportivo e o Velocidade.

É bom lembrar que o prêmio não dá nenhuma compensação monetária, mas só o reconhecimento já nos deixa feliz. Não deixe de votar.

PS: Qualquer dúvida sobre como votar, é só dar um toque pra gente.

Eu e a torcida adversária

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Tania Lima, amiga de Carminha, eminência parda desse blogue, foi pela primeira vez a um estádio de futebol no jogo da seleção contra o Uruguai. Mas ficou na torcida celeste... Abaixo, o texto dela, feito para o Futepoca, que conta como foi.


Ontem foi minha estréia. Passada a injustificada aversão pelo futebol, que gradativamente foi perdendo força no decorrer dos últimos cinco anos, vi-me, de corpo e espírito presentes, no estádio do Morumbi. Em tempo: já via-me, na noite que antecedeu a partida, misturada à turba de torcedores vestidos de verde-amarelo. Mas o ingresso que caiu-me às mãos, físico, palpável, legível e com indicação de setor e assento, no dia da partida, colocava-me junto à torcida adversária! Não é como estar avizinhada, ou ter no entorno etc., é exata e especificamente estar imiscuída!

Pouco dada a eventos que reúnam multidões, e por consequência não familiarizada com o ambiente, embora a partida tivesse seu início marcado para as 21h45, antecipei-me, e às 18h em ponto disse aos colegas de trabalho: me estoy yendo. E fui. Andei errante entre um e outro portão de acesso até ver-me instalada cerquita a los hermanos. Iniciado o espetáculo, os uruguaios, em intervalos, entoavam entusiasmados: “Soy, celeste, soy celeste, soy celeste, celeste, soy, soy !!!” Havia uma lista de alternativas para o “celeste” do refrão, que eu não conseguia decifrar, por mais que disponibilizasse os dois ouvidos, dúvida que após uma consulta, no intervalo, a um uruguaio, muy guapo, ficou esclarecida, deixando claro a relação do celeste do refrão com a cor da camisa da seleção uruguaia. A ignorância decididamente aprisiona, e é lindo o azul do céu que nos cobre a todos.

Não ponho resistência ao que se configura previsível, e como costumeiramente acontece, emocionei-me com o hino nacional brasileiro, e desafinada, inclusive porque no peito dessa desafinada indubitavelmente bate um coração brasileiro, cantei solitária, altiva e orgulhosa de meu hino que é, dentre todas e muitas belezas, uma primazia em música e verso.

Há num estádio de futebol, com algo aproximado a 80 mil pessoas presentes, uma energia reinante, sob o efeito da qual nos sentimos inebriados e, sem qualquer autonomia, somos movidos por sentimentos e sensações que oscilam e se intercalam entre o desalento e a euforia, ao sabor de qualquer passe incerto ou drible magistral. Seguramente a aversão passada se transformou ontem em paixão.



domingo, novembro 25, 2007

Joel faz milagre e Fla quebra tabu

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Aqui em São Paulo ele é estigmatizado - e vai continuar sendo, tenho certeza. Não é somente por "bairrismo". Suas duas passagens em clubes paulistas, no Guarani e no Corinthians, foram caóticas. Assim como foi caótica sua estada no Internacional.

Mas alguma coisa Joel Santana tem com o Rio de Janeiro. Digam o que quiserem: que o estadual de lá não vale nada, que o campeonato é uma porcaria, que só jogam jogadores fracos e etc; mas o fato é que um cara que consegue levantar o título local pelos quatro grandes do Rio merece muitos aplausos.

E merece mais, claro, pelo que concretizou hoje com o Flamengo. O rubro-negro passou a primeira parte do Brasileirão entre os piores do campeonato - havia um déficit de jogos por conta do Pan, mas mesmo assim o aproveitamento do Fla era pífio - e de repente começou a jogar bola. Sob o comando de Joel, após a queda de Ney Franco - que foi condenada por muita gente da imprensa, diga-se - passou a somar pontos e mais pontos e fechou o Brasileirão de maneira assombrosa. E hoje garantiu matematicamente a classificação à Libertadores.

Joel não fez isso sozinho. Dentro de campo, dois nomes foram fundamentais para o sucesso: Fábio Luciano e Ibson. O zagueiro repetiu o bom futebol que os corintianos já conheciam e deu um jeito na zaga do Fla, ao lado de Ronaldo Angelim. Já o meio-campista comeu a bola, como não fez nos tempos de Porto.

De quebra, o Flamengo quebrou um tabu histórico. Sua classificação à Libertadores é a primeira que um time do RJ consegue na era dos pontos corridos - o próprio rubro-negro foi ao torneio continental no ano passado, mas via Copa do Brasil.

Esses números, aliás, impressionam. Em 2007, o Rio completa um jejum de sete anos sem um título do Brasileirão e, como dito, não emplacava um clube do estado entre os quatro primeiros desde 2002 - a honra coube ao Flu, semifinalista do Brasileirão daquele ano.

sábado, novembro 24, 2007

Mensalão tucano-mineiro e o "mais do mesmo"

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Quando o escândalo do mensalão foi detonado em 2005, Lula e os diretores do PT entoavam sempre a mesma frase, em resposta às perguntas acusatórias: "os acusados têm amplo direito de defesa. Vamos investigar as denúncias e punir os culpados".

A sentença é tanto repetititiva quanto corretíssima. O Brasil, sabe-se, é um país dado a punir antecipadamente algumas pessoas. Daí o "amplo direito de defesa" ao qual se referia o presidente e os dirigentes do Partido dos Trabalhadores. O "investigar as denúncias" demanda uma análise mais precisa das acusações - com a premissa elementar que quem deve apresentar provas é o acusador, e não o acusado - e o "punir os culpados" vai no centro da coisa. Se o cidadão realmente fez besteira, que pague por isso, nos termos da lei.

À época, pela repetição exaustiva da frase, Lula e os petistas foram acusados de uma certa inércia. Os opositores atacavam - que adianta repetir o mantra se nada mais efetivo acontece? E com a lentidão característica da justiça nacional, a apuração do caso - o "investigar as denúncias" - ainda está em tramitação, e não sabemos onde realmente isso vai parar.

Agora, o procurador Antonio Fernando de Souza apresentou denúncia formal contra o tal do "mensalão mineiro" - que a mídia, cada vez mais, tem se disposto a chamar pelo nome correto, "mensalão mineiro-tucano". O caso tem como protagonista Eduardo Azeredo, senador por Minas Gerais, e derrubou o ministro Walfrido dos Mares Guia, que à época era aliado do tucano na corrida pelo governo de seu estado.

Coincidentemente, a bomba detonou às vésperas do Congresso do PSDB, onde os bicudos se reuniram para tomar chá e, nas suas palavras, "discutir o futuro do Brasil".

Fernando Henrique, Aécio Neves, José Serra, Sérgio Guerra e tantos outros foram questionados sobre o caso. A resposta deles? "Azeredo tem amplo direito de defesa. Vamos investigar as denúncias e, se for o caso, puinir os culpados".

É...

P.S.: Alguém viu o Alckmin nesse congresso do PSDB? Rapaz, de presidenciável o cara passou a figurante.

sexta-feira, novembro 23, 2007

Cuidado com o bar que você freqüenta

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Depois do prefeito abduzido pelo diabo, mais uma pra seção bizarrice: Vlamir Aparecido Ferreira, 48 anos, mais conhecido como Cavalo, morreu na quinta-feira (22/11) à tarde, em Santo André (SP), depois de ter levado 513 picadas de abelhas. No domingo (18/11), ele estava em um bar na avenida Sargento Silvio Rollemback, bairro Centreville, no citado município, quando um enxame de aproximadamente 70 mil abelhas partiu de um salão de cabeleireiro do outro lado da rua – onde os insetos haviam feito uma colônia dentro de uma luminária – e o atingiu. Eram abelhas africanas (e, portanto, o enxame não veio da China). O manguaça sofreu duas paradas cardíacas no local e outras quatro no hospital. Sobreviveu por cinco dias e expirou. Detalhe: os rins e o fígado (atentem para isso) de Cavalo já estavam "comprometidos". Mas os médicos não se arriscaram a afirmar que isso teria sido seqüela das picadas.

Prefeito abduzido pelo diabo renuncia

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Quando Jânio Quadros renunciou à presidência da República, atribuiu sua atitude a "forças ocultas". Mas um prefeito de uma cidadezinha norte-americana conseguiu identificar as tais forças que o obrigaram a abrir mão do cargo. À frente de Certenton, um município de Arkansas (terra de Bill Clinton), Ken Willians deixou a prefeitura alegando que o diabo o havia abduzido há aproximadamente 30 anos.

Ele era o alcaide local desde 2001 e, segundo seu depoimento, passou a usar o atual nome a partir de 1980.Antes, era um pregador da Igreja Batista chamado Don LaRose, e morava em Indiana em meados dos anos 1970. Foi ali que aconteceu o fato que iria mudar a sua vida: foi abduzido pelo diabo e esqueceu de toda a sua vida até então.

A verdade só lhe foi revelada após resgatar sua memória com uma "injeção da verdade" que o fez lembrar de tudo. De acordo com o prefeito, o nome Ken Willians foi "emprestado" de uma pessoa que morreu em um acidente de carro em 1958.

A mudança teria acontecido para proteger sua esposa e os dois filhos que tinha como Don LaRose. Ele afirma que, depois de deixar o cargo, vai continuar a viver sua vida "normal" (sic) com sua atual família. A polícia local diz estar investigando o caso.

Haja acompanhamento psiquiátrico...

Mais informações no http://www.4029tv.com/news/14664847/detail.html (em inglês).

Para onde vai Vanderlei Luxemburgo? Ou fica?

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Gerardo Lazzari
Anteontem, o maranhense Raimundo, um dos quatro gentis porteiros do prédio onde moro, na zona Oeste de São Paulo, me disse quando eu chegava pela portaria: “É, seu Eduardo, parece que o Vanderlei vai sair”. Raimundo, além de nascido no Maranhão, é santista. Está preocupado.

Nas últimas semanas, especulações não faltaram sobre o destino do técnico mais cobiçado do Brasil. O presidente do Flamengo, Márcio Braga, chegou a emitir nota oficial garantindo a permanência do Joel Santana no comando técnico do time da Gávea em 2008, para rejeitar as especulações de que Luxa voltaria a treinar o clube para o qual confessa torcer.

O máximo mandatário do Atlético/MG, Ziza Valadares, admitiu que até mesmo uma vaquinha entre torcedores abastados do Galo estava sendo organizada para levar Luxemburgo.

O staff do técnico, por sua vez, espalha que ele negou convite para treinar a seleção do Irã, e Luxemburgo aproveitou para dizer que a prioridade é o Santos, e que só negocia com outros depois de ser rejeitado pelo Alvinegro praiano.

Por outro lado, há quem ache que Dunga não dura muito, e portanto Vanderlei seria a bola da vez para a seleção.

Quem aposta em quê? Eu apostaria hoje no seguinte: ou ele fica no Santos, ou vai pro Flamengo ou será a bola da vez da seleção. É uma aposta tripla. No jogo do bicho, se acertasse, eu ganharia pouco. Mas talvez acerte. Ou não?

quinta-feira, novembro 22, 2007

Os melhores do brasileirão, segundo a CBF

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A CBF divulgou, nesta quinta-feira, a lista dos concorrentes a melhores do brasileirão. É a hora das injustiças e das queixas. O prêmio será entregue no dia 3 de dezembro, no Rio de Janeiro. O colégio eleitoral foi formado por jogadores, ex-jogadores, técnicos e jornalistas.

Como foi o treinador da seleção brasileira Dunga quem anunciou os concorrentes, ao lado de Jorginho (foto), cabe um apontamento. Apenas o lateral-esquerdo santista Kléber foi relacionado pelo xará de anão de conto de fadas para as Eliminatórias da Copa do Mundo.

CBFNews


Além da surpreendente categoria de melhor árbitro, há outras curiosidades. Acosta, atacante uruguaio do Náutico, o único do time pernambucano, está entre os craques do Brasileiro, ao lado do campeão Rogério Ceni e do chileno Valdívia. Dois estrangeiros e um goleiro. Outro detalhe é a categoria Craque da Torcida, que tem dois goleiros entre dos três concorrentes : Felipe, o único que se salva no (e salva o) Corinthians e Rogério Ceni de novo.

O São Paulo é o que mais tem nomes na lista, 13, incluindo duas das três revelações. A liderança nas indicações do campeão poderia até ser esperada, mas é bastante para um time cuja principal qualidade é o caráter coletivo. O Santos, segundo colocado, tem três, mesmo número do Corinthians (todas do goleiro Felipe) e menos da metade das indicações do Palmeiras, que briga para se manter em quarto.

O Verdão chega a 7 indicados, sendo que Valdívia está em três categorias. Caio Jr. disputa, surpreendentemente, como melhor técnico, ao lado do campeão Muricy Ramalho e de Joel Santana, responsável pela virada flamenguista. Vanderlei Luxemburgo ficou de fora. O Flamengo tem cinco, e o restante vai nas exceções.

À lista.

Goleiro
Diego ( Palmeiras)
Felipe (Corinthians)
Rogério Ceni (São Paulo)

Lateral-direito
Coelho (Atlético-MG)
Léo Moura (Flamengo)
Joílson (Botafogo)

Zagueiros
Breno (São Paulo)
Thiago Silva (Fluminense)
Fábio Luciano (Flamengo)

Zagueiros
Juninho (Botafogo)
Alex Silva (São Paulo)
Miranda (São Paulo)

Lateral-esquerdo
André Santos (Figueirense)
Juan (Flamengo)
Kléber (Santos)

Volantes
Maldonado (Santos)
Pierre ( Palmeiras)
Hernanes (São Paulo)

Volantes
Martinez (Palmeiras)
Rodrigo Souto (Santos)
Richarlyson (São Paulo)

Meia-direita
Ibson (Flamengo)
Diego Souza (Grêmio)
Paulo Baier (Goiás)

Meia-esquerda
Valdívia (Palmeiras)
Thiago Neves (Fluminense)
Jorge Wagner (São Paulo)

Atacante
Acosta (Náutico)
Dagoberto (São Paulo)
Leandro Amaral (Vasco da Gama)

Atacante
Aloísio (Sâo Paulo)
Josiel (Paraná)
Dodô (Botafogo)

Treinador
Caio Júnior (Palmeiras)
Muricy Ramalho (São Paulo)
Joel Santana (Flamengo)

Árbitro
Leonardo Gaciba (RS)
Paulo César Oliveira (SP)
Heber Roberto Lopes (PR)

Revelação
Breno (São Paulo)
Felipe (Corinthians)
Hernanes (São Paulo)

Craque da torcida
Rogério Ceni (São Paulo)
Felipe (Corinthians)
Valdívia (Palmeiras)

Craque do brasileiro
Acosta (Náutico)
Rogério Ceni (São Paulo)
Valdívia (Palmeiras)

quarta-feira, novembro 21, 2007

Vitória que envergonha

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Duvido que alguém consiga negar que o Uruguai jogou melhor pelo menos 80 minutos da partida. Duvido que alguém ache que sem as defesas do Julio César a gente não teria levado uma goleada. Duvido que haja algum maluco que não veja que sem os milagres do Luiz Fabiano a gente teria perdido. Alguém achou essa vitória justa?

O.k. goleiro está lá para defender, atacante para fazer gols. Mas dá vergonha quando uma seleção brasileira joga encolhida como time pequeno e não acerta nenhum passe dentro de casa e com os ditos melhores jogadores do mundo.

Pois desafio qualquer São Paulino a achar uma jogada certa do Kaká durante toda a partida. Desafio qualquer admirador do Gilberto e do Mineiro (se os há) a achar um passe que eles tenham acertado. Desafio até mesmo a maioria santista deste blog a achar alguma jogada digna do talento do Robinho nesta noite. Ronaldinho também foi mal, mas era o único que ainda tentava correr e foi substituído quando o Brasil empatava dentro de casa com o Uruguai por um volante. Medo do Dunga de perder?

Pode ter até algum maluco ache que ele acertou a marcação com a entrada do Josué. O ex-volante São Paulino até entrou bem, mas pela comparação com Gilberto Silva e Mineiro, que nada fizeram de útil.

Dunga hoje para mim mostrou um lado que não conhecia. Acho que não entende de tática, não sabe arrumar o time etc. Mas a surpresa foi descobrir que ele é medroso. Não tirou o Kaká provavelmente porque estava em São Paulo. Pôs um volante para segurar o empate.

O.k. ganhou o jogo. Mas pelo menos eu não tenho nada a comemorar.

Homenagem só para Júlio César e Luiz Fabiano. Vocês mereceram. Os outros deviam ter vergonha do que fizeram em campo. Sorte que não consegui ingresso para ver essa partidinha. Já pensou gastar R$ 100 (podia ser R$ 300, dependendo do cambista) e ainda ter de aturar os Vips globais e orquestra tocando hino no início da partida só para a Globo se promover com essa seleçãozinha.

Afe, pelo menos vou dormir feliz, não gastei meu dinheiro.

Dor de cotovelo

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Incomodado com os holofotes sobre o atacante Adriano, da Inter de Milão, que passa por tratamento no Reffis do São Paulo, o ex-vice de futebol do Corinthians, Roque Citadini (foto), soltou a seguinte pérola em seu blog: "Só o oportunismo sem freios do SPFC é que explica a luta por trazer um atleta nestas condições. Ou aquilo ali não é mais Refis (sic), mas um departamento do AAA, um tal AAF (Associação de Alcoólicos Famosos)".

Credo!

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Terça-feira, feriado na capital paulista (Dia da Consciência Negra), e o São Paulo FC promove outra "festa do penta" numa casa de espetáculos da Zona Sul. As atrações "musicais": Nando Reis, Jairzinho, Kiko do KLB e os jogadores Dagoberto e Souza "tocando" pandeiro e cavaquinho. Presenças políticas: José Serra, Gilberto Kassab e ministro Orlando Silva. Piadinhas sem graça: Marco Aurélio Cunha. Desfile de "moda": Leandro com aplique de cabelo comprido e Richarlyson de óculos ray ban lilás. Ou seja, tirando o motivo da festa (o título são-paulino) e a Solange Frazão, foi mesmo uma verdadeira noite dos horrores...

terça-feira, novembro 20, 2007

Qual o melhor campeão brasileiro da História?

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Depois de promover a escolha do pior campeão brasileiro da História, com vitória do Corinthians de 2005 (48% dos votos dos mais de 8.500 participantes), agora o Futepoca, com sua nova "agenda positiva", quer saber: qual o melhor campeão brasileiro já visto em terrras nacionais?

A escolha não é fácil, como já previa o Conselheiro Acácio. Os critérios adotados para indicar os times são variados: pode ser aquele que deu espetáculo, quem impressionou pela regularidade e teve pinta de campeão desde as primeiras rodadas ou o clube que foi tão superior aos demais na fase final ou no decorrer do campeonato que virou barbada em qualquer aposta de esquina ou boteco do país. No geral, as equipes aqui listadas combinam um pouco ou muito de cada um desses requisitos.

Confira abaixo os indicados, xingue porque seu time não está entre eles, mas não deixe de escolher o melhor:

Palmeiras de 1973

O primeiro bicampeão do torneio que teve início em 1971 era um esquadrão. A chamada "segunda Academia" havia sido campeã dos cinco campeonatos que disputou em 1972, e tinha o divino Ademir da Guia, Leão, Luis Pereira, Dudu, Leivinha e César Maluco. No quadrangular final, foram duas vitórias sobre o Cruzeiro (fora de casa) e Inter. Na última rodada, bastou o empate com o São Paulo para garantir o título. No total de 40 partidas disputadas, o Verdão ficou dez pontos à frente dos dois segundos colocados (na época, vitória valia dois pontos) e sofreu apenas três derrotas, com um incrível saldo de 39 gols. Não é à toa que, dos atletas vencedores daquele ano, cinco estavam na seleção que disputou a Copa de 1974

Internacional de 1979

O que falar de uma equipe campeão invicta? Esse foi um caso único na história do campeonato, 23 jogos, 16 vitórias e 7 empates. O clube de Ênio Andrade era o primeiro a conquistar três títulos brasileiros e contava com Mauro Galvão, Batista, Falcão, Jair e Mário Sérgio. Venceu o Vasco nas duas partidas finais, tanto no Beira-Rio como no Maracanã. No ano seguinte, chegaria à final da Libertadores, mas perderia o título para o Nacional de Montevidéu. Talvez a conquista de 2006 tenha vindo com 16 anos de atraso...

Flamengo de 1983

Poderia estar aqui o Mengão de 1980 ou de 1982, mas os erros - e supostos erros - de arbitragem que influenciaram essas duas edições faz com que o time de 1983 represente a maior torcida do Brasil nessa escolha. Não que nessa final também não haja reclamação por parte dos santistas, mas o Flamengo tinha um timaço. Raul no gol, Leandro e Júnior nas laterais, Adílio e Zico no meio fizeram parte de um escrete que encantou o Brasil e o mundo no início dos anos 80, tendo sido, em um curto período, campeão estadual, nacional, da Libertadores e do Mundial Interclubes. Nas duas partidas finais, perdeu do forte Santos de Pita e Serginho Chulapa em São Paulo por 2 a 1, mas superou os paulistas no Maracanã por 3 a 0.

Palmeiras de 1994

O time havia saído da fila de 17 anos sem títulos no ano anterior, com um Paulista e um Brasileiro. Agora, era novamente campeão atropelando seus rivais na reta final. O time de Vanderlei Luxemburgo tinha Velloso, Roberto Carlos, César Sampaio, Mazinho, Edmundo, Evair e Rivaldo e terminou a primeira fase em quarto lugar. Mas, na hora da decisão, foi inconteste. Venceu duas vezes o Bahia nas quartas-de-final, fez o mesmo com o forte Guarani de Edu Lima e Luisão e, na finalíssima, bastou uma vitória e um empate contra seu maior rival, o Corinthians de Viola e Marcelinho Carioca, para ficar com o título. Teve ainda o melhor ataque com 58 gols em 30 partidas.

Corinthians de 1998

Mais uma vez à frente de um grande time, Vanderlei Luxemburgo podia contar no meio de campo com atletas do nível de Vampeta, Rincón, Marcelinho e Ricardinho. Meias que sabiam tocar a bola e eram incisivos quando chegava a hora de atacar. E eram eles que davam o tom da equipe que terminou em primeiro lugar a fase de classificação. Em seguida, o Timão fez valer o regulamento e, nos play-offs, desclassificou o Grêmio com duas vitórias, bateu o Santos nas semifinais e superou o Cruzeiro do goleiro Dida, Müller e Fábio Junior. Contando o geral de partidas disputadas, ficou a dez pontos do vice, uma bela vantagem.


Santos de 2002

Um time em formação do qual não esperava muita coisa. Essa era a equipe do Santos daquele ano que, embora tenha tido lampejos de grande futebol no decorrer da competição, não passava a segurança necessária para o torcedor, tanto que se classificou em oitavo na primeira fase. No entanto, na fase final se agigantou e fez os fãs de futebol delirarem. Venceu duas vezes o São Paulo, chamado à época de "Real Madri brasileiro" e que tinha Ricardinho, Kaká e Luis Fabiano. Nas semis, a vítima foi o Grêmio do artilheiro da competição Rodrigo Fabri e de Danrlei, que ameaçou "dar porrada" em Robinho. Na finalíssima, duas vitória contra o Corinthians sagraram o título e o fim da fila santista de 18 anos. A equipe de Leão contava com Fábio Costa, Léo, Renato e os hoje selecionáveis Alex, Elano, Diego e Robinho.

Cruzeiro de 2003

Na primeira edição da competição disputada por pontos corridos, o Cruzeiro não só fez cem pontos em 46 jogos como também chegou a 102 gols. O time terminou 13 pontos à frente do Santos, segundo colocado, e teve o fantástico aproveitamento de 72,5% (o melhor da era dos pontos corridos e que não pode ser superado pelo São Paulo de 2007) no ano em que obteve a chamada "Tríplice Coroa", sendo campeão estadual, da Copa do Brasil e do Brasileiro. Novamente um campeão nacional tinha Luxemburgo como treinador e, desta vez, a estrela da companhia atendia pelo nome de Alex, o meia canhoto que só não fez chover naquele 2003.

São Paulo de 2007

Pode não ter dado espetáculo, mas na era dos pontos corridos ninguém se mostrou tão à frente dos rivais como o São Paulo de 2007. Superioridade em pontos, em jogos decisivos e com uma incrível marca de 15 gols sofridos em 36 partidas. Mesmo sem um craque daqueles de encher os olhos - exceção feita a Rogério Ceni -, o Tricolor contou com uma defesa firme e um meio de campo que sabe tanto marcar como atacar, com todos desenvolvendo essa dupla função. Foi tão fácil para o São Paulo que os adversários acharam sem graça o título. Mas existe mais graça para o torcedor de um time que ser campeão de forma tão superior aos demais?

Atualização 21/03/2012 - O leitor Marcelo Colorado sugeriu também a inclusão do Internacional de 1975/1976. Vai aqui o link sobre o bicampeão.

Qual o melhor campeão brasileiro da História?


segunda-feira, novembro 19, 2007

Três rebaixados definidos na série B

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Faltando apenas uma rodada, a série B já tem três rebaixados definidos. Ituano-SP, com 33 pontos. Remo-PA, com 36. E Santa Cruz-PE, com 42, que não terão a chance de enfrentar o Corinthians na disputa do título da segundona em 2008.

Falta o último degolado, que ficará entre Paulista-SP, com 45 pontos e 12 vitórias. Avaí-SC, com 48 pontos e 12 vitórias. Santo André, com mesmo número de pontos e vitórias, mas com saldo de gols melhor (0) contra (-7) do Avaí. A chance do Paulista é vencer o Ipatinga em Jundiaí e torcer para que os concorrentes diretos percam. É difícil... O Gama, (48 pontos e 13 vitórias ainda corre poucos riscos) .

De destaque, a queda do Santa da primeira para a terceira em dois anos (se cuida, Parque São Jorge) e o Paulista, que já chegou à Libertadores e agora pode ir para a terceirona.

Sobre os que subiram, pouco a destacar, apenas a volta do Coxa provavelmente no lugar do Paraná, do Ipatinga no lugar do Juventude, da Portuguesa (no lugar do Corinthians?, mais provável no do Goiás), e do Vitória no lugar do América (RN).

A não ser que o STJD resolva aprontar, mas isso fica para outro post.

Palhaçada

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Sport campeão brasileiro de 1987 (CBF) - Em pé: Betão, Estevam Soares, Flávio, Rogério, Marco Antonio e Zé Carlos Macaé; Agachados: Robertinho, Ribamar, Nando, Zico e Neco (Técnico: Jair Picerni)

Essa história de troféu "das bolinhas" (foto ao lado) para o São Paulo, de Flamengo pentacampeão brasileiro ou Sport campeão de 1987 já está beirando as raias do absurdo. Leio agora, nos jornais, que o Sport está preparando uma grande festa para seu último jogo na Ilha do Retiro este ano, contra o Cruzeiro, no sábado (24/11) - com direito a exibição do troféu de campeão brasileiro de 1987. Não sei não, mas acho que vai ter até volta olímpica (!). Para mim, o Flamengo é penta. Mas, por considerar o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, disputado entre 1967 e 1970, como um legítimo Campeonato Brasileiro, o primeiro penta foi o Palmeiras, que depois tornou-se hexacampeão (1967/ 1969/ 1972/ 1973/ 1993/ 1994). Portanto, por culpa única e exclusiva da CBF, que não reconhece o Robertão e que promoveu as confusões em 1987 e 2000 (a estapafúrdia Copa João Havelange), temos de agüentar agora essa palhaçada do Sport, do Flamengo e do São Paulo. Quer saber? Desmontem o troféu e entreguem meia dúzia de bolinhas para cada time! E chega de conversa mole!

Flamengo campeão da Copa União de 1987 - Em pé: Leandro, Zé Carlos, Andrade, Edinho, Leonardo e Jorginho; Agachados: Bebeto, Aílton, Renato Gaúcho, Zico e Zinho. (Técnico: Carlinhos)

domingo, novembro 18, 2007

Mal acostumados

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Já estamos ficando mal acostumados. Porém, no sentido inverso do que a expressão costuma ser usada. Já vemos a seleção brasileira jogando fora contra times de qualidade técnica inferior - caso do Peru hoje - e escutamos dos atletas canarinhos:"tínhamos o objetivo de vencer, mas não podemos desprezar um empate fora de casa". Não???

Pois eu desprezo totalmente. O Brasil jogou, o tempo todo, para empatar com o Peru. Quando à frente no marcador, não se preocupou em atuar aproveitando os contra-ataques que a seleção peruana o presenteava. Os laterais de Dunga são laterais mesmo, não alas, e avançam pouco. Quando defendem, ainda conseguem comprometer, como é o caso do canhoto Gilberto. Seu lado foi a avenida peruana, e suas falhas defensivas só não causaram uma tragédia porque Juan estava inspirado demais. Maicon pouco desceu. Se isso não era orientação técnica, que ambos fossem substituídos.

Os volantes não atacam. Se Mineiro, quando no São Paulo, aparecia próximo à área adversária em momentos cruciais para o Tricolor, na seleção ele não avança. Quanto a Gilberto Silva, melhor que não vá para frente mesmo. Como seu xará de equipe, sua permanência como titular é um enigma.

Quando está zero a zero, Dunga tem um esquema. Quando está um a zero, o esquema é o mesmo. Quando o Peru empata, Dunga substitui. Coloca Elano para jogar no lugar de Robinho, mas na função de Ronaldinho Gaúcho, que ocupa a esquerda que era do atleta madrilenho. Pouco antes, troca Vágner Love por Luis Fabiano. O esquema? Rigorosamente o mesmo. Não consegue fazer uma alteração que seja de fato tática. Por que? O empate fora de casa é bom.

PS: Revi "Pelé Eterno" ontem. O Rei recebe passes de Pepe, Coutinho, Pagão, Dorval... Vendo ontem os passes dados por Vagner Love a Robinho, Kaká e Gaúcho, fico pensando se Pelé seria o Rei caso tivesse que fazer tabelas com o atleta do CSKA.