Destaques

sábado, janeiro 12, 2008

Manchester, um time de encher os olhos

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Tevez, autor de dois gols, comemora a goleada estupenda da sua equipe (Divulgação)

Quem não assistiu à partida entre Manchester United e Newcasttle neste sábado perdeu uma bela oportunidade de ver que ainda pode se jogar bonito e de forma ofensiva. Pressionando o adversário o tempo todo, os Diabos Vermelhos massacraram o rival por 6 a 0, mantendo um tabu de 25 partidas consecutivas sem perder para o Newcasttle no Old Trafford.

Foi um show. O time do (ex?) golden boy Michael Owen, Duff e Caçapa mal teve chance de respirar em um jogo que teve somente 14 faltas no total. Aos 15 minutos, Wayne Rooney já tinha finalizado quatro vezes a gol, mas o grito da torcida não saiu na primeira etapa. O que abriu a porteira foi um chute inteligentíssimo de Cristiano Ronaldo, cobrando falta sofrida por ele próprio. Bola rasteira, no meio da barreira, aos 4 do segundo tempo. O primeiro dos três gols do atacante lusitano na partida, um espetáculo a parte de um atleta que deixou de ser somente um autor de firulas para se transformar no mais espetacular - e nem por isso menos objetivo -atacante do planeta.

Daí pra frente, gols de sem pulo, lançamentos primorosos, troca rápida de bola, passes de calcanhar, de peito, mas sem tentativas de brincadeira ou humilhação. Foi de 6, poderia ter sido de 10. A vitória levou o Manchester à liderança do campeonato inglês.

O trio Rooney, Cristiano Ronaldo e Tevez (2 gols no jogo) mostrou um entrosamento de assustar qualquer defesa, contando ainda com a maestria de Giggs no meio. O único volante de ofício é Carrick, sendo que o meia-atacante Anderson (ex-Porto e Grêmio) joga improvisado de volante, dando qualidade de toque ao meio de campo.

E isso é algo muito interessante. Tirando a óbvia diferença de qualidade do material humano, os treinadores brasileiros costum adaptar jogadores do meio na frente, e de defesa no meio, sempre com a óbvia migração de laterais para a meia ou de volantes para a lateral. Os exemplos são inúmeros. A prioridade aqui é escalar sempre quem tem mais poder de marcação, e não habilidade e técnica. Já Alex Ferguson adaptou o garoto Anderson como volante, algo raro de se ver no país do futebol, e joga só com uma "mata-cobra".

Alguém no Brasil tem ousadia de fazer algo semelhante? Enquanto não aparecer nenhum corajoso, quando quiser assistir futebol bem jogado, vou continuar assistindo às partidas da terra da Rainha. Quem diria...

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Ana Paula volta aos gramados no Paulistão

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A auxiliar de arbitragem mais famosa do Brasil e mais comentada neste blogue está de volta ao futebol profissional. Ana Paula de Oliveira participou da pré-temporada dos árbitros de São Paulo, que se encerra no próximo domingo, dia 13, e vai bandeirar no Paulistão.

Capa da revista Playboy mais vendida do ano passado - segundo a própria foram 200 mil exemplares -, a bandeirinha não atuou mais em partidas oficiais desde sua suposta má atuação na partida entre Botafogo e Figueirense, na Copa do Brasil. Fora de ação, acabou não passando no teste físico realizado em novembro. No dia 21, a auxiliar terá nova chance mas, mesmo assim, seu nome estará no sorteio da escala da primeira rodada do Estadual.

A Federação Paulista acredita que Ana Paula pode trazer mais torcida nas partidas em que estiver presente. O diretor do Departamento de Árbitros da FPF e coronel da reserva da PM, Marcos Marinho, afirmou ao Blog do Boleiro que tem recebido “vários pedidos” de equipes do interior de São Paulo pedindo para que a bandeira seja escalada. “Ela é garantia de público”, sustenta.

Carnaval

Assim como muitos outros boleiros, Ana Paula Oliveira vai estar na Marquês de Sapucaí no Carnaval 2008. A moça foi convidada pela escola de samba carioca Salgueiro para desfilar como destaque em um carro alegórico que trará uma réplica do estádio do Maracanã.

Em defesa da Copinha

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Virou mania descer a lenha na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Eu mesmo já fiz isso, em texto de 2005. Mas, mesmo que não seja o tal do "vestibular da bola", a Copinha tem méritos que não podem ser desprezados.


Parte destes eu vi ontem, em São Bernardo. A rodada teve São Bernardo x Ypiranga-PE e Grêmio x Botafogo-PB. Só tive tempo de chegar para o segundo jogo e gostei muito do que vi.

Não me refiro à partida em si - que foi até meia boca, com o Grêmio vencendo por 3x0 mas passando longe de apresentar um futebol encantador. O que destaco é a festa que estava o estádio. O Baetão (foto), que não é o principal estádio da cidade (a honra cabe ao Primeiro de Maio, aquele das greves de Lula), recebeu um público surpreendente. Arrisco dizer que lá estavam mais de 5 mil pessoas - mais gente que em muitos jogos do Santos em 2007.

Um clima tranquilo, familiar, de pessoas que estavam lá para assistir ao futebol sem compromissos. Ah, também se fez presente a "geral do Grêmio" com suas bandeiras estranhas.

Imagino a relevância que a Copinha deve ter em cidades mais distantes da capital e de jogos da elite do nosso futebol.

Acho que só por isso, a Copa São Paulo já se justifica. Por proporcionar um ambiente de festa relacionado ao futebol.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

E o Ricardo Teixeira estava certo...

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Sem provocar, mas provocando, a mesma IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol) que afirmou que o Santos foi o melhor das Américas fez votação em que Dunga foi eleito o melhor técnico de seleções nacionais em 2007.

Em segundo ficou Slaven Bilic, da seleção croata. Depois, Jorvan Vieira (quem?), brasileiro que treina o Iraque. Entre os dez primeiros, para salvar a lista, aparece Luiz Felipe Scolari, nove posições depois do anão.

Hélio dos Anjos, no comando da Arábia Saudita, foi o 24º, com 5 pontos.

A ex-jogadora Silvia Neid, da seleção feminina da Alemanha ficou em 12º lugar, com 28 pontos.

Deus me livre, definitivamente não entendo mais nada de futebol.

P.S. Para quem não entendeu, o título é ironia, pura ironia.

"O sangue só corre bem quando tem bebida"

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Tom Jobim, para Vinícius de Moraes: "Mas dá pra agüentar?"

Relendo, depois de muitos e muitos anos, o "Chega de saudade (A história e as histórias da bossa nova)", do Ruy Castro, me deparo com mais atenção no seguinte trecho:
"E Vinícius (de Moraes) precisava ser reconstituído a cada dia. Sua frase de que o melhor amigo do homem não era o cachorro, e sim o uísque, não era blague. 'O uísque é o cachorro engarrafado', ele dizia - a sério. Mas a idéia que a posteridade passou a ter, de que o poeta sempre foi uma extensão do copo, não é exata. Nos anos 40 e 50, ele podia ser até considerado um bebedor moderado, em comparação com os grandes profissionais do (bar) Villarino. Jobim situa a escalada alcoólica de Vinícius (e dele próprio, Tom) em 1960, a partir das férias em Brasília para a escrever a 'Sinfonia da alvorada'. Até então, tratava-se de aquecimento. O próprio Tom às vezes se assustava:
'Mas dá pra agüentar, Vinícius?'
E Vinícius respondia:
'O corpo tem de agüentar. O corpo é o laboratório que tem de destilar esse negócio e transformar o álcool em energia. Porque o sangue só corre bem nas veias quando tem bebida.'
As histórias de suas internações para tratamentos de desintoxicação na Clínica São Vicente, na Gávea, eram verdadeiras, por mais que parecessem folclore. Vinícius realmente recebia a chave da clínica e tinha permissão para sair e voltar à hora que quisesse. 'Não posso ficar sem uma farofinha', dizia à nutricionista Rita, enquanto vestia as calças para cair na farra."

Belo ensinamento do saudoso "poetinha" Vinícius de Moraes: o álcool faz bem para a circulação sanguínea. E a culpa da ressaca é da "farofinha"...

Santos é o melhor das Américas em 2007

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Com um título paulista, um vice-campeonato brasileiro e um terceiro lugar na Libertadores, o Santos foi o melhor time das Américas em 2007, segundo o ranking mundial de clubes da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS). O Peixe encerrou o ano com 254 pontos, uma posição à frente do Boca Juniors. O melhor do ano foi o Sevilla (306) e, na seqüencia, vieram Manchester United (281), Milan (280) e Chelsea (277).

A IFFHS é uma entidade credenciada pela FIFA e seu ranking é reconhecido como o oficial da organização máxima do futebol mundial, já que totabiliza os resultados de todas as equipes do futebol do planeta.

Como já esmiuçado em pos anterior, o ranking mede o desempenho das equipes nas competições nacionais e continentais, dando um peso diferente para cada uma delas. Na verdade, o que é analisado é o resultado de cada partida, não havendo qualquer bônus para o time que for campeão. Liga dos Campeões e Libertadores, por exemplo, valem 14 pontos por vitória. Como o Santos foi o melhor time da fase de grupos e sofreu apenas uma derrota na competição, somou mais pontos que o campeão Boca.

Mesmo com todas as conquistas peixeiras de 2002 pra cá, ainda tive que escutar recentemente de dois sãopaulinos que santista vive do passado... Aliás, embora de tendências ideológicas diferentes, ambos têm o hábito fascistinha de tirar sarro de corintianos chamando-os de analfabetos, "pobres" (como se isso fosse ofensa), bandidos etc. Impressionante como o preconceito aproxima direitistas e esquerdistas. Arrependo-me muito de ter torcido pro São Paulo nas conquistas dos Mundiais, não sabia que surgiria uma geração de torcedores tão plenos de soberba e preconceito. Ainda bem que existem os que se salvam, como os colaboradores deste blogue.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Zagas superlativas

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Zelão & Chicão


Betão & Fabão

terça-feira, janeiro 08, 2008

Nos tempos do Futebol Cards

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No final da década de 1970, a marca de chiclete Ping Pong soltou a coleção Futebol Cards, com 486 cartões individuais de jogadores de 22 clubes brasileiros. Me lembro de ter colecionado, mas não sobrou nada comigo. Agora, fuçando na internet, encontrei reproduções de todos os cartões. Engraçado é notar, entre elencos meio obscuros, a presença de futuros técnicos do futebol nacional. Por exemplo:

Estevam Soares, Muricy Ramalho e Emerson Leão


Abel Braga, Nelsinho Baptista e Paulo César Carpegianni


Marco Aurélio, Jair Picerni e Levir Culpi

Há muitos outros perdidos nessa coleção. Quem tiver curiosidade pode acessar http://www.cardspingpong.com.br/

Golaços nas vitórias de Arsenal e Inter

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Na linha “analista de melhores momentos”, vão uns vídeos. Um deles é da vitória do Arsenal por 2 a 0 em cima do West Ham, pelo Campeonato Inglês. Prestem atenção no meia Adebayor. Eu já gosto do futebol dele faz um tempo, desde quando ele era meio que reserva do Henry no time inglês. Em mais umas duas jogadas do cabra que dão gosto de ver.

O outro é dos gols do Inter de Porto Alegre na vitória sobre seu xará de Milão. O gol do Fernandão é do tipo que, se o cara faz uma vez, a gente fala que é cagada. Se faz várias, é craque. O do Nilmar me deixou triste por esse rapaz ter entrado em tantos e tantos atritos com a estupenda diretoria do Parque São Jorge. Se ele voltar a jogar o que sabe, vai ficar difícil segurar o Inter esse ano.

PS.: Os dois links foram vistos no Blogol, de André Kfouri.

O selinho da discórdia

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Dia desses eu estava assistindo TV quando me deparei com um comercial sobre higiene das latas de cerveja. Em tom de campanha educativa, a propaganda dizia que era importante que o usuário higienizasse sua lata antes de consumir o líquido. E o "reclame" alertava ainda que as latas que possuem lacre de alumínio por sobre o furo precisam de cuidado extra, já que o tal lacre criaria uma espécie de "efeito estufa" que mantém as bactérias conservadas até a hora do consumo.

Foi então que me dei conta da real intenção da propaganda. A idéia clara era atacar a Itaipava - única cerveja do mercado nacional que dispõe do tal selinho. A Itaipava, como se sabe, tem apresentado um crescimento significativo. E atua de forma de certo modo independente, já que é uma das poucas empresas nacionais num mercado cada vez mais dominado pelos gigantes.

Quanto ao sabor, deixo para os manguaças mais experientes comentários. Eu sigo com minha humilde opinião de que cerveja é tudo igual.

Pois bem, o tal comercial deu pano pra manga. No dia 27 de dezembro, a veiculação do anúncio foi suspensa. Segundo o Consultor Jurídico, a proibição se deu porque a "pesquisa científica" que apontava o risco do selinho não era tão confiável assim.

Cabe recurso e o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja e a Associação das Indústrias de Refrigerantes - responsável pelo anúncio e que, obviamente, não tem a Itaipava entre os associados - promete lutar pela veiculação da propaganda.

Foto: Luiz Alvarenga/Extra

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Imprensa esportiva paulista x Santos

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Podem me chamar de santista chorão, mas me irrita demais a má vontade da mídia paulista para com o Santos Futebol Clube. Você vai lá no blog do PVC e tem um texto dele cujo título, irônico, é: "Feliz 2008! No Santos?"

Ele começa assim: "Quando Luxemburgo saiu, deveria se acender a luz amarela na Vila Belmiro. Quando chegou Leão, acende-se a vermelha. Mas quando chega Marcinho Guerreiro ..." E mais à frente: "O fim do túnel da Via Imigrantes, em direção a Santos, indica tempos negros, como aqueles do meio dos anos 90, com reforços medianos, times medianos, resultados medianos. Por ora, não dá para pensar de outro jeito sobre o Santos". Dá, sim, PVC.

Ora, se o palmeirense PVC idolatra o negociante Vanderlei Luxemburgo, eu não idolatro (embora o ache muito bom dentro das 4 linhas, e não fora), e como disse um comentarista no blog dele, "com relação ao Leão , Sr. PVC , a última vez que teve um time decente em mãos, preparou a base do São Paulo que viria a ser campeã da Libertadores, Mundial e bi-brasileiro". Fora que as passagens de Leão pelo Santos trazem resultados sempre bons, como se sabe. Claro que isso não garante nada, mas pelo menos o gênio PVC deveria fazer essa ressalva.

Na mesma linha, o Milton Leite comentou outro dia, também com sorriso irônico no Sportv: "Se o Santos quer ganhar alguma coisa, começar com Marcinho Guerreiro, hein". Não sou fã de Marcinho Guerreiro, mas até o Robinho, depois de num jogo (não lembro qual), certa vez elogiou a eficiente marcação do então palmeirense: "ele me marcou bem e... jogou na bola, leal". Naquele jogo, Robinho não fez nada.

Em 2004, o José Trajano passou boa parte do segundo turno do Brasileiro dizendo maravilhas do Atlético-PR e chegou a apostar com o Marcos Caetano que os paranaenses do Levir Culpi seriam campeões. Caetano, que jogou suas fichas no Peixe, ganhou a aposta.

Lembro de outros episódios, mas seria cansativo. É isso.


Licor à base de maconha é lançado na Holanda

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Um licor feito com a planta canabis, o extrato ativo da maconha, foi apresentado numa feira em Amsterdã, na Holanda, nesta segunda-feira, 7 de janeiro. A bebida é composta por 14,5 % de álcool e extrato de maconha, segundo a agência AFP. A Horecava é uma feira em que são apresentadas novidades nos setores de alimentos e bebidas, exclusiva para profissionais do comércio. Na tarde de domingo (06/01), freqüentadores experimentaram a novidade feita com maconha.

O time "biônico" de São Paulo

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Uma brincadeira de mau gosto criada pelo site Futebol Interior pegou gente boa da imprensa, como a Rádio Bandeirantes e o canal Sportv, para ficar só nos exemplos dos quais eu tive conhecimento. O chiste em questão é chamar de "Biônico" o time Social Esportiva Vitória, mais conhecido como SEV/Hortolândia.

Às explicações necessárias. Em 2001, foi fundado na cidade de Votuporanga um time chamado Social Esportiva Votuporanga. Mantinha suas atividades típicas de um clube pequeno do interior paulista, disputando competições das divisões inferiores, quando, em 2005, decidiu mudar de cidade. A alegação dos dirigentes do clube era que a grande distância entre Votuporanga e a capital paulista - mais de 500 quilômetros - dificultava a aparição do clube na mídia e a consequente recepção de investimentos.

A cidade escolhida para abrigar o clube foi Hortolândia, na região de Campinas, distante somente 25 quilômetros da terra de Guarani e Ponte Preta e 115 de São Paulo.

Mesmo jogando em outra cidade, o clube não alterou seu nome, ao menos em um primeiro momento. Continuou se chamando SEV - ainda que no noticiário seu nome passaria a ser SEV/Hortolândia, uma adequação mais que necessária.

O site Futebol Interior, por motivos que desconheço, não "aceitou" a mudança da cidade do clube e adotou como padrão chamá-lo de "SEV/Biônico", ironizando justamente essa mudança de cidade e permanência do nome antigo. Mesmo com a SEV modificando posteriormente seu nome - hoje, SEV é sigla para Social Esportiva Vitória - a brincadeirinha continua e quem acessar o Futebol Interior verá o noticiário se referindo ao "SEV/Biônico".

Eis que o Biôn..., digo, SEV/Hortolândia está disputando a Copa São Paulo atual. Sabemos que a Copinha é uma das únicas oportunidades para que clubes pequenos apareçam na mídia durante o ano. Os veículos pouco afeitos às coisas do interior reproduzem informações de sites mais especializados - como o já citado Futebol Interior. E foi aí que Sportv e Rádio Bandeirantes entraram no jogo e chamaram o simpático time de Hortolândia de "Biônico".

Uma tropeçada que poderia ser evitada com uma simples pesquisa. Afinal, era só estranhar um time com esse nome...

Na imagem, o lobo-guará, mascote do SEV.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Vivendo e aprendendo

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Impagável a didática explicação da Wikipedia sobre como se joga futebol (o grifo é meu):

As duas equipas de onze jogadores cada, disputam pela posse de bola para fazer um golo no adversário. A equipa que fizer mais golos vence a partida; no caso do jogo ser finalizado com o mesmo número de golos ele termina empatado (a não ser que o jogo seja de "eliminação"). Para conduzir a bola os jogadores não podem tocar na mesma com as mãos, braços ou antebraços. Qualquer outra parte do corpo é permitida para se dominar a bola e conduzi-la. A única exceção são os goleiros (ou guarda-redes em Portugal) e no caso de arremessos laterais. Os goleiros são jogadores únicos que ficam embaixo da trave e cujo objetivo é defender a baliza dos chutes adversários, podendo para tal usar qualquer parte do corpo, desde que esteja dentro de um espaço delimitado por linhas chamado de área (ou grande área).

Como diria o Anselmo: "-Ah, bom! Agora entendi!"

Legião Urbana vira time de futebol em Brasília

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Você já ouviu falar da Legião Urbana? Sim, o grupo de pop-rock liderado pelo mítico Renato Russo, cujas canções são presença constante (e, depois de tantos e tantos anos, incômoda) nas rodas de violão. Então, o que a banda tem a ver com futebol?

Quem lê a revista Carta Capital já deve ter visto matéria publicada na edição datada de 26 de dezembro. Fundaram, lá em Brasília, um time com o nome e a inspiração da Legião Urbana. O nome da equipe é Legião Futebol Clube e sua torcida, como relata a repórter Luciana Bento (que é gente fina e já fez até matéria sobre o mitológico Bar do Vavá, a quem foi apresentada por estes manguaças), canta Tempo Perdido nas arquibancadas.

A intenção do time, segundo a reportagem, é conquistar os brasilienses de segunda geração, ou seja, filhos de gente nascida na cidade. Brasília, por ser uma cidade jovem, grande e receber enorme fluxo de migração, acaba tendo traços culturais pouco definidos, na maioria “importados” das regiões de origem dos moradores (os brasilienses que me corrijam se minhas impressões sobre a cidade estão erradas). O mesmo se reflete no futebol, onde a maioria das pessoas torce para times do Rio, segundo ouvi falar. A aposta do novo time é utilizar a identificação dos brasilienses com a banda de Renato Russo para galvanizar uma torcida.

Além disso, o Legião usa estratégias que, em parte, poderiam ser avaliadas por times grandes. Distribui refrigerantes e pipoca para os torcedores, tem “serviço de manobrista, tenda informatizada para a venda de ingressos, atendentes uniformizados, bar com lounge temático, cadeiras numeradas, personalizadas e com protetores higiênicos, banheiros limpos e som ambiente para informação”, relata Luciana. O negócio parece bem feito.

Com isso, consegue levar um monte de gente a seus jogos. “Na final da segunda divisão do campeonato brasiliense de 2006, o time levou 2 mil torcedores ao estádio – contra apenas 800 do adversário, o Brazilândia, um dos mais antigos da cidade”.

O time hoje está disputando a primeira divisão do campeonato local e tem planejamento de se manter nela em 2008. Depois disso, pretende tentar espaço no cenário nacional. Percebam que o time foi criado em 2006, quando disputou a terceira divisão do campeonato local, e já está na primeira. Até onde vai o Legião Urbana?

PS.: Feliz Ano Novo a todos, em nome da equipe do Futepoca!

segunda-feira, dezembro 31, 2007

Um estádio feito com 3 mil litros de pinga

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Além de ser o cafundó onde nasci, Taquaritinga, no interior de São Paulo, é conhecida nacionalmente por ter levantado um estádio de futebol em tempo recorde, o chamado Taquarão (foto ao lado). Reza a lenda que a obra teria sido feita em 90 dias, entre fevereiro e maio de 1983, no início da gestão do prefeito Adail Nunes da Silva - que, depois de seu falecimento, daria nome ao campo de futebol.


Porém, o projetista do estádio, Francisco Palhares Filho (foto abaixo), revelou em 2007, no livro-reportagem "O Baú do Taquarão", trabalho do jovem Leandro Castro como conclusão do curso de Comunicação na Uniara (Araraquara-SP), que essa conversa de "90 dias" é pura demagogia política. O projeto do estádio no local foi sugerido por Palhares em meados de 1979 e a terraplanagem terminada em 1981. Naquele mesmo ano, o presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Nabi Abi Chedid, lançou a pedra fundamental onde, mais tarde, seria o centro do gramado.

Quando o CAT (Clube Atlético Taquaritinga) ganhou o título da Segunda Divisão e o direito de disputar a elite do futebol paulista, em dezembro de 1982, as obras tiveram início de imediato, ainda no governo de Deolindo Dantas. Ou seja: o Taquarão com os primeiros 20 mil lugares (dos 32 mil que teria) prontos na sua inauguração, em 1º de maio de 1983, foi "finalizado" em cinco meses, o que também não deixa de ser uma façanha. Só que o crédito político tem de ser repartido, contradizendo a "versão oficial".

Mas Chico Palhares, como é conhecido, reservou ao Futepoca uma revelação ainda mais bombástica, que não consta no livro de Leandro Castro: cerca de 3 mil litros de pinga foram consumidos nas obras do estádio. Confira o papo:

Futepoca - De onde saiu tanta cachaça?
Chico Palhares - Havia uma usina de álcool combustível na cidade e lá também se produzia pinga. Na época, tinha uns seis tonéis de 15 mil litros cada, o que dá uns 90 mil litros de cachaça. Eu ia até lá e conseguia doações diárias para os pedreiros e serventes que trabalhavam na construção do Taquarão. Foi uma iniciativa pessoal, a Prefeitura não interferia. Eu trabalhava nas obras, era o projetista do estádio e sabia que o serviço era pesado, pelo curto prazo disponível (NR.: se o CAT não tivesse concluído a obra até maio, não teria disputado o Paulistão de 1983). Quis dar um "pagamento extra" aos trabalhadores, eles mereciam.

Futepoca - Quantos eram?
Palhares - Uns 80 no canteiro de obras, calculo. Eu tinha um galão plástico de 20 litros e fazia duas viagens, uma pela manhã e outra à tarde. Ou seja, dava 40 litros diariamente. Com dois "pagamentos", cada trabalhador bebia cerca de meio litro por dia (risos).

Futepoca - Isso durante quanto tempo?
Palhares - Durante uns três meses. Como o pessoal trabalhava de segunda à sexta-feira, dava uns 25 dias de expediente - e cerca de mil litros de cachaça - por mês (risos). No final, foram consumidos uns três mil litros de pinga! Realmente, nunca tinha parado para fazer essas contas. É outro recorde do Taquarão (risos).

Futepoca - Como era feito o "pagamento"?
Palhares - Quando eu chegava, o pessoal já corria até onde eu estava. Você via gente pulando do trator, largando ferramentas, vencendo barrancos, se atropelando (gargalhadas). Até gente idosa, como o velho Boyat, entrava na fila. Aquilo devia ter sido filmado...

Futepoca - Lembra o nome de outros "apreciadores"?
Palhares - Além de mim? (risos). Tinha o João Bagrinho, Laerte Gambá, Carlitão, Zé do Figo, Maestrinho, Zé Lôco, Chiquinho e muitos, muitos outros. Foram verdadeiros heróis - muitos deram volta olímpica no dia da inauguração do estádio, sendo aplaudidos pela torcida. Mas aquela distribuição de cachaça acabou sendo útil: tudo o que eu pedia, eles faziam na hora! (gargalhadas). Só não sei como eles se viraram depois que eu pedi demissão, por divergir da nova gestão na Prefeitura. Acho que a obra ficou mais lenta e o serviço, mais duro (risos).

sexta-feira, dezembro 28, 2007

A tabela e o Corinthians

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Como já noticiado aqui, a CBF divulgou as tabelas da Série A e da Série B do Brasileiro de 2008. Na imprensa da capital, o destaque em relação à segundona foi que a tal tabela iria de encontro aos interesses do Corinthians, que gostaria de ter seus jogos transmitidos aos domingos, embora o contrato do Clube dos 13 com a Globo, que detém os direitos de transmissão das duas séries, a obrigue a exibir nesses dias partidas da Série A.

As pelejas do Alvinegro na segunda estão marcadas para as terças, sextas e domingos. A emissora carioca ainda não decidiu quem vai transmitir os jogos da segunda sendo que, usualmente, tem sido exibidos pela a RedeTV! entre as emissoras abertas. O mais provável é que a Globo transmita apenas os jogos do Alvinegro, embora não saiba onde encaixá-los na grade de programação.

Mas, televisão a parte, a tabela foi bastante generosa com o Timão. Dos doze primeiros jogos, dez serão disputados no estado de São Paulo. Depois da terceira partida contra o ABC, em Natal, são nove seguidas sem precisar pegar um avião. É só conferir aqui. A estratégia de Mano Menezes não pode ser outra: terá que disparar no primeiro turno para trazer a equipe de volta para a elite do futebol tupiniquim.



Saudades do freguês

Enquanto isso, depois de jogo beneficente realizado na Vila Belmiro, o atacante Robinho, que nunca perdeu uma partida para o clube do Parque São Jorge entre 2002 e o primeiro semestre de 2005, comentou a situação do rival. "Fico triste pelo Corinthians, que tem uma torcida grande e bonita. Só torço para o Santos, e não contra os outros clubes", disse, para espetar na seqüência. "Espero que o Corinthians volte à primeira divisão para jogar outras vezes com o Santos na Vila Belmiro e perder".

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Magrão não aprende

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Errar é humano, insistir no erro é burrice. E cometer o mesmo erro pela terceira vez, o que é, então?

A situação descrita acima se aplica ao volante Magrão. Aquele, que começou no São Caetano.

Quando ele era atleta do Palmeiras, foi um dos principais ídolos da torcida verde. E merecidamente. Além da qualidade técnica (sim, ele tem isso), Magrão se destacava pela valentia, identificação com a torcida, parecia mesmo um torcedor em campo.

Em 2004, numa entrevista, Magrão cometeu seu primeiro erro. Declarou com todas as letras que jamais jogaria pelo Corinthians. "Sempre fui palmeirense, mas jamais desrespeitei outros clubes. O maior rival do Palmeiras é o Corinthians. São Paulo e Santos nem tanto, poderia jogar numa boa. Já no Corinthians, o torcedor do Palmeiras ficaria magoado", disse o volante, empolgado com seu posto de ídolo no Parque Antarctica.

Meses depois, como se sabe, Magrão foi anunciado como reforço do Corinthians.

E tratou se fazer seu filme com a Fiel agindo exatamente da mesma forma. Ao invés de somente jogar seu futebol - que tem qualidade, repito - gastou tempo falando da identificação com a garra corintiana, que se sentia um verdadeiro torcedor de arquibancada, que seu coração era alvinegro e blablabla.


Agora Magrão está no Inter de Porto Alegre. E vejam o que ele fala ao site oficial do clube:

“Vim para o Inter porque me identifiquei com a massa colorada". E ao falar das tatuagens que tem pelo corpo, acrescenta: "Estou me sentindo muito bem aqui no Beira-Rio. Talvez faça uma tatuagem para eternizar este momento".

Mais uma vez ele faz, para ser bem claro, papel de bobo. É bonito um jogador que se identifica com sua torcida, é claro - os são-paulinos sabem bem como isso funciona, já que o caso Rogério Ceni é um dos únicos dos dias atuais. Mas tem que ser bem tonto pra entrar nessa cantilena no atual mundo do futebol, dinâmico como poucos.

Sinceramente, torço para que Magrão faça a tatuagem e depois receba uma proposta irrecusável do Grêmio.

Brasileirão: 2008 já começou

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Para quem ainda está digerindo o panetone, o pernil e curando a ressaca e já preparando para a próxima bebedeira de Ano Novo, é bom saber que a dor de cabeça para alguns e alegria para outros, o Brasileirão 2008, já começou.

Pela primeira vez sem o rebaixado Corinthians, mas com a volta do Vitória e da Portuguesa, foi divulgada a tabela do maior campeonato do país, que começa em maio.

Veja a primeira rodada, que acontece nos dias 10 e 11 de maio:

Botafogo x Sport

Internacional x Vasco

Vitória x Cruzeiro

Portuguesa x Figueirense

Coritiba x Palmeiras

Náutico x Goiás

Flamengo x Santos

Ipatinga x Atlético-PR

Atlético x Fluminense

São Paulo x Grêmio


A tabela completa pode ser acessada no site da CBF.


A sorte está lançada, façam suas apostas.

domingo, dezembro 23, 2007

O tamanho das torcidas

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Ia responder ao comentário da Thalita no post abaixo sobre o Santos ser líder de audiência televisiva, mas achei melhor fazer outro texto. Quando se fala em tamanho de torcidas, a polêmica é certa. As pesquisas, em geral, dão resultados bastante semelhantes. O Flamengo tem a maior, seguido do Corinthians, com variações entre pesquisas que ficam sempre dentro da margem de erro. Em seguida, São Paulo e Palmeiras que, em geral, aparecem empatados estatisticamente, e Vasco. Daí em diante, alternam-se, de acordo com o gosto do freguês ou do instituto, Grêmio, Cruzeiro e Santos.

Portanto, difícil dizer que uma torcida de seis milhões pessoas, como se estima que seja a do Santos, é “pequena”, como afirma a companheira blogueira. Ainda mais levando-se em consideração que os cinco primeiros colocados nas amostragens são das duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto o Peixe vem de um município com menos de 500 mil habitantes, 20 vezes menos que a capital do estado. Mas se essa torcida é “pequena”, o que será dito então de Atlético (MG), Fluminense, Botafogo e Internacional, que em todos os levantamentos têm menos adeptos que o clube da Vila? Erro comum, motivado por rivalidade clubística e que também tem o dedo da grande mídia esportiva. Em geral, desinformada; no limite, com uma inegável simpatia por alguns times.

A torcida sãopaulina cresce?

A torcida do São Paulo é a que mais cresce no Brasil. Pelo menos é o que se fala de forma corrente por aí. Tem até publicitário sãopaulino travestido de articulista (a profissão é mera coincidência?) dizendo que já é a segunda maior do país, a frente, pasmem, do Flamengo. A suposição se baseia em um suposto complô dos institutos motivados por interesses comerciais. Nada mais livre de tais interesses do que um profissional de marketing. Enfim, a base para se afirmar isso é zero. Como é zero também, em termos estatísticos, dizer que a torcida tricolor é a que mais cresce.

De acordo com as pesquisas do Datafolha, com série iniciada em 1993, o São Paulo tinha 7% dos torcedores do país, enquanto o Palmeiras tinha 5%. Na última pesquisa, o Tricolor tinha 8%, variação dentro da margem de erro, enquanto o Verdão tinha os mesmos 8%. O Palmeiras é o único grande que cresceu fora da margem de erro em todo o período analisado, 14 anos.

Títulos atraem torcedores? Provavelmente, assim como ídolos carismáticos. Impossível medir o efeito de fenômenos recentes nesse caso, como Rogério Ceni ou Diego e Robinho, já que as pesquisas só entrevistam maiores de 16. Jejuns diminuem a torcida? Sem dúvida, como mostra a composição etária da torcida corintiana, com baixo índices entre aqueles que sofreram com a fila de 23 anos. Sim, ao contrário de outro lugar comum, os corintianos não aumentaram em termos proporcionais no sofrido período, mas ganharam algumas marcas que fazem questão de ostentar, a de “sofredor” e “fiel”.

Um bom período para os rivais do Tricolor

Portanto, levando-se em conta esses critérios, a estabilidade da torcida tricolor se explica. Foram 11 anos, de 1994 a 2004, sem títulos nacionais ou internacionais, mas, o que é muito pior para o sãopaulino, é que os rivais acabaram fazendo a festa nesse intervalo, mandando em períodos sucessivos no futebol brasileiro. O Palmeiras foi campeão brasileiro, da Copa do Brasil e da Libertadores. O Corinthians obteve dois títulos nacionais e duas Copas do Brasil, enquanto o Santos saiu da fila e conseguiu dois campeonatos brasileiros, além de um vice na Libertadores. Não foi um período bom para a torcida do São Paulo crescer.

Outro dado curioso em relação à torcida sãopaulina é a queda do número de adeptos que ela tinha na capital paulista de 1993, ano do bi-mundial, para 1995. Houve uma redução de 31% para 21% no número de torcedores, que se manteve estável, com oscilações na margem de erro,até o último levantamento de outubro de 2007. Ou seja, a declaração desse tipo de fã pode ter sido mais por causa de um modismo e da presença de Raí, Miller e Zetti, do que propriamente uma conversão. Ganha-se na alta e somem os lucros na baixa. O torcedor não era, de verdade, um torcedor.

A discussão é polêmica, mas os dados que são mais confiáveis estão disponíveis nas páginas da internet dos institutos. Bem menos passíveis de dúvida do que a impressão que cada um tem andando nas ruas e medindo o número de camisas de clubes que circulam por aí.