Destaques

terça-feira, janeiro 15, 2008

Para deleite dos adversários

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O São Paulo anunciou hoje a contratação do meia Carlos Alberto (ex- Corinthians), que estava encostado no Werder Bremen, da Alemanha.

Ai jisuis!

De acordo com a Gazeta Esportiva.net, o jogador vem para a posição de Leandro, já negociado com o futebol japonês.

Imagina só a balada que vai virar o São Paulo, com Adriano e Carlos Alberto. Vão chamar mais quem, o Romário?

Vou chorar um pouquinho lá no canto e já volto.

update: o Flamengo levou Diego Tardelli. Nem só de más notícias está feito esse dia.

Estádios brasileiros para 2014: infográfico no Google Maps

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Só descobri nesta terça-feira, 15, um infográfico curioso via Google Maps, produzido pela Agência Brasil sobre os estádios brasileiros candidatos a sede da Copa de 2014.



Além da localização, eles apresentam os pontos críticos. A fonte é um estudo do Sindicato Nacional da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), publicado em dezembro. Como é foto de satélite, é possível ampliar e se divertir com a visão aérea das regiões.

O Morumbi, por exemplo, tem grades que prejudicam a visão do jogo, cabines de imprensa inadequadas e armaduras da laje do anel superior expostas. A Vila Belmiro tem cabine de TV precária, arquibancada com pé-direito baixo, vestiário do time visitante sem ventilação e trincas e infiltração nas lajes. O Palestra Itália, que saiu na frente pelo menos nos planos de reforma, tem trinca na estrutura da escada de acesso à arquibancada, sanitários em condições precárias (igual à maioria dos estádios), piso do vestiário do árbitro em péssimo estado e setor destinado a portadores de necessidades especiais sem espaço para cadeirantes (!).

Vale a leitura.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Contratação pára a Mooca

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O time da Javari começou de maneira bombástica o ano de 2008. Foi anunciada nesse final de semana a contratação do volante Vampeta, que joga pelo Juventus o Campeonato Paulista de 2008.

Vampeta já treinou no novo clube, mas... anunciou que não tem condições de estrear nesta quarta-feira contra o Noroeste.

Boa sorte ao Juventus nesse campeonato!

Futepoca pauta até o título do Meio&Mensagem

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O Futepoca pauta a mídia. Os mais novos leitores estão na redação do Meio&Mensagem. Na edição desta segunda-feira, 14, usam o título "Selo da discórdia", praticamente o mesmo usado pelo supracitado blogue: "O selinho da discórdia", escrito por Olavo Soares.

Registro feito.

Cachaceiro tem saudade da prisão

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Publico aqui uma contribuição do Mouzar Benedito. Além de acompanhar de perto a guerrilha urbana durante a ditadura (não há um líder de grupo de esquerda em atividade nos anos 60 e 70 que não tenha se sentado ao lado dele num boteco), Mouzar visitou dezenas de presos políticos nos anos 70, fazendo reportagens sobre as prisões. E, manguaça experimentado que é, já foi jurado em concursos de cachaça.

A crônica que apresento a seguir fará parte de um livro de memórias burlescas da ditadura militar a ser publicado em breve pela editora Publisher Brasil.


Pinga de abacaxi

Por Mouzar Benedito



É tradicional entre todos os tipos de preso a tentativa de fazer uma bebida alcoólica qualquer, já que é proibida a entrada de álcool nos presídios. E para quem está preso, ah... que saudade!

Nos presídios “comuns”, é muito conhecida uma bebida chamada “maria louca”, feita de casca de laranja, e restos de muitos alimentos. Quem já tomou diz que é péssima. Só mesmo preso para beber isso.

Os presos políticos pesquisaram bastante sobre a possibilidade de fazer cachaça na cadeia, principalmente a matéria-prima. Foram experimentando que frutas davam boas cachaças. Macetavam as frutas, punham para fermentar em baldes escondidos nas celas e, quando a fermentação atingia o ponto certo, destilavam de madrugada, quando os carcereiros não apareciam por ali, usando uma panela de pressão. Ligavam uma serpentina (feita por eles mesmos, às vezes uma mangueirinha) à válvula da panela de pressão e faziam a serpentina passar por um balde de água fria, para condensar o vapor que passava pela serpentina.

Fubá, milho e muitas frutas foram experimentadas, mas o que deu mais certo foi o abacaxi. Meu amigo e conterrâneo José Roberto Rezende [Mouzar é de Nova Rezende, Minas Gerais], que fez essas experiências nos presídios por que passou, tornou-se o melhor alambiqueiro da cadeia, no Rio de Janeiro.

Muitas visitas levavam abacaxi para os presos, e imagino que os carcereiros deviam imaginar: “Como esses presos gostam de abacaxi!”.

Eu mesmo entrava no presídio da rua Frei Caneca, no Rio, para visitar os presos, e às vezes saía de lá meio de fogo. Gostava da pinga feita pelo Zé Roberto e pelo Mané Henrique, o segundo melhor alambiqueiro.

O Zé Roberto tinha sido condenado a duas prisões perpétuas e mais 69 anos de cadeia. Brincávamos muito, dizendo que ele teria que morrer duas vezes e ressuscitar para cumprir a pena. Depois da Lei da Anistia e da revisão das condenações, sua pena ficou reduzida a quinze anos, e ele cumpriu oito anos e sete meses de cana. Quando saiu, ficou morando no Rio, onde só existiam cachaças muito ruins, na época, e um dia perguntei – de propósito – se ele não tinha saudade de alguma coisa da cadeia. Ele sapecou:

Olha, saudade, nenhuma. Tem uma coisa que pode parecer cinismo, mas a pinga que a gente fazia lá é melhor do que essas que vendem nos botecos do Rio.

Concordei.

Quanta maldade...

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Reproduzo na íntegra post do Blog do Mino Carta sobre a acusação feita por José Dirceu contra Heloísa Helena (foto) em entrevista à revista Piauí. Muita maldade, a do jornalista...

Dos encontros bíblicos na savana planaltina
Na reportagem publicada pela Piauí sobre José Dirceu, ele comenta que Heloísa Helena votou contra a cassação de Luis Estevão “por motivos impublicáveis”. Quais seriam? Certo é que a savana planaltina, a cidade oficial de concepção mussoliniana, ou stanilista, e sua invencível distância do Brasil e do mundo, ao propiciarem as melancolias da solidão, oferecem a oportunidade de estranhos encontros, às vezes bíblicos. Se os motivos impublicáveis forem aqueles que imagino, louve-se a virilidade de Luis Estevão.

Ex-dirigente corintiano tem prisão decretada

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O ex-vice-presidente de futebol do Corinthians, Antoine Gebran, teve prisão decretada por conta da acusação de crimes contra a organização do trabalho. A notícia saiu no boletim jurídico Última Instância, e é o segundo mandado de prisão contra o ex-dirigente, que já é procurado por não pagar pensão alimentícia. Dois funcionários da empresa de Forte’s Vigilância, que seria do ainda conselheiro corintiano, e o diretor do sindicato dos vigilantes de Santo André (SP) foram presos em flagrante na última sexta-feira (11/1).

O delegado de crimes das relações sindicais e de acidentes de trabalho Nilson Caneloi Junior, afirmou que a Polícia Federal apreendeu armas dentro da empresa, no bairro do Butantã, zona oeste de São Paulo. “Recolhemos quatro armas de fogo e uma arma branca que seriam do dono da empresa”, disse. Gebran está foragido.

Ficha de Gebran

Escolhido como vice-presidente de futebol por Andrés Sanchez, o impoluto, Gebran já fazia parte da administrção de Alberto Dualib, e é daqueles dirigentes considerados... "polêmicos". O ex-árbitro Euclydes Zamperetti Fiori, no livro A República do Apito já acusava o corintiano de pressionar juízes para favorecerem o Corinthians.

O dirigente mostrou ter muita visão quando, à época da contratação do treinador Nelsinho Baptista, declarou à imprensa: "No momento nós não podíamos arriscar. Nós precisávamos de um técnico experiente. Esse caso de Nelsinho que está passando agora é normal. Para mim, o Nelsinho é um dos melhores técnicos do Brasil". O Timão estava fora da zona do rebaixamento àquela altura.

Também metido a profeta, o cartola declarou no início do mês de setembro, em programa da Rede Gazeta: "Não acho o São Paulo favorito para ser campeão. Muito pelo contrário. Nós, corintianos, já sabemos que o time do querido Juvenal Juvêncio (presidente do clube), quando começa a descer a ladeira, não pára. É só darem uma tropeçada que não vão parar de perder. Vai ser uma atrás da outra. E o Corinthians, na ascensão que está, irá terminar o campeonato na frente deles”, declarou.

domingo, janeiro 13, 2008

Épico!

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Acabo de assistir Milan 5 x 2 Napoli, pelo campeonato italiano. O jogo foi sensacional, por vários motivos: Ronaldo Nazário jogou muito bem, deu assistências e marcou dois gols (entre eles uma raridade, de cabeça, aos 35 segundos da etapa final, matando qualquer pretensão dos napolitanos), Kaká marcou um golaço de fora da área e, para coroar sua excelente estréia com a camisa milanesa, Alexandre Pato (foto) pegou um passe de 40 metros, chapelou o zagueiro e completou com frieza a goleada dos donos da casa, para absoluto delírio da torcida. Fora isso, fuzilou o goleiro adversário com perigo pelo menos meia-dúzia de vezes. Épico, simplesmente épico.

"Posso dizer duas coisas: sorria e beba"

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No show "Nana Caymmi - Uma história de sucesso", um dos melhores espetáculos da década de 1990, registrado em DVD, a maravilhosa (e desbocada) cantora dá uma lição de vida à platéia:

"A gente, quando tem problemas muito graves, só fala com a gente mesma. Um bom copo de uísque, um bom copo de cerveja. Eu condeno os remédios, mas o álcool é uma grande solução pra quando não há solução. Pra casos trágicos, amargos, pra filhos problemáticos, com lesão cerebral - no caso, o meu (refere-se ao filho João Gilberto, que sofreu grave acidente de moto em 1989). Essas coisas. Então, eu posso dizer duas coisas: sorria e beba. Tem médico que vai dizer que eu tô...(errada). Mas eu também não tô nem aí, não tô mais aí pra essas coisas, não."

Com umas doses de uísque a mais, durante um mega-evento de uma gravadora, Nana protagonizou uma das melhores gafes da história de transmissões ao vivo da televisão brasileira. O insuportável Amaury Júnior se aproximou e, sem nada inteligente para dizer, perguntou qual o segredo dela para atrair sempre homens mais jovens. Nana foi fulminante, ao vivo, para o país inteiro: "-Eu dou o c.!". Amaury, com aquele sorriso que só sua cretinice ímpar consegue ostentar, saiu pela tangente balbuciando para a câmera: "-Essa Nana, sempre espirituosa!". Inesquecível.

Nas priscas eras do humor nacional

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"Depois da China, Sarney vai à merda". Era assim que o jornal Planeta Diário manchetava uma das inúmeras viagens presidenciais de José Sarney, em julho de 1988. Essa era apenas um mostra do caráter anárquico do periódico fundado por Hubert, Reinaldo e Cláudio Paiva em 1984. Egressos do antigo Pasquim, o trio soube aproveitar com poucos o início da democratização brasileira, não poupando políticos (seu alvo preferencial), militares, personalidades e nem mesmo minorias. Anões, portugueses, judeus, homossexuais também eram vítimas das piadas disfarçadas de notícias.

O número de estréia trazia manchetes como "Maluf se entrega à polícia", "Nelson Ned é o novo menudo" e "Newton Cruz prende Deus". A aventura durou até 1992. Hoje, Hubert e Reinaldo fazem parte do elenco e da produção do já pasteurizado Casseta & Planeta (resultado da união destes com a turma da revista Casseta Popular), enquanto Cláudio Paiva foi redator final da TV Pirata e faz o mesmo trabalho hoje na Grande Família.

Abaixo, duas "notícias" extraídas do livro O Planeta Diário, da Editora Desiderata. Uma sobre a queda do comunismo e o posterior desmembramento da União Soviética, e outra sobre o então ídolo (posteriormente promovido a santo) Ayrton Senna, versando sobre sua suposta homossexualidade e fervorosa devoção religiosa. Um humor impossível de ser reproduzido nos dias de reinado do "politicamente correto".

Setembro de 1991

Jânio Quadros: "Comunistas caíram porque não sabem beber"

Conhaque de Azerbaijão de São João da Barra - O ex-presidente Jânio Quadros, participando de um seminário sobre a queda do alcoolismo na União Soviética, declarou que a queda do alcoolismo soviético se deve ao racionamento de vodca, servida em doses tão ridículas que não davam nem para os burocratas do PC ficarem "legais". Jânio reclamou também que, com o tempo, os mais puros ideais do alcoolismo-leninismo foram se diluindo devido ao excesso de gelo servido nos bares da Sibéria. Apesar de triste com a crise do alcoolismo, ao final do seminário Jânio estava alegre e vendo vários países onde antes só via a União Soviética.

Maio de 1998

Acidente na Fórmula 1
Senna se abaixa no box para pegar o sabonete

24 horas de Le Mans - Ayrton Senna, o único brasileiro que deu certo lá fora além dos travestis, sofreu ontem um acidente durante os treinos para ver quem ia ficar na pole position (o piloto por baixo e o carro por cima). Devido a uma falha mecânica, o sabonete caiu no chão do box, e Senna não sabia se abaixava ou não para pegar, pois Alain Prost estava próximo da sua traseira, esperando uma oportunidade para entrar no seu vácuo. Senna teve então que marcar um encontro com Prost depois da corrida, porque Deus estava do seu lado e o Todo-Poderoso é muito ciumento.

sábado, janeiro 12, 2008

Manchester, um time de encher os olhos

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Tevez, autor de dois gols, comemora a goleada estupenda da sua equipe (Divulgação)

Quem não assistiu à partida entre Manchester United e Newcasttle neste sábado perdeu uma bela oportunidade de ver que ainda pode se jogar bonito e de forma ofensiva. Pressionando o adversário o tempo todo, os Diabos Vermelhos massacraram o rival por 6 a 0, mantendo um tabu de 25 partidas consecutivas sem perder para o Newcasttle no Old Trafford.

Foi um show. O time do (ex?) golden boy Michael Owen, Duff e Caçapa mal teve chance de respirar em um jogo que teve somente 14 faltas no total. Aos 15 minutos, Wayne Rooney já tinha finalizado quatro vezes a gol, mas o grito da torcida não saiu na primeira etapa. O que abriu a porteira foi um chute inteligentíssimo de Cristiano Ronaldo, cobrando falta sofrida por ele próprio. Bola rasteira, no meio da barreira, aos 4 do segundo tempo. O primeiro dos três gols do atacante lusitano na partida, um espetáculo a parte de um atleta que deixou de ser somente um autor de firulas para se transformar no mais espetacular - e nem por isso menos objetivo -atacante do planeta.

Daí pra frente, gols de sem pulo, lançamentos primorosos, troca rápida de bola, passes de calcanhar, de peito, mas sem tentativas de brincadeira ou humilhação. Foi de 6, poderia ter sido de 10. A vitória levou o Manchester à liderança do campeonato inglês.

O trio Rooney, Cristiano Ronaldo e Tevez (2 gols no jogo) mostrou um entrosamento de assustar qualquer defesa, contando ainda com a maestria de Giggs no meio. O único volante de ofício é Carrick, sendo que o meia-atacante Anderson (ex-Porto e Grêmio) joga improvisado de volante, dando qualidade de toque ao meio de campo.

E isso é algo muito interessante. Tirando a óbvia diferença de qualidade do material humano, os treinadores brasileiros costum adaptar jogadores do meio na frente, e de defesa no meio, sempre com a óbvia migração de laterais para a meia ou de volantes para a lateral. Os exemplos são inúmeros. A prioridade aqui é escalar sempre quem tem mais poder de marcação, e não habilidade e técnica. Já Alex Ferguson adaptou o garoto Anderson como volante, algo raro de se ver no país do futebol, e joga só com uma "mata-cobra".

Alguém no Brasil tem ousadia de fazer algo semelhante? Enquanto não aparecer nenhum corajoso, quando quiser assistir futebol bem jogado, vou continuar assistindo às partidas da terra da Rainha. Quem diria...

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Ana Paula volta aos gramados no Paulistão

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A auxiliar de arbitragem mais famosa do Brasil e mais comentada neste blogue está de volta ao futebol profissional. Ana Paula de Oliveira participou da pré-temporada dos árbitros de São Paulo, que se encerra no próximo domingo, dia 13, e vai bandeirar no Paulistão.

Capa da revista Playboy mais vendida do ano passado - segundo a própria foram 200 mil exemplares -, a bandeirinha não atuou mais em partidas oficiais desde sua suposta má atuação na partida entre Botafogo e Figueirense, na Copa do Brasil. Fora de ação, acabou não passando no teste físico realizado em novembro. No dia 21, a auxiliar terá nova chance mas, mesmo assim, seu nome estará no sorteio da escala da primeira rodada do Estadual.

A Federação Paulista acredita que Ana Paula pode trazer mais torcida nas partidas em que estiver presente. O diretor do Departamento de Árbitros da FPF e coronel da reserva da PM, Marcos Marinho, afirmou ao Blog do Boleiro que tem recebido “vários pedidos” de equipes do interior de São Paulo pedindo para que a bandeira seja escalada. “Ela é garantia de público”, sustenta.

Carnaval

Assim como muitos outros boleiros, Ana Paula Oliveira vai estar na Marquês de Sapucaí no Carnaval 2008. A moça foi convidada pela escola de samba carioca Salgueiro para desfilar como destaque em um carro alegórico que trará uma réplica do estádio do Maracanã.

Em defesa da Copinha

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Virou mania descer a lenha na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Eu mesmo já fiz isso, em texto de 2005. Mas, mesmo que não seja o tal do "vestibular da bola", a Copinha tem méritos que não podem ser desprezados.


Parte destes eu vi ontem, em São Bernardo. A rodada teve São Bernardo x Ypiranga-PE e Grêmio x Botafogo-PB. Só tive tempo de chegar para o segundo jogo e gostei muito do que vi.

Não me refiro à partida em si - que foi até meia boca, com o Grêmio vencendo por 3x0 mas passando longe de apresentar um futebol encantador. O que destaco é a festa que estava o estádio. O Baetão (foto), que não é o principal estádio da cidade (a honra cabe ao Primeiro de Maio, aquele das greves de Lula), recebeu um público surpreendente. Arrisco dizer que lá estavam mais de 5 mil pessoas - mais gente que em muitos jogos do Santos em 2007.

Um clima tranquilo, familiar, de pessoas que estavam lá para assistir ao futebol sem compromissos. Ah, também se fez presente a "geral do Grêmio" com suas bandeiras estranhas.

Imagino a relevância que a Copinha deve ter em cidades mais distantes da capital e de jogos da elite do nosso futebol.

Acho que só por isso, a Copa São Paulo já se justifica. Por proporcionar um ambiente de festa relacionado ao futebol.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

E o Ricardo Teixeira estava certo...

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Sem provocar, mas provocando, a mesma IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol) que afirmou que o Santos foi o melhor das Américas fez votação em que Dunga foi eleito o melhor técnico de seleções nacionais em 2007.

Em segundo ficou Slaven Bilic, da seleção croata. Depois, Jorvan Vieira (quem?), brasileiro que treina o Iraque. Entre os dez primeiros, para salvar a lista, aparece Luiz Felipe Scolari, nove posições depois do anão.

Hélio dos Anjos, no comando da Arábia Saudita, foi o 24º, com 5 pontos.

A ex-jogadora Silvia Neid, da seleção feminina da Alemanha ficou em 12º lugar, com 28 pontos.

Deus me livre, definitivamente não entendo mais nada de futebol.

P.S. Para quem não entendeu, o título é ironia, pura ironia.

"O sangue só corre bem quando tem bebida"

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Tom Jobim, para Vinícius de Moraes: "Mas dá pra agüentar?"

Relendo, depois de muitos e muitos anos, o "Chega de saudade (A história e as histórias da bossa nova)", do Ruy Castro, me deparo com mais atenção no seguinte trecho:
"E Vinícius (de Moraes) precisava ser reconstituído a cada dia. Sua frase de que o melhor amigo do homem não era o cachorro, e sim o uísque, não era blague. 'O uísque é o cachorro engarrafado', ele dizia - a sério. Mas a idéia que a posteridade passou a ter, de que o poeta sempre foi uma extensão do copo, não é exata. Nos anos 40 e 50, ele podia ser até considerado um bebedor moderado, em comparação com os grandes profissionais do (bar) Villarino. Jobim situa a escalada alcoólica de Vinícius (e dele próprio, Tom) em 1960, a partir das férias em Brasília para a escrever a 'Sinfonia da alvorada'. Até então, tratava-se de aquecimento. O próprio Tom às vezes se assustava:
'Mas dá pra agüentar, Vinícius?'
E Vinícius respondia:
'O corpo tem de agüentar. O corpo é o laboratório que tem de destilar esse negócio e transformar o álcool em energia. Porque o sangue só corre bem nas veias quando tem bebida.'
As histórias de suas internações para tratamentos de desintoxicação na Clínica São Vicente, na Gávea, eram verdadeiras, por mais que parecessem folclore. Vinícius realmente recebia a chave da clínica e tinha permissão para sair e voltar à hora que quisesse. 'Não posso ficar sem uma farofinha', dizia à nutricionista Rita, enquanto vestia as calças para cair na farra."

Belo ensinamento do saudoso "poetinha" Vinícius de Moraes: o álcool faz bem para a circulação sanguínea. E a culpa da ressaca é da "farofinha"...

Santos é o melhor das Américas em 2007

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Com um título paulista, um vice-campeonato brasileiro e um terceiro lugar na Libertadores, o Santos foi o melhor time das Américas em 2007, segundo o ranking mundial de clubes da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS). O Peixe encerrou o ano com 254 pontos, uma posição à frente do Boca Juniors. O melhor do ano foi o Sevilla (306) e, na seqüencia, vieram Manchester United (281), Milan (280) e Chelsea (277).

A IFFHS é uma entidade credenciada pela FIFA e seu ranking é reconhecido como o oficial da organização máxima do futebol mundial, já que totabiliza os resultados de todas as equipes do futebol do planeta.

Como já esmiuçado em pos anterior, o ranking mede o desempenho das equipes nas competições nacionais e continentais, dando um peso diferente para cada uma delas. Na verdade, o que é analisado é o resultado de cada partida, não havendo qualquer bônus para o time que for campeão. Liga dos Campeões e Libertadores, por exemplo, valem 14 pontos por vitória. Como o Santos foi o melhor time da fase de grupos e sofreu apenas uma derrota na competição, somou mais pontos que o campeão Boca.

Mesmo com todas as conquistas peixeiras de 2002 pra cá, ainda tive que escutar recentemente de dois sãopaulinos que santista vive do passado... Aliás, embora de tendências ideológicas diferentes, ambos têm o hábito fascistinha de tirar sarro de corintianos chamando-os de analfabetos, "pobres" (como se isso fosse ofensa), bandidos etc. Impressionante como o preconceito aproxima direitistas e esquerdistas. Arrependo-me muito de ter torcido pro São Paulo nas conquistas dos Mundiais, não sabia que surgiria uma geração de torcedores tão plenos de soberba e preconceito. Ainda bem que existem os que se salvam, como os colaboradores deste blogue.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Zagas superlativas

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Zelão & Chicão


Betão & Fabão

terça-feira, janeiro 08, 2008

Nos tempos do Futebol Cards

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No final da década de 1970, a marca de chiclete Ping Pong soltou a coleção Futebol Cards, com 486 cartões individuais de jogadores de 22 clubes brasileiros. Me lembro de ter colecionado, mas não sobrou nada comigo. Agora, fuçando na internet, encontrei reproduções de todos os cartões. Engraçado é notar, entre elencos meio obscuros, a presença de futuros técnicos do futebol nacional. Por exemplo:

Estevam Soares, Muricy Ramalho e Emerson Leão


Abel Braga, Nelsinho Baptista e Paulo César Carpegianni


Marco Aurélio, Jair Picerni e Levir Culpi

Há muitos outros perdidos nessa coleção. Quem tiver curiosidade pode acessar http://www.cardspingpong.com.br/

Golaços nas vitórias de Arsenal e Inter

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Na linha “analista de melhores momentos”, vão uns vídeos. Um deles é da vitória do Arsenal por 2 a 0 em cima do West Ham, pelo Campeonato Inglês. Prestem atenção no meia Adebayor. Eu já gosto do futebol dele faz um tempo, desde quando ele era meio que reserva do Henry no time inglês. Em mais umas duas jogadas do cabra que dão gosto de ver.

O outro é dos gols do Inter de Porto Alegre na vitória sobre seu xará de Milão. O gol do Fernandão é do tipo que, se o cara faz uma vez, a gente fala que é cagada. Se faz várias, é craque. O do Nilmar me deixou triste por esse rapaz ter entrado em tantos e tantos atritos com a estupenda diretoria do Parque São Jorge. Se ele voltar a jogar o que sabe, vai ficar difícil segurar o Inter esse ano.

PS.: Os dois links foram vistos no Blogol, de André Kfouri.

O selinho da discórdia

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Dia desses eu estava assistindo TV quando me deparei com um comercial sobre higiene das latas de cerveja. Em tom de campanha educativa, a propaganda dizia que era importante que o usuário higienizasse sua lata antes de consumir o líquido. E o "reclame" alertava ainda que as latas que possuem lacre de alumínio por sobre o furo precisam de cuidado extra, já que o tal lacre criaria uma espécie de "efeito estufa" que mantém as bactérias conservadas até a hora do consumo.

Foi então que me dei conta da real intenção da propaganda. A idéia clara era atacar a Itaipava - única cerveja do mercado nacional que dispõe do tal selinho. A Itaipava, como se sabe, tem apresentado um crescimento significativo. E atua de forma de certo modo independente, já que é uma das poucas empresas nacionais num mercado cada vez mais dominado pelos gigantes.

Quanto ao sabor, deixo para os manguaças mais experientes comentários. Eu sigo com minha humilde opinião de que cerveja é tudo igual.

Pois bem, o tal comercial deu pano pra manga. No dia 27 de dezembro, a veiculação do anúncio foi suspensa. Segundo o Consultor Jurídico, a proibição se deu porque a "pesquisa científica" que apontava o risco do selinho não era tão confiável assim.

Cabe recurso e o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja e a Associação das Indústrias de Refrigerantes - responsável pelo anúncio e que, obviamente, não tem a Itaipava entre os associados - promete lutar pela veiculação da propaganda.

Foto: Luiz Alvarenga/Extra

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Imprensa esportiva paulista x Santos

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Podem me chamar de santista chorão, mas me irrita demais a má vontade da mídia paulista para com o Santos Futebol Clube. Você vai lá no blog do PVC e tem um texto dele cujo título, irônico, é: "Feliz 2008! No Santos?"

Ele começa assim: "Quando Luxemburgo saiu, deveria se acender a luz amarela na Vila Belmiro. Quando chegou Leão, acende-se a vermelha. Mas quando chega Marcinho Guerreiro ..." E mais à frente: "O fim do túnel da Via Imigrantes, em direção a Santos, indica tempos negros, como aqueles do meio dos anos 90, com reforços medianos, times medianos, resultados medianos. Por ora, não dá para pensar de outro jeito sobre o Santos". Dá, sim, PVC.

Ora, se o palmeirense PVC idolatra o negociante Vanderlei Luxemburgo, eu não idolatro (embora o ache muito bom dentro das 4 linhas, e não fora), e como disse um comentarista no blog dele, "com relação ao Leão , Sr. PVC , a última vez que teve um time decente em mãos, preparou a base do São Paulo que viria a ser campeã da Libertadores, Mundial e bi-brasileiro". Fora que as passagens de Leão pelo Santos trazem resultados sempre bons, como se sabe. Claro que isso não garante nada, mas pelo menos o gênio PVC deveria fazer essa ressalva.

Na mesma linha, o Milton Leite comentou outro dia, também com sorriso irônico no Sportv: "Se o Santos quer ganhar alguma coisa, começar com Marcinho Guerreiro, hein". Não sou fã de Marcinho Guerreiro, mas até o Robinho, depois de num jogo (não lembro qual), certa vez elogiou a eficiente marcação do então palmeirense: "ele me marcou bem e... jogou na bola, leal". Naquele jogo, Robinho não fez nada.

Em 2004, o José Trajano passou boa parte do segundo turno do Brasileiro dizendo maravilhas do Atlético-PR e chegou a apostar com o Marcos Caetano que os paranaenses do Levir Culpi seriam campeões. Caetano, que jogou suas fichas no Peixe, ganhou a aposta.

Lembro de outros episódios, mas seria cansativo. É isso.


Licor à base de maconha é lançado na Holanda

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Um licor feito com a planta canabis, o extrato ativo da maconha, foi apresentado numa feira em Amsterdã, na Holanda, nesta segunda-feira, 7 de janeiro. A bebida é composta por 14,5 % de álcool e extrato de maconha, segundo a agência AFP. A Horecava é uma feira em que são apresentadas novidades nos setores de alimentos e bebidas, exclusiva para profissionais do comércio. Na tarde de domingo (06/01), freqüentadores experimentaram a novidade feita com maconha.

O time "biônico" de São Paulo

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Uma brincadeira de mau gosto criada pelo site Futebol Interior pegou gente boa da imprensa, como a Rádio Bandeirantes e o canal Sportv, para ficar só nos exemplos dos quais eu tive conhecimento. O chiste em questão é chamar de "Biônico" o time Social Esportiva Vitória, mais conhecido como SEV/Hortolândia.

Às explicações necessárias. Em 2001, foi fundado na cidade de Votuporanga um time chamado Social Esportiva Votuporanga. Mantinha suas atividades típicas de um clube pequeno do interior paulista, disputando competições das divisões inferiores, quando, em 2005, decidiu mudar de cidade. A alegação dos dirigentes do clube era que a grande distância entre Votuporanga e a capital paulista - mais de 500 quilômetros - dificultava a aparição do clube na mídia e a consequente recepção de investimentos.

A cidade escolhida para abrigar o clube foi Hortolândia, na região de Campinas, distante somente 25 quilômetros da terra de Guarani e Ponte Preta e 115 de São Paulo.

Mesmo jogando em outra cidade, o clube não alterou seu nome, ao menos em um primeiro momento. Continuou se chamando SEV - ainda que no noticiário seu nome passaria a ser SEV/Hortolândia, uma adequação mais que necessária.

O site Futebol Interior, por motivos que desconheço, não "aceitou" a mudança da cidade do clube e adotou como padrão chamá-lo de "SEV/Biônico", ironizando justamente essa mudança de cidade e permanência do nome antigo. Mesmo com a SEV modificando posteriormente seu nome - hoje, SEV é sigla para Social Esportiva Vitória - a brincadeirinha continua e quem acessar o Futebol Interior verá o noticiário se referindo ao "SEV/Biônico".

Eis que o Biôn..., digo, SEV/Hortolândia está disputando a Copa São Paulo atual. Sabemos que a Copinha é uma das únicas oportunidades para que clubes pequenos apareçam na mídia durante o ano. Os veículos pouco afeitos às coisas do interior reproduzem informações de sites mais especializados - como o já citado Futebol Interior. E foi aí que Sportv e Rádio Bandeirantes entraram no jogo e chamaram o simpático time de Hortolândia de "Biônico".

Uma tropeçada que poderia ser evitada com uma simples pesquisa. Afinal, era só estranhar um time com esse nome...

Na imagem, o lobo-guará, mascote do SEV.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Vivendo e aprendendo

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Impagável a didática explicação da Wikipedia sobre como se joga futebol (o grifo é meu):

As duas equipas de onze jogadores cada, disputam pela posse de bola para fazer um golo no adversário. A equipa que fizer mais golos vence a partida; no caso do jogo ser finalizado com o mesmo número de golos ele termina empatado (a não ser que o jogo seja de "eliminação"). Para conduzir a bola os jogadores não podem tocar na mesma com as mãos, braços ou antebraços. Qualquer outra parte do corpo é permitida para se dominar a bola e conduzi-la. A única exceção são os goleiros (ou guarda-redes em Portugal) e no caso de arremessos laterais. Os goleiros são jogadores únicos que ficam embaixo da trave e cujo objetivo é defender a baliza dos chutes adversários, podendo para tal usar qualquer parte do corpo, desde que esteja dentro de um espaço delimitado por linhas chamado de área (ou grande área).

Como diria o Anselmo: "-Ah, bom! Agora entendi!"

Legião Urbana vira time de futebol em Brasília

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Você já ouviu falar da Legião Urbana? Sim, o grupo de pop-rock liderado pelo mítico Renato Russo, cujas canções são presença constante (e, depois de tantos e tantos anos, incômoda) nas rodas de violão. Então, o que a banda tem a ver com futebol?

Quem lê a revista Carta Capital já deve ter visto matéria publicada na edição datada de 26 de dezembro. Fundaram, lá em Brasília, um time com o nome e a inspiração da Legião Urbana. O nome da equipe é Legião Futebol Clube e sua torcida, como relata a repórter Luciana Bento (que é gente fina e já fez até matéria sobre o mitológico Bar do Vavá, a quem foi apresentada por estes manguaças), canta Tempo Perdido nas arquibancadas.

A intenção do time, segundo a reportagem, é conquistar os brasilienses de segunda geração, ou seja, filhos de gente nascida na cidade. Brasília, por ser uma cidade jovem, grande e receber enorme fluxo de migração, acaba tendo traços culturais pouco definidos, na maioria “importados” das regiões de origem dos moradores (os brasilienses que me corrijam se minhas impressões sobre a cidade estão erradas). O mesmo se reflete no futebol, onde a maioria das pessoas torce para times do Rio, segundo ouvi falar. A aposta do novo time é utilizar a identificação dos brasilienses com a banda de Renato Russo para galvanizar uma torcida.

Além disso, o Legião usa estratégias que, em parte, poderiam ser avaliadas por times grandes. Distribui refrigerantes e pipoca para os torcedores, tem “serviço de manobrista, tenda informatizada para a venda de ingressos, atendentes uniformizados, bar com lounge temático, cadeiras numeradas, personalizadas e com protetores higiênicos, banheiros limpos e som ambiente para informação”, relata Luciana. O negócio parece bem feito.

Com isso, consegue levar um monte de gente a seus jogos. “Na final da segunda divisão do campeonato brasiliense de 2006, o time levou 2 mil torcedores ao estádio – contra apenas 800 do adversário, o Brazilândia, um dos mais antigos da cidade”.

O time hoje está disputando a primeira divisão do campeonato local e tem planejamento de se manter nela em 2008. Depois disso, pretende tentar espaço no cenário nacional. Percebam que o time foi criado em 2006, quando disputou a terceira divisão do campeonato local, e já está na primeira. Até onde vai o Legião Urbana?

PS.: Feliz Ano Novo a todos, em nome da equipe do Futepoca!

segunda-feira, dezembro 31, 2007

Um estádio feito com 3 mil litros de pinga

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Além de ser o cafundó onde nasci, Taquaritinga, no interior de São Paulo, é conhecida nacionalmente por ter levantado um estádio de futebol em tempo recorde, o chamado Taquarão (foto ao lado). Reza a lenda que a obra teria sido feita em 90 dias, entre fevereiro e maio de 1983, no início da gestão do prefeito Adail Nunes da Silva - que, depois de seu falecimento, daria nome ao campo de futebol.


Porém, o projetista do estádio, Francisco Palhares Filho (foto abaixo), revelou em 2007, no livro-reportagem "O Baú do Taquarão", trabalho do jovem Leandro Castro como conclusão do curso de Comunicação na Uniara (Araraquara-SP), que essa conversa de "90 dias" é pura demagogia política. O projeto do estádio no local foi sugerido por Palhares em meados de 1979 e a terraplanagem terminada em 1981. Naquele mesmo ano, o presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Nabi Abi Chedid, lançou a pedra fundamental onde, mais tarde, seria o centro do gramado.

Quando o CAT (Clube Atlético Taquaritinga) ganhou o título da Segunda Divisão e o direito de disputar a elite do futebol paulista, em dezembro de 1982, as obras tiveram início de imediato, ainda no governo de Deolindo Dantas. Ou seja: o Taquarão com os primeiros 20 mil lugares (dos 32 mil que teria) prontos na sua inauguração, em 1º de maio de 1983, foi "finalizado" em cinco meses, o que também não deixa de ser uma façanha. Só que o crédito político tem de ser repartido, contradizendo a "versão oficial".

Mas Chico Palhares, como é conhecido, reservou ao Futepoca uma revelação ainda mais bombástica, que não consta no livro de Leandro Castro: cerca de 3 mil litros de pinga foram consumidos nas obras do estádio. Confira o papo:

Futepoca - De onde saiu tanta cachaça?
Chico Palhares - Havia uma usina de álcool combustível na cidade e lá também se produzia pinga. Na época, tinha uns seis tonéis de 15 mil litros cada, o que dá uns 90 mil litros de cachaça. Eu ia até lá e conseguia doações diárias para os pedreiros e serventes que trabalhavam na construção do Taquarão. Foi uma iniciativa pessoal, a Prefeitura não interferia. Eu trabalhava nas obras, era o projetista do estádio e sabia que o serviço era pesado, pelo curto prazo disponível (NR.: se o CAT não tivesse concluído a obra até maio, não teria disputado o Paulistão de 1983). Quis dar um "pagamento extra" aos trabalhadores, eles mereciam.

Futepoca - Quantos eram?
Palhares - Uns 80 no canteiro de obras, calculo. Eu tinha um galão plástico de 20 litros e fazia duas viagens, uma pela manhã e outra à tarde. Ou seja, dava 40 litros diariamente. Com dois "pagamentos", cada trabalhador bebia cerca de meio litro por dia (risos).

Futepoca - Isso durante quanto tempo?
Palhares - Durante uns três meses. Como o pessoal trabalhava de segunda à sexta-feira, dava uns 25 dias de expediente - e cerca de mil litros de cachaça - por mês (risos). No final, foram consumidos uns três mil litros de pinga! Realmente, nunca tinha parado para fazer essas contas. É outro recorde do Taquarão (risos).

Futepoca - Como era feito o "pagamento"?
Palhares - Quando eu chegava, o pessoal já corria até onde eu estava. Você via gente pulando do trator, largando ferramentas, vencendo barrancos, se atropelando (gargalhadas). Até gente idosa, como o velho Boyat, entrava na fila. Aquilo devia ter sido filmado...

Futepoca - Lembra o nome de outros "apreciadores"?
Palhares - Além de mim? (risos). Tinha o João Bagrinho, Laerte Gambá, Carlitão, Zé do Figo, Maestrinho, Zé Lôco, Chiquinho e muitos, muitos outros. Foram verdadeiros heróis - muitos deram volta olímpica no dia da inauguração do estádio, sendo aplaudidos pela torcida. Mas aquela distribuição de cachaça acabou sendo útil: tudo o que eu pedia, eles faziam na hora! (gargalhadas). Só não sei como eles se viraram depois que eu pedi demissão, por divergir da nova gestão na Prefeitura. Acho que a obra ficou mais lenta e o serviço, mais duro (risos).

sexta-feira, dezembro 28, 2007

A tabela e o Corinthians

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Como já noticiado aqui, a CBF divulgou as tabelas da Série A e da Série B do Brasileiro de 2008. Na imprensa da capital, o destaque em relação à segundona foi que a tal tabela iria de encontro aos interesses do Corinthians, que gostaria de ter seus jogos transmitidos aos domingos, embora o contrato do Clube dos 13 com a Globo, que detém os direitos de transmissão das duas séries, a obrigue a exibir nesses dias partidas da Série A.

As pelejas do Alvinegro na segunda estão marcadas para as terças, sextas e domingos. A emissora carioca ainda não decidiu quem vai transmitir os jogos da segunda sendo que, usualmente, tem sido exibidos pela a RedeTV! entre as emissoras abertas. O mais provável é que a Globo transmita apenas os jogos do Alvinegro, embora não saiba onde encaixá-los na grade de programação.

Mas, televisão a parte, a tabela foi bastante generosa com o Timão. Dos doze primeiros jogos, dez serão disputados no estado de São Paulo. Depois da terceira partida contra o ABC, em Natal, são nove seguidas sem precisar pegar um avião. É só conferir aqui. A estratégia de Mano Menezes não pode ser outra: terá que disparar no primeiro turno para trazer a equipe de volta para a elite do futebol tupiniquim.



Saudades do freguês

Enquanto isso, depois de jogo beneficente realizado na Vila Belmiro, o atacante Robinho, que nunca perdeu uma partida para o clube do Parque São Jorge entre 2002 e o primeiro semestre de 2005, comentou a situação do rival. "Fico triste pelo Corinthians, que tem uma torcida grande e bonita. Só torço para o Santos, e não contra os outros clubes", disse, para espetar na seqüência. "Espero que o Corinthians volte à primeira divisão para jogar outras vezes com o Santos na Vila Belmiro e perder".

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Magrão não aprende

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Errar é humano, insistir no erro é burrice. E cometer o mesmo erro pela terceira vez, o que é, então?

A situação descrita acima se aplica ao volante Magrão. Aquele, que começou no São Caetano.

Quando ele era atleta do Palmeiras, foi um dos principais ídolos da torcida verde. E merecidamente. Além da qualidade técnica (sim, ele tem isso), Magrão se destacava pela valentia, identificação com a torcida, parecia mesmo um torcedor em campo.

Em 2004, numa entrevista, Magrão cometeu seu primeiro erro. Declarou com todas as letras que jamais jogaria pelo Corinthians. "Sempre fui palmeirense, mas jamais desrespeitei outros clubes. O maior rival do Palmeiras é o Corinthians. São Paulo e Santos nem tanto, poderia jogar numa boa. Já no Corinthians, o torcedor do Palmeiras ficaria magoado", disse o volante, empolgado com seu posto de ídolo no Parque Antarctica.

Meses depois, como se sabe, Magrão foi anunciado como reforço do Corinthians.

E tratou se fazer seu filme com a Fiel agindo exatamente da mesma forma. Ao invés de somente jogar seu futebol - que tem qualidade, repito - gastou tempo falando da identificação com a garra corintiana, que se sentia um verdadeiro torcedor de arquibancada, que seu coração era alvinegro e blablabla.


Agora Magrão está no Inter de Porto Alegre. E vejam o que ele fala ao site oficial do clube:

“Vim para o Inter porque me identifiquei com a massa colorada". E ao falar das tatuagens que tem pelo corpo, acrescenta: "Estou me sentindo muito bem aqui no Beira-Rio. Talvez faça uma tatuagem para eternizar este momento".

Mais uma vez ele faz, para ser bem claro, papel de bobo. É bonito um jogador que se identifica com sua torcida, é claro - os são-paulinos sabem bem como isso funciona, já que o caso Rogério Ceni é um dos únicos dos dias atuais. Mas tem que ser bem tonto pra entrar nessa cantilena no atual mundo do futebol, dinâmico como poucos.

Sinceramente, torço para que Magrão faça a tatuagem e depois receba uma proposta irrecusável do Grêmio.

Brasileirão: 2008 já começou

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Para quem ainda está digerindo o panetone, o pernil e curando a ressaca e já preparando para a próxima bebedeira de Ano Novo, é bom saber que a dor de cabeça para alguns e alegria para outros, o Brasileirão 2008, já começou.

Pela primeira vez sem o rebaixado Corinthians, mas com a volta do Vitória e da Portuguesa, foi divulgada a tabela do maior campeonato do país, que começa em maio.

Veja a primeira rodada, que acontece nos dias 10 e 11 de maio:

Botafogo x Sport

Internacional x Vasco

Vitória x Cruzeiro

Portuguesa x Figueirense

Coritiba x Palmeiras

Náutico x Goiás

Flamengo x Santos

Ipatinga x Atlético-PR

Atlético x Fluminense

São Paulo x Grêmio


A tabela completa pode ser acessada no site da CBF.


A sorte está lançada, façam suas apostas.

domingo, dezembro 23, 2007

O tamanho das torcidas

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Ia responder ao comentário da Thalita no post abaixo sobre o Santos ser líder de audiência televisiva, mas achei melhor fazer outro texto. Quando se fala em tamanho de torcidas, a polêmica é certa. As pesquisas, em geral, dão resultados bastante semelhantes. O Flamengo tem a maior, seguido do Corinthians, com variações entre pesquisas que ficam sempre dentro da margem de erro. Em seguida, São Paulo e Palmeiras que, em geral, aparecem empatados estatisticamente, e Vasco. Daí em diante, alternam-se, de acordo com o gosto do freguês ou do instituto, Grêmio, Cruzeiro e Santos.

Portanto, difícil dizer que uma torcida de seis milhões pessoas, como se estima que seja a do Santos, é “pequena”, como afirma a companheira blogueira. Ainda mais levando-se em consideração que os cinco primeiros colocados nas amostragens são das duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto o Peixe vem de um município com menos de 500 mil habitantes, 20 vezes menos que a capital do estado. Mas se essa torcida é “pequena”, o que será dito então de Atlético (MG), Fluminense, Botafogo e Internacional, que em todos os levantamentos têm menos adeptos que o clube da Vila? Erro comum, motivado por rivalidade clubística e que também tem o dedo da grande mídia esportiva. Em geral, desinformada; no limite, com uma inegável simpatia por alguns times.

A torcida sãopaulina cresce?

A torcida do São Paulo é a que mais cresce no Brasil. Pelo menos é o que se fala de forma corrente por aí. Tem até publicitário sãopaulino travestido de articulista (a profissão é mera coincidência?) dizendo que já é a segunda maior do país, a frente, pasmem, do Flamengo. A suposição se baseia em um suposto complô dos institutos motivados por interesses comerciais. Nada mais livre de tais interesses do que um profissional de marketing. Enfim, a base para se afirmar isso é zero. Como é zero também, em termos estatísticos, dizer que a torcida tricolor é a que mais cresce.

De acordo com as pesquisas do Datafolha, com série iniciada em 1993, o São Paulo tinha 7% dos torcedores do país, enquanto o Palmeiras tinha 5%. Na última pesquisa, o Tricolor tinha 8%, variação dentro da margem de erro, enquanto o Verdão tinha os mesmos 8%. O Palmeiras é o único grande que cresceu fora da margem de erro em todo o período analisado, 14 anos.

Títulos atraem torcedores? Provavelmente, assim como ídolos carismáticos. Impossível medir o efeito de fenômenos recentes nesse caso, como Rogério Ceni ou Diego e Robinho, já que as pesquisas só entrevistam maiores de 16. Jejuns diminuem a torcida? Sem dúvida, como mostra a composição etária da torcida corintiana, com baixo índices entre aqueles que sofreram com a fila de 23 anos. Sim, ao contrário de outro lugar comum, os corintianos não aumentaram em termos proporcionais no sofrido período, mas ganharam algumas marcas que fazem questão de ostentar, a de “sofredor” e “fiel”.

Um bom período para os rivais do Tricolor

Portanto, levando-se em conta esses critérios, a estabilidade da torcida tricolor se explica. Foram 11 anos, de 1994 a 2004, sem títulos nacionais ou internacionais, mas, o que é muito pior para o sãopaulino, é que os rivais acabaram fazendo a festa nesse intervalo, mandando em períodos sucessivos no futebol brasileiro. O Palmeiras foi campeão brasileiro, da Copa do Brasil e da Libertadores. O Corinthians obteve dois títulos nacionais e duas Copas do Brasil, enquanto o Santos saiu da fila e conseguiu dois campeonatos brasileiros, além de um vice na Libertadores. Não foi um período bom para a torcida do São Paulo crescer.

Outro dado curioso em relação à torcida sãopaulina é a queda do número de adeptos que ela tinha na capital paulista de 1993, ano do bi-mundial, para 1995. Houve uma redução de 31% para 21% no número de torcedores, que se manteve estável, com oscilações na margem de erro,até o último levantamento de outubro de 2007. Ou seja, a declaração desse tipo de fã pode ter sido mais por causa de um modismo e da presença de Raí, Miller e Zetti, do que propriamente uma conversão. Ganha-se na alta e somem os lucros na baixa. O torcedor não era, de verdade, um torcedor.

A discussão é polêmica, mas os dados que são mais confiáveis estão disponíveis nas páginas da internet dos institutos. Bem menos passíveis de dúvida do que a impressão que cada um tem andando nas ruas e medindo o número de camisas de clubes que circulam por aí.

Na tarde em que concordei com um fascista

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Festa de um ano do filho de alguém que as tramas familiares complicam a localização. A irmã mais velha do aniversariante, de três anos, está contente, recebe quem chega, explica o que é a festa, e introduz os convidados. Uma figurinha. Pela pouca idade e porque o trabalho de hostess é só uma brincadeira, a menina não faz bem as apresentações. Bom, ela faz as apresentações, diz quem é o avô, a avó, os tios e só avisa sobre quem é o bisavô. Porque com a terceira primavera recém-completada não se entende bem as trajetórias de vida, nem visões políticas. Ainda bem. Apenas horas depois, descobri que se tratave de um delegado de polícia aposentado que ultrapassou todos os esteriótipos.

A relações públicas mirim só serviu aqui para chegar ao centro da narrativa, assim como aconteceu na festinha, que terminaria com brigadeiros e até bala de coco. Até lá, salgadinhos, amendoins e... cerveja.

O tal bisavô é o único que tem a gelada no copo. É o único servido recorrentemente por quem passa perto do sofá onde, não sei se por magnetismo alcoólico ou acaso, também me instalo. Como manguaça, tento acompanhar, mas sem dispor da mesma entrega de latinhas. Discriminação compreensível a alguém que ninguém conhece, mas que me obriga a intervalos maiores entre uma e outra, por causa do deslocamento por todo salão de festas até a cozinha, onde sempre tem alguém com olhar atencioso na frente da geladeira. Nunca deixam a geladeira sozinha. Toda a boa vontade vira, assim, constrangimento para o único dos convidados que faz essa trajetória.

Ao sucesso da quase clandestina terceira viagem até esse intermediário, a convicção: seria a última. De volta a meu lugar, ao lado do colega de copo, não estava preparado para o rompimento desse elo tão frágil e, ao mesmo tempo, capaz de se refazer ainda mais de surpresa. Diz lá o bisavô:

– E você viu? O Serra disse que era preferível o cara ter conforto na prisão do que estar solto nas ruas. Me decepcionou – atirou, em referência a alguma declaração do governador paulista que não tentei identificar. Um silêncio se seguiu, porque ninguém se dispôs a interlocutor.

Não me atrevi. Mas tampouco a falta de réplica impediu a continuação:

– Um sujeitinho daqueles tinha é que estar preso com goteira pingando na cabeça. Já imaginou a mãe daquela moça que esse monstro matou, o que ela sentiu quando o Serra falou isso?

– Ah, nem vale a pena pensar... – apaziguou um, com a vã esperança de que seria suficiente para demovê-lo.

– Não, não vale mesmo. Por mim, era um do lado do outro, e punha uma bala pra cada, assim, execução sumária. Eu achava que esse Serra fosse firrrrme, mas é um frouxo. Anda muito com esse pessoal dos direitos humanos. Ai, que raiva!

O silêncio é geral diante a ira da declaração fascista, não se sabe se por concordância dos outros ou imobilidade, pelo menos minha. Talvez, se eu tivesse tomado bem mais e tivesse a disposição dos ébrios para o "debate" mal saberia por onde começar a refutar a manifestação de fascismo exacerbado. Mas esse duradouro segundo seria a última pausa:

– No Serra eu não voto.

Foi um choque. Mas aí, eu não discordei. Os outros convidados, depois de um momento de hesitação e talvez com medo de que as críticas se estenderiam a todo o resto do espectro político, resolveram que era hora de cantar o parabéns.

sábado, dezembro 22, 2007

Nike recebe Adidas na Espanha e na Itália neste domingo

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Um domingo futebolístico às vésperas de Natal vêm salvar o dia dos amantes do esporte bretão. Dois clássicos que podem ser resumidos assim:

Nike x Adidas


É que as partidas entre clubes de destaque de cada país coincide que os times da casa tem uniformes fabricados pela americana e os visitantes pela alemã. Um duelo de gigantes não só no marketing esportivo.

Inter x Milan ou Nike x Adidas
às 12h, no San Siro. No clássico entre os times de Milão, os goleiros são brasileiros, Julio Cesar e Dida. O Inter lidera o campeonato com 22 pontos à frente do rival, na 11ª posição com três jogos a menos. Fosse no Brasil, diriam que o primeiro colocado estaria louco para carimbar a faixa de Kaká e cia. O melhor do mundo de 2007 terá como concorrente a craque da partida o sueco Ibrahimovic. Anima?


Barcelona x Real Madri ou Nike x Adidas
às 16h, no Camp Nou. Ronaldinho Gaúcho é dúvida, porque vem sendo mantido fora há cinco partidas. O francês Henry, com problemas na coluna. O nome do Barcelona é Eto'o (pior do que o Obina). O Real Madri, líder, tem Robinho. Mesmo que os merengues percam, manterão a liderança com seus 38 pontos, quatro à frente do adversário segundo colocado. Em termos de arrecadação, o Real fatura 59,5 milhões de euros a mais.

Comparando com as partidas entre casados e solteiros que dominam o fim de ano após o fim do Campeonato Brasileiro, acho que pode ser melhor. Apesar de o jogo em Milão ser bem mais retrancado do que 99% das peladas de confraternização da firma, da repartição ou mesmo do Futepoca. Depois dos jogos, só restará esperar a manguaça natalina.

Santos lidera audiência televisiva do Brasileirão

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Apesar da insistência da Globo em transmitir partidas do Corinthians, foi o Santos quem liderou a média de audiência dos grandes paulistas no Brasileirão 2007. Os espectadores não se incomodaram em ver alguns sofríveis jogos da equipe, até porque os rivais - incluindo o campeão - também deram espetáculos deprimentes.

Assistir o Carlinhos? Tô fora...

Conforme a soma das audiências das transmissões realizadas por Globo e Bandeirantes, o Santos teve a média de 29,9 pontos, à frente de Corinthians, com 29,4 pontos; São Paulo, 28 pontos; e Palmeiras, 24,1 pontos.

Isso mesmo com um tempo de transmissões do Peixe bem menor (15h27min) em relação ao Corinthians, que teve o maior tempo de transmissão (35h05min).

Em 2007, a audiência do Timão na TV aberta caiu 16% em relação a 2006. Mesmo assim, a queda de audiência do Corinthians foi inferior à geral do Brasileirão (18,5%), que marcou neste ano 26 pontos (21,8 na Globo), enquanto no ano passado foram 31,9 pontos (25,8 na Globo).

Pergunta: seria o caso do Santos, que recebe uma cota menor de direitos de transmissão do que seus co-irmão da capital, reivindicar o mesmo tratamento?

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Corinthians e Flamengo anunciam projetos de canais de TV

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Segundo o portal IG, Corinthians e Flamengo anunciaram hoje que terão canais próprios de TV paga. O projeto será tocado pelos dois clubes em parceria com a produtora do famigerado José Bonifácio Sobrinho, o Boni, ex-diretor da Rede Globo.

Os canais terão formatos semelhantes, com equipes acompanhando todos os treinos e jogos dos dois times. Serão realizadas ainda entrevistas e reportagens exclusivas. Os canais terão ainda conteúdo exclusivo para a internet, em parceria com a ALLTV.

O valor das assinaturas não está definido, mas deve ficar em torno de R$ 10,00 por mês. Segundo declarou ao IG o coordenador de marketing do Corinthians, Caio Campos, “a idéia, é claro, é que seja um valor popular". Tanto Corinthians quanto Flamengo prevêem cerca de 400 mil assinaturas. De acordo com a coluna De Prima, do jornal esportivo Lance!, os clubes ficariam com 75% da receita – ou 85% se o número de assinantes ultrapassar um milhão.

O Timão anunciou também o projeto Fiel-Torcedor, versão alvinegra do projeto sócio-torcedor, já criado por vários clubes do país. Os associados terão um cartão com um chip e não precisarão mais passar pela bilheteria, contando com catracas exclusivas no jogos. Além disso, terão desconto na assinatura da TV Corinthians (o nome ainda é provisório).

O IG lembra ainda que alguns dos principais clubes da Europa contam com canais exclusivos de televisão. Manchester United, Real Madrid e Milan são exemplos, sendo que o último já conta inclusive com um canal exclusivo no Youtube para reproduzir alguns dos programas do Milan Channel.

As idéias são interessantes e bem vindas. Tomara que sirvam para encher um pouco os combalidos cofres do Parque São Jorge (e não o bolso de cartolas parasitas). Mas dizer que TV Paga é um projeto “popular” me parece meio fora da realidade. Na minha cabeça, os times brasileiros tinham que criar formas de marketing que atinjam as classes C e D, povão mesmo. Essa galera enorme que dá dinheiro para o guaraná Dolly, Casas Bahia e camelôs no país todo. Faz uma versão de R$ 40 da camisa oficial do Corinthians e vê se não vende que nem água. A prova é a camiseta “Eu nunca vou te abandonar”, bem simples, com preço nessa faixa (não tão barato, aliás), que está fazendo um grande sucesso. Se fosse uma versão da oficial, ia vender mais ainda. E se camelôs podem vender camisa a 20 pila (sei lá se é isso, mas deve passar perto), acho que os clubes teriam condições de cobrar menos de 100 reais, não?

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Pacotaço corintiano e a tradição do desperdício

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Na falta do que falar, palpito sobre as contratações do Corinthians até agora. Uma boa nova confirmada um monte de incógnitas. Chicão é bom zagueiro, experiente, e deve dar mais consistência ao setor defensivo do time. Agora, de Lima (que não joga nada há um bom tempo), Rafinha (revelação da Copa SP), Valença (zagueiro ex-Náutico) e do chileno Suarez não sei o que esperar.

Parece mais um pacotaço do qual menos da metade será efetivamente aproveitado, prática tradicional no Parque São Jorge. Lembremos de Régis Pitbull, Jamelli, Júnior Negrão, Iran, Clodoaldo, Rodrigo “Beckhan”, Adrianinho... A lista de é longa e desabonadora da política de contratações dos cartolas alvinegros.

Além deles, comenta-se ainda de William (zagueiro do Grêmio), Leonardo (lateral-esquerdo da Portuguesa), Tuta (centroavante também do Grêmio), Fabiano (volante, ex-Santos e São Paulo, o genro do Luxa) e Rossini (meia, ex-Santos). Aposto, torcendo para perder, que, dos que chegarem, metade cairá em desgraça até o meio do ano. A outra metade se queima depois. Um pouco de planejamento ajudaria a gastar menos com salários de bondes como Marinho e Jean, encostados há meses e ganhando provavelmente mais de R$ 50 mil por mês.

Por fim, o uruguaio Beto Acosta é um nome interessante, apesar de minhas desconfianças em relação a “revelações” de 30 anos. E é preciso ainda saber o que vai virar a reclamação do Náutico sobre o atleta. Antonio Carlos, responsável pelas negociações, está demonstrando toda sua inexperiência. Complicou uma negociação que parecia bem encaminhada com o goleiro Felipe ao divulgar valores de uma discussão salarial feita em portas fechadas (o que justificou como “política de transparência” do clube. Vai ser transparente com o salário dos outros?). Agora, apresenta o jogador sem conversar direito com o time (lembram das camisas com o nome do Vágner Love?). Provavelmente Acosta ficará e Felipe renovará, mas precisava de todo esse bafafá na imprensa, que não precisa de motivo pra achar crise no Parque São Jorge? O Corinthians não é lugar para fazer estágio.

PS.: O contrato de Adriano, reforço trazido pela super-diretoria sãopaulina, a melhor do universo conhecido, acaba dia 30 de junho, antes da data marcada para a final da Libertadores. Como o Imperador veio principalmente para essa disputa, os diretores devem achar que só chegar na final é o bastante.

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Lá vem a Libertadores

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Por falta do que falar, já estão dizendo (como o Uol) que o Fluminense caiu no “grupo da morte” na Libertadores. O sorteio dos grupos foi realizado pela Confederação Sulamericana de Futebol (Conmebol) nesta quarta-feira, em Assunção, Paraguai

Mas, se Libertad (PAR), LDU (EQU), Arsenal (ARG) ou Mineros de Guayana (VEN) é um “grupo da morte”, o que serão (ou não serão) os outros?

O Cruzeiro é que não se deu muito bem: vai ter que jogar a pré-Libertadores contra o Cerro Porteño (PAR), que, pelo menos em tradição, não é tão baba como costumam ser os adversários dos brasileiros que disputam essa preliminar.

Confiram os grupos dos brasileiros:

GRUPO A
San Lorenzo (ARG)
Real Potosí (BOL)
Caracas (VEN)
Cruzeiro (BRA) ou Cerro Porteño (PAR)

GRUPO D
Flamengo (BRA)
Nacional (URU)
Coronel Bolognesi (PER)
Cienciano (PER) ou Montevideo Wanderers (URU)

GRUPO F
Santos (BRA)
San Jose (BOL)
COLÔMBIA 2
Chivas Guadalajara (MEX)

GRUPO G
São Paulo (BRA)
Sportivo Luqueño (PAR)
Atlético Nacional (COL)
Audax Italiano (CHI) ou COLÔMBIA 3

GRUPO H
Fluminense (BRA)

Libertad (PAR)
LDU (EQU)
Arsenal (ARG) ou Mineros de Guayana (VEN)

(atualizado à 00:44)

Termina a novela Adriano

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Agora é certo (embora ainda não seja oficial). O atacante Adriano vai reforçar o São Paulo no primeiro semestre de 2008. De acordo o empresário Gilmar Rinaldi, o empréstimo está acertado com a Inter de Milão, mas o anúncio acontece na sexta. Ele não adiantou à reportagem o UOL Esporte quais os termos ($$$) do negócio. Mas certamente a diretoria da Inter achou um bom negócio manter o jogador e o técnico Roberto Mancini separados por um tempo. Na Itália ele dificilmente seria aproveitado.

A premanência de Adriano no clube era desejo irreprimido do São Paulo desde que o jogador chegou para recuperação física e psicológica no Reffis. Em um mês, recuperou a boa forma física. Sobre seus supostos problemas com alcoolismo, no entanto, ainda não sabemos os resultados.

As chances de Adriano voltar a jogar bem são grandes. E conhecendo a qualidade do jogador, a tradição do São Paulo em recuperar atacantes acabados (por pelo menos o tempo da Libertadores), a falta de atacantes do meu time e a inveja alheia (frase recebida pelo MSN: eu comemorando Acosta e vcs me sacam uma dessa!!!!! - autor preservado) só posso dizer: VALEU INTER!!!

Futepoca estuda encomendar pichação no Muro entre Israel e a Cisjordânia

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O fim de ano é um período para projetos. Em meio a várias mudanças, o Futepoca estuda encomendar ao site holandês Send.a.message, uma pichação-propaganda do blogue no muro construído pelo governo israelense forçando a fronteira com a Cisjordânia.

O único furo nesta estratégia do Futepoca são os 30 euros cobrados, porque a página holandesa de fato existe e cobra esse preço para pichar o que pedirem. São vetados apenas frases ofensivas a israelenses, palestinos ou a outros povos, além de termos obscenos. Os responsáveis pelo spray são palestinos engajados.

A ação bem humorada pretende protestar contra o chamado muro do apartheid e, ao mesmo tempo, financiar ONGs que trabalham nos territórios palestinos.

O mais comum são registros de casamento, declarações de amor e mensagens de paz. O Send.a.message jura que os pichadores conhecem a região e que não se arriscariam desnecessariamente para pichar. Além disso, a Cisjordânia é muito mais tranquila do que a Faixa de Gaza, dizem eles. Tudo isso para tranquilizar os que tiverem medo de provocar uma vítima a mais do conflito na região por causa de uma frase apaixonada.

Divulgação

Cindy e Mark se casaram em 20 de outubro

É possível escrever textos de até 100 caracteres (incluídos os espaços) em qualquer idioma, mas é preciso informar a tradução para certificar de que não se trata de ofensas a quem quer que seja.

Um vídeo com os palestinos pichadores em ação está disponível na página. E eles afirmam torcer para que a mensagem não dure para sempre, porque querem a derrubada do muro e um processo de paz na região.

Alguém se habilita para ajudar o Futepoca?

Inter se redime com Adriano Gabiru

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O Internacional fez, no domingo, uma baita festa em comemoração ao primeiro aniversário de seu título Mundial. A direção colorada já alardeava sobre a festa há tempos, que ocorreria simultaneamente à exibição do filme "Gigante", um documentário sobre a conquista.

Mas dias antes da realização da festa, correu uma notícia que dizia que Adriano Gabiru não havia sido convidado para o evento. Gabiru, pra quem não se lembra, foi o autor do gol da vitória do Inter sobre o Barcelona na decisão do Mundial. Antes e depois disso, a passagem do meio-campista pelo Beira-Rio foi trágica. Perseguido pela torcida, era o jogador mais hostilizado nos jogos da equipe. E o crédito que obteve com o histórico gol não durou muito tempo - meses depois Gabiru acabou sendo dispensado pelo Colorado, indo para o Figueirense e, na sequência, para o Sport.

Após a divulgação do "não-convite" a Gabiru, a diretoria do Internacional tratou de esclarecer que tudo não havia passado de um mal-entendido e que o meio-campista estava, sim, convidado para a celebração. Ele e todos os atletas e integrantes da comissão técnica colorada que participaram da campanha do título.

Ainda havia uma rusga no ar. Será mesmo que foi só um "mal-entendido" ou Gabiru efetivamente não tinha sido convidado, e a diretoria do Internacional o chamou à festa mediante pressão popular?

A cobertura da festa deixou claro que Adriano Gabiru era sim um convidado da festa. E de gala. O site do Inter traz uma reportagem em que aborda unicamente a presença de Gabiru no evento - indo desde a chegada do jogador ao Beira-Rio até suas impressões enquanto "Gigante" era exibido. A matéria é ilustradas com "belas" fotos do atleta, como essa que está ao lado.

Taí, boa homenagem do Inter. Pelo que se diz, é assim mesmo que os torcedores colorados querem que Gabiru seja tratado pela diretoria do clube: com respeito, gratidão, carinho, mas longe do campo, pelo amor de Deus!

Luxemburgo e os altos pensamentos do cartola

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A contratação do técnico Vanderlei Luxemburgo pelo Palmeiras por dois anos aos rumores de surreais R$ 500 mil mensais, me traz lembranças datadas de 2002 que não merecem ser exploradas. Uma questão de não chamar ziguizira nem maus presságios para o Verdão.

Há quem diga que o salário consumiria R$ 6 dos R$ 40 milhões que a empresa de marketing esportivo Traffic estaria disposta a aplicar no clube em 2008. A diretoria jura que arca com o ordenado do técnico.

O vice-presidente de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, saiu dizendo que o clube está pensando grande. A Arena Multiuso do Palmeiras em que o Parque Antártica vai se converter nas mãos da WTorres dão idéia disso. A aparente redução dos boatos vindos da diretoria verde seguidas de chapéus promovidos por outros clubes soa bem aos ouvidos.

Mas o fato de que estão apenas na fase de análise e que "nenhum nome foi definido", mostra que até na intertemporada a gente tem que torcer.

Continuo a achar que o custo-benefício de um treinador medalhão como Luxemburgo não compensa. Ainda mais porque ele vai ser técnico e gerente. Como definiu o GloboEsporte, vai "praticamente mandar prender e soltar no Palestra Itália e na Academia de Futebol". A fama do rapaz de amante da grana me impede de comemorar essa parte. Ainda assim, torço para receber um cala-boca com resultados.

Para reforçar que minhas ressalvas não devem soar muito pra baixo, recorro novamente a um expediente barato:

Viva! Pelo menos os 40 milhões.

Convenceu?

terça-feira, dezembro 18, 2007

Santo Expedito venceu São Jorge?

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Em algum lugar de São Paulo...

Provocações

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Na coletiva de sua (re)apresentação como técnico do Santos, Emerson Leão pareceu mais manso. Mesmo assim, não perdeu a oportunidade de alfinetar seus desafetos. Vejam esses dois trechos capciosos:

Coração corintiano
"Nunca tive qualquer problema com o Fábio Costa. (...) O que aconteceu (no final de 2003) foi que ele me ligou dizendo não saber o que fazer antes da renovação. Disse que tinha uma proposta do Corinthians. Eu falei para ele seguir o que o coração mandava. O Fábio foi para o Corinthians."

Luxemburgo: só Paulistas
"Se você me perguntar se prefiro ganhar o Paulista ou a Libertadores, prefiro a Libertadores."

Sobre butiquins vagabundos

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Hoje pela manhã, no programa Sportcenter, da ESPN, José Trajano bateu um papo com o músico e compositor carioca Moacyr Luz (foto) - que, ao que parece, está para publicar a continuação de "Manual de sobrevivência nos butiquins mais vagabundos" (livro de sua autoria lançado pela Editora Senac em 2005, coordenado pelo jornalista Marcelo Moutinho e ilustrado pelo cartunista Jaguar). A primeira edição trouxe 25 crônicas baseadas em fatos reais e ambientadas naquilo que nós, manguaças, costumamos chamar afetuosamente de "butecos pé sujo", onde a falta de higiene é apenas um charme a mais. Em seus livros, Moacyr Luz faz um apanhado desses simpáticos estabelecimentos na cidade do Rio de Janeiro, inclusive com entrevistas de personalidades que os freqüentam. Questionado por Trajano sobre as novidades da segunda edição, Luz citou um tal de "Bip Bip", butiquim de um metro por dois em Copacabana. Segundo consta, uns gringos pararam certa vez diante da tapera, embasbacados, e decidiram entrar. O dono, Alfredinho, cortava as unhas impavidamente sobre o balcão. E teriam travado o seguinte diálogo:

- Mister, please. Tienes chope?

- Não, aqui só tem cerveja - respondeu Alfredinho, cortando as unhas e sem levantar a cabeça.

- Ok. Uno para nosotros.

- Seguinte, a geladeira é pequena e só tem meiota. Se quiser, tem que pegar duas de uma vez - prosseguiu o dono do buteco.

- Ok, ok.

- Outra coisa: aqui não tem garçom. Vai lá no fundo, pega as meiotas na geladeira e anota pra mim no caderno que tá amarrado no balcão - orientou didaticamente Alfredinho.

- Ok, ok.

Não contente, o dono do bar arrematou:

- Ah, e aproveita que tu vai lá no fundo e mata aquela baratinha ali na parede, ó!

Enquete: qual dos brasileiros eleitos como melhores do mundo pela Fifa é mais boleiro

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O camisa 22 do Milan e 8 da seleção brasileira foi eleito o melhor jogador do mundo em 2007 pela Fifa. Antes, havia faturado o prêmio da revista francesa France Football. Um meia ofensivo, algo bem diferente de 2006, quando o zagueiro italiano Fabio Cannavaro foi eleito.

Antes de Kaká, Ronaldinho Gaúcho por duas vezes consecutivas, Ronaldo Fenômeno por três vezes – sendo duas consecutivas, Rivaldo e Romário (uma vez cada) haviam faturado a premiação criada em 1991. As oito conquistas, contra três de Zidane para a França, colocam o Brasil como dono do melhor futebol do mundo desde então, apesar de não ter o jogador mais premiado – já que o filho de argelinos que comandou os azuis na conquista de 1998 e no vice de 2002, teve um segundo lugar e dois terceiros.

O que o Futepoca quer saber é: qual dos brasileiros é melhor? A questão é o conjunto da obra, e cada um priorize o que preferir.

Como bem observou a Thalita, só estão listados os melhores no futebol masculino, por isso a Marta, eleita por duas vezes como melhor do mundo, não entra na disputa. Quem achar que ela é melhor que os outros cinco ou que essa exclusão é machismo, que justifique suas afirmações nos comentários.

Enquando Kaká exibe seu penteado cheio de gel aos 25 anos tem uma ou duas copas pela frente, Ronaldinho Gaúcho tem 27, de modo que a África do Sul é sua última chance de ser bi. O Gordo mal consegue retomar a carreira, e Rivaldo e Romário não terão grandes contribuições ao futebol antes de encerrarem suas carreiras. A perspectiva de futuro pode ser pior ou melhor para os atletas, já que alguns podem ou não levar isso em conta na hora de votar.

Vote:

Qual dos brasileiros eleitos melhores do mundo pela Fifa é o melhor?

segunda-feira, dezembro 17, 2007

A CPMF e a raça de víboras

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Com atraso, uma dica de leitura a respeito da votação que definiu o fim da CPMF, escrito por Dom Demétrio Valentim, bispo de Jales. Abaixo, alguns trechos do artigo, talvez o mais lúcido e coerente escrito sobre o tema:

A última sessão do Senado, que votou a CPMF, podia ter sido realizada no Butantã. Assim mesmo, não é certo que este Instituto incumbido de recolher as cobras venenosas do Brasil, teria em seu catálogo tantos exemplares quantos seriam necessários para classificar as serpentes que foram destilando seu veneno durante a sessão de quarta-feira.

(...)

Com certeza o episódio foi mal conduzido, em primeiro lugar pelo próprio Governo. Não se vai ao Butantã com chinelos de dedo! Faz parte da previdência governamental prevenir as dificuldades, e contorná-las em tempo, para não expor o interesse público ao jogo partidário dos congressistas.

Mas é evidente que faltou sinceridade e racionalidade na discussão da matéria. Isto impediu de analisar os méritos deste tipo de "imposto", que precisava da autorização qualificada do Congresso para continuar sua vigência.

Todos os Senadores sabiam que o Governo está prestes a propor uma profunda reforma tributária. Toda reforma tributária causa apreensões sobre o alcance exato das mudanças a serem feitas. Tanto mais era conveniente aprovar a renovação da CPMF, cuja arrecadação serviria de segurança mínima e de tranqüilidade administrativa, enquanto se aprovaria a reforma tributária. Mas nada disto foi levado em conta pelos que obcecadamente se posicionaram contra a proposta do Governo.

O artigo completo aqui.

domingo, dezembro 16, 2007

O retorno de um gigante em 2002

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Ontem completou cinco anos da conquista que trouxe o Santos de volta ao panteão do qual nunca deveria ter saído, embora a ausência de títulos durante longos períodos seja comum a quase todos os grandes.

Era 15 de dezembro de 2002 quando Robinho deu oito pedaladas sobre Rogério. Sobre ele recaía toda a atenção, já que Diego havia saído a um minuto de jogo, contundido. Mesmo assim, aos 18 anos, pegou a bola como um veterano para cobrar o pênalti feito pelo corintiano. Quando a coisa parecia apertar, tomou a bola, arrancou e cruzou para Elano marcar o verdadeiro gol do título. Coroou sua atuação fazendo Vampeta e Kléber dançarem perdidos, só assistindo o atacante servir Léo, que fez um golaço com a perna direita.

Desde então, é um dos clubes brasileiros que mais acumulou pontos em rankings de torneios, sendo o melhor brasileiro no ranking da Fifa. Foram dois títulos brasileiros, dois vices, um vice na Libertadores, outro no Paulista e mais um bicampeonato estadual nesses cinco anos.

Embora 2008 não pareça tão alvissareiro se se observar o time, as coincidências do dia 15 de dezembro de 2007 talvez estimulem os supersticiosos. Neste dia, Emerson Leão, que capitaneou o título de 2002, era confirmado como o novo treinador do Santos, enquanto o time sub-20 sagrava-se campeão paulista, com jovens valores como Wesley, Thiago Carletto e Alemão, e uma campanha incontestável de 15 vitórias, 4 empates e 2 derrotas. Nas semifinais, de novo o Corinthians foi a vítima, derrotado nas duas partidas. Será possível um milagre se repetir?

PS: Santista, se você assistir o vídeo e tiver vontade, pode chorar que não é vergonha. É orgulho.

Transposição das águas do rio São Francisco

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Um tema atual, relevante, a respeito do qual pouco se lê: a transposição das águas do rio São Francisco. É muito interessante o texto do Bernardo Kucinski sobre a greve de fome de dom Luís Flávio Cappio, bispo de Barra (BA), publicado no site do PT (originalmente no site www.cartamaior.com.br). Vale a pena ler a pensata, de 11/12/2007, intitulada O bispo de Barra quer morrer.

Futepoca: endereço novo, tudo igual

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Aviso aos leitores do Futepoca:

O blogue passa a atender no www.futepoca.com.br. Ao digitar antigo no navegador, o visitante será redirecionado para este endereço permanente.

A mudança faz parte das comemorações pela escolha do blogue como o Melhor de Esportes no Best Blogs Brazil 2007 – cuja ressaca só acabou agora.

A qualidade editorial, a estrutura, e a falta de anunciantes continuam iguais. Também continua tendo mais textos de futebol do que de política, e mais de política do que de cachaça. Mas agora é mais fácil de avisar os amigos e divulgar pra todo mundo.

Aos blogues parceiros, agradecemos a atualização dos links.

Repetindo:
futepoca.com.br