Destaques

terça-feira, janeiro 22, 2008

Qual renegado vai fazer mais sucesso em 2008?

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Todos eles tiveram passagem pela seleção, seja nas de base ou na principal. Em algum momento, fãs de futebol olharam para eles e disseram: “Puxa, esse vai ser craque”. Jogaram partidas em que realmente faziam o torcedor vibrar, mas ou a indisciplina, os problemas extra-campo, ou as contusões fizeram com que seus bons momentos durassem pouco. Hoje, têm novamente suas chances em times grandes. Mas será que vão vingar? Só o futuro vai dizer, mas o leitor pode palpitar. Aposte quem será o “renegado” que vai ser mais bem sucedido em 2008.

Carlos Alberto – a contratação de Carlos Alberto, jogador de apenas 23 anos, foi muito mal recebida pela torcida tricolor. Jogador com passagem pela seleção brasileira, revelado pelo Fluminense, em 2003, foi destaque da equipe e logo no ano seguinte rumou para o Porto. Lá, jogou 22 partidas e fez dois gols, sendo encostado. Teve a oportunidade de se recuperar quando foi trazido pela MSI ao Corinthians, em 2005. Fez boas partidas, marcou dez gols pelo Alvinegro, mas logo seu futebol degringolou junto com a equipe em 2006. Brigou com Leão, foi afastado do elenco e emprestado para o Fluminense, onde pouco fez. Contratado pelo Werder Bremen, atuou em duas partidas e foi emprestado porseis meses ao Tricolor.


Diego Tardelli – destaque do clube na Copa São Paulo de Juniores em 2004, teve seu auge no primeiro semestre de 2005, sob comando do técnico Leão. Mas os problemas disciplinares, como sucessivos atrasos nos treinos, fizeram com que ele saísse do time e fosse em 2006 para o Bétis, da Espanha. De volta ao Brasil, teve curta passagem pelo São Caetano e foi emprestado ao PSV, da Holanda. De volta ao São Paulo, teve poucas oportunidades de jogar, embora todos os dirigentes são-paulinos jurem que ele, aos 22 anos, está “maduro”. Contratado pelo Flamengo, já recebeu estocadas nada generosas do atacante rubro-negro Souza, mas ambos dizem que agora está tudo bem. Será?

Roger – conhecido pelo nada generoso apelido de “chinelinho”, aos 29 anos, Roger tem a chance de mostrar que é de fato um jogador que pode ser importante para um time grande. Revelado pelo Fluminense, foi contratado pelo Benfica em 2001. Porém, até sua contratação pelo Corinthians em 2005, regressou ao clube carioca duas vezes, não se firmando em Portugal. No Timão, foi campeão brasileiro em 2005. Uma fratura na perna o fez perder a posição para Ricardinho e em 2006 não conseguiu conquistar nem os treinadores que passaram pela equipe nem a confiança da torcida. Barrado em 2007, foi emprestado ao Flamengo que não quis contratá-lo em definitivo. Mais famoso por ter sido namorado de Adriane Galisteu e atual de Deborah Secco, o atleta, com passagens pela seleção olímpica de 2000 e pela seleção principal, tem uma de suas últimas chances no futebol no Grêmio.

Léo Lima – a contratação do meia pelo Palmeiras fez com que Vanderlei Luxemburgo telefonasse para um programa televisivo e brigasse com o jornalista Milton Leite. De fato, é um “reforço” estranho. O meia foi revelado no Vasco, disputou o Mundial Sub-17 em 1999, mas se sobressaiu nacionalmente com um belo cruzamento de letra na final do estadual do Rio em 2003. No ano seguinte, foi para o CSKA e passou pelo Marítimo e Porto, sem sucesso em todos eles. Em 2005, foi para o Santos e depois para o Grêmio, onde foi dispensado. Foi dispensado em 2007 também pelo Flamengo, quando partiu pra cima de um torcedor em um treino. O motivo alegado pelo Rubro-Negro foi “falta de produtividade”. Quem apostaria suas fichas em Léo Lima?

Gustavo Nery – revelado pelo Santos em 1994, era hostilizado pela torcida constantemente nas partidas disputadas na Vila famosa. Passou pelo Coritiba, mas reencontrou o futebol no Guarani, em 2000. No mesmo ano, foi para o São Paulo, onde permaneceu até 2004. Foi para o Werder Bremen e em 2005 estava no Corinthians. Disputou Copa América em 2004 e foi convocado para partidas das eliminatórias da Copa do Mundo de 2006. Decaiu demais , não foi para a Alemanha e acabou indo para o Zaragoza. Na Espanha, fracasso, e o Corinthians o aceitou em 2007, quando enfrentou contusões, a desconfiança de muitos treinadores e caiu junto com o clube para a Segundona do Brasileiro. Quando parecia a caminho do Japão ou de outro país menor no futebol, foi contratado pelo Fluminense. Aos 30 anos, tenta provar que ainda pode. Pode?


Vote:

Qual "renegado" se sairá melhor em 2008?



Futebol aumenta risco de infarto

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A gente já imaginava, mas um estudo realizado durante a Copa de 2006 confirma: futebol acelera o risco de infarto. O trabalho da Clínica Universitária de Munique-Grosshadern tem como título "Mais infartos durante a Copa de 2006?" será apresentado oficialmente em Munique, na Alemanha, no dia 31 de janeiro.

O relatório foi elaborado a partir dos protocolos médicos de 24 pontos de emergência médica distribuídos por Munique durante os dias da Copa. Os resultados indicam que o "estresse emocional" gerado pelos jogos de futebol pode alterar o ritmo cardíaco e provocar inclusive um infarto.

Os caras consideraram a Copa uma ótima oportunidade, devido à alta concentração e torcedores num período curto de tempo. Se tivesse sido uma edição melhorzinha do evento, o resultado provavelmente seria bem mais alarmante.

Com informações do IG

segunda-feira, janeiro 21, 2008

E o futebol entregou os seqüestradores...

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A companheira Brunna Rosa, pauteira habitual do Futepoca, indicou e a gente publica uma história que realmente mostra o quano a paixão do futebol pode ser comprometedora. O trecho abaixo está no livro Na Toca dos Leões, de Fernando Morais, uma biografia da W/Brasil, agência de publicidade de Washington Olivetto, e está no capítulo que discorre sobre o seqüestro do publicitário.

Após a prisão dos seqüestradores, a equipe de Criminalística da Polícia paulista descobriu que pouco podia fazer com os notebooks apreendidos com a quadrilha: estavam todos protegidos por uma senha desconhecida. Mesmo recorrendo aos mais sofisticados programas de desencriptação existentes, o máximo a que se chegou foi saber que a senha tinha 8 dígitos – que tanto podiam ser letras, números ou ambos.

Após tentar todas as alternativas (inversão de datas de nascimento dos seqüestradores, combinação das iniciais dos nomes de seus pais e mães com nomes de ícones da esquerda, etc.), os técnicos do Instituto de Criminalística observaram que havia uma característica comum a quase todos os membros do bando: a paixão pelo futebol.

Foi então que o pesquisador Onias Tavares de Aguiar perguntou a um de seus colegas: "Como é mesmo o nome daquele famoso clube de futebol chileno?" Foi Claudemir Santos quem respondeu: "Colo-Colo".

Digitado o nome do time, surgiram nas telas dos micros mais de 6 mil páginas de anotações sobre todo o desenrolar do seqüestro.

Bate-papo com a vovó

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Uma amiga me conta que passou na casa da avó materna, pernambucana e octogenária, para almoçar. Papo vai, papo vem, e a anciã dispara a questão indesejada:

- Filhinha, você já fumou cigarro?

Minha amiga, que fuma sem a família saber, dá aquela pausa de 10 segundos antes de decidir se conta ou não a verdade. Decide-se pela dissimulação:

- Já, vó, mas foi só uma vez. Faz muito tempo.

No que a avó responde de bate-pronto, para sua estupefação:

- Pois então, não é bom? Diz pra mim: tem coisa melhor que fumar um cigarro e tomar uma pinga?

Pois é: não se fazem mais avós pernambucanas como antigamente...

De bom tamanho para os dois

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Valdívia e o incansável Adriano (Divulgação Santos FC)

Santos e Palmeiras fizeram um jogo que, se observada a escalação dos dois times que entraram no gramado da Vila Belmiro, está totalmente dentro das expectativas. Ainda mais com a chuva torrencial que castigou a Baixada Santista no fim de semana, o que colaborou para que a partida ficasse ainda mais truncada.

Sem Kléber e Rodrigo Souto, o Santos é um time pra lá de comum; e o Palmeiras, sem Diego Souza e a incógnita Lenny como opção, também é uma equipe mediana. Luxemburgo tentou surpreender ao tirar o volante Makelelê e colocar Luis Henrique. A pressão inicial, com uma formação mais ofensiva, fez com que o Verdão chegasse mais à frente e dominasse até metade da etapa inicial. Mas, com Marcinho Guerreiro mais adiantando e acionado bem contra-ataques (por incrível que pareça), o Peixe equilibrou. Chance do Palmeiras, só um recuo mal feito de Evaldo (substituído depois por Domingos) e uma bola que o carrapato Adriano tomou de Valdívia. Ele e outros três santistas tocaram na redonda dentro da área alviverde. E ninguém chutou.

Na segunda etapa, o treinador palmeirense colocou Makelelê e o time voltou a uma formação mais cautelosa, cedendo espaço ao Santos que passou a dominar a partida, sem de fato criar reais chances. A melhor foi do Palmeiras, quando Valdívia, no único momento em que se viu livre de Adriano, chutou para a defesa de Fábio Costa dentro da área. A única intervenção realmente importante de um dos arqueiros.

No fim, um empate bom para os dois. Para o Santos, não perder deu alguma tranqüilidade a Leão, que ganha tempo para poder contar com a recuperação de seus desfalques e também para tentar alguma contratação. Para o Palmeiras, empatar na Vila não deixa também de ser um bom negócio, dado que é sempre difícil bater o Santos em casa. Bom futebol, pelo jeito, vai ser difícil os torcedores dos dois times assistirem no início do ano.

sábado, janeiro 19, 2008

Valtinho Coalhada, um homem invejado

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Caro leitor, você sabe quem é Valtinho Coalhada? Certamente não. Mas uma coisa posso garantir: muito provavelmente você inveja esse sujeito.

Ele foi (ou é, não sabemos direito) jogador de futebol. Não passou por clubes grandes, esteve longe de vestir a camisa da seleção brasileira, comemorou poucos títulos - ou talvez mesmo nenhum. Seus méritos esportivos são praticamente nulos.

Mas é fora dos gramados que Valtinho Coalhada alcançou seu feito que desperta inveja na maioria dos homens brasileiros. Ele namorou ninguém menos que Maria das Graças Meneghel, a popular Xuxa, sex-symbol top dos anos 1980 e que até hoje desperta fantasias em muita gente por aí.

Minha primeira vez foi com um namorado chamado Marquinhos, que era jogador juvenil do Flamengo. Depois, namorei outro jogador chamado Valtinho Coalhada. Depois, foi o Pelé.

A declaração da "rainha dos baixinhos" data de 1996, em entrevista concedida à Playboy, e foi resgatada na comunidade Futebol Alternativo no Orkut.

Os únicos registros para "Valtinho Coalhada" no Google referem-se justamente à essa entrevista de Xuxa. Fica difícil, quase impossível, saber quem é, ou foi, Valtinho Coalhada.

De modo que imaginar o semblante do cidadão é tarefa que passa, inevitavelmente, pelo personagem homônimo - e também jogador de futebol - de Chico Anysio.

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Futepoca no Ibest

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E não é que depois de faturar o prêmio de melhor blogue de esportes em 2007 no Best Blogs Brazil, o Futepoca foi indicado a outra premiação? Dessa vez, os humildes manguaças autores desse espaço estão concorrendo no IBest, também na categoria blog de esporte.



Agora, a parada é ainda pior, pois são vários jornalistas com influência, nome e muito mais mídia que a gente concorrendo. E se eles que são eles estão pedindo votos, por que não pediríamos?

Leitores, simpatizantes e parceiros, não nos deixem sós! Prometemos honrar sua confiança com esforço, dedicação, trabalho duro, sério (bom, isso nem tanto...) e, se possível, com uma cerveja gelada no Vavá. Para votar, é só acessar o site e fazer um cadastro rápido. Após receber o e-mail de confirmação, chegará outro e-mail com sua senha e você terá feito sua parte no esforço pela democratização da comunicação no Brasil, contra os oligopólios midiáticos.

Sabemos que será uma tarefa inglória, a exemplo de tantos outros épicos desproporcionais da História, como o embate de São Jorge contra o dragão, Jonas e a baleia, Rocky contra Apolo, o rochedo contra o mar e outros inúmeros conflitos. Mas não vamos esmorecer e contamos com a ajuda desinteressada (ou nem tanto) de todos vocês.

Vote:

Gol que vale o ingresso

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Tudo bem: o São Paulo jogou muito mal no primeiro tempo, levou sufoco do Guaratinguetá e, vá lá, contou com uma arbitragem camarada - houve um pênalti para o adversário com um minuto de jogo e no segundo tempo, quando estava 1 a 1, Richarlyson merecia ter sido expulso na primeira de suas duas faltas violentas (o cartão amarelo saiu bem baratinho). Mas o post nem pretende esmiuçar mais essa estréia, que, como todas as outras, não serve como base para analisar o que determinado time pode ou não produzir no futuro próximo. Prova disso é que o São Paulo só se encontrou quando fez o que já havia fixado no Brasileirão, com Jorge Wagner na lateral, Richarlyson de volante e Dagoberto recuado.

Só assim conseguiu consertar o caos proporcionado por dois dos quatro estreantes, Juninho e Fábio Santos, completamente perdidos em campo. Dos outros dois, Joílson não comprometeu e Adriano...bem, Adriano teve sua noite de gala, virou o jogo e tornou-se herói momentâneo da torcida (repito: ainda é cedo para qualquer análise). Porém, o que vai ficar na memória, para sempre, é o primeiro gol do atacante com a camisa são-paulina. Um chute de primeira, raro de se ver, com uma violência incomum, aquilo o que se chama de "tirambaço". Em um milésimo de segundo, a bola fez uma curva a jato e bateu no fundo da rede como um míssil. De valer o ingresso.

Trocadalhos infames (mais um)

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Essa eu ouvi na Rádio Eldorado:

"Para o Corinthians, a contratação do Perdigão foi sadia."

Corinthians lidera Paulistão

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Em jogo que eu não vi, o Corinthians ganhou do Guarani pr 3 a 0, no Morumbi. Dois gols de Finazzi e um de Dentinho. Segundo os comentários, o tal de Marcel não jogou nada, sendo substituído por Dentinho, que além de marcar o seu, cruzou para o primeiro gol (cagado, como diriam lá em Mauá) de Finazzi e sofreu o pênalti que originou o terceiro. Parece que a defesa foi bem segura (o que foi facilitado pela fragilidade do Guarani) e que o Acosta foi muito bem, obrigado, o que me deixa bem mais tranqüilo.

Não dá para falar muito do jogo, só para ficar feliz com ele. Mas, como comentarista esportivo, arranjo um assuntinho para ocupar o espaço: a comemoração de Dentinho. O garoto, de 18 anos, marcou seu (se não me engano) segundo gol pelo time principal, mandou bem no jogo de estréia e coisa e tal. E sua comemoração foi, pelo tape, meio tímida. O que acontece com essa galera de hoje em dia que parece não ter explosão? Esperava que o cara corresse, gritasse, beijasse a camisa, coisa assim, e ele fez um coraçãozinho com a mão. Parece que foi, tudo bem, uma homenagem aos pais, mas esperava um pouco mais de vibração.

Bonecos de vudu são achados em câmara de vereadores no RS

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A insatisfação com a classe política está chegando a um nível insuportável para parte da população, que já está apelando para negócios, digamos, metafísicos. No começo da tarde de ontem, um funcionário da câmara de vereadores de Pelotas, interior do Rio Grande do Sul, achou no porão do prédio um "trabalho vodu".

Tratava-se de um caixão preto, com uma cruz na tampa. Dentro do mesmo, sete bonecos vermelhos com as fotos de cinco dos 15 vereadores coladas, espetados com alfinetes pretos nos olhos e em várias partes do corpo. O parlamentar Cláudio Insaurriaga (PV), conhecido popularmente como Cururu, garante que um "especialista" (?) assegurou ser o artefato um trabalho de magia negra, que teria custado cerca de 3 mil reais.

Ainda de acordo com Cururu, os bonecos tinham os rostos dos integrantes da Mesa Diretora da Casa, Otávio Soares (PSB), Adalim Medeiros (PMDB), Mansur Macluf (PP), Idemar Barz (PTB) e Diosma Nunes (PP), todos com fotos oficiais do site da câmara.

Por meio das gravações das câmeras de vigilância, ainda não foi possível apurar quem teria deixado os objetos no porão.

Vodu e política

O uso do vodu relacionado às hostes políticas não é novidade. No Haiti, o ditador François Duvalier, o Papa Doc, utilizava a magia vodu para amedrontar a população e também seus opositores. ele se afirmava com um líder semidivino ("apenas os deuses podem tirar o poder de mim", dizia") e fazia rituais de clarividência em seu palácio com tripas de cabra. Milhares de sacerdotes e feiticeiros das mais isoladas vilas do país lhe passavam informações e aumentavam ainda mais a sua fama.

Uma outra "vítima" famosa do vodu foi o presidente estadunidense Bill Clinton No começo de sua primeira gestão, durante o golpe militar no Haiti, apareceu nos bem cuidados nos jardins da Casa Branca um "trabalho" com velas e fitas multicoloridas, animais mortos e um boneco do político cravado com alfinetes.

No Brasil, em 2006 Garotinho acusou Lula de "fazer vodu na África" e de tomar "banho de pipoca", tentando arrebatar votos evangélicos para Geraldo Alckmin. Não funcionou muito bem a tática do bom menino.



quinta-feira, janeiro 17, 2008

Flatulência, paranóia e discriminação

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A paranóia dos estadunidenses com o terrorismo chegou às raias do absurdo: tem gente sendo proibida de usar os serviços de uma companhia de aviação por causa de uma (involuntária) crise intestinal. Confiram:

Mulher com flatulência obriga avião a fazer pouso forçado nos EUA

(da Efe, em Washington)


Uma passageira que sofreu um ataque de flatulência obrigou um avião da American Airlines a fazer um pouso de emergência no aeroporto de Nashville (Tennessee) nesta quarta-feira (16/01). Vários passageiros da aeronave - que voava de Washington para Dallas (Texas) - começaram a sentir cheiro de fósforos queimados. Por causa disso, o alarme do avião tocou e o piloto decidiu pousar em Nashville. O FBI (polícia federal americana) e a Administração de Segurança dos Transportes foram acionados para o que se considerava uma situação de emergência. Os 99 passageiros e os cinco membros da tripulação foram retirados do avião, assim como toda a bagagem, para que fosse feita uma inspeção. Os cachorros da polícia detectaram os fósforos queimados dentro do aparelho. O FBI interrogou uma passageira que admitiu ter acendido os fósforos para ocultar o odor de suas flatulências, e que disse ter problemas médicos. O avião decolou de novo, mas deixou a passageira em terra. A American Airlines proibiu a passageira de voltar a voar pela companhia aérea.

7 a 6 ??? Ah, conta outra!

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Outro dia, no Bar do Vavá, o companheiro Glauco lembrou uma história contada pelo Pepe (foto), da noite em que o Santos goleou o Palmeiras no Pacaembu por 7 a 6, em março de 1958, pelo Torneio Rio São Paulo. Segundo consta, ao voltar para Santos após a partida, Pepe subiu no bonde para ir pra casa, em São Vicente, e o motorneiro o reconheceu. O homem perguntou o resultado do jogo e, diante da resposta de Pepe, passou a fazer galhofa, pensando se tratar de uma tremenda lorota - mesmo que o jogador jurasse de pés juntos que era a mais pura verdade. Pois reparem só: o Pepe marca três gols (os dois últimos a partir dos 38 minutos do segundo tempo, que decretaram a virada e vitória do Santos), está acabando de voltar da inacreditável goleada por 7 a 6 sobre um de seus maiores rivais (o único que daria trabalho ao alvinegro praiano na década de 1960), pega humildemente o bonde para voltar pra casa e ainda tem de agüentar a tiração de sarro do condutor, que o toma por mentiroso. Realmente, os tempos são outros. Qualquer 3 a 0, hoje, é um sonoro vareio - e qualquer jogador tem, pelo menos, um "poisé" como alternativa ao transporte público. Mas confiram, abaixo, a ficha técnica da incrível partida (achei no site do Milton Neves), disputada numa noite de chuva:

A torcida da Lusa: especulações

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A torcida da Lusa calou um certo santista autor do Futepoca que, cheio de sarcasmo, havia comentado a respeito da promessa de torcedores de fazer tremer o Morumbi:

– Vão comparecer em massa? Deve dar pra encher umas três kombis.

Segundo o Estado de S.Paulo (para assinantes) desta quinta-feira, 17, a torcida organizada Leões da Fabulosa fretou nada menos do que quatro ônibus de torcedores. Já a Folha de S.Paulo (para assinantes) lembrou que a transmissão na TV reduziu o público para 12 mil pessoas no estádio. Não fosse isso, todos os outros torcedores da rubro-verde estariam lá.

quarta-feira, janeiro 16, 2008

Portuguesa vence Santos na reestréia da Série A

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Milagre!!!!

Mesmo jogando pior, a Portuguesa ganhou do Santos por 2 a 0 pela primeira rodada do Campeonato Paulista. Quer dizer... jogando pior mais ou menos. O Santos dominou, é verdade, mas criou pouquíssimas chances claras de gol.

Já a Lusa aproveitou o pouco que criou - com Christian e Marcelo de Faria - e comemorou o belíssimo resultado. Começou com o pé direito, mas ainda não há como saber se tem time para fazer bonito de verdade no torneio. Fica a torcida para que o time volte a ser uma força de verdade do futebol. Vai Lusa!

Outros resultados de hoje:

Juventus 1x1 Noroeste
Mirassol 2x1 Barueri
Rio Claro 2x0 Paulista
Ponte Preta 4x2 Ituano

São Paulo consegue milagre e se classifica na Copinha

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A equipe do São Paulo sofreu, sofreu e sofreu, mas conseguiu a classificação para as oitavas de final da Copa São Paulo - o momento em que esse campeonato começa a despertar algum interesse.

Até os 45 minutos do 2º tempo, o placar marcava 1 a 0 para o time do São Bernardo. Três gols na seqüência, uma a cada minuto de acréscimo, deixaram o placar com uma cara diferente do que foi o jogo. Roniele, Bernardo e Erick salvaram o Tricolor, que tem tradição no torneio, do vexame de cair apenas na segunda fase. O próximo jogo é contra o Fluminense, em data ainda não definida.

Outros times que passaram foram Corinthians, Santos, Flamengo e o glorioso Taboão da Serra, que despachou o Marília por sonoros 5 a 1. Estaria pintando a zebra do campeonato? O Pão de Açúcar, patrocinado pela rede de Abílio Diniz, venceu a Portuguesinha e também está nas oitavas. Vasco e Palmeiras também tropeçaram e ficaram fora das fases finais.

Confira os próximos confrontos

Corinthians-SP x Fortaleza-CE
Taboão da Serra-SP x Rio Branco-SP
Pão de Açúcar-SP x Santos-SP
Internacional-RS x Flamengo-RJ
Fluminense-RJ x São Paulo-SP
Grêmio-RS x Ponte Preta-SP
União S. João-SP x Figueirense-SC
São Carlos-SP x Cruzeiro-MG

Belluzzo explica

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Imperdível, para quem torce para o Palmeiras, a entrevista do Mondo Palmeiras com o economista e conselheiro do clube Luiz Gonzaga Belluzzo. Ele explica a parceria com a Traffic, os objetivos da Arena Palmeiras e a busca por diversificar a receita do clube. Conciliador, elogia até a diretoria anterior. Apesar de descer o sarrafo na mídia esportiva – pra dar razão sobra ao Observatório Verde – não diz que ela é são-paulina, mas explica porque não é palmeirense, que queimou o filme depois da parceria com a Parmalat. "Parece que os caras são contra o futebol".

Sobre Vanderlei Luxemburgo, elogia a vontade de vencer do treinador, algo relevante depois da síndrome de pequenez que assolou o Palestra em 2007.

Ele explica, por exemplo, que a parceria com a Traffic é bem diferente da relação com a Parmalat e completamente distinta da de outros clubes. A Parmalat, como ele diz, tinha prioritariamente interesse em fazer propaganda de seus produtos e não em fazer caixa com jogadores. A Traffic se comprometeu a investir em jogadores que a empresa considere promissores e que permitam lucro. Eles querem ganhar dinheiro e querem que o Palmeiras ajude nisso.

Em outras palavras: Traffic não vai pôr nome na camisa nem tem valores definidos de investimento por ano. Isso pode ser bom ou ruim, mas se o time for bem, tecnicamente, a Traffic só tem a ganhar. Quem vai pôr o nome na camisa é a Fiat, num bom contrato.

E termina falando da cesta de atletas com investimento de empresários. O sucesso, por mais que os donos da grana sejam, em sua maioria, torcedores, não querem perder dinheiro. Para Belluzzo, isso mostra que o histórico de cumprimento de acordos do clube foi fundamental para isso.

Falo como torcedor, mas ainda que seja a versão oficial da diretoria, soa bem principalmente depois da catástrofe instaurada ainda sobre o Parque São Jorge. Claro que não me agrada quem ganha muita grana em cima de um clube, mas se os times precisam de grana e se a estratégia é tentar diversificar as fontes de receita, parece que, pelo menos, há um bom plano.

A transmissão está aqui.

Blogueiro morre espancado após gravar tumulto na China

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Essa é para oa autores de blogues ficarem espertos. Na China, um blogueiro foi espancado até a morte por um grupo de inspetores municipais após ter gravado em vídeo cenas de agressão de manifestantes durante um protesto na China, conforme o blogue internacional Tech Crunch.

Wei Wenhua, gerente de uma companhia de construção na cidade chinesa de Tianmen, gravava em seu celular um tumulto entre os moradores e inspetores, no último domingo (dia 13). Mas foi avistado por aproximadamente 50 fiscais, que exigiram que ele apagasse a gravação. Perante a recusa, o blogueiro foi espancado por cerca de cinco minutos e não resistiu aos inúmeros ferimentos.

Além de Wei, o confronto deixou mais quatro pessoas feridas. O crime foi noticiado pelo órgão oficial de imprensa, Xinhua e o governo chinês prendeu 24 guardas municipais, sendo que cem deles estão sob investigação.

terça-feira, janeiro 15, 2008

Enxergando dobrado

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Não, você (ainda) não está bêbado. Trata-se de um caso interessante de mimetismo gráfico nas capas dos LPs "Lúcio Alves ...interpreta Dolores Duran" (1960) e "Farol da Barra", dos Novos Baianos (1979).

Ps.: No "Farol da Barra" há uma música chamada "Samba do sociólogo louco", que nos remete à lembrança um certo presidente que falava francês...

Para deleite dos adversários

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O São Paulo anunciou hoje a contratação do meia Carlos Alberto (ex- Corinthians), que estava encostado no Werder Bremen, da Alemanha.

Ai jisuis!

De acordo com a Gazeta Esportiva.net, o jogador vem para a posição de Leandro, já negociado com o futebol japonês.

Imagina só a balada que vai virar o São Paulo, com Adriano e Carlos Alberto. Vão chamar mais quem, o Romário?

Vou chorar um pouquinho lá no canto e já volto.

update: o Flamengo levou Diego Tardelli. Nem só de más notícias está feito esse dia.

Estádios brasileiros para 2014: infográfico no Google Maps

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Só descobri nesta terça-feira, 15, um infográfico curioso via Google Maps, produzido pela Agência Brasil sobre os estádios brasileiros candidatos a sede da Copa de 2014.



Além da localização, eles apresentam os pontos críticos. A fonte é um estudo do Sindicato Nacional da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco), publicado em dezembro. Como é foto de satélite, é possível ampliar e se divertir com a visão aérea das regiões.

O Morumbi, por exemplo, tem grades que prejudicam a visão do jogo, cabines de imprensa inadequadas e armaduras da laje do anel superior expostas. A Vila Belmiro tem cabine de TV precária, arquibancada com pé-direito baixo, vestiário do time visitante sem ventilação e trincas e infiltração nas lajes. O Palestra Itália, que saiu na frente pelo menos nos planos de reforma, tem trinca na estrutura da escada de acesso à arquibancada, sanitários em condições precárias (igual à maioria dos estádios), piso do vestiário do árbitro em péssimo estado e setor destinado a portadores de necessidades especiais sem espaço para cadeirantes (!).

Vale a leitura.

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Contratação pára a Mooca

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O time da Javari começou de maneira bombástica o ano de 2008. Foi anunciada nesse final de semana a contratação do volante Vampeta, que joga pelo Juventus o Campeonato Paulista de 2008.

Vampeta já treinou no novo clube, mas... anunciou que não tem condições de estrear nesta quarta-feira contra o Noroeste.

Boa sorte ao Juventus nesse campeonato!

Futepoca pauta até o título do Meio&Mensagem

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O Futepoca pauta a mídia. Os mais novos leitores estão na redação do Meio&Mensagem. Na edição desta segunda-feira, 14, usam o título "Selo da discórdia", praticamente o mesmo usado pelo supracitado blogue: "O selinho da discórdia", escrito por Olavo Soares.

Registro feito.

Cachaceiro tem saudade da prisão

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Publico aqui uma contribuição do Mouzar Benedito. Além de acompanhar de perto a guerrilha urbana durante a ditadura (não há um líder de grupo de esquerda em atividade nos anos 60 e 70 que não tenha se sentado ao lado dele num boteco), Mouzar visitou dezenas de presos políticos nos anos 70, fazendo reportagens sobre as prisões. E, manguaça experimentado que é, já foi jurado em concursos de cachaça.

A crônica que apresento a seguir fará parte de um livro de memórias burlescas da ditadura militar a ser publicado em breve pela editora Publisher Brasil.


Pinga de abacaxi

Por Mouzar Benedito



É tradicional entre todos os tipos de preso a tentativa de fazer uma bebida alcoólica qualquer, já que é proibida a entrada de álcool nos presídios. E para quem está preso, ah... que saudade!

Nos presídios “comuns”, é muito conhecida uma bebida chamada “maria louca”, feita de casca de laranja, e restos de muitos alimentos. Quem já tomou diz que é péssima. Só mesmo preso para beber isso.

Os presos políticos pesquisaram bastante sobre a possibilidade de fazer cachaça na cadeia, principalmente a matéria-prima. Foram experimentando que frutas davam boas cachaças. Macetavam as frutas, punham para fermentar em baldes escondidos nas celas e, quando a fermentação atingia o ponto certo, destilavam de madrugada, quando os carcereiros não apareciam por ali, usando uma panela de pressão. Ligavam uma serpentina (feita por eles mesmos, às vezes uma mangueirinha) à válvula da panela de pressão e faziam a serpentina passar por um balde de água fria, para condensar o vapor que passava pela serpentina.

Fubá, milho e muitas frutas foram experimentadas, mas o que deu mais certo foi o abacaxi. Meu amigo e conterrâneo José Roberto Rezende [Mouzar é de Nova Rezende, Minas Gerais], que fez essas experiências nos presídios por que passou, tornou-se o melhor alambiqueiro da cadeia, no Rio de Janeiro.

Muitas visitas levavam abacaxi para os presos, e imagino que os carcereiros deviam imaginar: “Como esses presos gostam de abacaxi!”.

Eu mesmo entrava no presídio da rua Frei Caneca, no Rio, para visitar os presos, e às vezes saía de lá meio de fogo. Gostava da pinga feita pelo Zé Roberto e pelo Mané Henrique, o segundo melhor alambiqueiro.

O Zé Roberto tinha sido condenado a duas prisões perpétuas e mais 69 anos de cadeia. Brincávamos muito, dizendo que ele teria que morrer duas vezes e ressuscitar para cumprir a pena. Depois da Lei da Anistia e da revisão das condenações, sua pena ficou reduzida a quinze anos, e ele cumpriu oito anos e sete meses de cana. Quando saiu, ficou morando no Rio, onde só existiam cachaças muito ruins, na época, e um dia perguntei – de propósito – se ele não tinha saudade de alguma coisa da cadeia. Ele sapecou:

Olha, saudade, nenhuma. Tem uma coisa que pode parecer cinismo, mas a pinga que a gente fazia lá é melhor do que essas que vendem nos botecos do Rio.

Concordei.

Quanta maldade...

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Reproduzo na íntegra post do Blog do Mino Carta sobre a acusação feita por José Dirceu contra Heloísa Helena (foto) em entrevista à revista Piauí. Muita maldade, a do jornalista...

Dos encontros bíblicos na savana planaltina
Na reportagem publicada pela Piauí sobre José Dirceu, ele comenta que Heloísa Helena votou contra a cassação de Luis Estevão “por motivos impublicáveis”. Quais seriam? Certo é que a savana planaltina, a cidade oficial de concepção mussoliniana, ou stanilista, e sua invencível distância do Brasil e do mundo, ao propiciarem as melancolias da solidão, oferecem a oportunidade de estranhos encontros, às vezes bíblicos. Se os motivos impublicáveis forem aqueles que imagino, louve-se a virilidade de Luis Estevão.

Ex-dirigente corintiano tem prisão decretada

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O ex-vice-presidente de futebol do Corinthians, Antoine Gebran, teve prisão decretada por conta da acusação de crimes contra a organização do trabalho. A notícia saiu no boletim jurídico Última Instância, e é o segundo mandado de prisão contra o ex-dirigente, que já é procurado por não pagar pensão alimentícia. Dois funcionários da empresa de Forte’s Vigilância, que seria do ainda conselheiro corintiano, e o diretor do sindicato dos vigilantes de Santo André (SP) foram presos em flagrante na última sexta-feira (11/1).

O delegado de crimes das relações sindicais e de acidentes de trabalho Nilson Caneloi Junior, afirmou que a Polícia Federal apreendeu armas dentro da empresa, no bairro do Butantã, zona oeste de São Paulo. “Recolhemos quatro armas de fogo e uma arma branca que seriam do dono da empresa”, disse. Gebran está foragido.

Ficha de Gebran

Escolhido como vice-presidente de futebol por Andrés Sanchez, o impoluto, Gebran já fazia parte da administrção de Alberto Dualib, e é daqueles dirigentes considerados... "polêmicos". O ex-árbitro Euclydes Zamperetti Fiori, no livro A República do Apito já acusava o corintiano de pressionar juízes para favorecerem o Corinthians.

O dirigente mostrou ter muita visão quando, à época da contratação do treinador Nelsinho Baptista, declarou à imprensa: "No momento nós não podíamos arriscar. Nós precisávamos de um técnico experiente. Esse caso de Nelsinho que está passando agora é normal. Para mim, o Nelsinho é um dos melhores técnicos do Brasil". O Timão estava fora da zona do rebaixamento àquela altura.

Também metido a profeta, o cartola declarou no início do mês de setembro, em programa da Rede Gazeta: "Não acho o São Paulo favorito para ser campeão. Muito pelo contrário. Nós, corintianos, já sabemos que o time do querido Juvenal Juvêncio (presidente do clube), quando começa a descer a ladeira, não pára. É só darem uma tropeçada que não vão parar de perder. Vai ser uma atrás da outra. E o Corinthians, na ascensão que está, irá terminar o campeonato na frente deles”, declarou.

domingo, janeiro 13, 2008

Épico!

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Acabo de assistir Milan 5 x 2 Napoli, pelo campeonato italiano. O jogo foi sensacional, por vários motivos: Ronaldo Nazário jogou muito bem, deu assistências e marcou dois gols (entre eles uma raridade, de cabeça, aos 35 segundos da etapa final, matando qualquer pretensão dos napolitanos), Kaká marcou um golaço de fora da área e, para coroar sua excelente estréia com a camisa milanesa, Alexandre Pato (foto) pegou um passe de 40 metros, chapelou o zagueiro e completou com frieza a goleada dos donos da casa, para absoluto delírio da torcida. Fora isso, fuzilou o goleiro adversário com perigo pelo menos meia-dúzia de vezes. Épico, simplesmente épico.

"Posso dizer duas coisas: sorria e beba"

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No show "Nana Caymmi - Uma história de sucesso", um dos melhores espetáculos da década de 1990, registrado em DVD, a maravilhosa (e desbocada) cantora dá uma lição de vida à platéia:

"A gente, quando tem problemas muito graves, só fala com a gente mesma. Um bom copo de uísque, um bom copo de cerveja. Eu condeno os remédios, mas o álcool é uma grande solução pra quando não há solução. Pra casos trágicos, amargos, pra filhos problemáticos, com lesão cerebral - no caso, o meu (refere-se ao filho João Gilberto, que sofreu grave acidente de moto em 1989). Essas coisas. Então, eu posso dizer duas coisas: sorria e beba. Tem médico que vai dizer que eu tô...(errada). Mas eu também não tô nem aí, não tô mais aí pra essas coisas, não."

Com umas doses de uísque a mais, durante um mega-evento de uma gravadora, Nana protagonizou uma das melhores gafes da história de transmissões ao vivo da televisão brasileira. O insuportável Amaury Júnior se aproximou e, sem nada inteligente para dizer, perguntou qual o segredo dela para atrair sempre homens mais jovens. Nana foi fulminante, ao vivo, para o país inteiro: "-Eu dou o c.!". Amaury, com aquele sorriso que só sua cretinice ímpar consegue ostentar, saiu pela tangente balbuciando para a câmera: "-Essa Nana, sempre espirituosa!". Inesquecível.

Nas priscas eras do humor nacional

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"Depois da China, Sarney vai à merda". Era assim que o jornal Planeta Diário manchetava uma das inúmeras viagens presidenciais de José Sarney, em julho de 1988. Essa era apenas um mostra do caráter anárquico do periódico fundado por Hubert, Reinaldo e Cláudio Paiva em 1984. Egressos do antigo Pasquim, o trio soube aproveitar com poucos o início da democratização brasileira, não poupando políticos (seu alvo preferencial), militares, personalidades e nem mesmo minorias. Anões, portugueses, judeus, homossexuais também eram vítimas das piadas disfarçadas de notícias.

O número de estréia trazia manchetes como "Maluf se entrega à polícia", "Nelson Ned é o novo menudo" e "Newton Cruz prende Deus". A aventura durou até 1992. Hoje, Hubert e Reinaldo fazem parte do elenco e da produção do já pasteurizado Casseta & Planeta (resultado da união destes com a turma da revista Casseta Popular), enquanto Cláudio Paiva foi redator final da TV Pirata e faz o mesmo trabalho hoje na Grande Família.

Abaixo, duas "notícias" extraídas do livro O Planeta Diário, da Editora Desiderata. Uma sobre a queda do comunismo e o posterior desmembramento da União Soviética, e outra sobre o então ídolo (posteriormente promovido a santo) Ayrton Senna, versando sobre sua suposta homossexualidade e fervorosa devoção religiosa. Um humor impossível de ser reproduzido nos dias de reinado do "politicamente correto".

Setembro de 1991

Jânio Quadros: "Comunistas caíram porque não sabem beber"

Conhaque de Azerbaijão de São João da Barra - O ex-presidente Jânio Quadros, participando de um seminário sobre a queda do alcoolismo na União Soviética, declarou que a queda do alcoolismo soviético se deve ao racionamento de vodca, servida em doses tão ridículas que não davam nem para os burocratas do PC ficarem "legais". Jânio reclamou também que, com o tempo, os mais puros ideais do alcoolismo-leninismo foram se diluindo devido ao excesso de gelo servido nos bares da Sibéria. Apesar de triste com a crise do alcoolismo, ao final do seminário Jânio estava alegre e vendo vários países onde antes só via a União Soviética.

Maio de 1998

Acidente na Fórmula 1
Senna se abaixa no box para pegar o sabonete

24 horas de Le Mans - Ayrton Senna, o único brasileiro que deu certo lá fora além dos travestis, sofreu ontem um acidente durante os treinos para ver quem ia ficar na pole position (o piloto por baixo e o carro por cima). Devido a uma falha mecânica, o sabonete caiu no chão do box, e Senna não sabia se abaixava ou não para pegar, pois Alain Prost estava próximo da sua traseira, esperando uma oportunidade para entrar no seu vácuo. Senna teve então que marcar um encontro com Prost depois da corrida, porque Deus estava do seu lado e o Todo-Poderoso é muito ciumento.

sábado, janeiro 12, 2008

Manchester, um time de encher os olhos

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Tevez, autor de dois gols, comemora a goleada estupenda da sua equipe (Divulgação)

Quem não assistiu à partida entre Manchester United e Newcasttle neste sábado perdeu uma bela oportunidade de ver que ainda pode se jogar bonito e de forma ofensiva. Pressionando o adversário o tempo todo, os Diabos Vermelhos massacraram o rival por 6 a 0, mantendo um tabu de 25 partidas consecutivas sem perder para o Newcasttle no Old Trafford.

Foi um show. O time do (ex?) golden boy Michael Owen, Duff e Caçapa mal teve chance de respirar em um jogo que teve somente 14 faltas no total. Aos 15 minutos, Wayne Rooney já tinha finalizado quatro vezes a gol, mas o grito da torcida não saiu na primeira etapa. O que abriu a porteira foi um chute inteligentíssimo de Cristiano Ronaldo, cobrando falta sofrida por ele próprio. Bola rasteira, no meio da barreira, aos 4 do segundo tempo. O primeiro dos três gols do atacante lusitano na partida, um espetáculo a parte de um atleta que deixou de ser somente um autor de firulas para se transformar no mais espetacular - e nem por isso menos objetivo -atacante do planeta.

Daí pra frente, gols de sem pulo, lançamentos primorosos, troca rápida de bola, passes de calcanhar, de peito, mas sem tentativas de brincadeira ou humilhação. Foi de 6, poderia ter sido de 10. A vitória levou o Manchester à liderança do campeonato inglês.

O trio Rooney, Cristiano Ronaldo e Tevez (2 gols no jogo) mostrou um entrosamento de assustar qualquer defesa, contando ainda com a maestria de Giggs no meio. O único volante de ofício é Carrick, sendo que o meia-atacante Anderson (ex-Porto e Grêmio) joga improvisado de volante, dando qualidade de toque ao meio de campo.

E isso é algo muito interessante. Tirando a óbvia diferença de qualidade do material humano, os treinadores brasileiros costum adaptar jogadores do meio na frente, e de defesa no meio, sempre com a óbvia migração de laterais para a meia ou de volantes para a lateral. Os exemplos são inúmeros. A prioridade aqui é escalar sempre quem tem mais poder de marcação, e não habilidade e técnica. Já Alex Ferguson adaptou o garoto Anderson como volante, algo raro de se ver no país do futebol, e joga só com uma "mata-cobra".

Alguém no Brasil tem ousadia de fazer algo semelhante? Enquanto não aparecer nenhum corajoso, quando quiser assistir futebol bem jogado, vou continuar assistindo às partidas da terra da Rainha. Quem diria...

sexta-feira, janeiro 11, 2008

Ana Paula volta aos gramados no Paulistão

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A auxiliar de arbitragem mais famosa do Brasil e mais comentada neste blogue está de volta ao futebol profissional. Ana Paula de Oliveira participou da pré-temporada dos árbitros de São Paulo, que se encerra no próximo domingo, dia 13, e vai bandeirar no Paulistão.

Capa da revista Playboy mais vendida do ano passado - segundo a própria foram 200 mil exemplares -, a bandeirinha não atuou mais em partidas oficiais desde sua suposta má atuação na partida entre Botafogo e Figueirense, na Copa do Brasil. Fora de ação, acabou não passando no teste físico realizado em novembro. No dia 21, a auxiliar terá nova chance mas, mesmo assim, seu nome estará no sorteio da escala da primeira rodada do Estadual.

A Federação Paulista acredita que Ana Paula pode trazer mais torcida nas partidas em que estiver presente. O diretor do Departamento de Árbitros da FPF e coronel da reserva da PM, Marcos Marinho, afirmou ao Blog do Boleiro que tem recebido “vários pedidos” de equipes do interior de São Paulo pedindo para que a bandeira seja escalada. “Ela é garantia de público”, sustenta.

Carnaval

Assim como muitos outros boleiros, Ana Paula Oliveira vai estar na Marquês de Sapucaí no Carnaval 2008. A moça foi convidada pela escola de samba carioca Salgueiro para desfilar como destaque em um carro alegórico que trará uma réplica do estádio do Maracanã.

Em defesa da Copinha

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Virou mania descer a lenha na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Eu mesmo já fiz isso, em texto de 2005. Mas, mesmo que não seja o tal do "vestibular da bola", a Copinha tem méritos que não podem ser desprezados.


Parte destes eu vi ontem, em São Bernardo. A rodada teve São Bernardo x Ypiranga-PE e Grêmio x Botafogo-PB. Só tive tempo de chegar para o segundo jogo e gostei muito do que vi.

Não me refiro à partida em si - que foi até meia boca, com o Grêmio vencendo por 3x0 mas passando longe de apresentar um futebol encantador. O que destaco é a festa que estava o estádio. O Baetão (foto), que não é o principal estádio da cidade (a honra cabe ao Primeiro de Maio, aquele das greves de Lula), recebeu um público surpreendente. Arrisco dizer que lá estavam mais de 5 mil pessoas - mais gente que em muitos jogos do Santos em 2007.

Um clima tranquilo, familiar, de pessoas que estavam lá para assistir ao futebol sem compromissos. Ah, também se fez presente a "geral do Grêmio" com suas bandeiras estranhas.

Imagino a relevância que a Copinha deve ter em cidades mais distantes da capital e de jogos da elite do nosso futebol.

Acho que só por isso, a Copa São Paulo já se justifica. Por proporcionar um ambiente de festa relacionado ao futebol.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

E o Ricardo Teixeira estava certo...

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Sem provocar, mas provocando, a mesma IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol) que afirmou que o Santos foi o melhor das Américas fez votação em que Dunga foi eleito o melhor técnico de seleções nacionais em 2007.

Em segundo ficou Slaven Bilic, da seleção croata. Depois, Jorvan Vieira (quem?), brasileiro que treina o Iraque. Entre os dez primeiros, para salvar a lista, aparece Luiz Felipe Scolari, nove posições depois do anão.

Hélio dos Anjos, no comando da Arábia Saudita, foi o 24º, com 5 pontos.

A ex-jogadora Silvia Neid, da seleção feminina da Alemanha ficou em 12º lugar, com 28 pontos.

Deus me livre, definitivamente não entendo mais nada de futebol.

P.S. Para quem não entendeu, o título é ironia, pura ironia.

"O sangue só corre bem quando tem bebida"

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Tom Jobim, para Vinícius de Moraes: "Mas dá pra agüentar?"

Relendo, depois de muitos e muitos anos, o "Chega de saudade (A história e as histórias da bossa nova)", do Ruy Castro, me deparo com mais atenção no seguinte trecho:
"E Vinícius (de Moraes) precisava ser reconstituído a cada dia. Sua frase de que o melhor amigo do homem não era o cachorro, e sim o uísque, não era blague. 'O uísque é o cachorro engarrafado', ele dizia - a sério. Mas a idéia que a posteridade passou a ter, de que o poeta sempre foi uma extensão do copo, não é exata. Nos anos 40 e 50, ele podia ser até considerado um bebedor moderado, em comparação com os grandes profissionais do (bar) Villarino. Jobim situa a escalada alcoólica de Vinícius (e dele próprio, Tom) em 1960, a partir das férias em Brasília para a escrever a 'Sinfonia da alvorada'. Até então, tratava-se de aquecimento. O próprio Tom às vezes se assustava:
'Mas dá pra agüentar, Vinícius?'
E Vinícius respondia:
'O corpo tem de agüentar. O corpo é o laboratório que tem de destilar esse negócio e transformar o álcool em energia. Porque o sangue só corre bem nas veias quando tem bebida.'
As histórias de suas internações para tratamentos de desintoxicação na Clínica São Vicente, na Gávea, eram verdadeiras, por mais que parecessem folclore. Vinícius realmente recebia a chave da clínica e tinha permissão para sair e voltar à hora que quisesse. 'Não posso ficar sem uma farofinha', dizia à nutricionista Rita, enquanto vestia as calças para cair na farra."

Belo ensinamento do saudoso "poetinha" Vinícius de Moraes: o álcool faz bem para a circulação sanguínea. E a culpa da ressaca é da "farofinha"...

Santos é o melhor das Américas em 2007

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Com um título paulista, um vice-campeonato brasileiro e um terceiro lugar na Libertadores, o Santos foi o melhor time das Américas em 2007, segundo o ranking mundial de clubes da Federação Internacional de História e Estatística do Futebol (IFFHS). O Peixe encerrou o ano com 254 pontos, uma posição à frente do Boca Juniors. O melhor do ano foi o Sevilla (306) e, na seqüencia, vieram Manchester United (281), Milan (280) e Chelsea (277).

A IFFHS é uma entidade credenciada pela FIFA e seu ranking é reconhecido como o oficial da organização máxima do futebol mundial, já que totabiliza os resultados de todas as equipes do futebol do planeta.

Como já esmiuçado em pos anterior, o ranking mede o desempenho das equipes nas competições nacionais e continentais, dando um peso diferente para cada uma delas. Na verdade, o que é analisado é o resultado de cada partida, não havendo qualquer bônus para o time que for campeão. Liga dos Campeões e Libertadores, por exemplo, valem 14 pontos por vitória. Como o Santos foi o melhor time da fase de grupos e sofreu apenas uma derrota na competição, somou mais pontos que o campeão Boca.

Mesmo com todas as conquistas peixeiras de 2002 pra cá, ainda tive que escutar recentemente de dois sãopaulinos que santista vive do passado... Aliás, embora de tendências ideológicas diferentes, ambos têm o hábito fascistinha de tirar sarro de corintianos chamando-os de analfabetos, "pobres" (como se isso fosse ofensa), bandidos etc. Impressionante como o preconceito aproxima direitistas e esquerdistas. Arrependo-me muito de ter torcido pro São Paulo nas conquistas dos Mundiais, não sabia que surgiria uma geração de torcedores tão plenos de soberba e preconceito. Ainda bem que existem os que se salvam, como os colaboradores deste blogue.

quarta-feira, janeiro 09, 2008

Zagas superlativas

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Zelão & Chicão


Betão & Fabão

terça-feira, janeiro 08, 2008

Nos tempos do Futebol Cards

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No final da década de 1970, a marca de chiclete Ping Pong soltou a coleção Futebol Cards, com 486 cartões individuais de jogadores de 22 clubes brasileiros. Me lembro de ter colecionado, mas não sobrou nada comigo. Agora, fuçando na internet, encontrei reproduções de todos os cartões. Engraçado é notar, entre elencos meio obscuros, a presença de futuros técnicos do futebol nacional. Por exemplo:

Estevam Soares, Muricy Ramalho e Emerson Leão


Abel Braga, Nelsinho Baptista e Paulo César Carpegianni


Marco Aurélio, Jair Picerni e Levir Culpi

Há muitos outros perdidos nessa coleção. Quem tiver curiosidade pode acessar http://www.cardspingpong.com.br/

Golaços nas vitórias de Arsenal e Inter

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Na linha “analista de melhores momentos”, vão uns vídeos. Um deles é da vitória do Arsenal por 2 a 0 em cima do West Ham, pelo Campeonato Inglês. Prestem atenção no meia Adebayor. Eu já gosto do futebol dele faz um tempo, desde quando ele era meio que reserva do Henry no time inglês. Em mais umas duas jogadas do cabra que dão gosto de ver.

O outro é dos gols do Inter de Porto Alegre na vitória sobre seu xará de Milão. O gol do Fernandão é do tipo que, se o cara faz uma vez, a gente fala que é cagada. Se faz várias, é craque. O do Nilmar me deixou triste por esse rapaz ter entrado em tantos e tantos atritos com a estupenda diretoria do Parque São Jorge. Se ele voltar a jogar o que sabe, vai ficar difícil segurar o Inter esse ano.

PS.: Os dois links foram vistos no Blogol, de André Kfouri.

O selinho da discórdia

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Dia desses eu estava assistindo TV quando me deparei com um comercial sobre higiene das latas de cerveja. Em tom de campanha educativa, a propaganda dizia que era importante que o usuário higienizasse sua lata antes de consumir o líquido. E o "reclame" alertava ainda que as latas que possuem lacre de alumínio por sobre o furo precisam de cuidado extra, já que o tal lacre criaria uma espécie de "efeito estufa" que mantém as bactérias conservadas até a hora do consumo.

Foi então que me dei conta da real intenção da propaganda. A idéia clara era atacar a Itaipava - única cerveja do mercado nacional que dispõe do tal selinho. A Itaipava, como se sabe, tem apresentado um crescimento significativo. E atua de forma de certo modo independente, já que é uma das poucas empresas nacionais num mercado cada vez mais dominado pelos gigantes.

Quanto ao sabor, deixo para os manguaças mais experientes comentários. Eu sigo com minha humilde opinião de que cerveja é tudo igual.

Pois bem, o tal comercial deu pano pra manga. No dia 27 de dezembro, a veiculação do anúncio foi suspensa. Segundo o Consultor Jurídico, a proibição se deu porque a "pesquisa científica" que apontava o risco do selinho não era tão confiável assim.

Cabe recurso e o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja e a Associação das Indústrias de Refrigerantes - responsável pelo anúncio e que, obviamente, não tem a Itaipava entre os associados - promete lutar pela veiculação da propaganda.

Foto: Luiz Alvarenga/Extra

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Imprensa esportiva paulista x Santos

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Podem me chamar de santista chorão, mas me irrita demais a má vontade da mídia paulista para com o Santos Futebol Clube. Você vai lá no blog do PVC e tem um texto dele cujo título, irônico, é: "Feliz 2008! No Santos?"

Ele começa assim: "Quando Luxemburgo saiu, deveria se acender a luz amarela na Vila Belmiro. Quando chegou Leão, acende-se a vermelha. Mas quando chega Marcinho Guerreiro ..." E mais à frente: "O fim do túnel da Via Imigrantes, em direção a Santos, indica tempos negros, como aqueles do meio dos anos 90, com reforços medianos, times medianos, resultados medianos. Por ora, não dá para pensar de outro jeito sobre o Santos". Dá, sim, PVC.

Ora, se o palmeirense PVC idolatra o negociante Vanderlei Luxemburgo, eu não idolatro (embora o ache muito bom dentro das 4 linhas, e não fora), e como disse um comentarista no blog dele, "com relação ao Leão , Sr. PVC , a última vez que teve um time decente em mãos, preparou a base do São Paulo que viria a ser campeã da Libertadores, Mundial e bi-brasileiro". Fora que as passagens de Leão pelo Santos trazem resultados sempre bons, como se sabe. Claro que isso não garante nada, mas pelo menos o gênio PVC deveria fazer essa ressalva.

Na mesma linha, o Milton Leite comentou outro dia, também com sorriso irônico no Sportv: "Se o Santos quer ganhar alguma coisa, começar com Marcinho Guerreiro, hein". Não sou fã de Marcinho Guerreiro, mas até o Robinho, depois de num jogo (não lembro qual), certa vez elogiou a eficiente marcação do então palmeirense: "ele me marcou bem e... jogou na bola, leal". Naquele jogo, Robinho não fez nada.

Em 2004, o José Trajano passou boa parte do segundo turno do Brasileiro dizendo maravilhas do Atlético-PR e chegou a apostar com o Marcos Caetano que os paranaenses do Levir Culpi seriam campeões. Caetano, que jogou suas fichas no Peixe, ganhou a aposta.

Lembro de outros episódios, mas seria cansativo. É isso.


Licor à base de maconha é lançado na Holanda

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Um licor feito com a planta canabis, o extrato ativo da maconha, foi apresentado numa feira em Amsterdã, na Holanda, nesta segunda-feira, 7 de janeiro. A bebida é composta por 14,5 % de álcool e extrato de maconha, segundo a agência AFP. A Horecava é uma feira em que são apresentadas novidades nos setores de alimentos e bebidas, exclusiva para profissionais do comércio. Na tarde de domingo (06/01), freqüentadores experimentaram a novidade feita com maconha.

O time "biônico" de São Paulo

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Uma brincadeira de mau gosto criada pelo site Futebol Interior pegou gente boa da imprensa, como a Rádio Bandeirantes e o canal Sportv, para ficar só nos exemplos dos quais eu tive conhecimento. O chiste em questão é chamar de "Biônico" o time Social Esportiva Vitória, mais conhecido como SEV/Hortolândia.

Às explicações necessárias. Em 2001, foi fundado na cidade de Votuporanga um time chamado Social Esportiva Votuporanga. Mantinha suas atividades típicas de um clube pequeno do interior paulista, disputando competições das divisões inferiores, quando, em 2005, decidiu mudar de cidade. A alegação dos dirigentes do clube era que a grande distância entre Votuporanga e a capital paulista - mais de 500 quilômetros - dificultava a aparição do clube na mídia e a consequente recepção de investimentos.

A cidade escolhida para abrigar o clube foi Hortolândia, na região de Campinas, distante somente 25 quilômetros da terra de Guarani e Ponte Preta e 115 de São Paulo.

Mesmo jogando em outra cidade, o clube não alterou seu nome, ao menos em um primeiro momento. Continuou se chamando SEV - ainda que no noticiário seu nome passaria a ser SEV/Hortolândia, uma adequação mais que necessária.

O site Futebol Interior, por motivos que desconheço, não "aceitou" a mudança da cidade do clube e adotou como padrão chamá-lo de "SEV/Biônico", ironizando justamente essa mudança de cidade e permanência do nome antigo. Mesmo com a SEV modificando posteriormente seu nome - hoje, SEV é sigla para Social Esportiva Vitória - a brincadeirinha continua e quem acessar o Futebol Interior verá o noticiário se referindo ao "SEV/Biônico".

Eis que o Biôn..., digo, SEV/Hortolândia está disputando a Copa São Paulo atual. Sabemos que a Copinha é uma das únicas oportunidades para que clubes pequenos apareçam na mídia durante o ano. Os veículos pouco afeitos às coisas do interior reproduzem informações de sites mais especializados - como o já citado Futebol Interior. E foi aí que Sportv e Rádio Bandeirantes entraram no jogo e chamaram o simpático time de Hortolândia de "Biônico".

Uma tropeçada que poderia ser evitada com uma simples pesquisa. Afinal, era só estranhar um time com esse nome...

Na imagem, o lobo-guará, mascote do SEV.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Vivendo e aprendendo

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Impagável a didática explicação da Wikipedia sobre como se joga futebol (o grifo é meu):

As duas equipas de onze jogadores cada, disputam pela posse de bola para fazer um golo no adversário. A equipa que fizer mais golos vence a partida; no caso do jogo ser finalizado com o mesmo número de golos ele termina empatado (a não ser que o jogo seja de "eliminação"). Para conduzir a bola os jogadores não podem tocar na mesma com as mãos, braços ou antebraços. Qualquer outra parte do corpo é permitida para se dominar a bola e conduzi-la. A única exceção são os goleiros (ou guarda-redes em Portugal) e no caso de arremessos laterais. Os goleiros são jogadores únicos que ficam embaixo da trave e cujo objetivo é defender a baliza dos chutes adversários, podendo para tal usar qualquer parte do corpo, desde que esteja dentro de um espaço delimitado por linhas chamado de área (ou grande área).

Como diria o Anselmo: "-Ah, bom! Agora entendi!"

Legião Urbana vira time de futebol em Brasília

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Você já ouviu falar da Legião Urbana? Sim, o grupo de pop-rock liderado pelo mítico Renato Russo, cujas canções são presença constante (e, depois de tantos e tantos anos, incômoda) nas rodas de violão. Então, o que a banda tem a ver com futebol?

Quem lê a revista Carta Capital já deve ter visto matéria publicada na edição datada de 26 de dezembro. Fundaram, lá em Brasília, um time com o nome e a inspiração da Legião Urbana. O nome da equipe é Legião Futebol Clube e sua torcida, como relata a repórter Luciana Bento (que é gente fina e já fez até matéria sobre o mitológico Bar do Vavá, a quem foi apresentada por estes manguaças), canta Tempo Perdido nas arquibancadas.

A intenção do time, segundo a reportagem, é conquistar os brasilienses de segunda geração, ou seja, filhos de gente nascida na cidade. Brasília, por ser uma cidade jovem, grande e receber enorme fluxo de migração, acaba tendo traços culturais pouco definidos, na maioria “importados” das regiões de origem dos moradores (os brasilienses que me corrijam se minhas impressões sobre a cidade estão erradas). O mesmo se reflete no futebol, onde a maioria das pessoas torce para times do Rio, segundo ouvi falar. A aposta do novo time é utilizar a identificação dos brasilienses com a banda de Renato Russo para galvanizar uma torcida.

Além disso, o Legião usa estratégias que, em parte, poderiam ser avaliadas por times grandes. Distribui refrigerantes e pipoca para os torcedores, tem “serviço de manobrista, tenda informatizada para a venda de ingressos, atendentes uniformizados, bar com lounge temático, cadeiras numeradas, personalizadas e com protetores higiênicos, banheiros limpos e som ambiente para informação”, relata Luciana. O negócio parece bem feito.

Com isso, consegue levar um monte de gente a seus jogos. “Na final da segunda divisão do campeonato brasiliense de 2006, o time levou 2 mil torcedores ao estádio – contra apenas 800 do adversário, o Brazilândia, um dos mais antigos da cidade”.

O time hoje está disputando a primeira divisão do campeonato local e tem planejamento de se manter nela em 2008. Depois disso, pretende tentar espaço no cenário nacional. Percebam que o time foi criado em 2006, quando disputou a terceira divisão do campeonato local, e já está na primeira. Até onde vai o Legião Urbana?

PS.: Feliz Ano Novo a todos, em nome da equipe do Futepoca!

segunda-feira, dezembro 31, 2007

Um estádio feito com 3 mil litros de pinga

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Além de ser o cafundó onde nasci, Taquaritinga, no interior de São Paulo, é conhecida nacionalmente por ter levantado um estádio de futebol em tempo recorde, o chamado Taquarão (foto ao lado). Reza a lenda que a obra teria sido feita em 90 dias, entre fevereiro e maio de 1983, no início da gestão do prefeito Adail Nunes da Silva - que, depois de seu falecimento, daria nome ao campo de futebol.


Porém, o projetista do estádio, Francisco Palhares Filho (foto abaixo), revelou em 2007, no livro-reportagem "O Baú do Taquarão", trabalho do jovem Leandro Castro como conclusão do curso de Comunicação na Uniara (Araraquara-SP), que essa conversa de "90 dias" é pura demagogia política. O projeto do estádio no local foi sugerido por Palhares em meados de 1979 e a terraplanagem terminada em 1981. Naquele mesmo ano, o presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Nabi Abi Chedid, lançou a pedra fundamental onde, mais tarde, seria o centro do gramado.

Quando o CAT (Clube Atlético Taquaritinga) ganhou o título da Segunda Divisão e o direito de disputar a elite do futebol paulista, em dezembro de 1982, as obras tiveram início de imediato, ainda no governo de Deolindo Dantas. Ou seja: o Taquarão com os primeiros 20 mil lugares (dos 32 mil que teria) prontos na sua inauguração, em 1º de maio de 1983, foi "finalizado" em cinco meses, o que também não deixa de ser uma façanha. Só que o crédito político tem de ser repartido, contradizendo a "versão oficial".

Mas Chico Palhares, como é conhecido, reservou ao Futepoca uma revelação ainda mais bombástica, que não consta no livro de Leandro Castro: cerca de 3 mil litros de pinga foram consumidos nas obras do estádio. Confira o papo:

Futepoca - De onde saiu tanta cachaça?
Chico Palhares - Havia uma usina de álcool combustível na cidade e lá também se produzia pinga. Na época, tinha uns seis tonéis de 15 mil litros cada, o que dá uns 90 mil litros de cachaça. Eu ia até lá e conseguia doações diárias para os pedreiros e serventes que trabalhavam na construção do Taquarão. Foi uma iniciativa pessoal, a Prefeitura não interferia. Eu trabalhava nas obras, era o projetista do estádio e sabia que o serviço era pesado, pelo curto prazo disponível (NR.: se o CAT não tivesse concluído a obra até maio, não teria disputado o Paulistão de 1983). Quis dar um "pagamento extra" aos trabalhadores, eles mereciam.

Futepoca - Quantos eram?
Palhares - Uns 80 no canteiro de obras, calculo. Eu tinha um galão plástico de 20 litros e fazia duas viagens, uma pela manhã e outra à tarde. Ou seja, dava 40 litros diariamente. Com dois "pagamentos", cada trabalhador bebia cerca de meio litro por dia (risos).

Futepoca - Isso durante quanto tempo?
Palhares - Durante uns três meses. Como o pessoal trabalhava de segunda à sexta-feira, dava uns 25 dias de expediente - e cerca de mil litros de cachaça - por mês (risos). No final, foram consumidos uns três mil litros de pinga! Realmente, nunca tinha parado para fazer essas contas. É outro recorde do Taquarão (risos).

Futepoca - Como era feito o "pagamento"?
Palhares - Quando eu chegava, o pessoal já corria até onde eu estava. Você via gente pulando do trator, largando ferramentas, vencendo barrancos, se atropelando (gargalhadas). Até gente idosa, como o velho Boyat, entrava na fila. Aquilo devia ter sido filmado...

Futepoca - Lembra o nome de outros "apreciadores"?
Palhares - Além de mim? (risos). Tinha o João Bagrinho, Laerte Gambá, Carlitão, Zé do Figo, Maestrinho, Zé Lôco, Chiquinho e muitos, muitos outros. Foram verdadeiros heróis - muitos deram volta olímpica no dia da inauguração do estádio, sendo aplaudidos pela torcida. Mas aquela distribuição de cachaça acabou sendo útil: tudo o que eu pedia, eles faziam na hora! (gargalhadas). Só não sei como eles se viraram depois que eu pedi demissão, por divergir da nova gestão na Prefeitura. Acho que a obra ficou mais lenta e o serviço, mais duro (risos).

sexta-feira, dezembro 28, 2007

A tabela e o Corinthians

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Como já noticiado aqui, a CBF divulgou as tabelas da Série A e da Série B do Brasileiro de 2008. Na imprensa da capital, o destaque em relação à segundona foi que a tal tabela iria de encontro aos interesses do Corinthians, que gostaria de ter seus jogos transmitidos aos domingos, embora o contrato do Clube dos 13 com a Globo, que detém os direitos de transmissão das duas séries, a obrigue a exibir nesses dias partidas da Série A.

As pelejas do Alvinegro na segunda estão marcadas para as terças, sextas e domingos. A emissora carioca ainda não decidiu quem vai transmitir os jogos da segunda sendo que, usualmente, tem sido exibidos pela a RedeTV! entre as emissoras abertas. O mais provável é que a Globo transmita apenas os jogos do Alvinegro, embora não saiba onde encaixá-los na grade de programação.

Mas, televisão a parte, a tabela foi bastante generosa com o Timão. Dos doze primeiros jogos, dez serão disputados no estado de São Paulo. Depois da terceira partida contra o ABC, em Natal, são nove seguidas sem precisar pegar um avião. É só conferir aqui. A estratégia de Mano Menezes não pode ser outra: terá que disparar no primeiro turno para trazer a equipe de volta para a elite do futebol tupiniquim.



Saudades do freguês

Enquanto isso, depois de jogo beneficente realizado na Vila Belmiro, o atacante Robinho, que nunca perdeu uma partida para o clube do Parque São Jorge entre 2002 e o primeiro semestre de 2005, comentou a situação do rival. "Fico triste pelo Corinthians, que tem uma torcida grande e bonita. Só torço para o Santos, e não contra os outros clubes", disse, para espetar na seqüência. "Espero que o Corinthians volte à primeira divisão para jogar outras vezes com o Santos na Vila Belmiro e perder".

quarta-feira, dezembro 26, 2007

Magrão não aprende

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Errar é humano, insistir no erro é burrice. E cometer o mesmo erro pela terceira vez, o que é, então?

A situação descrita acima se aplica ao volante Magrão. Aquele, que começou no São Caetano.

Quando ele era atleta do Palmeiras, foi um dos principais ídolos da torcida verde. E merecidamente. Além da qualidade técnica (sim, ele tem isso), Magrão se destacava pela valentia, identificação com a torcida, parecia mesmo um torcedor em campo.

Em 2004, numa entrevista, Magrão cometeu seu primeiro erro. Declarou com todas as letras que jamais jogaria pelo Corinthians. "Sempre fui palmeirense, mas jamais desrespeitei outros clubes. O maior rival do Palmeiras é o Corinthians. São Paulo e Santos nem tanto, poderia jogar numa boa. Já no Corinthians, o torcedor do Palmeiras ficaria magoado", disse o volante, empolgado com seu posto de ídolo no Parque Antarctica.

Meses depois, como se sabe, Magrão foi anunciado como reforço do Corinthians.

E tratou se fazer seu filme com a Fiel agindo exatamente da mesma forma. Ao invés de somente jogar seu futebol - que tem qualidade, repito - gastou tempo falando da identificação com a garra corintiana, que se sentia um verdadeiro torcedor de arquibancada, que seu coração era alvinegro e blablabla.


Agora Magrão está no Inter de Porto Alegre. E vejam o que ele fala ao site oficial do clube:

“Vim para o Inter porque me identifiquei com a massa colorada". E ao falar das tatuagens que tem pelo corpo, acrescenta: "Estou me sentindo muito bem aqui no Beira-Rio. Talvez faça uma tatuagem para eternizar este momento".

Mais uma vez ele faz, para ser bem claro, papel de bobo. É bonito um jogador que se identifica com sua torcida, é claro - os são-paulinos sabem bem como isso funciona, já que o caso Rogério Ceni é um dos únicos dos dias atuais. Mas tem que ser bem tonto pra entrar nessa cantilena no atual mundo do futebol, dinâmico como poucos.

Sinceramente, torço para que Magrão faça a tatuagem e depois receba uma proposta irrecusável do Grêmio.

Brasileirão: 2008 já começou

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Para quem ainda está digerindo o panetone, o pernil e curando a ressaca e já preparando para a próxima bebedeira de Ano Novo, é bom saber que a dor de cabeça para alguns e alegria para outros, o Brasileirão 2008, já começou.

Pela primeira vez sem o rebaixado Corinthians, mas com a volta do Vitória e da Portuguesa, foi divulgada a tabela do maior campeonato do país, que começa em maio.

Veja a primeira rodada, que acontece nos dias 10 e 11 de maio:

Botafogo x Sport

Internacional x Vasco

Vitória x Cruzeiro

Portuguesa x Figueirense

Coritiba x Palmeiras

Náutico x Goiás

Flamengo x Santos

Ipatinga x Atlético-PR

Atlético x Fluminense

São Paulo x Grêmio


A tabela completa pode ser acessada no site da CBF.


A sorte está lançada, façam suas apostas.

domingo, dezembro 23, 2007

O tamanho das torcidas

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Ia responder ao comentário da Thalita no post abaixo sobre o Santos ser líder de audiência televisiva, mas achei melhor fazer outro texto. Quando se fala em tamanho de torcidas, a polêmica é certa. As pesquisas, em geral, dão resultados bastante semelhantes. O Flamengo tem a maior, seguido do Corinthians, com variações entre pesquisas que ficam sempre dentro da margem de erro. Em seguida, São Paulo e Palmeiras que, em geral, aparecem empatados estatisticamente, e Vasco. Daí em diante, alternam-se, de acordo com o gosto do freguês ou do instituto, Grêmio, Cruzeiro e Santos.

Portanto, difícil dizer que uma torcida de seis milhões pessoas, como se estima que seja a do Santos, é “pequena”, como afirma a companheira blogueira. Ainda mais levando-se em consideração que os cinco primeiros colocados nas amostragens são das duas maiores cidades do país, São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto o Peixe vem de um município com menos de 500 mil habitantes, 20 vezes menos que a capital do estado. Mas se essa torcida é “pequena”, o que será dito então de Atlético (MG), Fluminense, Botafogo e Internacional, que em todos os levantamentos têm menos adeptos que o clube da Vila? Erro comum, motivado por rivalidade clubística e que também tem o dedo da grande mídia esportiva. Em geral, desinformada; no limite, com uma inegável simpatia por alguns times.

A torcida sãopaulina cresce?

A torcida do São Paulo é a que mais cresce no Brasil. Pelo menos é o que se fala de forma corrente por aí. Tem até publicitário sãopaulino travestido de articulista (a profissão é mera coincidência?) dizendo que já é a segunda maior do país, a frente, pasmem, do Flamengo. A suposição se baseia em um suposto complô dos institutos motivados por interesses comerciais. Nada mais livre de tais interesses do que um profissional de marketing. Enfim, a base para se afirmar isso é zero. Como é zero também, em termos estatísticos, dizer que a torcida tricolor é a que mais cresce.

De acordo com as pesquisas do Datafolha, com série iniciada em 1993, o São Paulo tinha 7% dos torcedores do país, enquanto o Palmeiras tinha 5%. Na última pesquisa, o Tricolor tinha 8%, variação dentro da margem de erro, enquanto o Verdão tinha os mesmos 8%. O Palmeiras é o único grande que cresceu fora da margem de erro em todo o período analisado, 14 anos.

Títulos atraem torcedores? Provavelmente, assim como ídolos carismáticos. Impossível medir o efeito de fenômenos recentes nesse caso, como Rogério Ceni ou Diego e Robinho, já que as pesquisas só entrevistam maiores de 16. Jejuns diminuem a torcida? Sem dúvida, como mostra a composição etária da torcida corintiana, com baixo índices entre aqueles que sofreram com a fila de 23 anos. Sim, ao contrário de outro lugar comum, os corintianos não aumentaram em termos proporcionais no sofrido período, mas ganharam algumas marcas que fazem questão de ostentar, a de “sofredor” e “fiel”.

Um bom período para os rivais do Tricolor

Portanto, levando-se em conta esses critérios, a estabilidade da torcida tricolor se explica. Foram 11 anos, de 1994 a 2004, sem títulos nacionais ou internacionais, mas, o que é muito pior para o sãopaulino, é que os rivais acabaram fazendo a festa nesse intervalo, mandando em períodos sucessivos no futebol brasileiro. O Palmeiras foi campeão brasileiro, da Copa do Brasil e da Libertadores. O Corinthians obteve dois títulos nacionais e duas Copas do Brasil, enquanto o Santos saiu da fila e conseguiu dois campeonatos brasileiros, além de um vice na Libertadores. Não foi um período bom para a torcida do São Paulo crescer.

Outro dado curioso em relação à torcida sãopaulina é a queda do número de adeptos que ela tinha na capital paulista de 1993, ano do bi-mundial, para 1995. Houve uma redução de 31% para 21% no número de torcedores, que se manteve estável, com oscilações na margem de erro,até o último levantamento de outubro de 2007. Ou seja, a declaração desse tipo de fã pode ter sido mais por causa de um modismo e da presença de Raí, Miller e Zetti, do que propriamente uma conversão. Ganha-se na alta e somem os lucros na baixa. O torcedor não era, de verdade, um torcedor.

A discussão é polêmica, mas os dados que são mais confiáveis estão disponíveis nas páginas da internet dos institutos. Bem menos passíveis de dúvida do que a impressão que cada um tem andando nas ruas e medindo o número de camisas de clubes que circulam por aí.

Na tarde em que concordei com um fascista

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Festa de um ano do filho de alguém que as tramas familiares complicam a localização. A irmã mais velha do aniversariante, de três anos, está contente, recebe quem chega, explica o que é a festa, e introduz os convidados. Uma figurinha. Pela pouca idade e porque o trabalho de hostess é só uma brincadeira, a menina não faz bem as apresentações. Bom, ela faz as apresentações, diz quem é o avô, a avó, os tios e só avisa sobre quem é o bisavô. Porque com a terceira primavera recém-completada não se entende bem as trajetórias de vida, nem visões políticas. Ainda bem. Apenas horas depois, descobri que se tratave de um delegado de polícia aposentado que ultrapassou todos os esteriótipos.

A relações públicas mirim só serviu aqui para chegar ao centro da narrativa, assim como aconteceu na festinha, que terminaria com brigadeiros e até bala de coco. Até lá, salgadinhos, amendoins e... cerveja.

O tal bisavô é o único que tem a gelada no copo. É o único servido recorrentemente por quem passa perto do sofá onde, não sei se por magnetismo alcoólico ou acaso, também me instalo. Como manguaça, tento acompanhar, mas sem dispor da mesma entrega de latinhas. Discriminação compreensível a alguém que ninguém conhece, mas que me obriga a intervalos maiores entre uma e outra, por causa do deslocamento por todo salão de festas até a cozinha, onde sempre tem alguém com olhar atencioso na frente da geladeira. Nunca deixam a geladeira sozinha. Toda a boa vontade vira, assim, constrangimento para o único dos convidados que faz essa trajetória.

Ao sucesso da quase clandestina terceira viagem até esse intermediário, a convicção: seria a última. De volta a meu lugar, ao lado do colega de copo, não estava preparado para o rompimento desse elo tão frágil e, ao mesmo tempo, capaz de se refazer ainda mais de surpresa. Diz lá o bisavô:

– E você viu? O Serra disse que era preferível o cara ter conforto na prisão do que estar solto nas ruas. Me decepcionou – atirou, em referência a alguma declaração do governador paulista que não tentei identificar. Um silêncio se seguiu, porque ninguém se dispôs a interlocutor.

Não me atrevi. Mas tampouco a falta de réplica impediu a continuação:

– Um sujeitinho daqueles tinha é que estar preso com goteira pingando na cabeça. Já imaginou a mãe daquela moça que esse monstro matou, o que ela sentiu quando o Serra falou isso?

– Ah, nem vale a pena pensar... – apaziguou um, com a vã esperança de que seria suficiente para demovê-lo.

– Não, não vale mesmo. Por mim, era um do lado do outro, e punha uma bala pra cada, assim, execução sumária. Eu achava que esse Serra fosse firrrrme, mas é um frouxo. Anda muito com esse pessoal dos direitos humanos. Ai, que raiva!

O silêncio é geral diante a ira da declaração fascista, não se sabe se por concordância dos outros ou imobilidade, pelo menos minha. Talvez, se eu tivesse tomado bem mais e tivesse a disposição dos ébrios para o "debate" mal saberia por onde começar a refutar a manifestação de fascismo exacerbado. Mas esse duradouro segundo seria a última pausa:

– No Serra eu não voto.

Foi um choque. Mas aí, eu não discordei. Os outros convidados, depois de um momento de hesitação e talvez com medo de que as críticas se estenderiam a todo o resto do espectro político, resolveram que era hora de cantar o parabéns.