Destaques

sexta-feira, abril 04, 2008

DEM cobra a conta de José Serra

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Mais um episódio do imbróglio que está rachando o PSDB paulista e comprometendo a aliança, já tradicional, entre democratas e tucanos. O líder do DEM na câmara municipal, Carlos Apolinário, divulgou uma carta aberta em que cobra do governador paulista José Serra um posicionamento mais firme em relação à disposição de Geraldo Alckmin em sair candidato a prefeito de São Paulo.

Kassab e Alckmin, provavelmente adversários nas eleições de 2008

A mesma carta, ou um "genérico" da mesma, teria sido entregue também ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na semana passada, no sentido de "sensibilizar" as figuras mais importantes do partido a formarem chapa com os demos. Claro, com Kassab na cabeça de chapa.

Apolinário diz que "o prefeito tem sido extremamente leal a Vossa Excelência [José Serra] e demonstrado humildade. Quando lhe perguntam se é candidato a prefeito, ele sempre diz que gostaria de ser candidato, mas coloca como prioridade a aliança entre os dois partidos", mas ressalta "nós democratas acompanharemos qualquer decisão que for tomada pelo ilustre prefeito Gilberto Kassab. Porém, se ele não for tratado com a dignidade e a consideração que merece, será muito difícil estarmos juntos no primeiro ou no segundo turno das próximas eleições."

A carta é uma reação às especulações sobre o futuro de Gilberto Kassab. Tucanos teriam soprado para jornalistas que o atual prefeito não se candidataria à reeleição e seria secretário de José Serra para, em 2010, ser candidato a senador. Os demos acham que isso é um tratamento "desrespeitoso" e o evangélico Apolinário adverte: "Quero lembrar-lhe que, na Bíblia, no livro de Provérbios, está escrito: um amigo ofendido é pior do que segurar um cão pelo rabo."

Cobra criada

O episódio é mais um da tumultuada relação entre Serra e Alckmin, uma disputa interna onde o ex-governador vem levando vantagem. Em 2004, quando candidato a prefeito, o ex-ministro da Saúde patinava nas pesquisas, empatado tecnicamente com Marta Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PP). O então governador, dono de alta popularidade, entrou no circuito e a campanha focou praticamente o tempo inteiro na relação quase simbiótica que seria estabelecida entre prefeitura e governo do estado. Serra venceu, mas ficou devedor de Alckmin.

Em 2006, Alckmin aparecia nas pesquisas sempre atrás de Serra. Em algumas, tinha quase metade das intenções de voto de seu adversário interno. Manobrou, cobrou a conta, impôs seu nome aos caciques do partido utilizando a máquina estadual, tanto do governo quanto do partido. Afinal, o que é o PSDB (e, em certa medida, o PT também), senão uma agremiação essencialmente paulista? Tornou-se candidato, mas não contou com o apoio do já eleito José Serra no segundo turno.

Agora, repete a mesma trajetória de Serra em 2004. Derrotado na eleição presidencial, quer tentar a prefeitura. Mas Kassab e os demos, acostumados a serem coadjuvantes dos tucanos, não querem largar o osso. E ao governador também não itneressa o fortalecimento de Alckmin que é, em boa medida, também o fortalecimento de Aécio Neves na futura disputa pela vaga do partido para a corrida presidencial de 2010.

Na prática, Kassab embaralha as cartas da histórica aliança. Cresceu, saiu da sombra a que parecia condenado e conquistou parte da classe média, com projetos com o Cidade Limpa e uma disposição de estar sempre na mídia quando a situação aperta. Foi o primeiro a comparecer na tragédia do buraco do metrô, que sequer era responsabilidade sua, enquanto Serra se escondia e Alckmin sequer deu as caras. Segue uma cartilha à la César Maia, mesmo sem o carisma do prefeito carioca.

Não vai ser fácil acomodar tantos interesses. De perto, Marta pavimenta a sua volta. De longe, Aécio ri à toa.

Acidente, que acidente? Gol e Tam entre melhor empresa em governança corporativa.

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A IR Global Rating divulgou (em PDF), na segunda-feira, 31, o 10º ranking das melhores práticas de governança empresarial da América Latina, a saber, melhor relação com o investidor (RI em português, IR em inglês). No Brasil a Gol é a quarta e a TAM a quinta. O período avaliado na edição 2008 do prêmio é o ano anterior.

Em 29 de setembro de 2006, o Boeing 737-800 com destino a Manaus (AM) no vôo 1907 da Gol caiu em Mato Grosso. Fora do período do estudo. Em 18 de julho de 2007, o Airbus 320 do vôo 3054 da TAM não conseguiu fazer o pouso em Congonhas, bateu num depósito da própria empresa. Dentro do escopo da IRGR. No triste compto de vítimas fatais, 154 e 199.

O prêmio avalia a transparência de divulgação de balanços na internet, divulgação financeira e práticas administrativas. Investidores votam nesses quesitos e ainda nas políticas de relação com o investidor.

Ainda bem que eu não entendo nada de práticas de governança corporativa.

Dois dias antes da divulgação do relatório, sem haver relação direta com o relatório gringo, parentes e amigos das vítimas dos dois vôos fizeram protestos em três aeroportos. A cobertura é do site www.associacaovoo1907.com. Clique aqui. O último boletim sobre a assistência da Tam a "suas" vítimas está aqui. Na página da Gol, não encontrei.

Reprodução


Na seção de RI da Gol, a busca para as palavras "1907" e "acidente" resultam em zero resultados. No da TAM, a palavra "acidente" traz dois retornos. "Fatores de Risco", de 19 de junho de 2007, com informações gerais que não teriam quase nada de mórbido não fosse um mês antes do acidente. O segundo, "Diretrizes éticas", saiu em 1º de setembro de 2007, e traz o termo relacionado a segurança do trabalho e riscos ambientais.

quinta-feira, abril 03, 2008

As múmias tocam seus próprios discos

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Sempre simpatizei com os manguaças pró-ativos, ou seja, aqueles que decidem tirar a bunda da mesa do bar (às vezes) para fazer ou criar alguma coisa - de preferência, uma coisa bizarra ou impagável. Admiro, principalmente, os que têm pendores artísticos, como o Mussum, o Paulo César Peréio, o Raul Seixas, a Maysa, Vinicius de Moraes, enfim, dezenas deles. Ano passado, fiz um post sobre a Amy Winehouse, cantora inglesa que gosta de entortar o caneco. Pois então, outros desses manguaças "criativos" fundaram há 20 anos, em San Francisco (EUA), a banda The Mummies (As Múmias).

Era uma banda punk de garagem formanda por Trent Ruane (órgão e vocais), Maz Kattuah (baixo), Larry Winther (guitarra) e Russell Quan (bateria). Mas o inusitado é que, apropriadamente, eles sempre ensaiaram e se apresentaram vestidos de múmia, como comprovam as fotos desse post. Por gravadoras de fundo de quintal, como a Hangman, a Telstar e a Pinup, lançaram vários compactos no início dos anos 1990, até que decidiram compilar tudo em um LP.

O bizarro é que, para isso, ligaram um microfone em frente a uma vitrola velha e fizeram a gravação pondo para tocar todos os compactos que tinham lançado, batizando a tosca coletânea como "The Mummies play their own records" ("As Múmias tocam seus próprios discos"). Cumprindo o pacto - ou "maldição da múmia", como convencionaram chamar - de que a banda acabaria assim que recebesse o convite de uma grande gravadora, puseram fim à diversão no Ano Novo de 1992.

Vitórias fácil, média e difícil

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Primeiro a fácil. Palmeiras venceu por 5 a 1 o Central de Pernambuco pela Copa do Brasil e assegurou vaga na próxima fase da competição sem necessidade de partida de volta. Martinez entrou bem, Kléber, suspenso no Paulista, voltou com gol e se repetem as conclusões fáceis: o Verdão tem um bom elenco e está rendendo bem. Está acertado dentro de campo, eu arriscaria. O risco está em enfrentar outro time montado para parar o esquema de Luxemburgo. No papel, é para essas emergências que serve o elenco, para dar opções.

Segundo, a média. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, Thiago Neves cobrou duas faltas para os dois gols do Fluminense na vitória sobre o Libertad do Paraguai. Está na segunda fase. Além do meia que chegou a se envolver em um rolo de pré-contrato com o Palmeiras, o tricolor das Laranjeiras tem ainda o meia argentino Conca que, segundo o Tostão, joga mais do que é notado.

Por fim, a difícil. Gol aos 49 do segundo tempo em um chuverinho de Jorge Wagner para um gol de Adriano. Vitória simples sobre o Sportivo Luqueño. Se colocar dois para marcar essas bolas alçadas à área, metade das jogadas de gol acabam?

Outras vitórias
Grêmio e Botafogo perderam na Copa do Brasil nos jogos fora de casa. Vão ter que tentar reverter em casa. Venceram River do Piauí e Atlético de Goiás. Roger, ex-Adriane Galisteu, ex-chinelinho, fez o de honra dos gaúcho. O Náutico (PE) bateu o Juventus por 3 a 0 e se classificou na partida de volta. O Moleque Travesso havia vencido na rua Javari por 2 a 0. A Lusa bateu o Volta Redonda por 2 a 0.

Muito mais legal do que a Copa dos Campeões.

quarta-feira, abril 02, 2008

Lula: mais popular que futebol e cerveja no Brasil

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Fantástico o exercício de comparação do blogue Opiniões-Sérgio Telles sobre a dimensão da popularidade de 73% do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada em março. Vamos às conclusões:

1 - Lula é mais popular que o futebol
Considerando dados de pesquisa CNT/Sensus de outubro do ano passado, 67,3% gostam ao menos um pouco de futebol, ou seja, menos do que os que aprovam o presidente. Mas Telles vai além: "Uma pesquisa do atual DEMo (ex-PFL), no meio do ano passado, aponta que o PT é preferido por 28,2% da população, mais do que a soma das 2 maiores torcidas brasileiras. Ou seja, melhor que dizer 'vai contar só pra torcida do Flamengo', é falar 'vou contar para os que preferem o PT'. Enfim, Lula é mais popular que o futebol e o PT mais popular que Flamengo e Corinthians somados".

2 - Lula é mais popular que a cerveja
Segundo o 1º Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, 48% se declararam abstêmios, ou seja, não consomem qualquer bebida alcoólica. Dos demais 52%, cerveja ou chopp são consumidos por 61% desses. Ou seja, apenas 31,7% da população bebem cerveja. "Conclui-se que o governo Lula é muito mais preferido que cerveja pelos brasileiros", sentencia Sérgio Telles.

3 - Lula é mais popular que o catolicismo
Em pesquisa do DataFolha de maio do ano passado, 64% dos brasileiros se declararam católicos (praticantes ou não). "Logo, conclui-se que Lula é mais popular que a Igreja Católica no Brasil", diz Telles.

4 - Lula é mais popular que o Carnaval
Pesquisa CNT/Sensus feita recentemente apontava que apenas 41,2% dos brasileiros gostam da festa. Telles novamente: "Lula e seu governo são amplamente mais populares que o Carnaval".

5 - Lula é quase tão popular quanto sexo
Pesquisa de Bem-Estar Mundial da Durex, de 2006, diz que 76% dos brasileiros são sexualmente ativos. Segundo a mesma pesquisa, por coincidência ("e apenas isso", frisa Telles), o mesmo índice dos que não aprovam Lula (27%) é o dos que têm falta de libido e também de homens com dificuldades de ereção. "Outra coincidência", observa Telles, "é que os especialistas em sexologia sempre apontam que 30% das mulheres costumam não conseguir orgasmo de nenhuma maneira, também o mesmo percentual das que não aprovam Lula neste segmento da população".

Alguém imagina essa série de comparações como capa da Veja?

Central de Caruaru, injustamente desconhecido

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Hoje o Palmeiras entra em campo pela Copa do Brasil contra o Central de Caruaru. A expectativa de torcida e atletas alvi-verdes é vencer por dois gols de diferença para despachar logo o adversário e prosseguir na competição.


O Central de Caruaru é um time pouco conhecido dos brasileiros em geral. Muitos que vêem o adversário de hoje do Palmeiras logo o tratam como mais um dos times pequenos que povoam as primeiras fases da Copa do Brasil. Mas a história registra que a "patativa", como o time é chamado, quase disputou a elite do futebol nacional - e nos anos 1990, quando a primeira divisão já era mais séria e sem critérios de acesso ligados aos campeonatos estaduais.

Foi em 1995. Naquele ano, o Central foi o quarto colocado na Série B do Brasileiro. Ficou apenas atrás dos paranaenses Atlético e Coritiba, campeão e vice, respectivamente, que conseguiram o acesso, e do também eliminado Mogi Mirim.

A Série B daqueles tempos nada tinha a ver com os pontos corridos atuais. Os 24 times dividiam-se em quatro grupos com seis equipes cada. Na primeira fase, todos jogavam contra todos nos seus grupos, avançando os quatro melhores de cada chave. Segunda e terceira tinham formatos semelhantes: times divididos em grupos de quatro equipes cada com os dois melhores sendo classificados. Até a quarta e derradeira etapa, o quadrangular final, quando os quatro times jogavam entre si e os dois melhores garantiam acesso para a Série A do ano seguinte.

Nesse bolo todo, o que surpreende na campanha do Central é que o time foi passando de fase sem nunca empolgar. Na primeira, foi o pior entre os quatro classificados (Santa Cruz, Desportiva e Sergipe); na segunda, só avançou porque superou o Santa Cruz em gols marcados, e na terceira precisou de uma vitória épica fora de casa contra o Sergipe para superar o Bangu e chegar na fase decisiva.

E no quadrangular o coitado do Central tomou ferro. Só somou três pontos nos seis jogos - obtidos ao vencer o Coritiba em casa, num resultado que acabou custando o título aos alviverdes.

Em 1996, o Central ficou entre os últimos da Série B e teria sido rebaixado - teria, porque a virada de mesa que beneficiou Flu e Bragantino na primeira se estendeu à segunda divisão e o time jogou a Série B em 1997. E, tal qual o Fluminense, foi rebaixado de novo. Dessa vez, para nunca mais voltar à Segundona.

2007 foi um ano bom para o clube, quando obteve o vice-campeonato pernambucano e a consequente vaga na Copa do Brasil. Hoje enfrenta o Palmeiras na busca de surpreender de novo. Quem sabe o jogo contra o alviverde não vira o estímulo para que o Central volte aos seus tempos de glória?

O passeio do Santos, Molina, Quiñones e a altitude

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Quando o Santos foi derrotado pelo Bolívar na altitude de La Paz, em 2003, fui até uma sinuca no bairro de Pinheiros, em São Paulo, onde o gerente era... boliviano. Figura sempre simpática, não tirou sarro da vitória por 4 a 3, e vaticinou: "Aqui, a gente perde". Não perderam somente, tomaram uma "ensacada" de 6 a 0.

Lembrei do boliviano quando o Peixe perdeu para o San Jose, nos mais de 3.700 metros de altitude em Oruro. Prejudicado por um pênalti não marcado no fim da partida, nem assim me incomodei com o placar e pensei: "Aqui, a gente goleia". Foi um 7 a 0, maior goleada do torneio, mas contra uma equipe que é pra lá de fraca tecnicamente. Mesmo assim, foram estes bolivianos que empataram com o quarto da Libertadores de 2007, o Cúcuta, fora de casa. O que mostra um pouco do sofrível nível do torneio continental.

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Sem a altitude, o San Jose seria... pior que o Rio Claro, primeiro rebaixado no campeonato paulista. Pelo menos é o que pensa o treinador do Santos, Emérson Leão. E não deve ser só ele que avalia desta forma, a equipe da Bolívia é de fato muito inferior a times medianos de cá. Daí fica clara a influência da altitude no resultado da partida de ida. E isso se deu não só pelos efeitos "reais", como também pelos psicológicos, já que imprensa e até mesmo comissões técnicas fazem da altitude uma fantasma talvez muito maior do que já seja.

Ainda assim, continuo contra a proibição ou limitação de partidas internacionais na altitude. Nada justifica que um time não possa jogar em seu lugar de origem. Que os calendários sejam modificados para que as equipes possam se adaptar à altitude, até porque outros fatores como gramados esburacados (quantos já não se contundiram por conta disso?), lugares com altas temperaturas e estádios sem segurança também são deveras insalubres e não merecem a atenção especial da Fifa.

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Os bolivianos já sabiam que a chance de derrota era enorme, e nos sites do país apostavam nas duas partidas que irão fazer em casa, contra Chivas e Cúcuta, para se classificar. Mas não esperavam um 7 a 0. O blog do San Jose é taxativo: Santos maltrata San Jose em goleada inusual.

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Molina fez quatro gols e participou de outros lances importantes. Não é craque, mas lembra os antigos camisas dez que não existem mais, aquele armador que consegue chegar à frente e finalizar. Esses estão em extinção e no Brasil, com exceção de Thiago Neves, do Fluminense, não me lembro de nenhum outro meia com essas características.

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Eram 31 minutos do segundo tempo quando anotei aquela que eu achava ser a jogada da noite. Passe forte da esquerda para Quiñones, que havia entrado há pouco. E ele... matou a bola! Sim, ele matou a bola! Emocionei-me com tal destreza de um atleta que mal conseguia andar sem tropeçar na mesma em outras ocasiões.

Pra calar de vez minha boca, fez o sexto gol. Não estava difícil, de fato.

Tipos de cerveja 3 - As American Pale Ale

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Dando seqüencia à classificação do site Cervejas do Mundo (www.cervejasdomundo.com), falamos hoje das American Pale Ale. São cervejas que vão desde o amarelo dourado até à cor de cobre, com estilo definido pelo lúpulo de origem estadunidense. Esse produto transmite, na maioria das vezes, forte aroma à cerveja, além de uma relativa acidez. As American Pale Ale se encaixam perfeitamente no american way of life: são consideradas um ótimo acompanhamento para pizzas e hambúrgueres (fosse no Bar do Vavá, acompanhariam o X-Elvis e o Churrasco com Queijo e Dentes Inteiros de Alho). Mas também vão bem com sushi e saladas. As dicas para degustação: Three Floyds Alpha King, Flying Dog Doggie Style Classic Pale Ale (foto) e DuClaw Venom Pale Ale. Vale lembrar que as cervejas Ale têm processo de alta fermentação (ou "fermentação a quente"), que realça os sabores mais complexos, frutados e "lupulados" da bebida. Por isso, são cervejas mais encorpadas e vigorosas. Mesmo assim, podem variar muito de uma marca para outra, com características que vão desde o doce ao amargo, entre as mais claras ou escuras.

Carona

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Armando Nogueira, em coluna no Lance! de hoje, comete uma inconfidência de 50 anos. Segundo ele, na noite de 29 de junho de 1958, quando o Brasil foi campeão mundial pela primeira vez, na Suécia, houve uma grande festa no hotel em que a seleção estava hospedada. Nogueira diz que cada jogador estava devidamente acompanhado por uma "loura do porte de seu merecimento". Quando ele se aproximou de Moacir (foto), meia do Flamengo e reserva no mundial, o jogador agarrou sua loura e sussurrou no ouvido do jornalista: "-Armando, me chama de Pelé! Me chama de Pelé!".

terça-feira, abril 01, 2008

Manchester e Barça saem na frente na Liga dos Campeões

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Hoje foram disputadas as duas primeiras partidas das quartas-de-final da Liga dos Campeões da Europa, a Champions League, e Manchester United e Barcelona conseguiram duas importantes vitórias fora de seus domínios.

A qualidade técnica falou mais alto no confronto entre o time inglês e a Roma, no estádio Olímpico. Nos dois momentos em que o clube italiano parecia ser superior à esquadra britância, Cristiano Ronaldo, no primeiro tempo, e Wayne Rooney, no segundo, mataram qualquer pretensão da equipe da casa. O gol deixa o atacante português na artilharia da competição, com sete gols. E ele também ocupa o primeiro posto entre os goleadores do campeonato inglês, a Premier League, com 26 tentos. Fez a diferença no domingo, na sensacional vitória sobre o Aston Villa (confira aqui o gol de letra, o passe de calcanhar e as outras duas assistências) e hoje marcou de novo. Tem tudo para chegar ao final do ano como o melhor do planeta.

Já o Barcelona, que enfrentou o Schalke-04 na Alemanha, contou com a precisão do jovem Bojan, novidade no time na partida de hoje. Com 17 anos, o espanhol de ascendência sérvia tornou-se o segundo jogador mais jovem a marcar na Liga dos Campeões, superado somente pelo atacante ganês Peter Ofori-Quaye, que em 1997 marcou pelo Olympiakos com 17 anos também, mas era menos de um mês mais novo que Bojan.

No próximo dia 9, o Manchester pega a Roma em Old Trafford, e o Barcelona recebe o Schalke no Camp Nou.

Bonito, muito bonito

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O fato não é recente, mas merece registro. Durante solenidade oficial em São Bernardo do Campo (SP), crianças de um bairro carente faziam batuque com latas e outros materiais recicláveis. Nisso, um assessor especial da Prefeitura vira para um jornalista e comenta:

"Olha só que bonito! Eles moram no meio do lixo e arrumaram um jeito de fazer música com isso!"

De fato, a consciência do assessor sobre as condições de moradia daquela população é muito comovente. Como se fosse um fato imutável, natural. E a Prefeitura não tivesse nada com isso...

segunda-feira, março 31, 2008

Richards: proibição da bebedeira arruinou América

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Depois de confessar que cheirou as cinzas do próprio pai, de negar isso e reafirmar a bizarrice, o eterno guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards (foto) , volta a criar polêmica. Em entrevista ao jornal inglês The Sun, o stone assumiu fumar maconha em tempo integral. "Mandei muita fumaça para minha cabeça. Eu fumo maconha o tempo todo", assumiu. “Mas essa é minha erva benigna. É só isso que eu consumo. Mas, sim, eu fumo, e consigo um haxixe do bom". O guitarrista está trabalhando em sua autobiografia e, de acordo com o jornal, vem enfrentando "problemas". "Não consigo nem me lembrar do que aconteceu ontem. E já que eu não tive um diário, tem sido um pouco difícil", lamentou o siderado Richards. Em agosto de 2007, o músico comeu seus próprios cigarros em um show em Londres, em protesto contra a lei que proíbe fumar em locais fechados. "É um atraso, porque você tem que congelar suas bolas para acender um cigarro, precisa ir lá fora. É cruel. É uma besteira social e politicamente correta. Mas eles vão superar isso. É como aquela vez em que tentaram proibir a bebedeira. Veja o que aconteceu. Isso arruinou a América", sentenciou.

Dois garotos e um certo fim de semana de 1957

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Música lembra Beatles, que lembra John Lennon. Futebol lembra seleção brasileira, que lembra Pelé. O que poucos sabem, porém, é que esses dois ícones do século passado, principalmente nos anos 1960, têm muitos pontos em comum. Para começar, ambos são librianos e quase da mesma idade: John Winston Lennon nasceu em 9 de outubro de 1940, em Liverpool, Inglaterra, e, exatamente duas semanas depois, no dia 23, veio ao mundo Edson Arantes do Nascimento, em Três Corações (MG), Brasil. Mas a maior coincidência aconteceria 16 anos e nove meses mais tarde.

No sábado, 6 de julho de 1957, a igreja de Woolton, em Liverpool, foi palco de um encontro crucial para história da música. Naquela tarde, Lennon se apresentou no local com sua banda The Quarrymen, formada por ele com amigos de escola. Tocavam rock and roll no ritmo do skiflle, um jazz-caipira-acelerado. Na platéia, um outro adolescente observava com interesse: James Paul McCartney, 15 anos recém-completos. Ele achava que tocava melhor que qualquer um no palco, mas estava impressionado por John já ter uma banda - e liderá-la. Após o show, Pete Shotton, um amigo comum, os apresentou. Os Beatles nasceram ali.

No dia seguinte, domingo, 7 de julho, o Brasil enfrentou a Argentina no Rio de Janeiro, então capital federal, pela Copa Roca de Futebol (extinto torneio disputado entre os dois países). No segundo tempo, perdendo por 1 a 0, o técnico brasileiro Sylvio Pirillo decidiu substituir o atacante Del Vecchio por um menino de 16 anos, Pelé. Poucos minutos depois, ele empatou a partida. Apesar de a Argentina ter marcado novamente e vencido por 2 a 1, aquele jogo marcou a estréia do futuro Rei do Futebol pela seleção brasileira. Ali, naquele domingo de julho, Pelé começou a pavimentar seu caminho rumo ao título mundial na Copa da Suécia, menos de um ano depois, quando teve início seu reinado.

No alto, John Lennon com os Quarrymen no sábado, em Liverpool. Acima, Pelé marcando seu primeiro gol pelo Brasil no domingo, no Rio de Janeiro.

Secar os secadores. De camarote

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O Parmerista fala de mentalidade de campeão. O Mondo Palmeiras reproduz nota da assessoria de imprensa verde sobre o aproveitamento de Luxemburgo no comando da equipe em toda história´do clube, 69% das 277 partidas. Fabian Chacur fala ainda do golaço de Valdívia e da boa atuação de Denilson, mas pede para segurar o já ganhou. O Terceira Via Verdão mostra em dados que o meia chileno é o melhor do time. E o Observatório Verde diz que o Lance! inverteu a notícia na definição da capa de sábado sobre a possível venda do atleta no meio do ano.

Um almoço de sábado em casa me impediu de sequer escutar no rádio a maior parte do jogo. Acompanhei pelos gritos da vizinhança. No final, ouvi até uma ponta de "olé", vindo do Palestra Itália. Para não recorrer à prática de comentar sem ter assistido, fiz o clipping da mídia palestrina.

É confortável assistir à última rodada de camarote. Ao lado do Guaratinguetá.

É desagradável ver os secadores trabalhando tanto. Até negando que estejam secando. Claro que é inevitável, mas quem sabe eu inauguro uma nova modalidade de secagem, uma voltada aos adversários secadores.

Como já reconheci que Luxemburgo montou um time bom com peças boas – além de reabilitar Léo Lima – me sinto tranquilo para cobrar dele que as ressalvas ao treinador sejam definitivamente caladas com o título. Sem já ganhou. É um problema não gostar do estilo pessoal de um técnico bom e cheio de sorte (segundo uma das máximas do próprio, a sorte ajuda quem trabalha...).

Vamos fazer chicha de maíz (pinga de milho)

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Marcos Xinef

Aproveitando que ninguém ainda se animou a produzir a polêmica pinga de abacaxi com receita de Mouzar Benedito, fui atrás de uma bebida com produção mais simples, que repercutiu favoravelmente na última coluna "Pé redondo na cozinha", do chef Marcos Xinef: a chicha de maíz (pinga de milho). Chicha é a designação espanhola para qualquer variedade de beberagem fermentada, que pode ser feita de raiz de mandioca, milho ou frutas, entre outras coisas. Às vezes, no processo rudimentar, o produto é mastigado antes de ser posto para fermentar. Porém, como tal prática não colabora muito para a questão higiênica (e é mesmo nojenta, para falar português claro), a receita que trago aqui, a partir de pesquisas na internet e orientações do chef Xinef, dispensa tal procedimento.

PARA PRODUZIR 1 LITRO DE CHICHA

Ingredientes
500 gramas de grão de milho verde
1 litro de água mineral ou filtrada
300 gramas de açúcar

Modo de preparo
Compre uma dúzia de espigas de milho verde ou o suficiente para que, depois de raspadas, rendam 500 gramas do grão. Pegue uma panela grande e bote pra ferver, por umas duas horas, um litro de água, 300 gramas de açúcar e o milho. Arrume um balde que possa ser fechado hermeticamente, como o da foto abaixo, e feche a mistura ali por um período de 3 a 4 dias, quando estará pronta para consumo.


Para produzir mais que um litro, é só multiplicar as medidas dos ingredientes na proporção. Que tal produzirmos uma "Chicha Futepoca"?






Marcos Xinef é chef de cozinha e socialista convicto. Semanalmente, publica receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes no Futepoca.

O destino do Corinthians nas mãos (e nos pés) do Santos

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E o time da Vila Belmiro não conseguiu a sua sexta vitória consecutiva, ficando de fora do G-4 de forma definitiva. O empate em 1 a 1 com o Rio Claro só serviu pra sacramentear o rebaixamento do clube do interior. A reação espetacular do Santos no campeonato foi digna de nota, mas também tardia, já que mesmo que tivesse vencido no sábado e superasse a Ponte na Vila, o Peixe provavelmente ficaria de fora do G-4, pois ainda dependeria de insucessos de Barueri e Corinthians.

Agora, o destino do time do Parque São Jorge está com o Santos. Não basta ao Corinthians derrotar o Noroeste, fora de casa. Ele precisa contar com a ajuda do Alvinegro Praiano, que tem que arrancar um empate na Vila pra ajudar o Timão. A questão que vai ser discutida até cansar os ouvidos é: qual o esforço que o Santos vai fazer pra vencer o clube campineiro?

Sem papas na língua, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, foi claro e sugeriu até uma "mala preta" para o Santos, observando, entretanto, que o clube não possui dinheiro para isso. "Seria até a favor [do incentivo ao rival]. Mas na situação em que estamos não dá para falar nisso" afirmou o cartola, que disse que está difícil fechar as contas do mês no clube. "Todo mundo sabe que essas coisas existem no futebol. Se sobrar [dinheiro], não sou hipócrita", disse à Folha de São Paulo.

Já o treinador Mano Menezes, que nesta temporada lidera o ranking de choro à frente de Luxemburgo, Muricy e Leão, apelou ao "profissionalismo" do comandante santista, a quem o Corinthians deveria dinheiro por sua passagem anterior no clube. "Não costumo julgar outros profissionais pela sua trajetória. Mas sempre se vale disso. E a trajetória do Leão é séria. Ele classificou o Cruzeiro quando dirigia o Atlético-MG", declarou Mano ao mesmo periódico, recordando a vitória do Atlético-MG sobre o Palmeiras, em 2007, que deu a vaga na Libertadores ao rival azul-celeste.

A imprensa vai bater, vai exigir o tal "profissionalismo" do Santos, mas o óbvio é o time entrar com os reservas. Não se trata de descaso, mas sim de cuidar dos próprios interesses que, a esta altura, se resumem a Libertadores. Depois da partida contra a Ponte Preta, na quarta, o time tem um duro compromisso contra o Chivas Guadalajara, no México. Alguém colocaria os titulares em uma partida sem importância três dias antes, contando com o desgaste de uma viagem longa?

Agora, aguardem, leitores. Com pouco assunto, a mídia esportiva vai bater o tempo todo nessa tecla, e façam as contas de quantos jornalistas/comentaristas repetirão a cantilena de que o Santos tem que encarar uma partida, sem motivação, e com outra importante a seguir, como se fosse uma decisão. Triste vai ser se, cedendo a pressões talvez originadas de um prédio próximo à estação Barra Funda, em São Paulo, a diretoria e o treinador possam ceder e escalar a equipe titular.

Tipos de cerveja 2 - As Amber Ale

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Dando seqüência à série sobre tipos de cerveja do mundo inteiro, destacamos as Amber Ale, que podem variar entre produtos caramelizados e outros com bom equilíbrio entre malte e lúpulo. São habitualmente cervejas não muito complexas e que, devido a isso, podem acompanhar bem quase todo o tipo de receitas gastronômicas. Contudo, algumas versões apresentam forte teor de malte e baixa presença de lúpulo, o que as torna pouco equilibradas - deste modo, não aconselhadas para receitas tendencialmente doces. De resto, vão bem como acompanhamento de sanduíches, pizas, churrascos e comida mexicana. Na avaliação do site Cervejas do Mundo, a diferença entre uma Amber Ale de qualidade e uma American Pale reside no fato da primeira poder ter um carácter mais escuro, devido ao malte utilizado, e menos lúpulo. Para quem conseguir encontrar, experimente a Mac and Jacks African Amber Ale, a New Belgium Fat Tire ou a Tröegs HopBack Amber Ale (foto).

sexta-feira, março 28, 2008

O melhor xingamento ao árbitro de Santos X Corinthians

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A arbitragem do clássico entre Santos e Corinthians foi motivo de muitos debates na imprensa, nos bares, na internet e numseiquelá, numseiquelé, numseiquelá. Mas duvido que alguém tenha feito um xingamento tão digressivo, com tanta verve poética, quanto um dos nossos mais assíduos comentaristas, o corintiano Benedito. Abaixo, o texto em que ele comenta o post sobre a partida:

A turma do Futepoca é jovem e provavelmente não sabe. Se sabe, não conheceu. Nos anos 60 e 70, a zona portuária de Santos abrigava as boates de prostituição mais animadas do litoral, quiçá do conservador estado de SP. Sex and drugs, babies. À rodo. E, claro, muito álcool também. Nos anos 80, a Aids ceifou a vida de muitos frequentadores daquela vida loca. Santos teve um dos maiores (senão o maior) índices de infectados por Aids no Brasil. Até que o poder público local resolveu agir. A prefeita que mudou tudo chama-se Telma de Souza. Foi condenada pelos conservadores porque distribuía seringas a drogados e camisinhas a homens felizes. Pois bem. Não sei se ele nasceu lá, naquelas boates da Baixada, mas com certeza o Sálvio Spínola, que assaltou o Timão na Vila, tem algum parentesco feminino naqueles becos do porto de Santos.

Questionado por este escriba se ele tinha a mesma opinião sobre Sálvio Spínola Fagundes Filho quando o mesmo anulou o gol de Adriano no clássico do São Paulo, Benedito foi taxativo:

Bem... eu sou torcedor, pô!!!! É claro que naquele dia o Spínola era só o filho do pai...

Os comentários na íntegra você pode ler neste canto.

Não é a cerveja que engorda!

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Vem aí a quarta divisão

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O presidente da Federação Gaúcha, Francisco Noveletto, declarou hoje que já está confirmada a criação da Série D nacional a partir de 2009. O quarto nível terá uma cara similar à da Série C atual, com um número grande de times e a definição das equipes com base nos campeonatos estaduais. Já a Série C, a partir de 2009, será similar à Série B de hoje em dia: 20 times, que disputarão um certame em pontos corridos.

Os participantes da Série C do ano que vem serão os quatro rebaixados na Série B de 2008 mais os 16 melhores na Terceirona - excluindo-se, claro, os quatro promovidos à Segunda Divisão.

A medida, a princípio, é das mais interessantes. Já estava na hora da CBF dar uma cara mais justa à sua terceira divisão (o atual regulamento é dos mais doidos) e também criar uma possibilidade para manter mais times em atividade durante o ano. É indiscutível que o Brasil tem 60 equipes (no mínimo) com tradição, torcida, camisa e estrutura para três divisões decentes.

Mas a parte ruim da história é que a Série D, a não ser que apareça algum apoio consistente, já nasce deficitária. A atual Série C é assim - a ponto do Guaratinguetá, sensação do Campeonato Paulista, ter declinado da disputa do torneio no ano passado e já ter acenado que pretende repetir a dose em 2008. A CBF, inclusive, colaborou para essa desvalorização ao extinguir o apoio logístico e financeiro que dava às equipes da Terceirona até o ano passado. Esse ano, quem encarar a Série C vai ter que pagar todas as suas contas. Algo meio inviável para um país como o nosso, de dimensões continentais e penúria quase generalizada.

Por outro lado, precisamos comemorar, e falo sério. O futebol brasileiro ainda é uma bagunça danada e a saída dos craques e, principalmente, dos não-craques mostra nossas fraquezas. Mas é nítido que o futebol está cada vez mais organizado. Hoje é concebível pensar em três campeonatos nacionais sérios, com acesso e descenso respeitados, e com tabelas razoáveis. Quem acreditaria nessa idéia há 10 ou 15 anos?

Som na caixa, manguaça! - Volume 17

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Pão com cerveja
(Velhas Virgens)

Eu nunca soube o que é ganhar dinheiro
Desde que entrei nessa de "roquenrou"
A grana não dá pra pagar a conta
Do que a gente bebe durante o show

Se eu não livrasse algum no jogo
Já tava embaixo de alguma ponte
Mas mesmo assim agente faz o som
A gente toca por prazer e é bom

Qualquer dia
Vamos passar a pão com cerveja
E que não falte a bebida, baby
Pra que pior não seja

O visual não é antigo à toa
As roupas estão mesmo em farrapos
Os instrumentos são emprestados
Nós tamos todos desempregados

Eu já estou quase passando o chapéu
Pra ter ao menos o da condução
A gente não pode nem fazer greve
Não tem salário. Não tem patrão

Eu nunca soube o que é ganhar dinheiro
Desde que inventei de ser "star"
A grana não dá pra pagar a conta
E as vezes os caras não querem pagar

Se eu não livrasse algum na rua
Já tava em paz de osso branco
Mas mesmo assim agente faz o som
A gente toca por prazer e é bom

Do CD "Vocês não sabem como é bom aqui dentro", MNF, 2001.

Aranhas e caranguejos

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O camarada Mouzar Benedito, que já colaborou no Futepoca com uma prodigiosa receita ou método de produção de cachaça de abacaxi usado por presos políticos brasileiros, publicou outro dia um livro muito interessante. É um romance situado na virada dos anos 1920 para os 30, na Vila Nova de Resende, localidade de Minas Gerais onde o autor viria a nascer uns tantos anos depois.

O título meio esquisito, O tropeiro que não era aranha nem caranguejo (editora Limiar), é desvendado logo no início: aranhas e caranguejos eram duas facções de um mesmo partido, o Republicano Mineiro, e constituíam os dois pólos de oposição no vilarejo. O tropeiro Marcelino, que conduz a narrativa, tenta entender aquele jogo político em que cada hora um assumia o discurso do outro, se dizendo "conservador" ou "revoltoso" conforme a situação. Isso tudo em meio às disputas do final da "política do café com leite", o golpe que impediu a posse do presidente paulista Júlio Prestes e colocou Getúlio Vargas no poder, e finalmente a chamada Revolução Constitucionalista, que para a surpresa do tropeiro uniu aranhas e caranguejos na luta contra os paulistas.

É um livro pra ler em uma tarde, de linguagem simples e direta, como quem acompanha um causo. Se eu conhecesse alguém que vai prestar vestibular, presenteava com esse livrinho, que é daqueles que organizam e ajudam a fixar o conhecimento de história do Brasil, sem esforço e com prazer.

quinta-feira, março 27, 2008

Assembléia do Piauí contesta resultado do Big Brother

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O companheiro Olavo fez um post a respeito da produtividade da Assembléia Legislativa de São Paulo, mas a correspondente do Piauí mostrou que de fato trabalha. Os deputados estaduais estão revoltados com a vitória de Rafinha (quem?) sobre a piauiense Gyselle Soares (quem também? Na foto).

A casa parlamentar aprovou uma proposta de solicitação do regulamento e critérios de desempate da final do BBB 8 à Rede Globo. O líder do PMDB Warton Santos fez um discurso questionador na Assembléia e pediu explicações. "O Piauí não entendeu qual a razão do desempate ser de apenas um minuto de votação e não dois, cinco ou dez, por exemplo".

A defesa prosseguiu com argumentos pra lá de consistentes, como a acusação de "propaganda subliminar" para desfazer o suposto empate na votação. "Não é possível que em mais de 70 milhões de votos exista empate. A Globo mostrou-se tendenciosa desde as citações da apresentadora Ana Maria Braga como também ao colocar um conjunto de rock todo tatuado para tocar na final, assim como o roqueiro que disputava com Gyselle. Isso é propaganda subliminar", acusou.

Na seqüência de seu valoros trabalho, a Assembléia Legislativa também aprovou, por unanimidade, um voto de louvor para a dita modelo pela sua participação no programa, atendendo a uma proposta do deputado estadual Antônio Uchôa (PTB), que afirmou: "Estamos aqui para defender a Gyselle de todo jeito, quantos sonhos não foram destruídos em uma votação que aparentemente é fútil, mas que é um reality show?". Quem puder explicar a oposição entre futilidade e reality show, nos acuda.

Com informações do Babado.

Primeiro passo para o Manguaça Cidadão

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Em discurso no fórum empresarial entre Brasil e México (foto), em Recife (PE), o presidente Lula deu a deixa para que seja apresentado o programa Manguaça Cidadão, proposta do Futepoca de complemento ao Bolsa Família, para que o trabalhador brasileiro tenha garantida uma cota mensal de bebida alcoólica, ainda que mínima - para, dessa forma, não desviar a verba da comida. E foi exatamente isso o que Lula argumentou: "Nós, além de dar (dinheiro) aos pobres, estamos dando para as mulheres. Porque o homem ainda pode parar no bar e tomar aperitivo com o dinheiro do Bolsa Família. Pode! Se ele tiver vontade, ele pode!", frisou. Ora, presidente, se "ele pode", faça um benefício a parte, desvinculado do Bolsa Famíla! Manguaça Cidadão já!

Ps.1: Lula deu dois motivos para o homem "parar no bar": "Se o Curintia (sic) perdeu, se a seleção perdeu". Considerando o resultado do clássico paulista disputado ontem, ele deve ter tido vontade de "parar no bar"...

Ps.2: Sarcástico, o presidente afirmou que o Brasil tem know-how para salvar bancos, citando o vergonhoso PROER de Fernando Henrique Cardoso: "Se (os EUA) precisarem, podemos mandar esta tecnologia", tripudiou Lula. Taí: esse governo arruma emprego até para o FHC!

Ps.3: Voando no céu de brigadeiro da economia brasileira, Lula não perdeu a chance de provocar o "império": "Eu liguei para ele para falar: Bush, o problema é o seguinte, meu filho, nós ficamos 26 anos sem crescer. Agora que a gente está crescendo vocês vêm atrapalhar. Resolve a tua crise!".

Política de saúde tucana é "Noite do Pijama"

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Alguém pode até achar que é perseguição contra o governo de São Paulo, mas, com mil perdões, não posso deixar de reproduzir mais essa pérola da newsletter da gestão estadual:

"Nesta sexta-feira, dia 28, 280 crianças e adolescentes da Casa da Solidariedade I, mantida pelo Fundo de Solidariedade do Estado, participam da Noite do Pijama. Após o jantar, as crianças realizarão diversas atividades culturais. É que elas vão passar a noite na escola para garantir o jejum da manhã seguinte para a realização de uma série de exames médicos como sangue, peso e altura. A avaliação, que inclui entrevista sobre hábitos alimentares, faz parte do projeto Alimentação para a Saúde, idealizado pela presidente do FUSSESP Monica Serra que, em parceria com o SESI, vai introduzir novo cardápio na merenda escolar da Casa da Solidariedade II com o aproveitamento integral dos alimentos (folhas, talos e cascas, que são ricos em nutrientes)."

Contrasenso - As crianças farão jejum em função do projeto "Alimentação para a Saúde";

Fim de feira - A maravilhosa merenda terá "folhas, talos e cascas", "ricos em nutrientes".

Para quem se recusa a acreditar, segue o serviço:

Noite do Pijama
Dia 28 de março
Horário: 19h00
Local: Casa da Solidariedade I – Rua Guaianazes, 1112 – Campos Elíseos, São Paulo

Clássico mostra deficiências dos Alvinegros

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Pouco antes da segunda partida da final do Brasileiro de 2002, lembro de ter escutado no rádio um repórter dizendo que o treinador do Corinthians, Carlos Alberto Parreira, usaria o jogo aéreo para tentar derrotar o Santos e reverter a vantagem do primeiro jogo. O comentarista desdenhou, lembrando que o Santos tinha na dupla de zaga "as torres gêmeas" Alex e André Luiz.

O que o comentarista esqueceu é que um time não ataca só com dois na área. E os outros defensores do Santos, como Paulo Almeida e o lateral esquerdo Léo, eram baixinhos; Maurinho e Renato também não são atletas altos. Coube ao Santos matar a jogada antes do cruzamento. Qaundo a bola chegou na área, sempre perigosamente, o Timão marcou dois gols.

Ontem, Mano Menezes usou tática similar, abusando das bolas alçadas na área. E elas foram o terror da defesa santista. Willian (1,89), Fabinho (1,86), Diogo Rincon (1,85) e depois Acosta (1,88) são mais altos que qualquer jogador da zaga peixeira, Betão e Domingos têm 1,81. O mais alto jogador santista de linha, Sebástian Pinto, tem 1,85 e marcou Fabinho nas bolas paradas. Não é à toa que foi da cabeça do volante corintiano que surgiu o gol do time da capital. Qaundo Leão colocou Marcelo, a pressão diminuiu. Com a entrada de Fabão, mesmo com um a menos, a pressão foi estéril.

Aí entra a deficiência da equipe de Mano Menezes. O meio campo é pouco criativo e, tirando as jogadas aéreas, nem mesmo os chutes de longe levaram perigo a Fábio Costa. Dentinho jogou isolado e precisa de alguém que encoste pra jogar com ele, um atacante, um meia ou o lateral. Herrera é brigador, sabe se movimentar, mas jogou distante do companheiro de frente.

O Santos tem um ataque móvel, com o inconstante Molina que, quando faz uma jogada interessante, não é daquelas mais comuns. No futebol brasileiro, isso é um diferencial. Mas o time carece de uma saída de bola mais qualificada e é aí que Rodrigo Souto fez falta ontem. Quando pressionado, o Santos isolava a bola e, tirando Kléber e Kléber Pereira, os garotos como Adriano - nervoso e afoito demais - e Wesley não tinham tranqüilidade e rifavam a bola a todo momento, assim como Marcinho Guerreiro e Adoniran (nesses casos, pesava mais a falta de técnica).

Lances polêmicos

De novo, caímos na questão da interpretação no lance do Kléber Pereira. Ele vira e olha bola à direita, mas fica a impressão de que empurra Carlão, que o marca logo atrás. Conforme o ângulo da jogada, o lance parece uma ou outra coisa. Na Globo, o comentarista de arbitragem (que função!) José Roberto Wright defendeu que foi falta, enquanto o ex-jogador Caio achou que não foi. Achei que não foi, mas minha interpretação é enviesada.

Quanto ao "gol anulado", a jogada já tinha sido parada por falta antes do cabeceio, como mostra o replay, tanto que os jogadores do Santos nem se mexem para marcar. Já na expulsão de Betão, poderia até ser justa em função de um segundo amarelo, e não por um vermelho direto, já que não houve agressão propriamente dita. Herrera, no lance, não só "montou" em cima do zagueiro peixeiro como ainda, de forma pouco sutil, colocou o pé entre suas pernas, próximo a "partes sensíveis", quando levanta. Isso ocorreu do lado do bandeira. O corintiano também merecia o vermelho.

Prea dá sorte aos 48

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Quando saíram os dois gols santistas no clássico, a vizinhança gritou impropérios aos corintianos. A recíproca foi verdadeira, embora no singular. Nada fora do normal. Ao fundo, o também tradicional som das arquibancadas do Palestra Itália era ouvido por mim. Quando acabou o jogo na Baixada, três santistas comemoraram na hora. Um, com atraso de segundos.

Foto: Divulgação/Palmeiras
Em casa, me levantei do sofá para desligar a TV. Claro que tem controle remoto, mas era só uma estratégia não-pensada de retardar a ação. A Bandeirantes vai para o comercial, a Globo para o Parque Antártica. Corte da arquibancada, do goleiro luso, falta a dez metros da grande área rubroverde. A cobrança de Leandro, a bola na trave, Diego Souza joga para a confusão e um pulo de Jorge Preá resolve.

Sem Kléber, suspenso por três jogos pela cotovelada em André Dias do São Paulo, a entrada de Preá no lugar de Alex Mineiro foi uma sorte danada contra a implacável marcação da Lusa que segurou bem o time da casa.

Gol Mãe Dinah aos 47 minutos e 54 segundos. "Eu falei com o Denílson e com o Makelele que se eu entrasse no jogo eu faria um gol", revelou o aprendiz de vidente.

Parênteses: Lembro-me de que, às vésperas da final da Copa de 1994, o atacante Viola declarou à imprensa que tinha sonhado que entrava em campo e marcava o gol do título. Houve quem atribuísse à superstição sua estréia em Mundiais ter ocorrido na prorrogação da final, opção diferente das adotadas por Carlos Alberto Parreira e Jorge Lobo Zagallo. A decisão foi para os pênaltis e a premonição, à cucuia.

Digressões à parte, o importante é que a estrela de Preá funcionou na 17ª rodada no Paulistão. Tá ótimo.

Líder
A liderança isolada alcançada pelo Palmeiras na noite de quarta-feira, com um com o gol, pode durar só um dia. O Guaratinguetá vai a Mirassol enfrentar o time da casa. Não é o caso de secar nem nada, importante é a classificação.

O Palmeiras é o time que apresenta maior evolução dentro da competição. Claro que eu espero que a trajetória continue, mas lamento a ação dos secadores.

Na sequência de ascensão, vem o Santos, com a quinta vitória seguida, agora por 2 a 1 contra o Corinthians – o que não vence clássicos. Agora, o Timão precisa torcer para que o Tricolor não vença para permanecer entre os quatro primeiros nesta rodada (o alvinegro tem saldo de gols maior). Só nesta rodada. As polêmicas da partida da Vila ficam para outro texto.

Cidadão Kane: fakes & remakes

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Segue mais uma colaboração do convidado do Futepoca, Marcelo Peron, aquele que não quer mais dar moleza ao perueiro.

Peron escreveu agora sobre outra paixão, o cinema e a mídia.

Aí vai:

Cidadão Kane: fakes & remakes

Uma das questões mais interessantes sugeridas pela sociologia da arte pode ser formulada do seguinte modo: quem pode sonhar sonhos novos? A resposta parece emergir do universo paralelo que é Minas Gerais, à moda Beto Guedes, talvez: "recusar o poder". O esoterismo mineiro, contudo, anda a par com o pragmatismo dos tropeiros: ora, e quem acalenta sonhos velhos? Muitos e inúmeros, mas para nós da terrinha é delicioso observar como editores de semanários, gestores de portais e afins aninham sonhos que só são seus, na medida em que reproduzem os cacuetes de Charles Foster Kane, no antológico Cidadão Kane, de Orson Wells. Bem lida, contudo, a fábula que perpassa o filme não trata do domínio da realidade, mas de sua instituição. Portanto, notícia e ficção, verdade e mentira, análise e estratégia, matéria e propaganda são, a rigor, uma única e mesma coisa, fundidas que estão por uma ânsia de poder total. Esse sonho, obviamente, só pode ser sonhado em uma época como a do capital monopólico, concentrado, em que as escalas são imensas e descomunais, desproporcionais, a rigor, ao pequenino do homem. Mais ainda: em um momento em que a produto dileto do capitalismo é a própria produção da realidade, a partir da estetização do real – razão pela qual a indústria do entretenimento e a mídia são as jóias da coroa, na empresa capitalista contemporânea. Como se combate em um era de poderes totais? Foucault, Deleuze, Walter Benjamin indicaram um caminho promissor: a pequena luta, a guerrilha, inclusive no campo simbólico e artístico. O cinema acrescentou a essa tese um personagem exemplar: Carlitos. Para vencer é preciso aceitar a condição insólita do marginal e do palhaço, opor-se ao imenso nessa pequenas escala, que é a do corpo humano. É provável que assim a vitória seja total. Em tempo: o personagem pândego de Chaplin, que aceita ser patético, excêntrico e extemporâneo, é um espelho que reflete não o seu próprio ridículo, mas a natureza patética de toda vitória que se baseia na desproporção. E não é sempre esse o caso quando intervém o capital como poder concentrado? Como máquina midiática?



Outras dicas de links do Peron:
Lux: censura a PHAmorim atenta contra a democracia
PHAmorim pergunta: foi o Citi que me demitiu?
Rovai: Um editorial “tucano” de Caio Túlio no IG
O medo de amar e o medo de ser livre (Beto Guedes)

Tipos de cerveja 1 - A alemã Altbier

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Logo na página principal, o site português CdM (Cervejas do Mundo) pergunta de sola: "Você sabe o que é uma Lambic? E uma Gueuze? Já terá experimentado uma Barley Wine ou uma Smoked?". Pois é, tem muita gente que se considera expert em cerveja, mas esse ainda é um universo muito vasto a ser - deliciosamente - explorado. São várias as classificações possíveis para essa bebida tão apreciada: pelo tipo de fermentação (as Ale e as Lager, com inúmeros subgrupos), pela cor (clara, castanha ou escura), teor alcoólico (baixo, médio, alto) ou pelo teor do extrato primitivo (fracas, normais, extras ou fortes).

Com esse post, passamos a difundir a classificação feita pelo parceiro Bruno Aquino, do CdM. Para iniciar, veremos as cervejas do tipo Ale (de alta fermentação). Elas são feitas pelo processo mais antigo e eram as únicas disponíveis até meados do século 19, quando foi descoberta a baixa fermentação. Uma das cervejas do tipo Ale é a Altbier, de cor castanha, uma especialidade de Düsseldorf, Alemanha. Em língua germânica, "alt" significa literalmente "velho", em alusão à capacidade que essa cerveja tem para envelhecer além do tempo habitual. O paladar das Altbier, segundo o amigo Bruno, "é balanceado e delicado, com boa presença de frutas, equilíbrio entre malte e lúpulo e presença mediana de gás".

Já a Sticke é uma versão mais forte das Altbier, com mais malte e lúpulo. Para experimentar: Schlösser Alt (foto), Uerige Doppel Sticke e Widmer Brothers Winternacht. Essas e outras (milhares) de informações você encontra no www.cervejasdomundo.com

quarta-feira, março 26, 2008

Fred, do Lyon, com os dois pés no Santos

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Fred, atacante do Lyon, já estaria acertado com o Santos. Isso é o que garantiu o irmão de um importante empresário aproximadamente uma hora antes do clássico, hoje à noite na Vila Belmiro. Ele assegurou a algumas pessoas, em frente ao portão 10 do estádio Urbano Caldeira, que o ex-cruzeirense já teria contrato assinado e viria para o time para a segunda fase da Libertadores.

"Mas e o Leão?", questionou alguém recordando o péssimo relacionamento que o técnico peixeiro tem com o empresário. "Isso é uma bobagem", minimizou o irmão. "O Fred fez dois gols na última partida, o Lyon vai liberar?", perguntou um outro. "Pode fazer quantos gols quiser. Está tudo acertado".

Evo Morales vai jogar pela Segundona boliviana

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A notícia é real. O presidente de Bolívia, Evo Morales, está inscrito como jogador da segunda divisão do seu país e faz parte do elenco do Litoral. O "atleta", que tem 48 anos, decidiu jogar profissionalmente como uma forma de fazer campanha a favor da prática do futebol na altitude e contra o veto da Fifa aos estádios como os de La Paz para partidas internacionais.

A equipe do Litoral pertence à polícia nacional e o capitão Juan Carlos Apaza, também diretor do clube, confirma que o presidente-jogador deve estrear contra o Deportivo Zuraca no próximo sábado. Na segunda divisão do futebol boliviano podem atuar apenas atletas com até 26 anos de idade, abrindo-se exceção para dois jogadores por equipe.

O técnico do Litoral Elmer Pardo disse ao diário La Prensa que "é uma honra" queMorales tenha concordado em jogar pela equipe e tem a esperança de que o presidente em "algum momento se apresente" aos treinos "a fim de avaliar especialmente a parte física". "Creio que está em boa forma porque joga sempre", disse Pardo ao elogiar o rendimento físico do político.

Pra quem nunca viu o boliviano jogando, é só conferir o vídeo acima do amistoso entre um combinado de seu país contra um time comandado por Maradona. O prélio foi disputado no último dia 17, a 3.577 metros de altitude, e o astro argentino declarou à imprensa local: "Com 47 anos demonstrei que se pode jogar aqui. Nem a FIFA, muito menos Blatter podem proibir que alguém jogue onde nasceu."

Pé redondo na cozinha - Carne com pinga de milho

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Por Marcos Xinef

Nicarágua, interior do país, fronteira com Honduras, 1982. Fazenda de café e base do exército sandinista. Acordávamos às cinco da manhã, vestíamos o uniforme e recebíamos nossa primeira refeição: café, tortilla (panqueca de milho), arroz e feijão. Observação: tudo frio. Pegávamos nosso canastro (cesto), o cantil repleto de chicha de maíz (pinga de milho) e íamos para as montanhas. Colhíamos café até o meio-dia e recebíamos nosso delicioso almoço: café, tortilla, arroz e feijão. Observação 2: tudo frio. Almoçávamos ao belíssimo som de metralhadoras .50 e morteiros. Voltávamos ao trabalho até as 17 horas e, quando a temperatura já estava por volta de 1ºC, tomávamos banho em um lindo rio, com sensação térmica de -5ºC. Depois, recebíamos nosso prêmio, o jantar. Adivinhem: café, tortilla, arroz e feijão. Observação 3: tudo frio. Isso se repetiu, invariavelmente, por três meses.

No último dia, festa de despedida. Mataram um boi e foi então que me deparei com minha primeira experiência gastronômica internacional. “-Quem vai cozinhar o bicho?”, alguém intimou. “-Eu!”, me apresentei, orgulhoso. O animal estava inteiro. Piquei em pedaços disformes e coloquei em um tacho enorme para ferver com água e sal, e fui jogando tudo o que encontrava na frente - batata, cenoura, cebola, alho, etc. E é claro, o grand finale: peguei vários cantis com chicha de maíz e joguei no caldeirão para dar o toque especial. Não sei se isso influiu no ânimo dos comensais, mas fui aplaudido e ovacionado. Vamos à receita:

COZIDÃO À NICARÁGUA

Ingredientes:
Um monte de pedaços de qualquer tipo de carne e de qualquer tamanho
Várias rodelas de tudo quanto é legume que esteja ao alcance
Alho e cebola a dar com pau
Muita água
Muita cachaça de milho
Sal (a gosto)

Modo de preparo:
Jogue tudo em um tacho enorme e cozinhe. Se quiser beber pinga de milho enquanto espera, é recomendável. Quando a fome for insuportável, sirva.


Boa sorte. Ou então, se vire com café, tortilla, arroz e feijão frios, três vezes ao dia, por três meses...

Nicarágua, 1982, exército sandinista: Marcos Xinef (à esquerda) e os camaradas brasileiros Ronald (centro) e Reinaldo, com os canastros e cantis de chicha de maíz (Foto: arquivo pessoal)



*Marcos Xinef é chef internacional de cozinha, gaúcho, torcedor fanático do Inter de Porto Alegre e socialista convicto. Regularmente, publica no Futepoca receitas que tenham bebidas alcóolicas entre seus ingredientes.

O dia em que Zidane perdeu um pênalti contra Suplicy

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A história é contada pela eminência ruiva do blogue Brunna Rosa e vem de fonte segura, presente na inauguração de uma quadra poliesportiva na favela de Heliópolis, em São Paulo. O evento realizado no dia 16 de março contou com a presença do ex-craque francês Zinedine Zidane, além de diversas autoridades e personalidades.

Dentre os convidados, estava o senador paulista e petista Eduardo Suplicy. Por um equívoco da organização, acabou não sendo anunciado nem chamado para o lugar reservado às autoridades. Ficou sentado um pouco atrás, misturado à multidão.

Obviamente a situação começou a incomodar o parlamentar. Segundo a pessoa que sentou próxima a ele, resmungava e reclamava discretamente pelo fato de não estar entre os vips. Enquanto isso, os holofotes das televisões e a atenção dos jornalistas estava voltada ao eterno dez da França e às outras personalidades.

Como para um político qualquer, de direita ou de esquerda, bem ou mal intencionado, ser obscurecido equivale à morte, o senador precisava sair daquela situação. Então, surge a iluminação.

Suplicy se aproxima de Zidane e faz a proposta: "Cobra um pênalti que eu pego". Pronto. Criado o fato, desviado o foco. A foto abaixo mostra o senador como goleiro e Zidane errando a penalidade, excepcionalmente cobrada do meio da quadra. Ou não, já que a bola bateu em um fotógrafo e entrou. Ainda deu tempo para o petista soltar uma pérola: "Ele foi um grande jogador, um dos maiores do mundo. Na Copa, xingaram a mãe dele, por isso ele fez aquilo".

Suplicy no gol: o rei do marketing na política

terça-feira, março 25, 2008

Galo 100 anos: uma vez até morrer

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A estrofe do hino representa o maior patrimônio do centenário do Clube Atlético Mineiro, sua torcida. O que nem dados, nem estatísticas nem títulos podem explicar.

Para entender um pouco a paixão, vou recorrer à história de um menino. Em 1976, sua família volta a Minas, da qual antes emigrara na esperança de vida melhor para São Paulo década antes. Saudade da terra, reunião da família, nascimento do primo, muita coisa acontecendo...

No futebol, a primeira lembrança, aos 11 anos. A semifinal do brasileiro entre Galo e Inter. Na TV, em Perdões (MG), passava Fluminense e Corinthians. De vez em quando entravam os gols de Porto Alegre. A criança diz: “toda vez que mostram o jogo de lá, sai gol”. Tio Albertino, com toda a paciência possível em meio ao nervosismo, explica que só passavam porque o gol já tinha saído. Na prática, o descobrimento do replay da forma mais dolorida, 2 a 1, com direito a um dos gols mais bonitos que o menino veria na vida, mesmo contra, a tabelinha de cabeça entre Falcão e Escurinho que sacramentaria a passagem dos gaúchos para a final e o título.

Próxima cena, final de brasileiro, Atlético e São Paulo, 1977, Mineirão. A certeza da vitória do maior time que vira. Campanha invicta, 10 pontos a mais que o segundo colocado, Reinaldo entraria em campo, não tinha como perder. Primeira decepção, Reinaldo, expulso num jogo na primeira rodada, fica de fora. Mesmo assim não tinha como dar errado. Cerezo estava lá. João Leite, Marcelo, Paulo Isidoro etc. Mas deu. Ângelo caído no chão com o joelho quebrado, Chicão pisa em cima. Arnaldo César Coelho não dá nem cartão amarelo. 0 a 0. Pênalties. A decepção para o resto da vida. Mas naquele dia o menino aprendeu, na derrota, que seria atleticano para o resto da vida. “Uma vez até morrer.”

Tão fanático quanto o tio Albertino a quem essa crônica é dedicada. Por ter levado pela primeira vez ao Mineirão, por ter ido a Lavras (MG) apresentar num jogo amistoso a simpatia de Telê Santana para o menino. O que está até hoje registrado numa foto perdida em algum álbum da família. A vida seguiu longe de Minas, mas sempre com o Galo.

Nessa quase memória, rompeu-se uma das poucas coisas que o menino aprendeu na vida de jornalista, não escrever em primeira pessoa, pois não é personagem. Mas desculpem, são 100 anos do Clube Atlético Mineiro. “Uma vez até morrer”. Na pele, a camisa em preto-e-branco vestida até na derrota e para sempre...

Política de saúde tucana é o clima

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Do governador José Serra (PSDB), ex-ministro da SAÚDE (é bom frisar novamente: da SAÚDE), durante inauguração de obra no Km 26 da Via Anchieta nesta terça-feira, 25 de março:

"Eu tô vendo que aqui começou a chover, agora, e me lembrei que esse friozinho é o que salva São Paulo de ter aquelas epidemias de dengue, igual tem no Rio. O mosquito odeia esse friozinho".

Pois é, governador. E quando fizer calor?

Fluminense e Bragantino condenados por virada de mesa

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Uma decisão de primeira instância proferida pelo juiz Wilson Marcelo Kozlowski Junior, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro fez pelo menos "meia-justiça" a um dos capítulos mais vergonhosos da história do futebol tupiniquim. Ele condenou o Fluminense, o Bragantino e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ao pagamento de reparação moral no valor de 2% da receita arrecadada no Campeonato Brasileiro de 1996, por conta do não-rebaixamento dos dois clubes à Série B de 1997.

A sentença se refere a uma ação ajuizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e, de acordo com ela, a virada de mesa atenta contra um patrimônio cultural do país: o futebol. "Não há como fugir ao truísmo de se referir ao nosso país como o país do futebol , sendo o único a conseguir ser pentacampeão mundial dentre os profissionais masculinos e a possuir a 'tríplice coroa' , além de contar com o atleta do século - Pelé", diz a sentença, que continua mais à frente. "Desta feita, a violação ao correto desenvolvimento do futebol é uma ofensa direta ao patrimônio cultural brasileiro, verdadeiro patrimônio dos que não possuem patrimônio".

Para comprovar o dano real, o juiz relembra inclusive a festa com champanhe feita por dirigentes do Fluminense após o "rearranjo". Diz a sentença: “Bem se sabe o sentimento de dor, vexame e humilhação que inundou e inunda o coração daquela parcela da população que passou a experimentar as maiores pilhérias e até hoje é lembrado dos dissabores advindos da decisão contrastada, tal qual um filme de terror sem fim em que o clímax ocorre com a cena do estouro da ‘champanhe da virada de mesa’”, relata.

Contudo, Koslowski não declarou nula a manutenção do Bragantino e do Fluminense na primeira divisão de 1997, negando também a declaração de ineficácia dos jogos que tenham participado, como pedia o Ministério Público. "Há, aqui, o surgimento do chamado fato consumado, dado que se passaram bem mais do que dez anos do campeonato fustigado, não havendo razão jurídica ou fática que suportasse a insegurança trazida com o desfazimento dos atos derivados do campeonato de 1996".

A íntegra da decisão pode ser lida aqui. À decisão, cabe recurso.

Pato planeja casamento

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Deu no Globoesporte.com. O milanista Alexandre Pato (18 anos) e a atriz Sthefany Brito (20) planejam casar-se ainda em 2008. "A gente ainda não sabe, vamos ver. Estamos querendo casar até o fim do ano, mas ainda não está marcado", disse o jogador.

Eles namoram desde o final de 2007. Os pimpolhos se conheceram por intermédio do irmão dela, Kayke. Começaram a conversar pela internet e logo começaram a namorar.

Eu sei que a notícia é desimportante, mas eu fiquei tão surpresa que quis compartilhar. Deixo as observações maldosas para a caixa de comentários.

Treinador de time inglês envolvido em escândalo sexual

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E a moda dos escândalos sexuais não pára. Depois do caso envolvendo o ex-governador de Nova Iorque, agora é a vez da primeira divisão inglesa de futebol ter o seu fait diver. O treinador do Derby County, Paul Jewell, teve um vídeo divulgado pelo tablóide sensacionalista News of the World em que aparece tendo relações sexuais com uma amante.

O treinador já recebeu da imprensa britânica o apelido de "Paris Hilton", famosa também por ter seus encontros íntimos repercutidos na internet. No entanto, ao contrário do que aconteceu nos EUA, o comandante da equipe não renunciou e conta com total apoio do presidente da agremiação, Adam Pearson, que assegurou a continuidade de Jewell frente à equipe.

"Isso não afeta nossa relação com ele em nada. A história é antiga, de seis anos atrás. É assunto particular dele, que ele resolverá com sua família", disse o dirigente Adam Pearson, ressaltando que as filmagens teriam sido feitas quando Jewell ainda orientava o Wigan, time que deixou no final da temporada 2006/07.

Independentemente do caso, o time dirigido por Jewell é o lanterna do campeonato inglês, com uma vitória, sete empates e fabulosas 23 derrotas. Maldosamente, o texto do jornal britânico afirma que o treinador "faturou" mais vezes durante o vídeo do que o Derby durante toda a temporada.

segunda-feira, março 24, 2008

Assembléia paulista é improdutiva, diz Voto Consciente

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O Movimento Voto Consciente divulgou um levantamento interessante sobre a Assembléia Legislativa do estado de São Paulo. Num resumo grosseiro: a pesquisa verificou que os deputados lá presentes não primam pela eficácia, perdem tempo com medidas inúteis e não participam de atividades na qual a presença seria, em tese, imprescindível.

Um dos primeiros dados trazidos pela pesquisa diz respeito ao número de comissões. Estas, como se sabe, são os locais onde os deputados passam grande parte da sua rotina de trabalho. São divididas de acordo com temáticas variadas - finanças, saúde, habitação, etc. - e sediam reuniões dos parlamentares para discussões de projetos sobre essas temáticas. A Assembléia Legislativa tem 22 comissões, contra 20 da Câmara dos Deputados. Diferença pequena? Não se olharmos em termos proporcionais. Enquanto em Brasília estão 513 deputados, na AL são apenas 94 parlamentares. Duas comissões a mais para um número quase seis vezes menor de deputados.

Claro que essa "abundância" de comissões resulta em um desprezo por algumas delas. A de Administração Pública teve apenas três reuniões no período avaliado (março de 2007 a março de 2008), e a de Assuntos Municipais, apenas duas.

A pesquisa também identificou quais os deputados mais presentes às sessões ordinárias e aos encontros das comissões. A lista é heterogênea, não dando destaque a nenhum partido em especial. Entre os que estiveram presentes em todas as sessões das comissões que integram, estão o petista Adriano Diogo, o tucano Fernando Capez e o pedetista Aloisio Vieira, entre outros.

Nos destaques negativos, também se vê essa variância. Sete deputados não estiveram em no mínimo 30% das votações nominais da Casa; entre eles, o petista Vanderlei Siraque e o democrata João Mellão Neto.

Vale a pena ler o texto na íntegra. Eu sempre tive uma impressão curiosa sobre a Assembléia. É impressionante como a Casa, no mínimo, não produz notícias; ouve-se falar muito mais da Câmara de Vereadores da capital do que da Assembléia Paulista.

(E só pra não passar em branco, cabe uma crítica ao ótimo levantamento da Voto Consciente: uma pesquisa tão boa merecia um texto mais elaborado, hein? Esse que tá no link que deixei acima é dos mais sofríveis, com erros de digitação, concordância e um estilo bem fraquinho. A causa é nobre, o pessoal podia dar uma caprichada.)

100 anos do Galo, o time dos sonhos

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Para quem não agüenta, este é o penúltimo "post" sobre o centenário do Galo. Amanhã, 25 de março, data do aniversário, termina a série.

Vale dizer que a torcida está em vigília desde as 18h desta segunda-feira e promete bonita festa madrugada adentro. Alías, o último texto será exatamente sobre essa torcida, o maior patrimônio do clube.

Mas, antes, vai o time que gostaria de ter visto jogar um dia, a seleção do Galo, meu time dos sonhos, com alguns comentários. Observação, será um 4-2-4, como no tempo em que comecei a gostar de futebol.

O critério é pessoal, são apenas os jogadores que vi entrar em campo.

Goleiro:
João Leite
Recordista de atuações com a camisa do Galo, chegou a ser convocado para a seleção brasileira. Tinha muito sangue frio, presença no gol e sabia defender pênalties. Lembro de sua estréia, no campeonato brasileiro de 1977, quando o Galo dispensou o argentino Ortiz depois da final do mineiro de 1976. Participou do time do Galo vice-campeão brasileiro em 1977, defendeu dois pênalties na final contra o São Paulo. Poderia escalar o Taffarel, mas ele jogou pouco tempo no Galo.

Lateral direito:
Getúlio
Posição que tive mais dificuldades, porque o melhor mesmo que vi foi Nelinho, que terminou a carreira no Galo, mas foi excluído por ser cruzeirense. Getúlio era um lateral voluntarioso, que marcava gols e chegou a ser convocado pela seleção. Foi campeão brasileiro, ironicamente, pelo São Paulo contra o Atlético (em 1977) e Fluminense (1986). Começou no Galo aos 14 anos, em 1968.

Zagueiros
Luizinho
Foi contratado junto ao Villa Nova em 1978 e participou de toda a campanha do hexacampeonato mineiro. Sempre foi reconhecido por sua classe na hora de sair jogando e pela eficiência para desarmar o adversário sem fazer faltas. Foi titular da seleção brasileira de 1982, a melhor que vi jogar. No Galo, conquistou conquistou dez títulos estaduais.

Cláudio Caçapa
Zagueiro vigoroso, com boa recuperação e capacidade de dar arrancadas e sair para o ataque. Veio dos juniores do Galo e foi vice-campeão brasileiro no time de 1999. Chegou à seleção, disputou poucas partidas, até se transferir e ficar por anos no Lyon. Está atualmente no futebol inglês. Poderia escalar também o Cléber (Clebão) formado no Galo, mas que ficou mais famoso por sua passagem pelo Palmeiras.

Lateral esquerdo
Dedê
Foi lançado por Leão em sua primeira passagem pelo Galo, conquistando o título da Conmebol. Transferiu-se muito novo para a Alemanha, onde joga há quase dez anos no Borrussia Dortmund.

Meio campo
Gilberto Silva
Único jogador do Atlético campeão mundial como titular da Seleção Brasileira, Gilberto Silva chegou ao clube em janeiro de 2000. O volante conquistou o estadual de 2000 e ajudou o Galo a chegar as semifinais do Brasileirão de 2001. Após a conquista do pentacampeonato em 2002, foi vendido para o Arsenal, da Inglaterra.

Toninho Cerezo
Menino pobre, filho do palhaço Moleza, Cerezo chegou ao Atlético após de destacar no Ferroviário, time amador de Belo Horizonte. Em 1974 fez a sua estréia no time profissional e logo se firmou como uma das principais estrelas do clube com o seu forte poder de marcação, agilidade, velocidade e grande capacidade para armar as jogadas. Nas entrevistas coletivas, sempre se referiu ao Atlético como o 'Glorioso'. Foi o jogador do Atlético que mais vestiu a camisa da Seleção Brasileira, 50 jogos, e participou das Copas de 78 e 82. Participou de todas as conquistas do hexacampeonato regional do clube de 1978 a 1983.

Atacantes
Marques
Como é time dos sonhos, vou jogar com quatro atacantes, com Marques de ponta-direita, embora ele atue mais pela esquerda, mas ali é do Éder. Marques chegou ao Galo em 1997. Sua primeira passagem durou cinco anos e meio. Virou ídolo da torcida. Conquistou quatro títulos: Copa Centenário e Copa Conmebol (1997) e o bicampeonato mineiro (1999/2000). Voltou ao Galo em 2005, mas amargou o rebaixamento do time à segundona do Brasileiro. Em 2008, foi carregado em volta triunfal pela torcida. É o 9º maior artilheiro do clube com 126 gols e um dos maiores ídolos da história recente atleticana.

Reinaldo, o Rei (foto: arquivo Estado de Minas)
“Rei Rei Rei, Reinaldo é o nosso Rei”. O grito contagiava o Mineirão no período em que me tornei atleticano, no final da década de 1970. Maior artilheiro da história do Galo, com 255 gols, Reinaldo chegou ao clube em 1973, vindo de Ponte Nova, interior do Estado. No seu primeiro treino no time profissional, enfiou uma bola entre as pernas de um zagueiro e teve de sair para não apanhar.

Subiu para o profissional com 16 anos, quando já havia marcado 53 vezes nas categorias de base. Com seu talento, técnica insuperável, habilidade e capacidade para executar dribles em espaços mínimos, tornou-se o maior goleador da história do Mineirão, com 153 gols marcados.

Tem também a melhor média de gols em uma edição de Campeonato Brasileiro, em 1977, com 28 gols em 19 jogos, média de 1,47. Foi o artilheiro do Atlético na campanha do hexacampeonato mineiro (1978 a 1983), com 46 tentos. Encerrou a carreira precocemente aos 27 anos vítima da violência dos adversários e dos joelhos que já haviam sido operados diversas vezes.

Dario
Sem grande técnica, Dada Maravilha soube inventar-se. É o jogador que fez o gol mais importante da história, no campeonato brasileiro de 1971.

Depois de uma infância e adolescência de sofrimentos ao ver a sua própria mãe se suicidar e de fugir da polícia após furtos, o jogador chegou ao Galo em 1968, comprado por 100 mil cruzeiros junto ao Campo Grande, do Rio de Janeiro. Depois de ser vaiado pela torcida em várias oportunidades, em 1969, Dario começou a dar a volta por cima com a chegada do técnico Yustrich que teve paciência para tornar aquele camisa 9 desengonçado, que fazia a torcida rir com a sua falta de habilidade e arrancadas desajeitadas, em um dos principais atacantes do Brasil.

Em 1969, foi o artilheiro do Campeonato Mineiro e brilhou nas vitórias alvinegras sobre a Seleção Brasileira e da União Soviética. Além de fazer gols de todas as formas imagináveis, o atacante também tinha como principais características a sua dedicação, velocidade e impulsão. Dario se define com a célebre frase: 'Só três coisas param no ar: o helicóptero, o beija-flor e Dadá'. É o segundo maior artilheiro da história do Atlético. Em 290 jogos, marcou 211 gols.

Éder
Éder chegou ao Galo em 1980, numa troca por Paulo Isidoro, do Grêmio. Habilidoso com a perna esquerda, com um chute forte e incrível capacidade para colocar a bola onde queria, ganhou o apelido de “Bomba de Vespasiano”. Sempre teve uma identificação muito grande com a torcida e nunca escondeu que seu time do coração é o Atlético. Participou da Copa do Mundo de 1982.

Timão contrata Douglas e Diogo Rincón pode pegar o Santos na quarta

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Após a vitória por 1 a 0 sobre o Rio Claro, que manteve o Timão na zona de classificação para as semifinais do Paulistão, duas boas notícias chegam pra o Corinthians.

A primeira vem do departamento médico, que liberou Diogo Rincón, Alessandro e Finazzi para treinamento. Os três dependem agora de avaliação do preparador físico. Rincón jogou poucas partidas, mas parece ser o único meia com alguma competência no elenco corintiano. A falta que o rapaz faz ao time fica evidenciada em seu substituto direto: Marcel.

Alessandro vinha fazendo um bom campeonato e pode melhorar o toque de bola na lateral-direita. Carlos Alberto corre muito, marca bem, mas é fraco no resto. Sobre Finazzi, bom, sei lá. De repente, engata outra boa seqüência e ajuda a diminuir a falta de pontaria do time.

A outra boa notícia e a contratação do meia Douglas, do São Caetano. O alvinegro estava namorando faz tempo o jogador. A negociação chegou a esfriar por conta de supostas propostas do exterior, mas agora parece que vingou. O Corinthians pagou R$ 3 milhões por 50% dos direitos federativos do jogador, que se torna a contratação mais cara do elenco até agora. Douglas assinará por três anos e chega ao time no dia 7 de abril.

Douglas é um bom meia, indicação de Mano Menezes. Se for mal, vai melhorar o setor só por empurrar Marcel para a reserva. Se Diogo Rincón e Douglas se acertarem e Dentinho continuar trabalhando bem, acho que o futebol de Acosta cresce. E teremos um time principal bem mais interessante. Vão continuar faltando opções, mas é um grande avanço.

domingo, março 23, 2008

No sábado de Aleluia, a quinta vitória

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Poderia durar 20 minutos. Foi o tempo suficiente para o Palmeiras vencer o Galo do Japi por dois a zero. Alex Mineiro fez aos cinco e Valdívia aos 18. O time nem precisou do gol corretamente anulado do zagueiro Gustavo para igualar os 31 pontos do líder Guaratinguetá, mas fica uma atrás do adversário do Santos neste domingo, 23, pela 16a rodada.

Contra a Portuguesa, no Palestra Itália, pode assegurar a classificação. Se não der, tem ainda a contenda contra o São Caetano também em casa. Enquando ela não está matematicamente classificado, só se comemoram as vitórias.

O segundo tempo foi morno e Marcos ainda teve de trabalhar para assegurar o resultado (e o time não saiu atrás no placar). Mas as notícias são boas. Com a partida do Jayme Cintra, os últimos cinco jogos foram todos de vitórias verdes (limão-siciliano, se quiserem). São nove partidas sem derrota.

Uma boa recuperação.

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Corrigido às 0h50 do dia 24/03

Blogues palmeirenses pedem intimação de cartona tricolor

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Blogues de torcedores do Palmeiras publicam uma carta aberta ao tribunal de Justiça Desportiva e à Federação Paulista de Futebol defendendo a intimação de Marco Aurélio Cunha, superintendente de futebol do São Paulo. A "Mídia Palestrina" sustenta que é preciso esclarecer as acusações do superintendente de futebol Tricolor de que haveria uma conspiração contra seu clube no Campeonato Paulista.

Ao comentar a derrota do São Paulo diante do Palmeiras em Ribeirão Preto, no domingo, 16, em entrevista à rádio Bandeirantes, Cunha declarou que seu time é alvo de um "complô" da arbitragem" voltado a prejudicá-lo. Os autores da carta citam a multa de R$ 50 mil aplicada a Vanderlei Luxemburgo, técnico do alvi-verde, por declarações consideradas desrespeitosas ao comando da arbitragem da Federação como justificativa suficiente para que o diretor são paulino seja chamado a esclarecer.

"Tal acusação, gravíssima, coloca sob suspeita o campeonato paulista de 2008, a integridade da Federação Paulista de Futebol e a atuação da comissão de arbitragem do Estado de São Paulo", conclui a carta.

A carta foi formulada pelos blogues Palmeiras Todo Dia, Mondo Palmeiras, Observatório Verde,
Só Palmeiras, Parmerista, Terceira Via Verdao e Planeta Palmeiras. Outras adesões foram realizadas por torcedores que republicaram a carta.

Leia a íntegra:

Carta aberta ao TJD - FPF

Prezados auditores, relatores e procuradores do TJD, presidente e diretores da Federação Paulista de Futebol, e membros da comissão de arbitragem de SP.

Nos últimos anos o Palmeiras foi um dos times com maior número de jogadores/técnicos envolvidos em casos de julgamento na justiça esportiva. Foram casos “denunciados” por imagens de transmissões de TV, pela mídia esportiva e por rivais.

Para citar apenas o caso mais recente, nosso treinador, Vanderlei Luxemburgo, teve de dar explicações por supostamente desrespeitar a chefia da arbitragem paulista. Tais declarações custaram ao técnico uma salgada multa de R$ 50 mil.

Respeitando a punição aplicada a Luxemburgo, pedimos agora ao tribunal e à F.P.F. que se utilizem dos mesmos critérios, e que seja levado a julgamento o superintendente de futebol do São Paulo Futebol Clube, Marco Aurélio Cunha. Afinal, este, ao ver seu time goleado pelo Palmeiras no último domingo, deu declarações tão ou mais polêmicas que as de Luxemburgo.

Dentre outras coisas, Cunha declarou que seu time é alvo de um “complô” da arbitragem para prejudicar o São Paulo Futebol Clube. O dirigente são-paulino ainda desmereceu o campeonato paulista, afirmando que o seu clube tem objetivos maiores na temporada.

Sendo assim, nós, Palmeirenses que compomos a Mídia Palestrina, pedimos que o tribunal seja imparcial e julgue também o sr. Marco Aurélio Cunha.

Se o nosso treinador foi multado por ter dado declarações contextualmente semelhantes, é de se esperar que, no mínimo, as declarações de Cunha sejam examinadas pelo pessoal competente do tribunal, e que ele seja chamado a apresentar provas do suposto “complô”. Tal acusação, gravíssima, coloca sob suspeita o campeonato paulista de 2008, a integridade da Federação Paulista de Futebol e a atuação da comissão de arbitragem do Estado de São Paulo.

Esperamos sua resposta frente à opinião pública e perante todas as torcidas, palmeirenses inclusos, o mais rápido possível.

Atenciosamente,

Palmeiras Todo Dia - www.palmeirastododia.com
Mondo Palmeiras - www.mondopalmeiras.net
Observatório Verde - www.observatorioverde.net
Só Palmeiras - www.sopalmeiras.com
Parmerista - www.parmerista.com.br
Terceira Via Verdao - http://terceiraviaverdao.blogspot.com
Planeta Palmeiras - http://planetapalmeiras.blogspot.com